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Chazinho de Coca – Copa do Mundo no Brasil. Chega de pão e circo.

E continua a novela sobre a utilização ou não do Morumbi para a abertura e mesmo para os demais jogos da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

Como já deixei claro aqui mais de uma vez, não sou contra o Brasil receber os maiores eventos do planeta, esportivos ou não. Sou frontalmente contra as pessoas que já estão envolvidas na Copa e também nas Olimpíadas.

Nada irá ocorrer sem a participação de nossos políticos, presidentes de federações, de comitês e de nossa confederação de futebol. Além dos baba-ovos e capachos dos mesmos. Uma cambada que irá deitar e rolar no dinheiro público e realizar conchavos de todos os tipos.

A Fifa torna a Copa do Mundo em um evento altamente custoso. Cria uma série de regras a serem seguidas e que tornam inviável o evento para a maior parte dos países do mundo.
Ainda assim ela criou um rodízio de continentes, como forma de diversificar as culturas que irão receber o evento. Antes disso a ocorrência de Copas na Europa era motivo de criticas de toda parte.

Mas se por um lado ela viabiliza esse rodízio, por outro ela acaba por impedir que países em regiões menos favorecidas do planeta possam bancar o evento. O seu caderno de encargos é o mesmo para a Europa, para a África e para a América do Sul. Oras, é mais do que evidente que mesmo após o boom do crescimento de regiões como o Brasil, ainda estamos distantes de ter as mesmas condições estruturais dos europeus, por exemplo.

Se a intenção da Fifa com esse rodízio é boa, então que ela crie cadernos distintos, de acordo com a região que irá receber a Copa. Caso contrario, não passará de conversa para boi dormir. Ou então uma chance de fazer a festa com a politicagem local. Fico com a 2ª opção.

Vale atentar o leitor que entre as obrigações desse caderno da Fifa está a garantia de que o governo local irá isentar a Fifa e seus parceiros de impostos referentes a todos os serviços e produtos relacionados a Copa. Mamatinha, não?

O Brasil é o auto proclamado país do futebol. Se olhar pelas conquistas da seleção, faz sentido. Em qualquer outro aspecto do esporte, há controvérsias. Mas tudo bem, ela volta ao país após mais de 50 anos.

O Brasil é um país de extensão continental, mas onde a prática do futebol se notabiliza por centros de destaques. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia possuem a nata dos grandes clubes. Das grandes massas. Nesses locais o futebol é disputado ao longo de todo o ano. Seus clubes estão nas séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Disputam a Libertadores e a Sulamericana sempre com destaque. Há centros “menores”, mas que possuem grandes clubes, com grandes torcidas. Com grandes estádios, que é o que se busca para a Copa. Goiás, por exemplo.

A farra da Copa no Brasil começa já pela distribuição das sedes. Construir uma Arena em Brasilia e deixar Goiás de fora é uma tremenda bola fora. Claro, obra de manobras políticas, de favores e agrados.

Outro ponto conflitante é a não utilização do Engenhão no RJ. Construído para o último Pan, é um estádio moderno, que com poucas alterações poderia receber facilmente partidas da Copa. Sua construção já se deu sob um derrame de dinheiro público. Onde o orçamento foi estourado por mais de uma vez. Mas a sua não utilização na Copa, sob o pretexto de que o RJ já conta com o Maracanã é absurda. O transforma em um enorme elefante branco, só utilizado pelo Botafogo, que hoje arca com seus custos. Um gasto inútil, para uma competição já inútil como é o Pan.

Ninguém imagina uma Copa no Brasil sem o Maracanã como palco principal. Mas se o RJ possui dois estádios quase prontos para a Copa, por que não utilizá-los? Por que construir uma mega arena na Amazônia, onde não há um único clube dentro das 3 principais divisões do país? Uma Arena que após a Copa ficará as moscas. Que após a Copa será um elefante branco na floresta. Para que gastar milhões em algo que se tornará inútil após sua breve utilização?

O mesmo acontece em SP, onde o Morumbi é o grande (em tamanho) palco para uma Copa. O São Paulo Futebol Clube se diz disposto a arcar com os custos da reforma com dinheiro de investidores e do BNDES. Em comparação aos gastos que as arenas da CBF/Fifa terão, o custo da reforma do Morumbi serão trocados.

Em São Paulo também haverá, a partir de 2012, a mais moderna arena da América Latina – a Arena Palestra Italia. Uma reforma toda bancada por um grande parceiro trazido pelo Palmeiras, a construtora W-Torre. Sem uma única moedinha do dinheiro público, nada. Para 45 mil espectadores devidamente acomodados, poderia muito bem receber jogos da Copa. Enquanto o Morumbi, com sua capacidade para receber mais de 60 mil pagantes, seria o palco de abertura.

É tudo tão lógico, que o fato de não acontecer assim por si só já dá a certeza de que não é exatamente trazer a Copa do Mundo ao Brasil o interesse dos que estão envolvidos.

A notícia de hoje do jornal “Lance!” dá como palavra da CBF de que o Morumbi não será sequer palco da Copa. Que para tal será construída uma Arena em Pirituba, com capacidade de, pasmem, 45 mil espectadores.

Mas a Fifa não exige estádio de 65 mil lugares para palco de abertura?

Terá o fato de Juvenal Juvêncio e Luiz Gonzaga Belluzzo, presidentes de São Paulo e Palmeiras, na eleição para residente do Clube dos 13 terem optado por apoiar um candidato diferente de Ricardão Teixeira, influenciado nessas decisões? Além, lógico, das tantas outras já citadas acima?

Não sou contra a Copa do Mundo no Brasil. Sou a favor do Brasil, em todos os sentidos. Copa com essa cambada envolvida não pode ser boa para o país.

Chega de pão e circo.

Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela sem graça.

Chazinho de Coca – Dona Fifa, por que não deixar o seu Mundial mais interessante?


O ser humano nunca está contente com nada mesmo.No futebol a coisa não é diferente.
Vide a eterna discussão acerca da forma de disputa de determinadas competições e para onde elas levam nossos clubes.

Teve início hoje, o Mundial de Clubes da Fifa, onde nenhum brasileiro encontra-se envolvido, dado o fato de o campeão da Libertadores ser o argentino Estudiantes. O que se é lamentável por um lado, exclui aqui qualquer chance para possíveis teorias da “dor de cotovelo”.

Quando a disputa não era oficializada pela Fifa e o campeão mundial surgia da disputa de uma única partida, realizada entre o campeão sul-americano e o europeu, muitos diziam não ser aquela uma formula justa de se apontar o grande campeão do ano, dado o fato de a competição não levar representantes de todos os continentes para sua disputa.

Bem, então no ano de 2000, a Fifa resolveu tomar as rédeas de um “verdadeiro” mundial, globalizando a sua disputa. Torneio realizado no Brasil, em 2 grupos com 4 clubes cada.

Aparentemente tudo lindo. Não fosse a pouca vergonha causada pela exclusão do então atual campeão da América, o Palmeiras, colocando em sua vaga o Vasco da Gama. Teorias conspiratórias a parte, a sua fórmula era de fato interessante.

Hoje a Fifa continua organizando o torneio com representantes de todos os continentes, mas beneficiando os campeões da Libertadores de da Champions League, que entram direto nas semifinais. Obviamente isso esvazia a 1ª fase e conseqüentemente impede maior visibilidade dessa competição.

Hoje li em alguns blogs o descontentamento com os modorrentos jogos da 1ª fase.

Já que não se paga para fazer sugestões, deixo aqui a minha.

Por que não voltar a fórmula de 2000? – a melhor de todas, na minha opinião – e já que o interesse comercial está mesmo nos clubes sul-americanos e europeus, poderia se levar 2 representantes de cada. E aqui fica uma 2ª sugestão, que ao meu modo de ver, valorizaria a Copa Sulamericana e a Copa da Uefa.

Campeões de Libertadores e Champions League teriam suas vagas garantidas. Os vice-campeões dessas competições disputariam a 2ª vaga de seus respectivos continentes contra os campeões da Sulamericana e da Uefa.

Isso daria sentindo a hoje sem sentido Copa Sulamericana e também a Copa da Uefa, além de valorizar o trabalho dos vice-campeões continentais.

No Mundial o Campeão da Libertadores seria cabeça de chave do grupo onde teria o campeão da Uefa ou da disputa entre Campeão da Uefa X vice da Champs. Da mesma maneira que o campeão da Champs seria cabeça de chave do grupo onde teria o 2º representante sul-americano.

Acho deveras bacana essa idéia. Pena que ela já começa derrotada, devido ao fato de Libertadores e Sulamericana possuírem patrocinadores distintos e que não dão um passo adiante na busca de uma maior valorização de suas próprias competições. A Conmebol, cega que só, parece também não enxergar isso.

Fica a dica.

Chazinho de Coca – Blatter anuncia o fim da “paradinha” nos pênaltis.

Blatter anuncia o fim da “paradinha” nos pênaltis.

A regra nº 14, das 17 que regem o futebol profissional e que foram estabelecidas pela International Board, diz:

Regra 14: O pênalti
Um pênalti é assinalado quando ocorre uma infração dentro da área de grande penalidade (grande área). No momento da cobrança, a bola deve estar parada sobre a sua marca, localizada a 9,15m do gol, o goleiro deve estar sobre ou atrás da linha de meta, e todos os jogadores devem estar fora da área e a, no mínimo, 9,15m da bola (essa distância é delimitada pela linha de grande penalidade e pela “meia-lua”, que na verdade é a parte fora da área de um círculo com 9,15m de raio e centro na marca do pênalti). O pênalti pode ser cobrado com tiro livre direto ou indireto, embora o mais usual seja a cobrança com tiro livre direto. Existe uma finta que dificulta ainda mais a defesa do goleiro adversário (a “paradinha”), que pode ser considerada pelo árbitro como falta punível com cartão amarelo.

O adendo sobre a paradinha sempre foi motivo de grande confusão. Houve tempo onde ela era combatida, mas mais recentemente ela foi praticamente liberada, tornando-se motivo de discussões acaloradas quando algum árbitro decide por sua proibição.

O penalti é um artifício criado para beneficiar o time que busca o ataque e, por consequencia, a feitura de um gol, mas que por ação ilegal (falta) de algum jogador do time contrário (defesa), acaba por impedir a conclusão ou o encaminhamento da jogada, desde que dentro da delimitatação estabelecida pelas linhas da grande área.

Oras, fica claro que o penalti foi criado para que o gol seja assinalado. Tanto é verdade, que a responsabilidade do batedor é sempre maior que a do goleiro. Vide o endeusamento dos goleiros que efetuam as defesas em penalidades, enquanto para o cobrador, a confirmação do gol é praticamente uma obrigação.

Para o goleiro existe ainda a possibilidade de se movimentar para os lados, desde que em cima da linha do gol ou até mesmo manter-se atrás dessa linha, podendo mover-se a frente no instante da cobrança, buscando com isso gerar a impressão de angulos fechados para o cobrador.

Se o infrator tem direitos em uma ação que visa lhe punir, por que o suposto beneficiado com a regra terá que limitar suas ações?

Sou contra. A regra do penalti foi criada para que o gol seja marcado. Proibir a “paradinha” é diminuir a eficácia dessa regra. Logo é ir contra os seus princípios e direitos estabelecidos.

Confira uma seleção bacaníssima com algumas cobranças de penalidades:

Cheers,

Chazinho de Coca – Ronaldinho Gaúcho, camisa 10 do seu clube.

Ronaldinho Gaúcho, camisa 10 do seu clube. Que tal?

Parece que o projeto Ronaldinho Gaúcho no Brasil está sendo colocado em prática.

Ontem Muricy Ramalho disse, não me lembro se no “Bate Bola” ou no “Bem, Amigos!”, que acha uma boa o retorno do ex melhor do mundo ao futebol brazuca.

Obviamente que o assunto surgiu por alguém já estar arquitetando o esquema todo. E, de fato, acredito que esse seria o melhor caminho para ele. Mas claro, desde que o próprio acredite no sucesso do projeto.

O mesmo Muricy disse ontem que jogador profissional que joga em grande clube não deve receber motivação extra de técnico e nem de ninguém. Deve ser sim, cobrado para que doe o seu melhor. Concordo com o Muriçoca. Alguns dos nossos grandes clubes não apresentam as condições necessárias para os seus boleiros. Mas apegando-me ao Palmeiras do Muricy, ao São Paulo, ao Santos, Inter e outros com estrutura elogiada mundo afora, além de tudo isso, soma-se a importância de suas camisas. Que tipo de Mané não se sente motivado por atuar em instituições dessa grandeza?

Pois parece que Ronaldinho Gaucho não se sente motivado por estar no imenso Milan. Será que vai se motivar estando em um dos nossos imensos? E se o cara não quer mais saber de responsabilidades extra campo?

É de direito dele. O que também exclui dele o direito de pleitear vaga na seleção da CBF.

Temos hoje exemplos de retornos ao país com certo sucesso. Adriano é o mais emblemático. Desde a sua saída da Inter de Milão, com aquele circo todo, ao acerto com o Flamengo, as regalias recebidas, mas ao retorno com seu bom futebol. Hoje é o melhor dos que voltaram.

Ronaldo Fenômeno foi fenômeno no início. Fez ótimo Paulista, boa Copa do Brasil e só. Hoje o vejo com uma bela preguicinha. Lipoaspiração em plena temporada e nem com isso perder a forma arredondada?

Vagner Love teve pouco tempo para ser avaliado. Mas ele está no ápice da forma física. Seu retorno se dá de maneira distinta dos outros 2.

E temos Fred, o maior mico do ano. Simples assim, sem nada a acrescentar, até porque ele não me dá conteúdo para uma avaliação mais prolongada.

E o Ronaldinho Gaúcho 2009, será que vinga aqui no nosso pagode? Você o quer no seu time?

A enquete com essa pergunta está no canto superior direito do blog. Vote lá, seu feroz!

Sempre fui muito fã do figura em seus bons tempos . E já adianto que, sem regalias, sem folga para lipoaspiração, sem escapada de concentração, eu carimbo sua presença no meu time. Mas se o chefe achar por bem deixá-lo de fora até do banco, que tenha autoridade para tanto. O que na atual conjuntura Ronaldo Gauchistica, me parece bem pouco provável.

Mais, mais e mais – Discussões via Twitter.

Parece que os mentores Fifisticos andam se reunindo para tomar decisões gabaritadas e focando sempre a evolução de nosso esporte predileto.

Parece que a nova iniciativa daqueles senhores é a instauração de um critério de avaliação para as – prestem bem a atenção – MELHORES COMEMORAÇÕES DE GOL.

Sério isso! Enquanto vivemos em um mar de lamas com arbitragens ridículas e eles não aceitam o advento da imagem de TV para legitimar lances duvidosos e que mudam o destino das partidas, os mesmos sinalizam com a possibilidade de validar essa idéia estapafúrdia e, pasmem, já na próxima Copa.

Carlinhos de Jesus deverá se tornar agente Fifa em breve.

Coisa de gênio, coisa da Fifa.

Cheers,

Chazinho de Coca – Tudo igual no Chelsea até 2011

É simpatizante do Chelsea? Gosta do atual elenco dos Blues? Bom, gostando ou não, acostume-se. Até 2011, esse será o elenco do time inglês:

1 Čech • 2 Ivanović • 3 A. Cole • 5 Essien • 6 Carvalho • 8 Lampard • 10 J. Cole • 11 Drogba • 12 Mikel • 13 Ballack • 15 Malouda • 16 Sinclair • 17 Bosingwa • 18 Zhirkov • 19 Ferreira • 20 Deco • 21 Kalou • 22 Turnbull • 23 Sturridge • 26 Terry • 27 Matić • 33 Alex • 35 Belletti • 39 Anelka • 40 Hilário • 41 Hutchinson

Ninguém entra nesse time até 2011. Tudo por obra da “Dna Fifa”, que acaba de julgar o time inglês culpado por induzir o jovem atacante francês Gael Kakuta, com 16 anos na época, a romper o seu contrato com o Lens, em 2007.

Alega o Lens que já tinha contrato com o jogador, e que o Chelsea o encorajou a rasgar esse contrato e se mudar para Londres.

Hoje com 18 anos, Kakuta faz parte do elenco reserva dos Blues e atualmente está afastado por contusão.

A Fifa puniu o Chelsea com a impossibilidade de contratar novos jogadores até 2011, nacionalmente ou internacionalmente. Já o jogador ficará afastado das atividades por 4 meses. Ambos, atleta e clube, terão de pagar ao Lens, uma multa de 780 mil euros.

Certamente essa punição infringe alguma lei e o Chelsea deverá sair vencedor numa provável revisão da pena. Afinal, ser pego pra bode expiatório não é algo que Abramovich irá aceitar assim tão passivamente.

Bode expiatório sim, como bem lembrou o Mauro Cezar através de seu twitter @MauroCezarESPN, citando o caso de De Federico. A situação é muito próxima, com o Corinthians no papel de Chelsea, e o Huracan sendo o coitadinho da história.

Lembro também do caso David, jovem zagueiro revelado pelo Palmeiras. Foi seduzido pela conversa mole de seu representante e do Panathinaikos, transferindo-se para o time grego sem receber o aval da diretoria alviverde.

Para piorar a situação, David foi emprestado pelos gregos ao Flamengo. Com ação movida junto contra o clube grego, o Palmeiras recuperou os direitos sobre o jogador, que por sua vez já estava atuando pelo Flamengo. Com isso ele teve de se reapresentar ao Palmeiras, num tremendo micaço, mas pode seguir jogando pelo clube carioca, já que não seria aproveitado por Muricy Ramalho. O Palmeiras ainda briga para receber do Panathinaikos a multa contratual do jogador, que girava na casa dos 30 milhões de reais.

Showzinho da Fifa a parte, acho pouco provável que essa punição ao Chelsea seja mantida.