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GOLAÇO LITERÁRIO: “ZIDANE: LA ELEGANCIA DEL HÉROE SENCILLO”

“Não ví Pelé jogar, mas vi Zidane”

A frase acima pode ser adaptada da maneira que o interlocutor bem entender, de acordo com suas predileções. Em meu caso aplica-se assim mesmo.

Muitas vezes ela soa como um recalque de alguém que não nasceu na chamada “era de ouro do futebol”, onde cada time de cada cidade do planeta bola contava com meia dúzia de gênios atemporais.

Peguei a tal da transição entre o jogo jogado na bola e o jogo jogado na rotula. Não me importo. Tendo Pelé como a referência da genialidade aplicada no esporte, posso afirmar que o “Pelé” de minha época foi Zidane. E vejam, tenho “somente” 32 anos, logo a minha época ainda é a atual e não, Messi ainda não entra em minhas comparações com Zizou. Também não falo sobre quem é melhor ou não, mas sobre quem estampou em minhas retinas o jogo mais agradável de se ver. A elegância máxima no fino trato da pelota.

Bom, a idéia aqui é apresentar a biografia que acaba de ser lançada sobre Zinedine Zidane, mas me deixei levar pelos encantos de seu jogo ainda vivíssimos em minhas lembranças.

O Livro “Zidane: la elegancia del héroe sencillo”, de Enrique Ortego, conta a trajetória de Zizou com a camisa merengue.

Zidane foi muito mais do que sua gigantesca passagem pelo Real Madrid, mas a homenagem a uma bandeira do futebol como ele é sempre valida. Mas que venham outras, mais abrangentes e completas. Mais Zidane.

Ricardo Vieira, velho amigo de futebolzinho das pracinhas e quadras escolares invadidas aos finais de semana e também fã do francês, definiu a homenagem da seguinte maneira:

“Acho que todo mundo que ama futebol deveria ter um dia de Zidane. Que fosse na pelada do final de semana. Um dia de desenhar jogadas antes mesmo de acontecer. De dominar aquela bola em forma de pedregulho que chega de qualquer jeito e cai aos seus pés de um jeito só dele. De seus chutes geniais. Coisas de Zidane”

Cheers,

GOLAÇO LITERÁRIO – “GIGANTES DO FUTEBOL BRASILEIRO”

Por: Mauricio Stycer (http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/)

Lançado em 1965, “Gigantes do Futebol Brasileiro” em pouco tempo desapareceu das livrarias e, com o passar dos anos, também dos sebos. Tornou-se um livro-mito, uma espécie de lenda, a respeito da qual os mais velhos comentavam, para inveja e admiração dos mais novos.

O projeto do livro foi muito imitado posteriormente, mas nenhum clone alcançou, até hoje, a repercussão da obra escrita pelos jornalistas João Maximo e Marcos de Castro. Primeiro motivo: o conceito de “gigantes”. A obra não se propõe a listar os maiores jogadores de todos os tempos, “mas alguns gigantes cujas histórias os autores gostariam de contar”.

Desta explicação, segue-se o segundo motivo para o sucesso de “Gigantes do Futebol Brasileiro”: as histórias que integram o livro são narradas com aquele misto de paixão e respeito aos fatos que distingue o bom do mau jornalismo esportivo. Há espaço para registro de lendas, mas com o cuidado de alertar o leitor do que se trata.

A esse respeito, Paulo Mendes Campos observa no prefácio à primeira edição: “O futebol é uma série de fatos concretos, mas é também uma pequena mitologia brasileira, uma aura de sonhos e possibilidades em torno de cada jogador que o torcedor recorda, cada gol, cada lance”.

A primeira edição trazia os perfis de 13 jogadores: Friedenreich, Fausto, Domingos da Guia, Leônidas, Tim, Romeu, Zizinho, Jair Rosa Pinto, Heleno, Danilo, Nilton Santos, Garrincha e Pelé. Os elogios recebidos, contam os autores, foram neutralizados pelas críticas a duas ausências notáveis: Ademir e Didi.

A segunda edição, que acaba de ser publicada, acerta as contas com os dois craques ausentes na primeira edição, mas perde Jair Rosa Pinto, cujos herdeiros não autorizaram a inclusão no novo livro. E de quebra, traz sete novos “gigantes”: Gerson, Rivelino, Tostão, Falcão, Zico, Romário e Ronaldo.

No novo prefácio, Luis Fernando Veríssimo dá um recado aos jovens, que não viram a maioria destes “gigantes” em ação: “Os que não vimos jogar fazem parte de uma história compartilhada, de um passado comum a toda a irmandade do futebol, não importa a idade. De um jeito ou de outro, são personagens. E a grande sacada deste livro é tratá-los como personagens.”

É verdade que há perfis mais saborosos do que outros. Os melhores, na minha opinião, são sobre os craques que os autores viram em ação num momento, talvez, de maior deslumbramento e encanto pelo futebol – de meados dos anos 50 aos 70. Os mais antigos, como Fausto, por exemplo, cuja história é fascinante, e os mais novos, como Romário e Ronaldo, não apresentam a mesma força que os perfis de Nilton Santos, Pelé, Gerson e Tostão, por exemplo.

Fruto de entrevistas com a maior parte dos jogadores e, também, de muita pesquisa, “Gigantes do Futebol Brasileiro” (Civilização Brasileira, 440 páginas, R$ 49,90) raramente informa, o que é uma pena, as fontes utilizadas no trabalho – livros, jornais e outros depoimentos que provavelmente seriam úteis a outros pesquisadores.

Não há nenhum goleiro entre os “gigantes” do nosso futebol e, com exceção de Domingos e Nilton Santos, todos os jogadores fizeram fama do meio para a frente. Ainda que seja um livro de reverência ao bom futebol, não deixa de lembrar que muitos destes craques terminaram a vida em péssimas condições financeiras, sem auxílio e solitários.

Como bem observa Veríssimo, “as histórias são retratos das suas épocas, uma sequência de flagrantes de um Brasil em transformação”. Um país bom de bola, que dá orgulho, mas muito desigual.

Em tempo: Cada perfil é acompanhado de um desenho do cartunista Ique, como os de Didi, Gerson e Tostão reproduzidos aqui.

Por: Mauricio Stycer (http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/)

Cheers,

 

Golaço Literário – Os 11 Maiores Goleiros do Futebol Brasileiro e Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro.

Os 11 Maiores Goleiros do Futebol Brasileiro


De Luís Augusto Símon

As glórias do futebol não são feitas apenas por aqueles que fazem ou participam de gols.

Às vezes o herói é justamente quem evita o momento mais esperado de uma partida: o goleiro.

Sujeito estranho. Nem existia antes de 1871, quando foi definido que um atleta de cada lado poderia usar as mãos dentro de sua área. Usa um uniforme diferente, fica concentrado em uma pequena área do campo e é a última esperança do time que está sendo atacado. Mesmo com toda essa responsabilidade – ou até por causa dela -, o goleiro é lembrado, sim, com muito carinho por torcedores apaixonados.

Em um brilhante texto, o jornalista Luís Augusto Símon conta a trajetória dos 11 maiores goleiros do futebol brasileiro: Barbosa, Castilho, Gilmar, Raul, Leão, Zetti, Taffarel, Rogério, Marcos, Dida e Júlio César.

Polêmicas, histórias pouco conhecidas, alegrias e tristezas. Um mergulho histórico e fascinante nas redes dos grandes defensores do país.

Os 11 Maiores Técnicos do Futebol Brasileiro


De Mauricio Noriega

Atacante bom é aquele que faz gol. Goleiro bom é aquele que evita gol. E técnico bom, quem é? O grande estrategista, que domina as teorias? O paizão, que trata os jogadores como crianças crescidas e carentes, necessitadas de compreensão e apoio? O tático, capaz de “virar o jogo” no intervalo, com alterações surpreendentes?

O que revela jogadores? O que lida bem com estrelas? O que sabe “ler o jogo”? O que estuda os adversários? Ou, simplesmente, o vencedor? Há diferentes motivos para um técnico ganhar espaço nesta cuidadosa seleção feita pelo jornalista Maurício Noriega.

Numa época em que técnico transformou-se em “professor” é evidente a importância dada a esse profissional do futebol pela mídia especializada e pelos torcedores. Além do perfil dos principais técnicos que atuaram – ou atuam – no Brasil, há entrevistas de personalidades que conhecem bem o estilo do retratado, como ex-jogadores e outros treinadores. Leitura para amantes e admiradores do futebol brasileiro. E para quem gosta de saber mais sobre líderes vencedores.

Os onze de Noriega são: Oswaldo Brandão, Bela Gutman, Vicente Feola, Lula, Zagallo, Minelli, Ênio Andrade, Telê Santana, Vanderley Luxemburgo, Luis Felipe Scolari e Muricy Ramalho

“AS MELHORES SELEÇÕES ESTRANGEIRAS DE TODOS OS TEMPOS” e “AS MELHORES SELEÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”

O das seleções gringas, de Mauro Beting. O das seleções brazucas, de Milton Leite.

A trupe do Ferozes FC irá cobrir mais essas maravilhas de lançamentos literários do mundo da bola, dos mallanders Mauro Beting e Milton Leite. Segue então abaixo a chamada diretamente extraída do blog do DJ da nossa festa do dia 26/03, Mauro “Balada” Beting:

É amanhã (mais conhecida como HOJE). 18h30. Na Saraiva, do Shopping Eldorado, zona Oeste de São Paulo.

Noite de autógrafos de “AS MELHORES SELEÇÕES ESTRANGEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”, meu novo livro pela Editora Contexto.

Lanço com o caríssimo Milton Leite, que também estará autografando seu novo livro, “AS MELHORES SELEÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”.

Começa 18h30. E vai, no mínimo, até umas 22h.

Converso com o travesseiro pouco usado em menos de três meses de pesquisa, entrevista e escrita:

– Pelos seus cabelos ainda mais caídos, e pelo que ouvi de papo com a pobre de sua mulher, você escreveu um livro sobre as grandes seleções da história do futebol. Você colocou a Argentina dos anos 40, né, Mauro?

– Travesseiro, a escolha é minha e dos editores. Elencamos apenas seleções que pude ver jogar em 36 anos de arquibancada e sofá, e nos 19 como jornalista de cabine de imprensa. As que não tive idade para tanto, assisti às partidas completas nos DVDs do colecionador Gustavo Roman, com a ajuda nas reportagens e observações dos colegas André Rocha e Dassler Marques. Só da Hungria de 1954 não tive acesso aos jogos completos. Mas vi quase todos os gols, e muitos momentos das partidas.

– Tem a Celeste Olímpica uruguaia?

– Não. São apenas seleções que vi, não as que ouvi ou li. Equipes que brilharam em Copas, não em Olimpíadas ou torneios continentais. Não pude ver o Uruguai de 1930. O do Maracanazo de 1950. Ou mesmo o que quase derrotou a Hungria de 1954. Talvez o mais técnico time uruguaio de todos. Mas não campeão.

– Ué? Se não colocou o Uruguai por que não foi campeão, então por que a Hungria de 1954?

– Porque foi um time espetacular. Vi todo o jogo contra a Inglaterra, em Wembley, em 1953. Posso analisar taticamente a equipe húngara. Como a Holanda-74 e o Brasil-82, um time que não ganhou a Copa, mas conquistou o mundo. Travesseiro, já te disse naquelas noites mal dormidas de dores de derrotas que futebol é muito mais que vencer…

– É… Você não “ligou” para Sarriá, em 1982… Fiquei encharcado!

– Torcer é um ato perfeito de amor. Amar não exige vitórias. É bom ter a memória seletiva. Para lembrar a revolucionária Hungria de 1954. Guardar nos olhos a magia mecânica da Holanda de 1974, só vencida por uma baita Alemanha que também está no livro.

– Se pode entrar time que não foi campeão, então colocasse a Itália de 1978, que jogou mais que a de 1982…

– Era bonita de ver. Mas não foi linda de torcer como a tricampeã na Espanha. Admiro poucos campeões. Mas respeito todos eles. Como adoro equipes que não foram felizes. Aquela Itália de 1978, por exemplo. Ou a França em 1982, mesmo em 1986. Que belos times! Pena que os pênaltis não entraram… Algo que sobrou em 1998. Acontece. Nem sempre é preciso ser um Brasil para ser uma grande seleção. Ou mesmo um grande campeão. Como foi a Inglaterra: o time inglês de 1970 era melhor e mais entrosado que o de 1966. Mas não venceu.

– A Argentina só tinha o Maradona em 1986…

– Tento mostrar que uma equipe organizada ajuda. Em quase todas as sete seleções, além de craques – ou apenas um -, é preciso entrosamento, uma base definida, dois clubes majoritários na formação do grupo, aplicação, garra, um bom comandante, persistência (teimosia?), uma torcida exigente, uma imprensa ainda mais chata, boa dose de sorte, um apito que no mínimo não atrapalhe, adversários que ajudem… A Alemanha de 1990, por exemplo, era ótima. Mas aquela foi a pior de todas as Copas. Diferentemente do Mundial de 1974, quando um time ainda melhor alemão venceu a maravilhosa Holanda.

– Então qualquer time pode ser campeão, como foi a Itália de 2006?

– Campeão do mundo não é um time qualquer. Aquela não foi uma grande Itália. Mas foi uma senhora campeã. Os sete aqui listados merecem todas estas linhas. Talvez alguns países merecessem mais de um time citado. Mas, para evitar mais confusão, só escolhemos uma seleção de cada país. Analiso todos os jogos de cada equipe em cada Copa. A formação daqueles timaços, como acabaram. Destacando sempre uma figura deles. Só não escalei as melhores seleções brasileiras. Elas serão apresentadas num livro do colega Milton Leite, pela nossa editora.

– Qual das sete é a melhor?

– Entre tantas coisas que não sei e jamais saberei responder, essa é uma delas.

– Eu é que sei! Você está com medo de falar que são a Holanda de 1974 e a Hungria de 1954. Só para não dizer que as “melhores” são as únicas que não foram campeãs… Aí vai dizer que é “magia do futebol”, que os dramas comovem mais o leitor, que os perdedores rendem mais história…

– Travesseiro, existem coisas que a gente não diz nem para você…


http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/

Golaço Literário – Os 10 Mais do São Paulo

7º livro da coleção “Ídolos Imortais”, Os 10 Mais do São Paulo entra para o time de lançamentos de Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Fluminense, Internacional e Botafogo.

Segue:

Na noite desta quarta-feira o torcedor são-paulino não terá nenhum jogo para assistir no Morumbi ou na televisão, já que a temporada de 2009 terminou no último dia 6. Mas quem gosta do clube, de bom futebol e de um bom programa tem tudo para se divertir.

A partir das 19 horas, na Livraria Saraiva do Morumbi Shopping, na capital paulista, o jornalista Arnaldo Ribeiro faz o lançamento do livro Os dez mais do São Paulo, publicação da Maquinaria Editora. Na ocasião estarão presentes alguns diretores do clube, além de personagens do livro.

O livro, sétimo da Coleção Ídolos Imortais, relata a trajetória de dez ilustres personagens da história do São Paulo. Em 184 páginas, o autor destaca os feitos de Leônidas da Silva, Bauer, Canhoteiro, Roberto Dias, Pedro Rocha, Dario Pereyra, Serginho, Careca, Raí e Rogério Ceni, que tanto contribuíram para a construção da vitoriosa história do clube.

Arnaldo Ribeiro

Começou sua carreira em 1992, no extinto jornal Notícias Populares, de onde seguiu dois anos depois para a Folha de São Paulo. Dentre outras funções, no jornal paulistano passou a acompanhar a Seleção Brasileira. Foi contratado então pelo O Estado de São Paulo, por quem fez a cobertura de sua primeira Copa do Mundo, em 1998, na França.

Em 2000 saiu do Estadão e foi para a editora Abril, trabalhar na revista Placar, onde hoje é redator-chefe. Desde 2004 também faz parte do canal de TV por assinatura ESPN Brasil, onde é comentarista e participa dos programas Bate-Bola e SportsCenter.

Fonte:http://www.espbr.com/noticias/dez-sao-paulo