LEVE

Queridos leitores e colegas de FFC, primeiramento peço minhas sinceras desculpas pela ausência de posts. Problemas pessoais me afastaram do site, mas cá estou outra vez, para delírio das gerais, ou quase isso.

Aconteceu muita coisa no Corinthians. Sempre acontece muita coisa no Corinthians. Depois da inesperada e injustificável eliminação na Copa Libertadores, para o Tolima da Colômbia, houve esperada crise e também injustificáveis atos de violência por parte da torcida.

A vitória sobre o Palmeiras, logo em seguida, ajudou a acalmar um pouco os ânimos. Ronaldo, RC e Dentinho foram afastados, e na base da RAÇA e da CAMISA, o se superou e jogou como não vinha jogando, com vontade. Júlio César e Alessandro foram os destaques individuais, na vitória por 1 x0.

O cheiro da chamada “reformulação” estava no ar, o fim do ciclo era questão de tempo. Liédson chegara, Danilo, Edno, Morais, entre outros, ganharam espaço e motivação, vislumbrando um lugar de titular no esquema tático que Tite tentava encontrar.

RC foi embora, pra minha alegria, e de bom só leva o Jucilei. Um garoto com potencial enorme, mas que preferiu se esconder em um time minúsculo, no ânus do mundo, em troca de um salário pode comprar muita coisa, mas não compra idolatria da Fiel, visibilidade para jogar um Copa do Mundo, não compra felicidade enfim. Mas isso é demagogia da minha parte. Boa sorte Jucilei. E já vai tarde, RC.

Ronaldo aposentou-se. Isso na verdade era motivo para um post próprio, que eu escrevi durante a entrevista do Fenômeno, mas burramente perdi ao tentar publicar.

Bom, tudo que poderia ter sido falado sobre esse cara foi explorado durante toda a semana em todos os tipo de mídia, exaustiva e merecidamente. O que EU posso dizer é que foi uma felicidade muito grande ter o único jogador se futebol que eu considerei ídolo, jogando no meu time do coração. No Cruzeiro ele ainda era Ronaldinho, então acho que corintiano pode dizer com muito orgulho que é a única torcida do Brasil a poder comemorar os gols de Ronaldo, como os três que ele fez na minha frente, no Pacaembu contra o Fluminense. Foi algo mágico, e sua passagem no Timão revolucionou o futebol brasileiro. A junção de marcas tão grandes só poderia resultar em algo grandioso fora de campo, e dentro também, mesmo que por pouco tempo. Valeu gordinho.

O fato é que agora o Corinthians está definitivamente mais leve, com perdão do trocadilho. Levezinho.

Com a vitória sobre o Santos, o clima está mais leve. O time, sem medalhões, jogando rápido, marcando em cima, cheio de possibilidades.

Liédson caiu como uma luva e deu o tom, mostrando muita vontade e disposição, aliados com seu talento. Média de gols impressionante até agora, identificação com a torcida. E um golaço, por cobertura, em um incrível coincidência que encerrou as homenagens a Ronaldo.

O time todo jogou bem, foi empolgante. Contra um Santos considerado favorito a tudo hoje, foi Ralf quem deu o chapéu em Neymar. E com bola rolando.

Fábio Santos foi uma grata surpresa, e Dentinho, supostamente afastado para recuperar condicionamento físico, parece também ter recuperado sua capacidade de driblar para cima dos marcadores, em direção ao gol. Morais também foi bem e o esquema ideal parece ter sido encontrado.

O paulistinha, nesse formato atual, é muito chato. Salvo os clássicos, os outros jogos são uma pré-temporada, o que pode ser muito benéfico para um time em formação como esse Corinthians, de menos marketing e mais futebol. Aos trancos e barrancos, continuamos invictos, com apenas 5 gols sofridos e 16 marcados. A perspectiva é boa, mas é no mata-mata que veremos o resultado da tal “transição” do Prof. Tite.

Uma homenagem ao jovem William Morais, que já havia citado aqui no blog como promessa. É um promessa que não vai se cumprir, uma vida brutalmente interrompida pela violência e barbárie que enfrentamos no Brasil todos os dias. Meus pêsames a família, e a todos nós corintianos, que não teremos a chance de ver William jogar. RIP.

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