Foram necessários apenas 30 minutos de partida para que o FC Barcelona se impusesse sobre os rivais locais do Espanyol com goleada por 4×0 no Estádio Camp Nou de Barcelona em partida válida pela 18ª rodada da Liga.
Vitória emblemática que marcaria o mais que bem vindo retorno relâmpago de Tito Vilanova ao comando técnico Blaugrana após cirurgia.
E nem sempre se vive somente de Lionel Messi na vida. Com boa atuação e dois gols, o espanhol Pedro Rodríguez foi o nome do jogo. Xavi e o próprio Messi concluíram o placar.
O Barça chega a 52 pontos na tabela, onze a mais que o vice-líder Atlético Madrid (41 pontos) que foi a Palma de Mallorca para ceder empate no final para os locais do Mallorca e ficar no 1×1.
Já em Madri, ainda sob o clima de mal estar referente ao treinador José Mourinho e com dez jogadores em campo, o Real Madrid CF nunca esteve em posição confortável perante a Real Sociedad no Estádio Santiago Bernabéu e necessitou mais uma vez de Cristiano Ronaldo para vencer por 4×3, apesar de “hat trick” obtido pelo atacante Xavi Prieto da equipe visitante.
Ironias à parte, José Mourinho, que sacara o goleiro Iker Casillas da titularidade do Madrid, teve que vê-lo retornar ao velho posto quando o árbitro Ignacio Iglesias expulsou Antonio Adán, 25 anos, logo no início da partida.
Clima tenso evidenciado quando os cerca de 75 mil fãs aclamaram o guarda-metas da Roja, demonstrando clara insatisfação com a decisão do treinador português.
A 18ª rodada encerra-se hoje com a partida entre Rayo Vallecano x Getafe.
Após cinco rodadas da fase de grupos da UEFA Champions League, o Borussia Dortmund define a liderança do Grupo D, o chamado grupo da morte, deixando para trás rivais como Real Madrid e o eliminado Manchester City.
GRUPO D
Ajax 1×4 Borussia Dortmund
Amsterdã, Holanda
O Borussia Dortmund confirmou grande fase no torneio europeu de clubes e fez 4×1 no Ajax em Amsterdã.
Parece que o técnico Jürgen Klopp e equipe, diferentemente do Manchester City, assimilaram as amargas lições da temporada passada e se prepararam com afinco para a atual edição da Champions.
Robert Lewandowski marcou duas vezes, além de Marco Reus e Mario Göetze. Danny Hoensen diminuiu para os holandeses.
Os campeões da Bundesliga terminaram líderes do grupo com 11 pontos.
Manchester City 1×1 Real Madrid
Manchester, Inglaterra
O Manchester City é eliminado da UCL pela segunda vez consecutiva, como já previsto, dada a situação delicada que chegava à 5ª rodada da competição.
E, desta vez, não houve algo sequer a se apegar como justificativa do fracasso.
O Madrid teve início avassalador e controlava totalmente as ações, a ponto das estatísticas do jogo apresentarem absurdas 12 tentativas de gol dos visitantes contra nenhuma dos anfitriões após um quarto de disputa.
A formação inicial de Roberto Mancini revelou-se ineficiente. Pablo Zabaleta jogava ao lado de Vincent Kompany e Matija Nastasic na defesa.
No Madrid, jogando de verde, Xabi Alonso, Sami Khedira e Luka Modric dominaram o meio de campo. À frente, Cristiano Ronaldo e Angel Di María finalizavam o trabalho de domínio territorial.
Nesse contexto, o Madrid marcou logo aos 10 minutos com Karim Benzema que concluiu, sem esforço, bola cruzada de Di María.
Cristiano Ronaldo exibia forma física e técnica exuberantes e José Mourinho, no banco, era show à parte com suas reações curiosas de acordo com o desenrolar dos lances.
Somente na segunda metade do 1º tempo, o City apresentou sinal de vida ofensiva com duas tentativas para testar Iker Casillas.
Na 2ª etapa, empurrado pela torcida e com James Milner, Javi García e Carlos Tevez em campo, os Citizens trataram de forçar o jogo, mas o gol de empate veio somente através de penalidade inexistente de Arbeloa sobre Sérgio Aguero. O próprio argentino bateu e converteu.
No final, empate fatal para o City, que apenas brigará por vaga na Liga Europa, e relegou o Real Madrid à 2ª colocação do Grupo D.
De consolo para Roberto Mancini fica apenas o fato de ter ouvido seu nome ser ovacionado pela torcida Citizen como forma clara de provocação ao Chelsea que demitira mais um técnico.
Com gol de Jack Wilshere, que não marcava havia quase dois anos, além de tento de Lukas Podolski, o Arsenal se garantiu na próxima fase da Champions League.
A vitória por 2×0 sobre o enfraquecido campeão francês do Montpellier foi assistida por 60 mil fãs no Emirates Stadium de Londres.
Na rodada final, o Arsenal cumprirá tabela na Grécia contra o Olympiakos.
Schalke 04 1×0 Olympiakos
Gelsenkirchen, Alemanha
Com gol único do austríaco Christian Fuchs aos 31 minutos do 2º tempo, o Schalke 04 conseguiu segurar a liderança do Grupo B e a classificação para a fase de mata-mata da UCL.
Para o Olympiakos resta a Liga Europa na segunda metade da temporada.
O ótimo Málaga teve começo avassalador contra o Zenit em São Petersburgo, Rússia, com gols do argentino Diego Buonanotte e do uruguaio Sebastian Miglierina, mas permitiu reação e empate dos anfitriões com gols do português Danny Gomes e Viktor Faizulin.
Ainda assim, o Málaga se garantiu como líder definitivo do Grupo C com grande campanha.
Anderlecht 1×3 AC Milan
Em temporada ruim do Milan, a vitória conquistada em Bruxelas traz algum alento para o torcedor rossonero. Tudo graças a mais um gol de Stephan El-Shaarawy (o melhor milanista da temporada), outro gol de Alexandre Pato (já não goza de confiança pelos lados de Milanello após tantas lesões), mas, principalmente, o belíssimo gol de bicicleta do zagueiro francês Philippe Mexes.
Mas que o torcedor milanista não se engane, não foi nenhuma atuação de gala. O time de Massimiliano Allegri, sempre na corda bamba no cargo de treinador, sofreu, sobretudo no 1º tempo. Não fosse a falta de criatividade dos anfitriões, as dificuldades teriam sido maiores.
Os gols, todos no 2º tempo, classificaram o Milan e colocaram o Anderlecht apenas na briga por vaga na Liga Europa contra o Zenit. Ambos jogarão como visitante contra Málaga e Milan, respectivamente, mas poderão contar com o desinteresse dos classificados.
Arte e técnica, vocábulos diretamente conectados. Não à toa que para arte, em grego, emprega-se o termo téchni. Fica clara a origem correlata das terminologias.
Ambos associam-se a grandes gênios nas diversas áreas de atividade humana. Ambos remetem o pensamento ao genial Lionel Messi.
No último sábado, o supercraque argentino marcou duas vezes na goleada do Barcelona por 5×0 sobre o Rayo Vallecano, válido pela 9ª rodada da Liga Espanhola, superando a marca de 300 gols na carreira.
Os 301 gols de Lionel Messi (270 pelo Barcelona e 31 pela Argentina), 25 anos de idade, podem impressionar o mundo da bola, mas o argentino mantém-se tranquilo, tratando todo o acontecimento com relativa irrelevância, ao melhor estilo low profile.
Entretanto, para os outros, isto é, todos nós, reles mortais, já espalham-se os comparativos estatísticos com outros grandes craques. É um tal de imprensa argentina, brasileira e catalã trazerem à tona os números.
Que tal esta, por exemplo? A imprensa catalã lembra que, no quesito gols marcados em um ano, Messi, com 73 gols (61 com o Barcelona e 12 com a Argentina) em 2012, está a dois de Pelé (75 gols em 1958, sendo 66 com o Santos e 9 com o Brasil) e a 12 do recordista de gols em um ano, o alemão Gerd Müller (85 gols, sendo 13 pela Alemanha).
Por ora, parece não haver limites para Lionel Messi.
Talvez, o mais importante dentro do cenário de êxitos do argentino, seja a manutenção da humildade e tranqüilidade que o craque transmite a todos. Como único porém, a insistência no desdém aos feitos do passado de Edson Pelé. De qualquer forma, Lionel Messi, acaba de receber a Chuteira de Ouro, premiação concedida ao maior goleador das ligas nacionais europeias. Mais um reconhecimento para o argentino do FC Barcelona.
Atlético Madrid sempre na cola
Alegrias e celebrações catalãs à parte, os campeões da Supercopa Europeia não descolam na classificação.
O time de Diego Simeone recebeu o Osasuna e, se não é espetacular nas goleadas ao estilo Barça-Madrid, venceu bem novamente, desta vez por 3×1 com direito a gol de Radamel Falcão García, o mais desejado jogador dos gigantes europeus na temporada.
O Atlético Madrid mantém os mesmos 25 pontos do Barcelona, perdendo nos critérios de desempate.
Já o rival local, Real Madrid, após apresentação inconsistente em Dortmund pela Champions League, voltou-se para o quintal de casa e aplicou sonoros 5×0 sobre o Mallorca com dois gols de Cristiano Ronaldo.
Valladolid e Real Sociedad encerram a rodada logo mais.
O Manchester City vai a Amsterdã, sofre derrota de virada para o Ajax e complica-se no Grupo D, podendo agora repetir fiasco da temporada passada na UEFA Champions League quando foi eliminado na fase de grupos na competição europeia de clubes.
GRUPO D:
Ajax FC 3×1 Manchester City FC
Amsterdã, Holanda
A repetição do pesadelo da última temporada, que já se ensaiava, parece estar prestes a se concretizar para o atual campeão inglês.
Bem que o Manchester City iniciou a partida contra o Ajax com determinação. Samir Nasri abriria o marcador aos 21 minutos de jogo. Algo de promissor quando se joga como visitante no chamado grupo da morte.
Contudo, os Citizens sofreriam decepcionante revés no final do 1º tempo quando Siem de Jong empatou para os anfitriões.
Na 2ª etapa, os holandeses alcançariam a virada com gols de Niklas Moisander e Christian Eriksen para encerrar o placar em 3×1 para o Ajax.
A Champions League parece revelar percalços inesperados para os chamados novos ricos do futebol.
O Manchester City ensaia seguir os passos de seu conterrâneo Chelsea que, apesar de todo o aporte financeiro recebido, atingiu seu máximo objetivo internacional somente na temporada 2011-2012 ao conquistar a própria UCL.
Moral da história, não basta apenas muito dinheiro para contratar e vencer de forma imediata. Torneios internacionais de alto nível, como a UCL, requerem certa expertise na arte de dominá-los.
O City estaciona com seu único ponto na lanterna do Grupo D e terá que vencer seus três jogos restantes para, talvez, conseguir uma das vagas para a próxima fase. Boa sorte aos Citizens.
Borussia Dortmund 2×1 Real Madrid
Dortmund, Alemanha
Da água para o vinho. Eis a melhor descrição para diferenciar o comportamento do campeão alemão Borussia Dortmund entre a derrota sofrida no último sábado frente ao Schalke 04 em partida válida pela Bundesliga e a vitória sobre seu correspondente espanhol, o Real Madrid, nesta quarta-feira.
Os prodígios da vitória do Dortmund podem ser ainda mais exaltados pelo peso do adversário, com elenco teoricamente superior e, ainda assim, ter mostrado superioridade e maior iniciativa em campo.
Robert Lewandowski abriu o placar aos 35 minutos, mas Cristiano Ronaldo, encobrindo o goleiro Roman Weldenfeller após contra-ataque, esfriou os ânimos do Signal Iduna Park dois minutos mais tarde.
Na 2ª etapa, o Dortmund continuou a ter maior iniciativa ofensiva com o Madrid tendo apenas lampejos de agressividade alternados com preocupações defensivas.
Aos 18 minutos, em chute cruzado, Marcel Schmilzer desempatou para o lado alemão.
Daí em diante, o Madrid se lançou ao ataque, mas sem efetividade.
Grande vitória do Borussia Dortmund, líder do grupo e o martírio do Real Madrid frente a adversários alemães parece não ter fim.
O colombiano Jackson Martínez marca duas vezes e assegura vitória e campanha perfeita do Porto no Grupo A contra o persistente Dynamo Kiev ucraniano que empatou a partida por duas oportunidades até ceder a derrota.
Dinamo Zagreb 0x2 Paris Saint Germain
Zagreb, Croácia
Menos de 10 mil fãs foram ao Estádio Maksimir para empurrar o fraco Dinamo Zagreb contra o novo rico PSG.
Tamanha diferença curricular havia que refletir em campo e os parisienses asseguraram vitória com gols no 1º tempo de Zlatan Ibrahimovic e Jeremy Menez.
Vitória do PSG que representa recuperação depois de derrota frente ao Porto na rodada anterior.
Gol de pênalti de Aleksandr Kerzhakov salvou os locais de atuação inconvincente frente ao Anderlecht da Bélgica.
Resultado que acabou sendo bom para o Milan na classificação.
Málaga 1×0 Milan
Málaga, Espanha
Joaquin Sánchez manteve campanha perfeita dos estreantes em UCL do Málaga ao marcar aos 18 minutos do 2º tempo.
Contando com jogadores com Javier Saviola e Roque Santa Cruz em seus quadros, o Málaga tem feito boa campanha também na Liga Espanhola.
Já o Milan continua a pagar o preço do desmanche promovido e do período de entressafra comum às equipes que atravessam momento de renovação. Depositar todas as esperanças em jovens como Stephan El-Shaarawy é pouco.
Para piorar, além da saída de estrelas, outros jogadores importantes ou caíram vertiginosamente de produção como Kevin Prince Boateng, ou vivem lesionados como Alexandre Pato (que entrou em jogo no 2º tempo em Málaga), ou ainda não gozam de unanimidade no time principal como Robinho.
Ainda mais grave é a medíocre 15ª colocação que o Rossonero amarga na Serie A italiana.
Tudo isso coloca o futuro de Massimiliano Allegri em xeque no comando técnico da equipe.
Dentro deste cenário, tradições à parte, a vitória do Málaga era dada como certa.
De positivo para os milanistas apenas a manutenção da vice-liderança do grupo graças a combinação de resultados.
Super clássico Barça-Madrid encerra com chave de ouro semana agitada e repleta de fatos de relevância política mundo afora.
Tudo começou na América. Sim, os Estados Unidos realizaram seu primeiro e tradicional debate presidencial com chocante vitória do candidato republicano, Mitt Romney, a ocupar a Casa Branca nos próximos quatro anos. Surpresa, pois, após gafes públicas cometidas pelo postulante oposicionista, a reeleição do Presidente Barack Obama parecia favas contadas. Ledo engano. Obama saiu-se mal, sem ação frente ao desenvolto ex-governador de Massachussets. Agora, terá que suar para reverter o quadro a favor dos Democratas.
Mas, o prato principal estava reservado para o domingo.
Sem mencionar as eleições municipais brasileiras, a Venezuela reelege o controvertido Hugo Chávez para novo mandato presidencial ao conquistar mais de 54% dos votos e derrotar o adversário no pleito, Henrique Capriles. São 14 anos de chavismo bolivariano que poderão se converter em 19 no país sul americano.
A favor, contrário ou indiferente a qualquer das vertentes políticas nesses países, o prato principal de engajamento (seja isso positivo ou negativo) viria de Barcelona.
Sim, de Barcelona, já que, apesar de não ter havido qualquer processo eleitoral por lá na semana que passou, mais uma vez o futebol foi utilizado como ferramenta de protesto para que o mundo tomasse conhecimento dos sentimentos do povo local, os catalães.
Tudo mundo simples, porém ruidoso e visível.
Em mais um Superclásico, desta vez válido pela 7ª rodada da Liga, Barcelona e Real Madrid enfrentaram-se no Estádio Camp Nou de Barcelona. O público não poderia ser outro além dos cerca de 95 mil pessoas.
Até aí, tudo dentro da normalidade de um Barça-Madrid.
Quando os expectadores presentes exibem gigantesco mosaico formando a bandeira da Catalunha no momento da entrada das equipes em campo.
Era o início da mais nova sequência de protestos catalães contra Madri e a Espanha. Clamores de independência que ecoavam pelo estádio e transmitidos para o mundo.
Para reforçar o protesto, antes que os gols surgissem, exatamente aos 17 minutos e 14 segundos de jogo, grito em uníssono de independência surgia no Camp Nou.
O porquê dos exatos 17:14? Referência histórica a algo não esquecido pelos catalães: a Guerra de Sucessão.
A grosso modo, em 1700, o Rei Carlos II da Espanha falecia não deixando herdeiros. Vacância de trono assumida pelo francês Felipe de Anjou (Felipe V), neto do Rei Luís XIV da França. Era o fim da dinastia dos Habsburgos na Espanha e o advento dos Bourbons.
Tudo estava bem com Felipe no comando ao decidir-se por respeitar os foros locais de administração, algo que desagradava outros reinos europeus.
Era o começo da Guerra de Sucessão em 1702.
Para complicar o quadro, em 1704, outro Carlos, de Habsburgo, invade a península ibérica reivindicando o trono. Confusão política que duraria por alguns anos.
Quando Felipe V reconquista Valência, tirando-lhe autonomia, os catalães revoltam-se.
Em 1713, é assinada a Paz de Utrecht, armistício que confirmaria Felipe V como rei e traria prejuízos territoriais para a Espanha tais como a perda de suas possessões europeias (Flandres, Nápoles, Sardenha e Milão). Em compensação, Madri não queria perder suas terras ibéricas. Aragão e Catalunha foram dominadas, exceto a cidade de Barcelona, que resistiu até 1714 graças às classes populares.
Orgulho, cultura e conscientização política que levaram os torcedores do Barcelona à manifestação dos 17 minutos e 14 segundos.
Contudo, qualidades louváveis à parte, o que os catalães querem é independência total e absoluta da sua região perante Madri. Mas, seria tal ato o mais coerente nos dias atuais de sombria crise europeia?
Por um lado, a Catalunha é a Região Autônoma mais próspera da Espanha. A população local sabe bem disso e utiliza-se do argumento a seu favor. Entretanto, a abastada Catalunha pediu socorro financeiro ao governo central de Madri recentemente, fragilizada pela crise financeira da Eurozona.
Voltando ao futebol, o que sobraria de uma Catalunha absolutamente independente? Se a Liga Espanhola já é considerada um campeonato disputado por duas equipes com condições de vencer, quiçá uma Liga Catalã. Tudo isso, sem mencionar a rivalidade Real Madrid-Barcelona que ficaria reduzida a esporádicos confrontos de Champions League.
Se, por um lado, todos possuem pleno direito à autodeterminação, como seria o desmembramento, sobretudo no âmbito desportivo?
A propósito, o parlamento catalão votou a favor da realização de referendo de autodeterminação. Madri já disse que vetará a iniciativa. A confusão política permanecerá pelos lados do Reino de Espanha.
Voltando aos 17 minutos e 14 segundos, seriam necessários mais 5 minutos de jogo para que Cristiano Ronaldo abrisse o placar.
Sem utilizar-se de lugar comum midiático mais manjado que chuva em Ubatuba nos feriados, Lionel Messi viraria o placar para o Barça e Cristiano Ronaldo voltaria a empatar, polarizando o duelo entre os dois ídolos.
Os 2×2 de Barcelona refletem a redução do abismo técnico outrora existente entre ambas as equipes, além de expor um Barcelona mais fixo, consequentemente mais previsível para as marcações adversárias. Por outro lado, é a certeza da competência técnica de José Mourinho na armação de suas equipes, ainda que este Madrid tenha-se revelado por vezes muito dependente de Cristiano Ronaldo.
De quebra, a favor de Tito Vilanova contam as ausências de Gerard Piqué e Carles Puyol, forçando-o a preparar a equipe para jogar com três zagueiros. Ademais, no Madrid, Ricardo Kaká, prestes a retornar à Seleção Brasileira, entrou no 2º tempo e começa a ameaçar de participar dos jogos de maior envergadura na Europa.
Atenções voltadas para Barcelona e o Superclásico, mas o restante da rodada também se desenrolou no final da semana.
Sem dúvida, o segundo principal jogo da 7ª rodada ficou por conta de Atlético Madrid e Málaga no Estádio Vicente Calderón de Madri. Basta lembrar que um é o campeão da Liga Europa e outro lidera seu grupo na Champions League.
Radamel Falcao García abriu o placar logo aos 5 minutos de jogo. O ótimo Málaga empatou com o experiente Roque Santa Cruz aos 35 minutos, mas erro defensivo do time do técnico Manuel Pellegrini custou o empate em Madri. Welington marcou contra aos 44 minutos do 2º tempo. Mais um sucesso para o Atlético Madrid do treinador Diego Simeone que agora alcança o Barcelona em pontos ganhos com 19 pontos e abrindo 5 pontos do próprio Málaga, terceiro colocado.
Tamanho era o gigantismo acerca do Barça-Madrid que o Derby milanês Della Madonnina do crítico futebol italiano ficou relegado a segundo plano no final de semana.
O gol prematuro do argentino Walter Samuel logo aos 3 minutos de jogo após cruzamento do compatriota Esteban Cambiasso acabaria por definir o clássico.
O Milan tentaria lançar todos os expedientes para buscar o empate, entre elas o futebol de Robinho.
Ainda na 1ª etapa, Riccardo Montolivo acertaria potente chute de longa distância na rede, mas as comemorações milanistas foram por água abaixo com a marcação de falta sobre o goleiro Samir Handanovic.
O técnico do Milan Massimiliano Allegri, cuja situação não é das melhores entre a cúpula rossonera, tratou de se agarrar na questão da arbitragem para justificar a derrota.
O Milan tentaria e desperdiçaria chances até o momento derradeiro, mas a Internazionale confirmou a vitória e evitou o desgarramento de Juventus e Napoli.
Falando em Juventus, os atuais campeões foram à Toscana e derrotaram o Siena por 2×1.
O Napoli teve compromisso em casa contra a Udinese e fez 2×1 e manteve-se nos calcanhares da Juve.
Encerrando a sessão grandes clássicos pela Europa na rodada, Olympique Marseille e Paris Saint Germain, líder e vice-líder da Ligue 1, jogaram no Estádio Velodrome de Marselha.
Se Messi e Ronaldo foram os nomes e autores dos gols em Barcelona, André Gignac e Zlatan Ibrahimovic fizeram o mesmo na França.
Gignac abriria o placar aos 16 minutos de jogo, mas Ibrahimovic viraria o jogo em dois minutos de bola rolando (22 e 24 minutos de jogo). Ainda no 1º tempo, Gignac empataria para os anfitriões.
Ao final, 2×2 em Marselha e os três pontos de vantagem do OM foram mantidos em relação ao PSG após oito rodadas disputadas.
*Clube punido em 2 pontos por distúrbios da torcida
Bundesliga: Bayern alarga vantagem
Tudo dentro da normalidade na 7ª rodada da Bundesliga alemã. O grande destaque ficou por conta da derrota do Eintracht Frankfurt, maior perseguidor do líder Bayern Munique, por 2×0 contra o Borussia Mönchengladbach for a de casa.
Com isso, o Bayern, que venceu o Hoffenheim em casa por 2×0, abriu 5 pontos de vantagem na tabela.
Ainda pior para o Eintracht Frankfurt foi a vitória por 3×0 do Schalke 04 sobre o Wolfsburg em casa. O Schalke se aproxima da vice-liderança do campeonato.
Sem novidades também pelos lados da Inglaterra. Todos os favoritos venceram seus jogos, exceção feita ao Everton que empatou fora de casa, com destaque para a contundente vitória do Manchester United por 3×0 contra o Newcastle em St. James Park. Nem mesmo o artilheiro Demba Ba pôde parar os Red Devils em Newcastle.
O técnico André Villas Boas parece dar a volta por cima na Premier League. Nova vitória do Tottenham e G4 à vista para a equipe de Londres após sete rodadas.