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QUE BELEEEZA!

É bem comum ver goleiros irem para a área adversária tentarem um golzinho de cabeça ao final de um jogo.

Muitos deles, porém, não concretizam sua missão e, em alguns casos, protagonizam cenas bizarras. Como fez, por exemplo, o pentacampeão Marcos, ex-goleiro do Palmeiras, em partida contra o Grêmio, em 2008, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o ídolo alviverde, a partir da metade do segundo tempo, começou ir para a área adversária, buscando desesperadamente empatar a peleja. O feito, então, irritou Luxemburgo – técnico do Verdão na época.

Marcos vai para a área e irrita Luxemburgo

Pois bem. Na segunda divisão do Campeonato Dinamarquês a cena se repetiu. E o melhor: se concretizou!

Aos 43′ da segunda etapa, o goleiro dinamarquês Jakob Kohler entrou para a história dos arqueiros bem sucedidos no ataque, além de provocar inveja a muito atacante badalado.

O LANCE
Após cobrança de escanteio, a bola sobrou na entrada da área e Kohler, insistente, foi para o “meio do bolo” esperando novo cruzamento. Quando a redonda subiu, ele preparou a bicicleta e, em grande estilo, à lá Leônidas da Silva, estufou as redes, saindo para comemorar com saltos mortais, levantando a pequena torcida do Frem, que com o gol, empatou com o Skjold Birkerod por 1 a 1.

Jakob Kohler ficou famoso no mundo inteiro pelo belo gol de bicicleta

Como diria Milton Leite: “Queeeee Beleeeeezaaaa!!!”

Confira o vídeo:

“AS MELHORES SELEÇÕES ESTRANGEIRAS DE TODOS OS TEMPOS” e “AS MELHORES SELEÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”

O das seleções gringas, de Mauro Beting. O das seleções brazucas, de Milton Leite.

A trupe do Ferozes FC irá cobrir mais essas maravilhas de lançamentos literários do mundo da bola, dos mallanders Mauro Beting e Milton Leite. Segue então abaixo a chamada diretamente extraída do blog do DJ da nossa festa do dia 26/03, Mauro “Balada” Beting:

É amanhã (mais conhecida como HOJE). 18h30. Na Saraiva, do Shopping Eldorado, zona Oeste de São Paulo.

Noite de autógrafos de “AS MELHORES SELEÇÕES ESTRANGEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”, meu novo livro pela Editora Contexto.

Lanço com o caríssimo Milton Leite, que também estará autografando seu novo livro, “AS MELHORES SELEÇÕES BRASILEIRAS DE TODOS OS TEMPOS”.

Começa 18h30. E vai, no mínimo, até umas 22h.

Converso com o travesseiro pouco usado em menos de três meses de pesquisa, entrevista e escrita:

– Pelos seus cabelos ainda mais caídos, e pelo que ouvi de papo com a pobre de sua mulher, você escreveu um livro sobre as grandes seleções da história do futebol. Você colocou a Argentina dos anos 40, né, Mauro?

– Travesseiro, a escolha é minha e dos editores. Elencamos apenas seleções que pude ver jogar em 36 anos de arquibancada e sofá, e nos 19 como jornalista de cabine de imprensa. As que não tive idade para tanto, assisti às partidas completas nos DVDs do colecionador Gustavo Roman, com a ajuda nas reportagens e observações dos colegas André Rocha e Dassler Marques. Só da Hungria de 1954 não tive acesso aos jogos completos. Mas vi quase todos os gols, e muitos momentos das partidas.

– Tem a Celeste Olímpica uruguaia?

– Não. São apenas seleções que vi, não as que ouvi ou li. Equipes que brilharam em Copas, não em Olimpíadas ou torneios continentais. Não pude ver o Uruguai de 1930. O do Maracanazo de 1950. Ou mesmo o que quase derrotou a Hungria de 1954. Talvez o mais técnico time uruguaio de todos. Mas não campeão.

– Ué? Se não colocou o Uruguai por que não foi campeão, então por que a Hungria de 1954?

– Porque foi um time espetacular. Vi todo o jogo contra a Inglaterra, em Wembley, em 1953. Posso analisar taticamente a equipe húngara. Como a Holanda-74 e o Brasil-82, um time que não ganhou a Copa, mas conquistou o mundo. Travesseiro, já te disse naquelas noites mal dormidas de dores de derrotas que futebol é muito mais que vencer…

– É… Você não “ligou” para Sarriá, em 1982… Fiquei encharcado!

– Torcer é um ato perfeito de amor. Amar não exige vitórias. É bom ter a memória seletiva. Para lembrar a revolucionária Hungria de 1954. Guardar nos olhos a magia mecânica da Holanda de 1974, só vencida por uma baita Alemanha que também está no livro.

– Se pode entrar time que não foi campeão, então colocasse a Itália de 1978, que jogou mais que a de 1982…

– Era bonita de ver. Mas não foi linda de torcer como a tricampeã na Espanha. Admiro poucos campeões. Mas respeito todos eles. Como adoro equipes que não foram felizes. Aquela Itália de 1978, por exemplo. Ou a França em 1982, mesmo em 1986. Que belos times! Pena que os pênaltis não entraram… Algo que sobrou em 1998. Acontece. Nem sempre é preciso ser um Brasil para ser uma grande seleção. Ou mesmo um grande campeão. Como foi a Inglaterra: o time inglês de 1970 era melhor e mais entrosado que o de 1966. Mas não venceu.

– A Argentina só tinha o Maradona em 1986…

– Tento mostrar que uma equipe organizada ajuda. Em quase todas as sete seleções, além de craques – ou apenas um -, é preciso entrosamento, uma base definida, dois clubes majoritários na formação do grupo, aplicação, garra, um bom comandante, persistência (teimosia?), uma torcida exigente, uma imprensa ainda mais chata, boa dose de sorte, um apito que no mínimo não atrapalhe, adversários que ajudem… A Alemanha de 1990, por exemplo, era ótima. Mas aquela foi a pior de todas as Copas. Diferentemente do Mundial de 1974, quando um time ainda melhor alemão venceu a maravilhosa Holanda.

– Então qualquer time pode ser campeão, como foi a Itália de 2006?

– Campeão do mundo não é um time qualquer. Aquela não foi uma grande Itália. Mas foi uma senhora campeã. Os sete aqui listados merecem todas estas linhas. Talvez alguns países merecessem mais de um time citado. Mas, para evitar mais confusão, só escolhemos uma seleção de cada país. Analiso todos os jogos de cada equipe em cada Copa. A formação daqueles timaços, como acabaram. Destacando sempre uma figura deles. Só não escalei as melhores seleções brasileiras. Elas serão apresentadas num livro do colega Milton Leite, pela nossa editora.

– Qual das sete é a melhor?

– Entre tantas coisas que não sei e jamais saberei responder, essa é uma delas.

– Eu é que sei! Você está com medo de falar que são a Holanda de 1974 e a Hungria de 1954. Só para não dizer que as “melhores” são as únicas que não foram campeãs… Aí vai dizer que é “magia do futebol”, que os dramas comovem mais o leitor, que os perdedores rendem mais história…

– Travesseiro, existem coisas que a gente não diz nem para você…


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