A AMBIÇÃO MAGNA

– Dos 10 primeiros colocados do BR11, excluindo as vitórias de Vasco e São Paulo no sábado, só vamos encontrar um vencedor exatamente na 10ª colocação, o Atlético GO que venceu o Galo por 1X0. A ausência de vitoriosos dentro desse universo dos que ainda podem pensar em algum vôo mais alto nesse Brasileirão explica muita coisa sobre a razão pela qual o Corinthians não perdia a liderança que já não lhe pertencia há algum tempo.

O Vasco tem como única aspiração nesse campeonato o título, já que sua vaga na Libertadores está garantida pela conquista da Copa do Brasil. Talvez esteja aí o diferencial dos cariocas para os outros ponteiros, a ambição magna.

Clube grande tem que pensar como grande que é e a partir disso buscar o máximo dentro da competição. O máximo dentro do Brasileirão definitivamente não é a vaga na Libertadores, mas ser campeão. Como é também na Copa do Brasil, na Sulamericana ou em qualquer campeonato. Importante é ser campeão.

Óbvio que apenas um atingira o objetivo e então os que não o atingiram poderão gozar de uma justa premiação pelo seu esforço na busca por esse título. Mas ambicionar o 2º, o 3º ou o 4º lugar é tacanho demais, como fatalmente será tacanha sua posição final no campeonato.

– O Santos é o melhor time do país e para vencer o pseudo líder bastou que Neymar jogasse pro gasto. O problema é que o gasto do camisa 11 é maior que qualquer ápice do restante da boleirada do país. Foi melhor o Corinthians em uma 1ª etapa em que Neymar parecia estar desligado. Foi massacrado numa 2ª etapa em que Neymar resolveu jogar. Tivesse Alan Kardec um pouco mais de “presença de espírito” e o placar teria sido mais elástico. O Santos é o 11º colocado por pontos ganhos, mas por perdidos é o 5º. Se nesse campeonato onde está difícil encontrar alguém com vocação para conquistá-lo, o Santos achar que dá, pode ser que dê mesmo.

– O Palmeiras jogou mais uma vez melhor que adversário e mais uma vez não o venceu. Atuou boa parte do jogo contra o Avaí com menos dois cones, digo, jogadores. Sendo a expulsão de Gerley correta, mas a de Rivaldo um exagero. Que exagerem sempre nesse caso, diz o amigo palmeirense. Que deixe de exagerar Felipão na cautela defensiva e no medo de atacar. Que deixem de exagerar a parte da torcida que elegem os menos culpados pela patética situação do time e do clube, quando os verdadeiros culpados estão perpetuados, atuando em bastidores, em benefício próprio, alimentando um ego que cresce na mesma medida em que o clube definha. Que deixem de exagerar na idolatria a jogadores que deveriam exagerar na marcação de gols, em decidir partidas, que recebem salários exagerados para um exagero de apatia que sobre eles se abate.

-Ouçam Interpol, meus caros. Ouçam:

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Cheers,

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