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Quarta – feira gigantesca do futebol.

Os domingos são os principais dias para o futebol brasileiro, certo? Errado. Ao menos nessa época do calendário.

A Taça Libertadores e a Copa do Brasil monopolizam as atenções da ferocidade boleira no Brasil e no continente. Hoje então as duas competições se cruzam em decisões que prometem arrepiar a espinha até de torcedor de badminton.

Taça Libertadores da América – Nacional X Palmeiras

Pela Libertadores, o Palmeiras já está no Uruguai para enfrentar o Nacional. Na 1ª partida o placar apontou 1X1, no Palestra Itália. O Verdão precisa de gols, não necessariamente da vitória. 0X0 dá Nacional. 1X1 a decisão vai para o drama das penalidades. Empates a partir de 2X2, levam o Palmeiras às semifinais. A vitória por qualquer placar serve para ambos.

O gramado horroroso do Centenário preocupa. Mas para quem jogou 317 partidas contra o Sport na Ilha do Retiro, o Centenário pode até não ser aterrorizante.

Luxa deverá repetir a escalação da vitória contra o Cruzeiro. No 3-4-1-2, com Marcão na zaga, Williams no ataque ao lado de Keirrison, Diego Souza livre para armar o jogo e Cleiton Xavier como um falso 2º volante. O time parece muito confiante, mas em caso de eliminação, a cornetagem volta a soar como um estrondo pelos lados do Palestra. Pelos lados do Nacional, um surto de gripe (comum) pegou muitos dos jogadores do time, chegando a deixar alguns como dúvida para o jogo. O zagueiro Federico Dominguez e o meia Angel Morales, além do zagueiro Matías Rodriguez, e o meia Nicolás Lodeiro, tido como o destaque do elenco, são alguns dos gripados.

Taça Libertadores da América – Grêmio X Caracas

Também pela Libertadores, mas no estádio Olímpico, o Grêmio tenta confirmar seu favoritismo contra o Caracas. A situação é a mesma do jogo entre Palmeiras X Nacional. No confronto de ida, o tricolor dos pampas empatou em 1X1 e agora leva as mesmas vantagens que o Nacional tem sobre o Palmeiras.

Em relação ao jogo contra o Fluminense, 2 possíveis alterações. Revér volta a zaga e Ruy retoma a camisa 2.

Os dirigentes gremistas têm salientado a contagem regressiva para o tri continental. Se for levar em consideração o pessimismo da imprensa venezuelana em torno de seu representante, os dirigentes sulistas já podem refazer a conta.

Copa do Brasil – Corinthians X Internacional

Já pela Copa do Brasil teremos hoje o início das finais. O Corinthians recebe o Internacional no Pacaembu, numa final mais do que anunciada desde o princípio.

Há 3 anos apontado como favorito a tudo, o Internacional precisa finalmente fazer valer esse favoritismo que quase todo mundo dá a ele ao longo de todo esse tempo, coisa que não tem feito. Basta ver que para o ano de seu centenário, o colorado não conseguiu nem a vaga para a principal competição do continente. Até por isso tenta impedir que o rival da final consiga realizar o mesmo sonho.

Pelos lados do Parque São Jorge ninguém esconde que a grande obsessão do clube é a vaga para a Libertadores de 2010, ano de seu centenário.

Para impedir o feito corintiano, o Inter vem a São Paulo com sérios desfalques. Kleber está na seleção (mas atualmente esse é mais um ganho do que perda), assim como Nilmar, principal estrela do time. O carrasco corintiano na libertadores de 2003 também não irá a campo. D´Alessandro não se recuperou de uma tendinite e já foi vetado. E na lateral direita Tite não poderá escalar Bolivar, suspenso. Marcelo Cordeiro, Alecssandro, Andrezinho e, possivelmente Danilo Silva deverão assumir seus postos, respectivamente. Magrão que era dúvida, está liberado.

O Corinthians também tem seu desfalque – André Santos, que também defende a seleção do Dunga. Para sua vaga Mano faz mistério, mas numa coisa eu aposto, Wellington Saci não será o escolhido. Atacante de ofício, Mano inventou o garoto na lateral e viu Saci fazer péssimo papel. Marcelo Oliveira ou Diego deverão sair jogando na esquerda. Ronaldo que se recupera de forte gripe está confirmado. O camisa 9 deu seu recado ao afirmar que o Inter não é um bicho de 7 cabeças como quase todo mundo diz. Nessa eu to com o Fenômeno.

Meus palpites para os jogos da quarta barriguda do futebol:

Nacional X Palmeiras – Palmeiras com vitória.

Grêmio X Caracas – Grêmio com goleada.

Corinthians X Internacional – vitória corintiana e sem levar gols.

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Malandro, se o coração estiver em dia e você não puder ir ao jogo do seu time, coloque sua cerveja para gelar meia hora antes, deixe o tremoço e o picles já no jeito, escolha a melhor transmissão pelo rádio e a melhor imagem da tv. A noite dessa quarta promete.

Chazinho de Coca – Erros pontuais de Luxemburgo impedem vitória palmeirense na Libertadores.

Vanderlei Luxemburgo é um treinador vencedor? Óbvio que sim. Isso faz dele um profissional intocável, incontestável? De jeito nenhum.

Infelizmente o ego do técnico palmeirense o impede de aceitar JUSTAS críticas após certos tropeços. Não acho que todo resultado negativo de um time seja culpa do técnico, isso é pensamento arcaico, retrogrado. Mas ontem a vitória palmeirense escapou por entre os dedos alviverdes, sobretudo nas alterações de seu treinador.

O time já saiu escalado de forma estranha. Jogando em casa, precisava isolar Keirrison na frente? “Ah mas ele avançou Diego Souza e fez de Cleiton Xavier o armador do time”. Errado 2, errado 3 vezes. Oras, Diego sempre rende melhor atuando como meia. Cleiton “Chico” Xavier tem suas atuações mais destacadas atuando como o 2º volante que, com qualidade na saída de jogo, arma o time desde a retaguarda.

Luxa deslocou todos eles, entrou com o bom, mas ontem desnecessário Souza e insistiu com Capixaba na lateral direita. Na base da empolgação inicial, até que teve um bom começo. Mas depois o esquema começou a falhar, o Nacional (que nem é tudo isso) colocou a bola no chão e a se atirar ao chão. A cera uruguaia foi espantosa. Só não foi mais espantosa do que o acréscimo de apenas 1 minuto ao final do 1º tempo.

O Nacional quase abriu o placar, mas São Marcos fez um dos seus milagres costumeiros em cabeçada a queima roupa, no canto esquerdo.

Aos 27 Luxa deixou o time da maneira que deveria ter entrado. Acertou? Sim, mas o seu erro inicial fez com que esse acerto trouxesse também alguns malefícios, pois ele queimou 2 alterações ainda no 1º tempo. Saíram Souza e Capixaba, para as entradas de Marquinhos e “Golbina” (não sei se alguém já cravou essa. Mas era a minha idéia de título para o post, caso ele marcasse o dele. De toda forma, quero créditos de agora em diante. RSS).

O estádio em uníssono gritou pelo nome de Obina. Sinal dos tempos? A atmosfera ao menos era bastante favorável.

Cleiton voltou a ser o 2º volante e Diego Souza o armador. Keirrison ganhou um companheiro de ataque. E Obina não foi mal. Passou a ser referência importante na área, combateu saída de jogo uruguaia e, ao contrário do que tenho lido por aí, a meu ver melhorou o jogo do K9.

Tabelas passaram a ser feitas na entrada da área do Nacional. Por vezes Obina, por outras Keirrison, se intercalavam na função de garçom, atuando de costas, facilitando a aproximação dos meias. Em uma delas, Obina recebeu de costas para a zaga, rolou para Cleiton, que tocou em Diego, que com um lindo toque de letra achou Keirrison entrando pela direita. O K9 finalizou bem e a bola passou rente a trave. Seria um golaço.

Quando as costuras não aconteciam pelo meio, Armero aparecia muito bem pela esquerda e os seus cruzamentos assustavam a zaga adversária. Não era uma atuação brilhante do Palmeiras, mas o jogo estava desenhado para uma boa vitória.

Na segunda etapa o Verdão voltou contundente. Marquinhos avançava bem pela direita, mas pecava demais nos cruzamentos.

Aos 10 minutos, Cleiton Xavier pelo meio achou Keirrison na ponta esquerda da área uruguaia e rolou, o camisa 9 deu um tapa de leve na bola e achou Diego Souza vindo de trás. O camisa 7 encheu o pé no canto direito de Munoz. Belo gol e até então, um bom jogo alviverde.

O jogo caminhava muito bem para os donos da casa, mas Keirrison dava sinais de cansaço. Volto a dizer, para mim ele não fez uma má partida ontem.

Aos 30 minutos mais um erro de Luxemburgo.

Sacar Keirrison foi boa pedida àquela altura do jogo. Mas chamar o adversário pra dentro colocando um volante? Tinha o sempre aceso Ortigoza no banco. Era segurar a bola lá no ataque e continuar pressionando o adversário. O 2º gol era questão de tempo. Mas Luxa mandou Jumar a campo. A torcida não perdoou e as vaias no estádio foram para o treinador e não para Keirrison.

Foi-se.

O Nacional avançou com a entrada de Morales e começava a se atrever na frente. Enquanto isso, Luxemburgo discutia avidamente com UM ÚNICO torcedor da turma do amendoim. Situação patética. O treinador sequer olhava para o campo.

E quase aos 40, num chute sem direção de Morales, Morro Garcia deu uma canelada na bola, sem marcação, sem nada para atrapalhá-lo. O Nacional empatou, o Palmeiras se apagou.

Ao final do jogo, o Nacional comemorou como se já tivesse liquidado a fatura. Nos vestiários a comemoração continuou, com música alta e tudo mais.

E na coletiva Luxemburgo sugeriu que os jornalistas tirassem suas camisas do Corinthians. Mostrando sua insatisfação em relação as criticas recebidas. Domingo ele mandou o juiz tirar a camisa do São Paulo.

A torcida do Santos está cabrera por ver que seu clube não tem representantes nessas esferas futebolísticas. Piadinha à parte, Luxemburgo teve uma péssima jornada. Precisa ele vestir a camisa do Palmeiras.

O retrospecto do Palmeiras nessa Libertadores permite que o time e a torcida acreditem na classificação, a fase de Marcos também. Mas o perrengue será, mais uma vez, enorme.

Confira os melhores momentos da partida:

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Deixo com vocês um clássico da banda que não aprendeu a fazer música ruim. Um clássico em meio a tantos. Uma delícia sonora chamada Under My Thumb, dos Rolling Stones. Acompanhe uma apresentação antigaça dos bonitos:

Cheers,

La Mano de Díos – Tudo verde e amarelo nas Américas!

Tudo verde e amarelo nas Américas!

Pois é, camaradinhas, meus amigos de blog me pouparam da árdua tarefa de comentar todos os jogos de ontem. Por isso, falarei aqui daqueles jogos que ainda não tiveram nenhum devido pitaco desse bando de ferozes.

Antes de tudo, devo dizer que, por pior que esteja me sentindo, minha doença foi providencial. Estando de molho desde segunda-feira, consegui acompanhar quase todos os jogos dessa que foi a quarta-feira mais animada dos últimos tempos, futebolisticamente falando.

Vamos primeiro falar do jogo que mais me animava ontem, Boca Juniors x Cruzeiro. Realmente não entendi o que o Adilson Batista inventou para essa partida. Jogando na Bombonera, contra o sempre perigoso Boca, o Cruzeiro entrou com um time completamente diferente daquele que vinha jogando nas últimas partidas. Jogadores fora de suas posições, acanhado, desorganizado, não demorou muito para o Boca abrir o placar com um chute de Riquelme, livre no meio da área cruzeirense.

O jogo logo aos seis minutos já tinha cheiro de goleada.

E não mudou muito. Muito mal na defesa e pouco ineficaz no ataque, era questão de tempo para o Cruzeiro tomar o segundo gol, que só não saiu pois Palacio estava em noite pouco inspirada. Porém, logo no começo do segundo tempo, depois de mais um passe brilhante de Riquelme, Datolo deixa o zagueiro cruzeirense e o goleiro Fábio no chão, marcando o segundo do Boca. Aí, meu amigo, parecia que a porteira estava aberta.

O drama só não aumentou pois Palermo, que fez tudo certo, encontrou a trave em seu caminho, e o lateral direito do Boca, que tinha uma avenida para jogar, chutou mal, desperdiçando o rebote. E pra completar, Palacio perdeu mais um…

O Cruzeiro se segurava como podia e já agradecia por só perder de dois… mas eis que num chute meio que no ou vai ou racha Fabrício dá a sorte de uma bola desviada na zaga e o goleiro Caranta não pode fazer nada a não ser olhar a bola dormir no fundo da rede argentina. O 2×1 era comemorado pelos cruzeirenses como goleada vitoriosa…

A partir daí o Cruzeiro até tentou impor ritmo ao jogo, mas já era tarde. Depois de uma pedra que atingiu o bandeira, o juiz resolveu terminar o jogo sem dar os acréscimos ao segundo tempo.

2×1 não é de todo ruim, e se o Cruzeiro jogar no Mineirão como vinha jogando até ontem, tem todas as condições de sair com a vaga.

No Uruguai vimos o São Paulo mais uma vez jogar aos trancos e barrancos, frente a um Nacional que não tinha time para impor pressão. Mesmo assim, o jogo foi um festival de passes errados, jogadas violentas e chutões para o alto. Só o Falcão gostou da atuação do São Paulo ontem…

Richarlyson está conseguindo ir mal em todas as posições que joga. Periga ir mal até de gandula, se tiver a oportunidade. Indisciplinado, violento, não acerta um lance e ainda dá piti com o juiz. Vergonhoso. Ontem, nem Jorge Wagner jogou bem, e o time dependia do talento de Hernanes, da vontade do Imperador e da qualidade de Miranda e Alex Silva – esses nunca desapontam. E por pouco Rogério não toma outro frango…

No segundo tempo o jogo parecia luta-livre, com o juiz sendo conivente em muito lances horríveis. Acabou como começou, um 0x0 de muita correria e pouca técnica. O São Paulo com a bola no chão era muito mais time, mas não conseguiu mostrar isso em campo. O impressionante é que Hugo até que jogou bem…

Frente ao que o Tricolor vem apresentando até agora na Libertadores, esse 0x0 foi uma vitória. Não acredito que o fraco time do Nacional consiga fazer alguma coisa no Morumbi semana que vem, e tudo indica que teremos uma quartas-de-final tricolor no Brasil.

River e San Lorenzo fizeram um clássico portenho ontem no estádio Novo Gasometro. Jogo brigado, muito pegado e com alguns bons lances. Valeu a pena ver Ortega voltar ao time no meio do segundo tempo e Falcão Garcia jogar muita bola. Dois jogadores diferenciados.

Mas não deu para o River. No fim do segundo tempo o San Lorenzo de D’Alessandro fez o segundo gol, sacramentando o placar de 2×1. O River, que tem o Superclássico contra o Boca pelo Clausura no fim de semana, tem tudo para virar o placar em Nuñez semana que vem, mas com certeza vai ser um jogo muito disputado.

Rapidinhas: Nunca é demais falar bem de alguns jogadores. Ontem Riquelme mostrou que é com certeza o melhor jogador em atividade na América, quiçá no mundo. Camisa 10 à moda antiga, cerebral, organiza as jogadas e entrega a bola de bandeja para que os companheiros marquem os gols. Passes brilhantes e milimétricos, além de ser ótimo na bola parada. Esse é craque!
Outro que rouba a cena é o Ramires, pelo Cruzeiro. O cara joga no campo todo, ajudando o time na defesa quando o Cruzeiro não tem a posse de bola e levando perigo no ataque com ótimas arrancadas e chutes a gol. Sem dúvida o melhor em campo, mais uma vez, ontem pelo lado brasileiro na Bombonera.
E também nunca é demais falar mal de outros cabeças de bagre. Richarlyson já foi devidamente espinafrado, mas Fábio Santos merece a parte dele. O mané não acerta um passe, é lento na marcação e tem péssimo passe. O tipo de jogador que só atrapalha… não é porque veio do chato campeonato francês que tem a obrigação de jogar no São Paulo. Abre o olho, Muricy!

Pois é, meus amigos, acho que ando meio ranzinza por causa dessa infecção na garganta, por isso me despeço esperando melhores dias, ao som de Amy Winehouse – Rehab. É brincadeira o que canta essa moça!

Aquele abraço!