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Do Populacho! – Um dia de Pacaembu.

A saída de Muricy não salva um grupo desmotivado e infeliz. Expiaram o bode errado.

O jogo válido pelo Brasileirão 2009 entre Corinthians e São Paulo mostrou isso. O SPFC foi o que não tem sido nos últimos anos: um time acuado e incapaz de reagir. Mas, desconto seja dado, do outro lado havia o Corinthians de Mano Menezes, time bem armado de volume nos três setores do campo.

O Corinthians abriu o placar com Cristian, em uma tabela bem feita com Douglas (e que passe de Douglas) que deixou o volante na cara do gol e, com um fino toque, deslocou o goleiro. Depois veio o gol de Chicão, novamente de falta, mais uma pegada boba, mais uma falta bem batida, levando o zagueiro a 12 gols. Por falar em falta, ela foi cometida em cima do novato Marcelinho, camisa 17, estreante no time principal e egresso do time de base do Corinthians, campeão da ‘Copinha’. O terceiro gol veio em cobrança de escanteio com Jucilei, que cabeceou para o chão e a bola entrou no ângulo. O São Paulo, no entanto, marcou seu primeiro gol no fim do jogo com Richarlyson, após grande jogada do garoto Oscar.

Curioso…Ricky, apelidado assim por estar nas graças da torcida, mesmo marcando o gol de honra, foi vaiado.

Que tipo de torcida vaia um time que beira o precipício com uma venda nos olhos? O tipo que sabe: expiaram o bode errado!

Enquanto isso a torcida tricolor gritava o nome do recém-demitido treinador. A crise parece mesmo ter chegado ao Morumbi, a festa no Pacaembu.



Chazinho de Coca – Jogos do Peixão e do Verdão.

Botafogo 2X0 Santos

Foi a 4ª derrota do Santos sob o comando de Vagner Mancini. Para o treinador, foi a pior partida do time desde que ele assumiu a equipe, em fevereiro.

A verdade é que o Botafogo foi suficientemente melhor que o Peixe(apesar de isso não significar muita coisa nessa partida em questão) e venceu por 2X0, no Engenhão. Foi a 1ª vitória do time carioca no BR09.

O jogo santista foi tão ruim, que em muitos momentos da partida o centroavante Kleber Pereira voltava até o meio campo para buscar jogo. Um flagrante de que a tentativa santista de congestionar o meio não surtiu resultado.

Embora pouco iluminado, o Botafogo era presença constante na área adversária. Não fosse por bela intervenção de Fábio Costa ao final da 1ª etapa e o Peixe já iria para os vestiários com um gol na lomba.

Na 2ª etapa o cenário permaneceu o mesmo e Fábio Costa era o único destaque santista. Porém, a inoperância do ataque carioca fez com que Mancini arriscasse com um peixe mais ofensivo. Sacou Molina e colocou Neymar. O Santos melhorou e o goleiro Renan passou a trabalhar. Aos 28 minutos ele fez excelente defesa em cabeçada de Kleber Pereira.

Quando o time peixeiro era melhor e parecia mais próximo do seu gol, o Botafogo conseguiu o seu tento. Em arremate de Baptista, a bola desviou na zaga e enganou Fábio Costa. O baque foi sentido pelo Santos e aos 42, Fabão cortou mal a bola e Laio, completamente livre, driblou Fábio e balançou a rede. 1ª vitória botafoguense decretada. Com a derrota o Santos perdeu a chance de aparecer no G4.

Acompanhe o que de melhor aconteceu no Grande Engenho:

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Palmeiras 3X1 Cruzeiro

O clima de nostalgia tomou conta do Palestra Itália antes da partida entre Palmeiras e Cruzeiro.

Dando seqüência as comemorações dos 10 anos da conquista da Taça Libertadores da América (16/06/1999), alguns dos heróis daquela conquista adentraram ao gramado enquanto o hino do clube era tocado. Evair, Alex, Sérgio, Galeano, Cleber, Júnior Baiano e Velloso. Todos com os atuais uniformes e cada um usando a mesma numeração utilizada naquela final de 1999. Cânticos da década passada voltaram a dar o tom nesse domingo. “Êo êo o Evair e um terror” era cantado a plenos pulmões. Já Alex foi ovacionado e recebeu das arquibancadas o pedido para que retorne ao time.

Reverencia aos ídolos do passado e apoio aos atuais. A torcida voltou a apoiar o centroavante Keirrison, que em agradecimento, jogou bem e marcou dois gols, um deles um golaço. O K9 foi muito aplaudido aos 40 minutos do 2º tempo, quando deu lugar a Ortigoza.

No 3-5-2 e com o retorno de Williams no ataque, o Verdão iniciou imprimindo grande velocidade. O Cruzeiro poupou boa parte de seus titulares e somente o goleiro Fábio e os volantes Henrique e Marquinhos Paraná deram as caras no Palestra.

Com Williams no lugar de Obina, o Palmeiras votou a ser rápido como no início do ano e não por acaso o futebol de Keirrison voltou a brilhar. Com 3 volantes, o Cruzeiro sofreu para segurar a rápida troca de passes dos donos da casa. Em um lance que quase se transforma em gol antológico, Wendell deu um chapéu em Marquinhos Paraná e mandou a bola no ângulo, mas o goleirão Fábio fez espetacular defesa.

Não eram nem 15 minutos e o Palmeiras, além desse lance de Wendell, já havia criado boa chance em cabeçada de Marcão e em outras 2 memoráveis intervenções de Fábio, em noite inspiradíssima.

Entretanto, aos 23 minutos, em cobrança de falta de Bernardo, a bola desviou na barreira e matou o goleiro Marcos.

A pegada não diminuiu e o bom jogo palmeirense foi premiado aos 33 minutos. Em lançamento de Cleiton Xavier, Marcão cabeceou a bola no travessão, ela quicou fora, mas o bandeira validou o gol e o juizão foi na dele.

Aproveitando a noite saudosista, Keirrison resolveu lembrar a torcida alviverde de que ele ainda é o artilheiro da equipe no ano e que não esqueceu como se faz os gols. Diego Souza buscou lançar o camisa 9, a bola desviou em Marquinhos Paraná e subiu, na caída, Keirrison emendou um lindo voleio, sem qualquer chance de defesa para Fábio. Um golaço para reconquistar a confiança do torcedor. “Olele, olalá, o Keirrison vem aí e o bicho vai pegar”, com o mesmo entusiasmo que cantaram para Evair, a torcida brindou seu atual matador.

Na 2ª etapa o Cruzeiro atirou-se ao ataque. O Palmeiras não deixou de aproveitar a boa jornada de Keirrison e liquidou a fatura. Aos 15 minutos, outro destaque da partida, Wendell avançou pela direita e não foi parado por ninguém, na saída de Fábio ele só rolou para Keirrison, com gol livre, decretar a vitória do Palmeiras e a sua bela partida.

Alívio Para o K9 e para Luxemburgo. O Palmeiras parte confiante para o Uruguai onde enfrenta o Nacional na próxima quarta-feira, em mais um “jogo do ano”, válido pelas quartas de final da Libertadores.

O Cruzeiro fica em São Paulo, onde na quinta-feira enfrenta o tricolor paulista, no Morumbi.

Veja como foi o jogão no Palestra Itália:

Cheers,

Do Populacho! – Nada bom, não.

Podem pensar que, por ter jogado fora de casa, o Corinthians foi bem ao empatar em 0X0 com o Goiás. Ledo engano.

Mais uma vez no Brasileirão o time, que figura agora em 8º colocado na competição, se mostrou incapaz de criar e ameaçar o gol adversário, a não ser por algumas pequenas chances esporádicas.

Sim, estou levando em conta o 1ª jogo da final, a ser disputado na 4ª feira próxima, mas isto serve para evidenciar que não há um grupo formado totalmente de titulares, mas 11 titulares que compõe um bom time, mais 3 ou 4 jogares capazes de serem titulares no banco: talvez o goleiro Júlio César, Morais, o garoto Diego e Diogo.

Quando Mano Menezes poupou o time contra o Santos, e perdeu, a indicação foi ser necessário se resguardar para enfrentar o Vasco, mas o que se apresentou foi um jogo sufocante, em que o alvi-negro carioca teve seríssimas chances de tirar a vaga na finalíssima do Corinthians.

E agora?

Chazinho de Coca – Palmeiras não mereceu, mas venceu.

Não mereceu, mas o Palmeiras venceu o Vitória com um gol no último minuto e voltou a vencer depois de 5 partidas.

Não fosse pelos valores individuais e a raça da equipe e seria difícil imaginar esse Palmeiras na condição “confortável” em que se encontra no BR09, sobretudo em uma quartas de final da Libertadores.

No jogo contra o Vitória o futebol foi mais uma vez ruim, com domínio territorial do adversário, mesmo atuando no Palestra Itália. Padrão tático praticamente inexiste, além disso, a pressão sobre o técnico Luxemburgo e alguns jogadores vêm de todos os lados e o nervosismo é nítido.

Mas tomo aqui a liberdade de reproduzir um trecho da coluna do “feroz” Mauro Beting – “Quase ninguém poderia aplaudir partida tão ruim de um mandante como o Palmeiras, dominado por um time bem arrumado como o Vitória.
Mas quase todos devem respeitar um gigante que consegue virar placares e expectativas com a mesma facilidade com que sofre gols, e faz a torcida sofrer com más atuações”.

O 1º tempo foi tenebroso. Obina e Keirrison não se movimentavam e não eram alimentados por Cleiton Xavier e Diego Souza, que também não estavam em boa jornada. Na lateral direita, Jefferson era um arrombo às vistas de quem esperava um pouquinho de futebol. Ainda assim, foi dele o único lance de perigo alviverde na 1ª etapa. Mas o juiz apontou impedimento que não existiu.

Fora isso só se viu os baianos jogar. O Vitória é outro rubro-negro que costuma dar trabalho ao alviverde. E o mesmo time que decretou a queda palmeirense à série B, o mesmo que aplicou 7X2 em pleno Palestra Itália numa Copa do Brasil, só não goleou ontem pois o seu ataque conta com o inoperante Róger, que tomou um baile de São Marcos, mais uma vez salvando seus súditos e os desviando do caminho das trevas do futebol. Ainda assim, já no finalzinho do 1º tempo, em lance complicado para a arbitragem, Róger cabeceou sozinho, Marcos fez uma defesa milagrosa, tão milagrosa e tão sua que a bandeirinha não acreditou que a bola tivesse entrado, mas entrou. Gol do Vitória não assinalado. O placar “oxo” era goleada para o Palmeiras.

Passou a ser derrota por pouco no comecinho do 2º tempo. Apodi, depois de nova intervenção divina de Marcos, pegou rebote e com gol livre só desviou para dentro.


E então Luxemburgo resolveu ser um pouquinho Luxemburgo. Tirou de campo Mozart, que nada fez e mandou Ortigoza. Com 3 atacantes o Verdão foi pra cima e começou a mostrar surtos de bom futebol. Num bom lance de Cleiton Xavier, o camisa 10 achou o Coalhada livre e o empate alviverde.

Se ofensivamente o time tinha melhorado, lá atrás era um Deus nos acuda. Pierre era tudo, 1º e 2º volante, 3º zagueiro, ala quando auxiliava o ataque. Um monstro! Só ofuscado por São Marcos, que passou a atuar como líbero nos momentos em que nem Pierre dava conta dos estouros ofensivos do Vitória.

Na coletiva Carpeggiani disse não saber explicar como o Vitória deixou escapar os 3 pontos. Mas deixou.

Com 45 minutos já passados, Cleiton Xavier colocou a bola na moringa de Mauricio Ramos, que subiu mais que todo mundo e cabeceou forte no canto esquerdo.

Raça não falta ao time. Alguns destaques individuais também não. A torcida joga junto. E tem sido só por isso que o Palmeiras segue vivo na Libertadores e não deixou os líderes do BR se distanciar. Mas ainda assim, para uma temporada tão longa, isso é pouco.

Veja como foi o jogo no Palestra Itália:

Deixo a nobreza com um somzaço do The Mission – Butterfly on a Wheel . Maravilha de som:

Cheers,

Chazinho de Coca – “Golbina” desencanta, mas Pedrão é o nome do jogo.

Com uma postura mais ofensiva, o Palmeiras entrou em campo com 2 centroavantes – Keirrison e Obina. Em relação ao time que encarou o Nacional no meio de semana, outras 2 modificações. Wendell de volta à lateral direita e Mozart no lugar de Souza.

Um 1º tempo morno, onde os goleiros não tiveram trabalho algum. Esse é o resumo do que se viu. O melhor estava guardado para a 2ª etapa.

Na volta do intervalo os times vieram com mais pegada. Logo no começo Obina quase marca o seu, mas Rene saiu bem do gol. Porém aos 11 minutos veio o gol que não acontecia desde novembro passado. Diego Souza achou muito bem “Golbina” entrando pelo meio da área.

Melhor fez o camisa 24, que com um belo domínio saiu da marcação do zagueiro e de direita encheu o pé, cruzado. O gol “saí uruca” foi um belo gol.

Cinco minutos depois, uma demonstração de que a dupla K.O pode render esperanças a torcida alviverde. Com um cruzamento na medida de Cleiton Xavier, o K9 pegou de primeira, marcando mais um bonito gol na Arena Barueri. A dupla K.O dava a impressão de que já havia nocauteado o adversário. Mas ainda havia Pedrão.

Logo depois do 2º gol palmeirense, Pedrão diminuiu em um lance estranho. Pedrão dominou a bola em cruzamento da esquerda, mas caiu sentado. Ainda assim, teve tempo e espaço para girar e mesmo caído, chutar forte e marcar o seu 1º.

E quase aos 30 minutos, São Marcos falhou humanamente e bisonhamente na reposição de bola. Pedrão não perdoou e empatou a partida.

O Palmeiras continua mostrando inconstância, alternando ótimos e péssimos momentos ao longo da mesma partida e com o empate chegou a quinta partida sem vencer. Com 5 pontos, o Verdão é apenas o 11º colocado. Já o Barueri com 3, está na 16ª colocação.

Acompanhe os melhores momentos:

O embalo durante a postagem ficou por conta de The Dandy Warhols, do excepcional disco Welcome to the Monkey House, a faixa é You Were The Last High. Acompanhe video com apresentação da banda extraído do filme 9 Songs:

Cheers,