Foram necessários apenas 30 minutos de partida para que o FC Barcelona se impusesse sobre os rivais locais do Espanyol com goleada por 4×0 no Estádio Camp Nou de Barcelona em partida válida pela 18ª rodada da Liga.
Vitória emblemática que marcaria o mais que bem vindo retorno relâmpago de Tito Vilanova ao comando técnico Blaugrana após cirurgia.
E nem sempre se vive somente de Lionel Messi na vida. Com boa atuação e dois gols, o espanhol Pedro Rodríguez foi o nome do jogo. Xavi e o próprio Messi concluíram o placar.
O Barça chega a 52 pontos na tabela, onze a mais que o vice-líder Atlético Madrid (41 pontos) que foi a Palma de Mallorca para ceder empate no final para os locais do Mallorca e ficar no 1×1.
Já em Madri, ainda sob o clima de mal estar referente ao treinador José Mourinho e com dez jogadores em campo, o Real Madrid CF nunca esteve em posição confortável perante a Real Sociedad no Estádio Santiago Bernabéu e necessitou mais uma vez de Cristiano Ronaldo para vencer por 4×3, apesar de “hat trick” obtido pelo atacante Xavi Prieto da equipe visitante.
Ironias à parte, José Mourinho, que sacara o goleiro Iker Casillas da titularidade do Madrid, teve que vê-lo retornar ao velho posto quando o árbitro Ignacio Iglesias expulsou Antonio Adán, 25 anos, logo no início da partida.
Clima tenso evidenciado quando os cerca de 75 mil fãs aclamaram o guarda-metas da Roja, demonstrando clara insatisfação com a decisão do treinador português.
A 18ª rodada encerra-se hoje com a partida entre Rayo Vallecano x Getafe.
Para que inventar títulos para a coluna do dia se o nome acima reflete e abrange tudo o que há para ser expressado?
Por que, mais uma vez, o mundo da bola se ocupa em reverenciar um jogador especificamente?
Possivelmente porque o futebol e seus fãs espalhados mundo afora sejam contemporâneos do maior jogador de futebol de todos os tempos. Algo que “apenas” foi relembrado neste final de semana quando Lionel Andrés Messi, argentino de Rosário, marcou o seu 86º gol no ano de 2012, finalmente superando a marca histórica de 85 gols do alemão Gerd Müller no já longínquo ano de 1972.
Chega de apenas ouvir falar nos heróis do passado. Se as gerações antecessoras a atual tiveram Alfredo Di Stefano, Ferenc Puskas, Mané Garrincha, Edson Pelé, Franz Beckenbauer, Johan Cruyff, Diego Maradona, entre outros, os humanos que habitam nos tempos de hoje e, oxalá, naqueles proximamente vindouros têm e terão Lionel Messi.
Sim, nós temos Lionel Messi!
E o melhor de tudo, um cara aparentemente legal, completamente cool e low profile. Ou seja, um cara gente boa, boa praça, na dele, sem stress.
Os dois gols históricos vieram na partida contra o Betis em Sevilha quando o Barcelona fez 2×1 nos anfitriões em partida válida pela 15ª rodada da Liga.
Sim, o campeonato pouco importa no momento, ainda mais pelo fato de já estar quase decidido após 15 rodadas disputadas apenas. O Barça lidera com folga (43 pontos) e seu maior rival, o Real Madrid, está em terceiro com 32 pontos.
Eis o ídolo maior de nossos tempos no esporte bretão.
Como diria o eterno personagem de Gene Roddenberry, o Sr. Spock de Jornada nas Estrelas, eternizado na interpretação de Leonard Nimoy: “vida longa e próspera” para Lionel Messi!
Para provar aos mais ferrenhos incrédulos e céticos do planeta, confira os 86 gols de Messi em 2012 (e contando) marcados pelo Barcelona (74) e pela Seleção Argentina (12).
Em semana de UEFA Champions League, as principais equipes europeias foram a campo pelos seus campeonatos nacionais no sábado e protagonizaram momentos que variaram desde a renovação de esperanças para alguns até a percepção de que nem tudo são flores para outros. Entre os maiores destaques estão desde a expulsão de Zlatan Ibrahimovic na França até o polêmico pedido da camisa de Robin Van Persie por parte de André Santos na Inglaterra.
Premier League
O maior destaque da 10ª rodada do Campeonato Inglês ficou por conta do clássico entre Manchester United e Arsenal em Old Trafford com vitória final dos anfitriões Red Devils por 2×1 sobre os Gunners.
Os holofotes estavam sobre o atacante holandês Robin Van Persie que enfrentava pela primeira vez sua ex-equipe, lembrando a polêmica saída do craque da equipe de Londres.
E foram necessários menos de 3 minutos para que Van Persie marcasse contra seu ex-clube. Mas, não bastassem as faíscas que voavam ao redor do confronto, eis que o brasileiro André Santos resolveu acender de vez a fogueira e iniciar o mega incêndio que se alastrou no mundo do futebol inglês ao pedir a camisa do artilheiro holandês como recordação logo após o final do 1º tempo de jogo.
Procedimento mais que corriqueiro na América do Sul, trata-se de algo pouco ou nada compreendido no mundo europeu, ganhando ares de revolta por parte dos jogadores e da torcida do Arsenal devido à fraca atuação do brasileiro e do restante do time na partida seguida da derrota final.
Wayne Rooney perderia penalidade e, no 2º tempo, Patrice Evra ampliaria para o United com os visitantes marcando seu gol de honra nos acréscimos com Santiago Cazorla.
Ao final, liderança isolada para o United na EPL e princípio de crise pelos lados do Arsenal.
O técnico Arsène Wenger, também criticado, precisou vir a público nesta segunda-feira para defender André Santos. Antes de tudo, o ex-corintiano desculpou-se pelo ato perante o grupo. Em seguida, Wenger tentou colocar panos quentes no imbróglio.
Segundo o treinador francês, a intenção é não fazer tempestade em copo d’água em relação ao episódio, já que ele está ciente da prática comum de troca de camisas entre os sul-americanos. Contudo, deixou claro que é algo que um inglês ou um francês (como ele, Wenger) têm dificuldade de entender.
De resto, Wenger elogiou o comportamento de André Santos ao afirmar ser o brasileiro um jogador que se importa, sério e querer fazer bem as coisas.
Panos quentes e rasgações de seda à parte, a imprensa inglesa noticia que André Santos deverá perder a vaga na lateral esquerda contra o Schalke 04, em partida válida pela Champions League, para Thomas Vermaelen, que será deslocado para a esquerda, com Laurent Koscielny na zaga central.
Menos pela troca de camisas e muito mais pela má atuação contra o Manchester United, desculpas pedidas não foram suficientes para manter o brasileiro no time titular por ora.
Ainda de relevante na rodada, o Tottenham Hotspur de André Villas Boas foi derrotado em casa pelo Wigan Athletic por 1×0, causando mal estar em relação ao trabalho do treinador português pelos lados de White Hart Lane. Chelsea e Manchester City perderam o ritmo em relação ao Manchester United e somente empataram em seus jogos. Os campeões europeus foram a Gales e ficaram no 1×1 com o Swansea City e os campeões ingleses ficaram sem gols contra o West Ham.
Empate do City que causou polêmico desabafo do técnico Roberto Mancini. Segundo o italiano, o City ainda não está preparado para vencer a Champions League. Lembrando a crítica situação pela qual o time passa na competição europeia.
O grande destaque da Ligue 1 francesa foi a derrota do endinheirado Paris Saint Germain em casa para o Saint Etienne por 2×1. Não somente pelo resultado, a surpresa também ficou por conta da expulsão do atacante Zlatan Ibrahimovic que, em dividida, aplicou verdadeiro chute marcial no goleiro adversário, Stéphane Raffier.
Tanto a expulsão de Ibrahimovic quanto a apatia do time do técnico Carlo Ancelotti resultaram na derrota dos anfitriões. Demonstração de que há longo caminho a percorrer pelos lados de Paris. Dinheiro ajuda, e muito, mas não é tudo neste mundo.
Com a derrota do PSG, o campeonato embolou na briga pela liderança graças às vitórias do Olympique Lyon por 5×2 contra o Bastia e do Olympique Marseille fora de casa contra o Ajaccio por 2×0.
Pelos lados da bota, a cidade de Turim assistiu atônita a Internazionale visitar a Juventus e vencer por 3×1 de virada.
A surpresa ficou por conta da virada interista, bem como o surgimento do contraponto da campeã Juventus na Itália.
Juventus Stadium lotado e o emocionante hino dos anfitriões cantado pelo público, o início não poderia ter sido melhor com o gol inaugural de Arturo Vidal com 19 segundos de jogo.
Mas, no clássico da rodada, a Juve empacou no 1×0 parcial e, no 2º tempo, a Inter achou seu caminho com dois gols de Diego Milito (o primeiro de pênalti) e Rodrigo Palácio finalizando com os donos da casa aos 43 minutos.
Ruim para a Juventus, que está em relativa dificuldade na Champions League, e ótimo para a Inter que traz competição para a Série A italiana.
O Milan ensaia ressurgir. A equipe de Massimiliano Allegri, sempre ameaçado no cargo de técnico, fez impiedosos 5×1 no Chievo Verona com destaques para Ricardo Montolivo e Stephan El-Shaarawy.
Outro tradicional que tenta reerguer-se é a Roma. Desta vez, os Gialorossi não decepcionaram em casa e fizeram 4×1 no Palermo.
Já o arquirrival local, a Lazio, decepcionou e foi goleada pelo Catania por 4×0.
No outro clássico da rodada, o Napoli recebeu o outrora gigante Torino. O time anfitrião levou duro castigo no Estádio San Paolo de Nápoles ao sofrer gol de empate de Gianluca Sansone nos acréscimos após gol inaugural de Edinson Cavani.
Na Espanha, Barcelona e Real Madrid venceram seus jogos, mas os astros Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não marcaram.
O Barcelona fez 3×1 no Celta Vigo e o Real Madrid goleou o Zaragoza por 4×0, mas o principal jogo da rodada ficou por conta de Valência e Atlético Madrid.
Roberto Soldado continua a mostrar ótimo futebol e marcou o primeiro gol do Valência na vitória por 2×0. Haedo Valdéz encerrou o placar nos acréscimos. A decepção ficou por conta de Radamel Falcão García que não marcou desta vez.
Foi a primeira derrota do time de Diego Simeone que permitiu o descolamento do líder Barcelona na classificação.
Na Bundesliga alemã, o atual campeão Borussia Dortmund não conseguiu derrotar o Stuttgart no Signal Iduna Park lotado com 80 mil fãs e ficou apenas no 0x0.
O vice-líder Schalke 04 perdeu como visitante para o TSG Hoffenheim em grande partida decidida com gol de Saven Schipplock nos acréscimos. O goleiro Tim Wiese também contribuiu para a vitória dos anfitriões.
Melhor para o Bayern que foi à cidade portuária de Hamburgo para derrotar a equipe local por 3×0 com gols de Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller e Toni Kroos.
Quem mantinha boa campanha, mas tropeçou na rodada, foi o Eintracht Frankfurt. A equipe recebeu o modesto Greuther Fürth e ficou no 1×1 final.
Arte e técnica, vocábulos diretamente conectados. Não à toa que para arte, em grego, emprega-se o termo téchni. Fica clara a origem correlata das terminologias.
Ambos associam-se a grandes gênios nas diversas áreas de atividade humana. Ambos remetem o pensamento ao genial Lionel Messi.
No último sábado, o supercraque argentino marcou duas vezes na goleada do Barcelona por 5×0 sobre o Rayo Vallecano, válido pela 9ª rodada da Liga Espanhola, superando a marca de 300 gols na carreira.
Os 301 gols de Lionel Messi (270 pelo Barcelona e 31 pela Argentina), 25 anos de idade, podem impressionar o mundo da bola, mas o argentino mantém-se tranquilo, tratando todo o acontecimento com relativa irrelevância, ao melhor estilo low profile.
Entretanto, para os outros, isto é, todos nós, reles mortais, já espalham-se os comparativos estatísticos com outros grandes craques. É um tal de imprensa argentina, brasileira e catalã trazerem à tona os números.
Que tal esta, por exemplo? A imprensa catalã lembra que, no quesito gols marcados em um ano, Messi, com 73 gols (61 com o Barcelona e 12 com a Argentina) em 2012, está a dois de Pelé (75 gols em 1958, sendo 66 com o Santos e 9 com o Brasil) e a 12 do recordista de gols em um ano, o alemão Gerd Müller (85 gols, sendo 13 pela Alemanha).
Por ora, parece não haver limites para Lionel Messi.
Talvez, o mais importante dentro do cenário de êxitos do argentino, seja a manutenção da humildade e tranqüilidade que o craque transmite a todos. Como único porém, a insistência no desdém aos feitos do passado de Edson Pelé. De qualquer forma, Lionel Messi, acaba de receber a Chuteira de Ouro, premiação concedida ao maior goleador das ligas nacionais europeias. Mais um reconhecimento para o argentino do FC Barcelona.
Atlético Madrid sempre na cola
Alegrias e celebrações catalãs à parte, os campeões da Supercopa Europeia não descolam na classificação.
O time de Diego Simeone recebeu o Osasuna e, se não é espetacular nas goleadas ao estilo Barça-Madrid, venceu bem novamente, desta vez por 3×1 com direito a gol de Radamel Falcão García, o mais desejado jogador dos gigantes europeus na temporada.
O Atlético Madrid mantém os mesmos 25 pontos do Barcelona, perdendo nos critérios de desempate.
Já o rival local, Real Madrid, após apresentação inconsistente em Dortmund pela Champions League, voltou-se para o quintal de casa e aplicou sonoros 5×0 sobre o Mallorca com dois gols de Cristiano Ronaldo.
Valladolid e Real Sociedad encerram a rodada logo mais.
Em campeonato nacional cujo título é quase sempre disputado por duas equipes, a diferença de oito pontos na classificação entre os postulantes Barcelona e Real Madrid representa uma quase definição do caneco a favor dos catalães. Tudo isso com apenas quatro rodadas disputadas na Espanha.
O atual campeão Real Madrid conheceu sua segunda derrota na Liga após viajar até a Andaluzia e perder para o Sevilla por 1×0 com gol sofrido logo aos 2 minutos de jogo. O polonês Piotr Trochowski anotou para os locais.
Verdade seja dita, o time de José Mourinho teve suas oportunidades a ponto de acertar o poste adversário em duas oportunidades, mas a derrota foi inevitável.
Já em Getafe, região de Madri, a equipe local foi atropelada pelo poderoso Barcelona. A maior parte dos 4×1 foi construída no 2º tempo.
Lionel Messi atuou apenas por 30 minutos, o suficiente para o melhor do mundo marcar duas vezes.
Adriano abriu o placar aos 32 minutos de jogo. Messi faria aos 74 e 78 minutos. O Getafe obteria seu gol de honra a 10 minutos do final e David Villa fecharia o placar nos acréscimos.
Vitória que mantém os Blaugranas com 100% de aproveitamento no campeonato. E mais, Lionel Messi supera seu recorde de gols no mesmo ano, tudo isso ainda em setembro.
A terceira força espanhola, o Valência, derrotou o Celta por 2×1 em casa, mas continua na zona inferior da classificação.
Foram-se apenas quatro rodadas e já são oito pontos que separam o líder Barça dos atuais campeões do Real Madrid. Claro, haverá ainda os dois confrontos diretos, os chamados Superclásicos, ainda assim, oito pontos é uma diferença abissal para equipes reinantes nesta “liga de dois”, cujas forças se equivalem.
Salvo períodos claudicantes do Barcelona na temporada, a previsão é de época sem maiores emoções no futebol doméstico espanhol.