SELEÇÃO DO BRASILEIRÃO 2013 (1º turno)

Em meio a um Brasileirão bastante equilibrado em disputa, mas com poucos destaques individuais, coube nessa minha seleção do 1º turno destacar dois veteranos na armação do time e um ataque formado por uma revelação que já deu até logo ao futebol brasileiro e um  que fisicamente parece jogador de casados contra solteiros, mas que ainda assim conseguiu destacar-se tecnicamente.

Se for isso uma prova do baixo nível do atual campeonato brasileiro, cabe a ponderação. Como coube também em grande parte dos escolhidos selecionar alguns sem grandes convicções, como a dupla de zaga e a de volantes, além das laterais.

De toda forma, segue abaixo o que enxerguei de melhor nesses 19 primeiros jogos do BR13.

Faça também a sua.

 

Goleiro: Jefferson (Botafogo)

Lateral Direito: Marcos Rocha (Galo)

Zagueiros: Dedé (Cruzeiro) e Doria (Botafogo)

Lateral Esquerdo: Egídio (Cruzeiro)

Volantes: Nilton (Cruzeiro) e Elias (Flamengo)

Meia: Seedorf (Botafogo) e Alex (Coritiba)

Ataque: Vitinho (Botafogo) e Walter (Goiás)

Técnico: Mancini (Atlético PR)

brasileirao2013

GOLAÇO BOTAFOGUENSE!

Ahhh, o golaço, aquele momento do futebol dos quais nós amantes do esporte nos alimentamos, fomos presenteados com essa pintura do Hyuri do Botafogo, jovem recém contratado junto ao Audax pra entrar no lugar do Vitinho, se continuar assim logo ninguem vai lembrar do segundo em General Severiano!

Deixo os senhores com a pintura do garoto!

Hyuri pelo Botafogo
Hyuri, Botafogo

FECHANDO A JANELA

Finalizado o período legal de transferências europeu e muitas foram as novidades de última hora na movimentação dos clubes para formação dos respectivos elencos visando as disputas já iniciadas da temporada 2013-2014, além das contratações já efetuadas previamente ao longo do período estival de férias no Velho Continente.

Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa
Gareth Bale, Mesut özil, Ricardo Kaká e Marouane Fellaini, entre outros, movimentaram o mercado da bola no encerramento do período de transferências na Europa.

O mercado fechava as portas no último dia 3, segunda-feira (tardiamente, diga-se de passagem). Especulações voavam por todas as partes e, desde as compras milionárias, passando pelo grupo de jogadores insatisfeitos nos seus empregos, até os sem nenhum lugar ao sol onde estavam, enfim, todos se movimentavam às pressas para resolver a vida.

Iniciando com o esbanjador Real Madrid, que havia elegido o mais novo sonho de consumo: o galês Gareth Bale do Tottenham Hotspur. Digno de telenovela estilo dramalhão, a aquisição recorde do mercado da bola foi resolvida somente no apagar das luzes da janela de transferências e Bale transforma-se na grande esperança madridista de se tornar companheiro histórico de ataque do português Cristiano Ronaldo.

Já a vida de Ricardo Kaká, antigo objeto de desejo de Florentino Pérez que o tirou do Milan, nunca foi fácil como merengue.Para piorar as coisas, além de amargar a reserva durante quase todo o tempo em que esteve por Madri, não viu luz no fim do túnel sequer ao lado de Carlo Ancelotti (treinador do brasileiro no Milan campeão europeu de 2007). Para levar a vaca para o brejo em definitivo, Kaká viu nomes como o também ex-são-paulino e desacreditado Casemiro ganharem prestígio com o técnico italiano. Resumo da ópera: chega de esperar 2015, ano do término do vínculo contratual, a solução para Kaká foi forçar a situação e fazer o caminho de volta para o Milan. Resta agora saber como jogará no esquema tático de Massimiliano Allegri com Stephan El-Shaarawy e Mario Balotelli à frente.

Kaká era reserva de jogadores como o alemão Mesut Özil no Real Madrid, portanto a saída do brasileiro era lógica. Até certo ponto surpreendente foi a partida do próprio Özil, no último momento, e criticada por muitos em Madri e na Alemanha como o técnico da Seleção Joachim Löw o fez. Melhor para o Arsenal de Arsène Wenger, que possui justíssima fama de econômico no mercado da bola, e, finalmente, concretizou negociação de peso. Özil poderá ter papel preponderante em equipe que começou a temporada desacreditada, mas que recuperou-se a tempo e traz grandes esperanças aos torcedores Gunners.

Falando de times ingleses, esperava-se que o “lanterna” no quesito contratações seria o próprio Arsenal, mas parece que o troféu da categoria ficou por conta do poderoso Manchester United que, ao apagar das luzes, conseguiu apenas trazer o único bom reforço do belga Marouane Fellaini junto ao Everton.

O Everton ficou sem Fellaini e teve que se contentar com outro belga nos seus quadros para a temporada atual. Trata-se de Romelu Lukaku, ex-jogador do Chelsea, que pode ter decretado sua saída por empréstimo após perda de penalidade contra o Bayern na Supercopa da Europa.

Sim, o Chelsea, que trouxe de volta seu técnico ídolo, José Mourinho, e foi buscar o brasileiro Willian Borges da Silva, ex-Corinthians, que se destacara no Shakhtar Donetsk ucraniano com passagem pelo Anzhi russo.

Outro que saiu por falta de espaço como titular foi o alemão Mario Gómez que mudou-se em busca de ares renascentistas na Toscana ao assinar com a Fiorentina, um dos italianos que buscam exatamente um renascimento do futebol no país ao lado do Napoli, que supriu a saída do técnico Walter Mazzarri para a Internazionale com o espanhol Rafa Benítez e no ataque o franco-argentino Gonzalo Higuaín, outro debandado do Real Madrid.

Uns chegam e outros partem da Itália. Foi o caso de Kevin Prince Boateng que deixou o Milan e fechou com o Schalke 04 de Gelsenkirchen. Grande perda para os milanistas, ainda que Boateng tenha tido uma última temporada apagada.

E o Atlético Madrid, bem treinado pelo argentino Diego Simeone, foi buscar revelação holandesa do Ajax. Toby Alderweireld de 24 anos esteve a um passo do Liverpool, mas o clube inglês chegou atrasado na negociação bem sucedida dos espanhóis.

Agora é esperar e conferir quem acertou e quem errou nos reforços de elencos.

MESUT ÖZIL – A MELHOR CONTRATAÇÃO DA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS DO FUTEBOL EUROPEU

O Arsenal roubou a cena no último dia de transferências do mercado europeu. Contratou simplesmente o melhor meia-atacante do futebol mundial na atualidade. Uma aquisição que há tempos o gigante (adormecido) de Londres não se dava ao luxo de fazer. Mas uma pergunta paira sobre a cabeça de todos: por que o alemão de 24 anos escolheu os Gunners?

Sem muito espaço no elenco milionário do Real Madrid após a chegada de Carlo Anchelloti, que agora conta com Gareth Bale, Mesut Özil decidiu ‘respirar novos ares’. Com propostas de times como Manchester United e Tottenham, o camisa 10 da seleção alemã preferiu o Arsenal – clube que há tempos figura como mero coadjuvante na principal liga do planeta mas que ao mesmo tempo possui uma equipe jovem, técnica e muito promissora. Cenário perfeito para o ex-galático.

A verdade é que Özil chega a Londres para ser o dono do time. A cereja do bolo. O ídolo que o torcedor não tinha desde a saída indigesta de Robin van Persie e Cesc Fàbregas.  Embora a aquisição do jogador tenha chamado a atenção de todo mundo, a equipe ainda carece de mais experiência e, principalmente, qualidade individual em algumas posições. E desta vez não tinha desculpa. Wenger vacilou novamente. Com dinheiro em caixa, pechinchou demais e não foi firme nas negociações.

Analisando um pouco os novos colegas de Özil, Giroud não é o centroavante dos sonhos, mas certamente com o alemão na armação, poderá se tornar um dos artilheiros da Premier League. Cazola, pela esquerda e Walcott pela direita, provavelmente infernizarão as defesas adversárias. Seu companheiro de seleção, Lukas Podolski também é boa opção, assim como o dinamarquês Nicklas Bendtner, de volta ao clube. A única preocupação é a linha defensiva, que conta com Vermaelen, Mertesacker e Koscielny, à frente da zaga, e o jovem Gibbs, além do francês Barack Sagna nas laterais. Para o gol, Emiliano Viviano, destaque do Palermo no último Cálcio, chegou, já que o polonês Wojciench Szczesny ainda desperta desconfiança na torcida. Na meia-cancha, a falta de um volante mais marcador poderá comprometer, já que nomes como Arteta, Wilshere e o veterano Flamini não possuem características defensivas. A grata surpresa neste início de temporada, é o bom desempenho de Aaron Ramsey, que dá sinais de ter se livrado da série de lesões que o atrapalharam recentemente.

Fato é que Özil dará um belo “upgrade” no apenas bom time de Wenger, afinal o meia foi um dos principais destaques do Real Madrid nas últimas temporadas. Seus números eram excelentes e o credenciam a mantê-los ou melhorá-los nesta nova fase, agora em solos britânicos.

Para se ter uma ideia, na temporada 2012-13, Özil foi líder de assistências no campeonato espanhol. Em 23 jogos, além de ir às redes por nove vezes, o atleta serviu os companheiros em 13 ocasiões. Para ser mais exato, no time merengue, que conta com Ronaldo, Dí Maria, Modric e Xabi Alonso, jogadores que possuem características apuradas no quesito “passe”, o craque desbancou todos, com média de 84% de passes certos por jogo, contra 67% dos ex-companheiros.

Com todas estas qualidades, o meia alemão é, sem dúvidas, a melhor contratação desta janela de transferências do futebol europeu. Ainda mais por se tratar de um clube como o Arsenal, que necessita urgentemente de mudanças estruturais e conquistas significativas, capazes de recolocá-lo novamente em evidência, e a chegada de Özil acena para o progresso.

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Özil fez bem em trocar o Real Madrid pelo Arsenal?

O NIVELADO BRASILEIRÃO E A EVOLUÇÃO DO SANTOS

A temporada de 2013 não consolidou a sequência de títulos do Santos e não manteve a equipe no topo. Mais do que isso, trouxe um melancólico vice campeonato Paulista frente ao maior rival e uma excursão absolutamente mal sucedida para a Espanha.

Os “8×0” repercutiram em todos os setores do clube. A turbulência política iniciada após o resultado ainda deixa suas marcas (fato que culminou em um “estratégico” afastamento de Laor) e o temor de que o time fosse sofrer ao longo do certame nacional, sendo um dos postulantes ao rebaixamento estava cada vez mais latente.

Contudo, ao contrário do que imaginavam, o Santos evoluiu e não seguiu ladeira abaixo. A safra de jovens, que diziam ter sido “queimada” após o histórico revés, não se abateu e hoje, a equipe tem se mostrado muito mais competitiva do que antes da derrota.

Ciente de suas limitações, o time mostra uma evolução tática e técnica e até mesmo na eliminação da Copa do Brasil (frente ao Grêmio) e na quebra da invencibilidade no Brasileirão para o Atlético-PR, não se comportou mal em campo.

Alguns jogadores tem se destacado – casos dos novos laterais Mena e Cicinho, dos meias Alison e Alan Santos e até os novos reforços do ataque Thiago Ribeiro e pasmen, Éverton Costa, “o centro avante que não é de fazer gols” – e o time vazado oito vezes pelo Barça, em tão pouco tempo passou a fazer frente aos melhores times do nosso futebol atualmente, atingindo o posto de 2° melhor defesa do campeonato.

Realmente, se o futebol e o elenco atual ainda não são ideais para um clube do porte do Santos, ao menos uma evolução é nítida e um 2014 melhor já pode ser vislumbrado. A mescla “juventude e experiência” tem dado certo e tem tudo para continuar assim, afinal, um time que está buscando dias melhores e é acostumado a formar bons elencos baseados em jovens promissores, pode sim acreditar em uma nova geração de meninos capaz de recolocar o clube no caminho das conquistas.

Por fim, talvez 2013 ainda nem seja realmente o ano desse time atual do Santos. Pode até ser também que a equipe apenas perambule pela zona intermediária da tabela até o fim do campeonato. Entretanto, em um campeonato tão nivelado e com times tão parelhos não se pode duvidar de nada, ainda mais de um grande clube.

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Futebol e Bons Sons!