Falta dinheiro. E cadê a Traffic?
Palmeiras adia negociação para segurar Kléber por falta de dinheiro
Em São Paulo
A diretoria do Palmeiras planejava para esta segunda-feira enviar um representante à Ucrânia para tratar com o Dynamo de Kiev sobre a situação do atacante Kléber. Entretanto, a viagem foi cancelada porque o time alviverde não arrumou o dinheiro necessário para contratar o jogador de 25 anos.
“Não fui ainda para a Ucrânia porque o Palmeiras não arrumou dinheiro para fazer uma proposta séria”, informou o advogado do clube, Luiz Roberto Martins Castro.
“Estive na Ucrânia ano passado para acertar a venda do Michael e fiz um bom contato com os dirigentes do Dynamo. Por isso, é bem provável que eu vá para lá para resolver esse caso. Assim, o Palmeiras economizaria com comissões, já que sou advogado e posso trabalhar como agente Fifa”, acrescentou Castro.
O clube ucraniano pede US$ 8 milhões [aproximadamente R$ 19 milhões] para liberar Kléber em definitivo e dificilmente concordará com um novo empréstimo. “A nossa intenção é negociar um valor menor, até pela valorização do dólar”, revelou o advogado palmeirense.
O camisa 30 alviverde também desistiu de ir ao Velho Continente. “Tive um contato com o secretário e braço direito do presidente [do Dynamo]. Ele não está afim de conversar. Está decidido no valor. Pediu para que eu não fosse para não haver desgaste. [A negociação] Deu uma emperrada”, declarou, em entrevista ao jornal Lance!.
Por mais de uma vez durante 2008, Kléber afirmou que seu desejo é permanecer no Palmeiras. Outros clubes teriam sondado o atleta, como Internacional, Grêmio, Cruzeiro e o Corinthians. O jogador revelou, também em entrevista ao Lance!, que o presidente do Dynamo gostaria de vê-lo ao lado de Ronaldo no alvinegro paulista.
A diretoria corintiana, porém, afirma que é uma negociação complicada. “Assim como esse valor é alto para o Palmeiras, é alto para o Corinthians. É fora da realidade do futebol brasileiro, a não ser que parceiros entrem na jogada. Não vamos iludir a torcida”, observou o diretor de futebol, Mário Gobbi, em entrevista à Rádio Globo.