CORINTHIANS, PALMEIRAS E O TEMPO

Por livre e espontânea vontade – e paixão ao esporte Rei – nosso amigo Tiago Pimentel encaminhou um texto sensacional sobre as conquistas de Palmeiras e Corinthians nas últimas duas semanas e exalta a rivalidade histórica que pode ganhar novos e magníficos capítulos na Libertadores de 2013.

POR: TIAGO PIMENTEL

Corinthians e Palmeiras, Palmeiras e Corinthians…rivais eternos. Tão longe e tão perto. Tão diferentes e tão iguais. A maior rivalidade do mundo! Barcelona e Real Madrid? Qual quê! Manchester United e Liverpool? Estás de brincadeira, né? Grenal? Ah, fala sério!

Os dois clubes tiveram conquistas incontestáveis nas últimas semanas. Em comum, ambas as agremiações tem o mesmo técnico há bastante tempo. Ao contrário do que normalmente ocorre dentro de nossa cultura futebolística, que rifa técnicos ao primeiro sinal de crise, Felipão e Tite tiveram tempo para realizar um projeto.

Quando o Corinthians foi, de forma ridícula, eliminado pelo inexpressivo Tolima, tudo indicava que haveria caça às bruxas, lista de dispensa e tudo o que costuma acontecer nessas ocasiões. Mas num raro ato visão da cartolagem brasuca, a diretoria do Timão apostou suas fichas em Adenor. O tempo foi passando (ah, o tempo…), e Tite foi dando cara à equipe. Sob seu comando, o Corinthians se transformou numa equipe tenaz, de defesa quase intransponível, contra-ataque mortal, e muita paciência no ataque. Tudo isso devido a tal da “treinabilidade” apregoada por Adenor. Com o tempo, Tite foi ganhando o torcedor corinthiano. O resultado todos nós conhecemos.

Já pelos lados do Parque Antártica, a coisa não foi tão pacífica. Quem vê o sorriso tranquilo sob o bigode do carismático Felipão, às vezes se esquece que o mesmo teve um Kleber em seu sapato em 2011. Se esquece até das farpas trocadas com Tyrone. Alguns cínicos podem dizer que devido a tantos percalços, Scolari só foi mantido no comando do alviverde imponente pela falta de opção. Ainda que isso seja verdade, não há melhor opção para o Palmeiras. Felipão (ao lado do eterno São Marcos) é uma verdadeira instituição palmeirense. O time que foi campeão invicto da Copa do Brasil tem a cara de seu treinador. Joga com o coração na ponta da chuteira (perdoem o clichê), como se a vida de cada um dependesse de cada bola disputada. E um treinador precisa de tempo para dar sua cara a uma equipe.

Essa foi o maior legado que os eternos rivais – que podem vir a se enfrentar na Libertadores 2013 – deixaram. Uma lição que os outros podem aprender. Ou não. Mas no momento a maior rivalidade que há está no topo. Que permaneça assim.

P.S .: Não seria sensacional Santos e São Paulo também se classificarem para a Libertadores 2013?

 

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