Os times que não engrenam
São Paulo e Palmeiras têm hoje, no papel, os melhores escretes do Brasil. E mesmo assim não engrenam. O Tricolor Paulista male male segura um empate com o Noroeste (para não falar nos vexames recentes) e o Verdão da Capital não convence, por mais que Luxemburgo e grande parte da mídia esportiva brasileira o elejam como o papão do ano.
Aí eu pergunto: o que acontece?
Com certeza, cada um terá sua resposta, e por isso fica aqui a minha: falta ousadia para o Tricolor e culhão para o Verdão.
Ousadia, coisa que desde sempre faltou ao Muricy. Ousadia para colocar Jorge Wagner na lateral esquerda, parar de inventar com o Rycharlisson e treinar os laterais para subir até a linha de fundo. Qualquer um que assiste aos jogos do São Paulo já percebeu: Jorge Wagner não é o meia que o Muricy tenta fazer, e Rycharlisson é volante. Um excelente volante.
Além disso, os laterais tricolores têm que se comportar como laterais modernos. Tendo volantes bem posicionados e um ataque composto por dois armários, está mais do que na hora de Jorge Wagner e Joílson se revezarem nos cruzamentos. Ouse, Muricy.
Já do lado verde, já passou do tempo dos caras fazerem valer todo o hype. Cadê o nó tático do Luxemburgo? Cadê os craques da Traffic? Diego Souza e Valdívia são incensados como craques, Lenny é a mais nova jovem promessa do futebol brasileiro, mas está cada vez mais claro que quem segura as pontas no Verdão são o Pierre e o Marcão. E logo logo o Pierre vai embora. Abre o olho, Palmeiras!
Em tempo: eu acredito no Botafogo. Mas o pós-jogo de ontem da Taça Guanabara foi digno de pena. Prestem atenção, Bebeto e Cuca, não joguem fora toda a credibilidade que vocês com tanto custo conquistaram…
E para acabar: todo meu apoio ao nosso brasileiro-croata-inglês Eduardo da Silva. Muita força nessa hora!
A música do dia vai para ele: Jimmy Cliff – Many Rivers to Cross