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BECAUSE WE´RE YOUNG

Certas vivências são tão emblemáticas que fortalecem laços. Quando a vivência envolve música, traz a tona situações e histórias de outros tempos, de outros momentos. Na rabeira de trilhas sonoras compartilhadas, de dias e de noites, de amizades de ontem, de hoje, de sempre.

Atemporal, não há onda ou hit de momento que apague o que foi musicalmente bom ontem ou há 20 anos. Na mesma esteira em que a boa amizade perdura por todo o sempre.

Envelhecemos junto com nossas trilhas sonoras, com nossos ídolos dos palcos.

No último sábado rejuvenescemos 20 anos em uma janela de pouco mais de uma hora, enquanto em riffs e acordes, nossas letras de uma vida inteira nos levou ao âmago de tantas histórias.

Ter aguardado todos esses anos para ver o Suede, após a separação da banda e um inesperado retorno, não só valeu para comprovar o envelhecimento sadio de Brett Anderson e sua trupe, mas para arraigar ao lado de amigos de tempos distintos, mas de emoções tão comprovadamente fortes, que estamos também conseguindo envelhecer bem, sem que com isso deixemos desmantelar nossa aura vivaz daqueles tempos.

E que nesses tempos de hoje conseguimos também ser história, recriando a nossa, ainda que com as mesmas trilhas sonoras.

Como eles, nossos heróis, nos também, na vida e na amizade atemporais, imortais.

Because we´re young…

http://www.youtube.com/watch?v=hipqi7e-5d4

PELA PRIMEIRA VEZ…

POR AGNA SILVA

Pela Primeira Vez …

Com grande honra escrevo meu primeiro texto para a coluna desse blog que sempre admirei, devo a Karen Bachega e João Paulo Tozo, pela confiança, e sim, devo ao Suede, que desde 1994 esta na minha vida, através deles conheci meus amigos e agora parceiros.

Uma recente notícia nos mostra que nunca se deve perder as esperanças, mesmo quando essa foi esquecida.

Numa manhã qualquer de um dia qualquer, o site Omelete divulga que o Suede esta no line up do Festival Planeta Terra, sendo uma das últimas bandas a serem anunciadas, assim como Garbage e Kasabian.

Desde 2010 a banda se reuniu novamente  e vem marcando presença nos maiores festivais mundo a fora, em exatos dez após o lançamento  do último álbum, “ A New Morning “.

A banda chega na América Latina sabendo o quanto são aguardados e a própria banda por vezes expôs a vontade de tocar no continente.

Sendo minhas palavras a de uma entusiasta, prefiro citar as peculiaridades que fazem a banda ser digna de respeito.

No começo dos anos 90, quando o grunge reinava absoluto no mainstream, eis que na terra dos Beatles uma banda surgia causando o que falar, suas letras eram provocantes, regadas por uma poderosa guitarra do genial Bernard Butler e um frontman Brett Anderson,querendo ser David Bowie, ousando de uma andrógina muito questionada.

Depois de anos tocando para moscas, o single The Drowners, chamou atenção e antes o Suave and Elegant, se tornou Suede ou The London Suede nos EUA, mesmo sem ainda ter álbum, a música já nas paradas inglesas e em  pouco tempo a banda lançou seu primeiro álbum homônimo, que desbancaria Frankie Goes to Hollywood, conseguindo uma marca histórica, a banda que mais rápido alcançou o top das paradas britânicas, em decorrência a banda ganhou a grande premiação do Mercury Music Prize, de melhor Álbum do ano , que acabou se tornando desastroso segundo a própria banda , sendo assim, todo o dinheiro recebido foi revertido para uma instituição de caridade.

Em 1993 em meio a turnê, a banda já iniciava a gravação do segundo álbum, foi um período muito turbulento para seus integrantes, Bernard Butler deixou a banda no meio das gravações, gritando ao mundo sua insatisfação com o vocalista Brett Anderson.

Bernard seguiu sua trajetória musical, formando o duo McAlmont and Butler, fazendo parcerias com Neneh Cherry, Duffy entre outros, em 2009 ganhou o prêmio de melhor produtor cedido pelos Brit Awards, por seu no trabalho Rockferry,

Em 1994 o Suede lançou o injustiçado “ Dog Man Star”, sendo considerado na época como muito instrumental, a exigência  por um álbum que superasse o sucesso do primeiro, apagou o brilho do excelente álbum, que foi marcado por muitas mudanças na banda.

Com a saída de Bernard, chegou o menino Richard Oaskes, com apenas 17 anos. Chegando timidamente recebeu a missão de compor uma música em apenas uma noite, quando os outros integrantes da banda se divertiam. No dia seguinte “Together” e sua guitarra urgente, foi entregue para Brett, que aprovou, a música se tornou um b-side do single “New Generation” .

Com a chegada do tecladista Neil Codling primo do baterista Simon Gilbert, a banda ganhou vigor e elementos eletrônicos. Neil também compôs e cantou o b-side do single “Lazy”, “Digging Hole“. Sua presença de palco foi duramente criticada pela mídia inglesa, enquanto Brett o comparava a Dorian Grey.

Em 1996 foi lançado Coming Up,marcado como a ressureição da banda. Trouxe novos fãs e nítida notoriedade e aceitação da mídia especializada, o álbum esteve entre todas as top 10 do ano de 1997. Nesse mesmo período o Metallica, quem diria, se declarou fã da banda. Foi um momento muito especial de realização, para seus integrantes.

Em 1999 foi lançado Head Music, com pouco sucesso comercial, a faixa “ Hi-Fi “ serviu como trilha para um comercial de uma grife badalada. Outra faixa e também single  “ She’s in Fashion “ agradou, e segundo Brett era apenas uma canção de verão, muito além daquilo que a banda poderia fazer. Hoje é possível ouvi-la na programação das rádios brasileiras.

Em 2001 Neil Codling anunciou sua saída da banda, alegando estafa. Alex Lee ex integrante do Strangelove e apoio de diversas bandas como o Placebo, entrou e permaneceu na banda até seu final em 2003.

Quando seu fim foi anunciando, Brett disse que queria encontrar seus demônios

No ano seguinte 2004 Brett Anderson e Bernand Butler, fizeram as pazes e montaram o The Tears com apenas um álbum Here Come The Tears lançado em 2005.

Brett continuou na estrada e se lançou em carreira solo, chegou a declarar que sua referência no momento era Johnny Cash. Ele lançou álbuns e fez shows, inclusive esteve no Peru em 2009.

Discografia Solo :

Brett Anderson – 2007

Wilderness- 2008

Slow Attack – 2009

Black Rainbows – 2011

Recentemente Brett Anderson, disse que a banda está preparando novas músicas para um novo álbum, sem previsão de lançamento. Ele apenas afirma que as sessões têm sido “muito emocionantes” .

O próximo dia 20 será inesquecível, como já dizia o rei Roberto Carlos : são tantas emoções …

Discografia:

Suede (1993)

Dog Man Star (1994)

Coming Up (1996)

Head Music (1999)

A New Morning (2002)

 

Compilações :

Sci-Fi Lullabies (1997)

Singles (2003)

SUEDE, KASABIAN E THE DRUMS CONFIRMADOS NO FESTIVAL PLANETA TERRA

O Festival Planeta Terra acabou de anunciar, em coletiva de imprensa, o seu lineup definitivo para a imperdível edição 2012.

Juntam-se a Garbage, Gossip, Kings Of Leon, Azealia Banks e Maccabees, o Kasabian, o The Drums, o Little Boots e finalmente em terras brasileiras, para a alegria dos noventistas de plantão, o SUEDE (Aleluia Motherfuckers!!!).

As atrações nacionais são a Banda Uó, Mallu Magalhães e Madrid.

O Festival rola no agora aguardadissimo dia 20 de outubro, dessa vez no Jockey Club.

Suede (preces atendidas)

 

Chazinho de Coca – Empate justo no Palestra.

Antes de mais nada, mais uma vez tive problemas para conseguir ingressos para o jogo do Palmeiras. Não quero dar uma de malandrão, ser mais esperto que os outros, ligar pra um e pra outro e conseguir entrar com “aquele jeitinho brasileiro”. Mas em certos momentos da vontade de ser mais inteligente que os malditos cambistas. Raça porca, que empobrece o espetáculo e quase tira o tesão de se ir aos estádios.

Em relação ao jogo no Palestra, partidaça!

Empate contra o Grêmio, dentro de casa, pode ser considerado tropeço? Talvez. Afinal, o Grêmio é um dos piores visitantes do BR09. Mas é um grande time e ontem fez, no meu ponto de vista, sua melhor partida dentro desse brasileirão.

O Palmeiras teve um 1º tempo de encher os olhos. Muita velocidade, muita volúpia ofensiva. Inúmeras chances de gol e Cleiton Xavier em grande noite.

O camisa 10 parecia estar em todas as posições, em todos os cantos do gramado. Pela beleza de seu jogo, foi premiado com o cruzamento na medida de Wendell. Baixinho, subiu bem e cabeceou como diz a etiqueta do bom cabeceador, de olhos abertos, tirando do goleiro, beleza de gol.

O Grêmio que até então estava acuado e mal ultrapassava a linha do meio campo, chegou ao empate 3 minutos depois. Em falta besta no meio, a marcação verde afrouxou e permitiu que Souza fosse lançado livre pela direita. Mas vale também dizer que a falta foi cobrada com a bola em movimento. Souza chegou ao fundo e cruzou para Max Lopes, que se antecipou a Maurício Ramos e guardou a pequena dentro do gol do “Santo”.

Depois disso o Grêmio curtiu essa coisa de atacar e foi bem nesse quesito. Em um desses lances, Max Lopes obrigou Marcos a operar um dos seus milagres. Uma defesaça praticada em disparo a queima roupa, quando o goleiro já caia para o canto oposto. Genial!

O Palmeiras ficou afoito, passou a atacar de forma desorganizada, esquecendo daquele futebol gingado e moleque, apresentado até os 30 minutos.

Não deu pra entender o que pretendia Muriçoca ao trocar Obina por Jefferson. Como Ortigoza já tinha dado lugar a Williams, o Verdão ficou sem referência dentro da área. Dentro desse cenário, o Grêmio conseguiu articular melhor seu jogo no 2º tempo, sendo mais perigoso que o líder do BR09.

Aos 37 minutos, Rever saiu do jogo, após levar uma pancada na cabeça e ficar desacordado. Como já tinha feito as 3 alterações, o tricolor gaúcho ficou com um jogador a menos. O Palmeiras pressionou em cima desse desfalque, mas não o suficiente para fazer a massa presente festejar a vitória.

O empate acabou sendo o placar mais justo para ambos.

Confira o tanto de coisa boa que aconteceu no jogão:

E eu me despeço da nobreza, mas não sem antes deixá-los com a agradabilíssima companhia de uma das minhas bandas de cabeceira – Suede, com Trash:

Cheers,

Chazinho de Coca – Saldo das semifinais da Euro 2008.

Saldo das semifinais da Euro 2008.

Alemanha 3 X 2 Turquia

Infelizmente não pude acompanhar a partida, somente os melhores momentos. Mas a minha expectativa, principalmente pelo fato da Turquia ir a campo quase sem reservas, era de que algo mambembe fosse ocorrer pelos lados turcos. Qualquer coisa que não uma goleada alemã, já seria surpreendente. Mas a Turquia mostrou força, mostrou brio e acima de tudo, mostrou qualidade. Encarou a poderosa Alemanha de igual, abriu o placar, permitiu a igualdade em 2X2, mas ao final sucumbiu diante de um rival mais forte, mais inteiro, mais acostumado a decisões, mas caiu de pé, bravamente.

A Alemanha mostra poder de chegada, mas isso já é de esperar de uma Alemanha. Para ficar com o título vai precisar de mais, muito mais.

Espanha 3 X 0 Rússia

Para muitos, onde eu me incluo, a Rússia chegou com ligeiro favoritismo, principalmente por eliminar, de forma tão espetacular, a até então favorita Holanda. A Espanha destroçou qualquer favoritismo russo e aplicou 3X0 sem grandes dificuldades.

Zirkhov não foi tão bem quanto nas outras partidas, Pavlyushenko bem que tentou, mas as bolas não chegavam até ele. Mas a grande decepção ficou por conta daquele que do dia pra noite tornou-se a menina dos olhos dos grandes clubes da Europa – Arshavim.

No primeiro tempo houve até um ligeiro equilíbrio, mais acentuado com a saída de Villa, contundido. Em seu lugar entrou Fábregas, fora de sua posição de origem. Fernando Torres isolou-se no ataque e o meio campo espanhol ficou muito congestionado, não conseguindo organizar boas jogadas para Torres. A Rússia chegou a ameaçar nesse momento, mas Casillas estava em noite inspirada.

Na volta do segundo tempo, Aragonés acertou o meio campo espanhol, soltou Fábregas e avançou Xavi. O resultado foi um massacre territorial da Espanha e uma Rússia perdida em campo. Arshavim que já era figura inoperante tornou-se invisível. Gus Hiddink parecia incrédulo, mas também pouco fez para alterar o panorama. Com isso a Espanha chegava de todas as formas, do jeito que queria. Logo o placar começou a ser construído e os 3X0 ao final, coroaram a sensacional atuação espanhola no segundo tempo.

Agora vem a final contra a Alemanha. Será que dá pra apostar na Espanha como favorita? O favoritismo dado à Holanda, à Croácia e à Itália caíram por terra. Alguém se arrisca?

Ao som de Suede – Stay Together

abraços,