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La Mano de Díos – Tudo Pronto Para o Clássico

Tudo Pronto Para o Clássico

Pois é, camaradinhas, ao que parece está tudo pronto para o Choque-Rei de amanhã. O favoritismo palmeirense acabou depois da disputa de domingo passado, mas as chances do Palmeiras chegar à final do Paulistão ainda são maiores. Vale lembrar que o São Paulo tem jogo decisivo pela Libertadores na quarta-feira, dia 23, e isso pode influenciar a escalação de amanhã. Luxemburgo vem com tudo e Muricy já disse que o São Paulo entra em campo para ganhar.

Ao que tudo indica, as escalações dos dois times serão:

Palmeiras: Marcos, Elder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro, Léo Lima, Martines, Diego Souza e Valdívia, Kléber e Alex Mineiro.
Possíveis surpresas: Denílson, Lenny

São Paulo: Rogério Ceni, André Dias, Alex Silva e Miranda, Júnior, Fábio Santos, Hernanes e Joílson, Adriano e Dagoberto.
Possíveis surpresas: Borges, Hugo

No papel os dois times têm muita qualidade. O esquema de Luxemburgo é muito mais agressivo que o de Muricy, mas ao que tudo indica a Muralha Tricolor voltou. O péssimo Fábio Santos como dupla de Hernanes implica em menos subidas do craque da 15 ao ataque, mas em compensação Júnior melhora as ofensivas pelo lado esquerdo. Já o Palmeiras super-ofensivo de Luxa tem grande qualidade no meio-campo com Valdívia e Diego Souza, mas a entrada de Martinez no lugar de Pierre aumenta as finalizações para o gol, ao mesmo tempo em que diminui o poder de marcação.

Na minha opinião, o sapo de Arapiraca enterrado no Palestra Itália vai ajudar, e vai dar São Paulo.

E você, leitor, o que acha?
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A trilha sonora que me acompanha até amanhã é The FacesStay With Me.

Os dois lados da moeda – será que volta?

Bom, a Net me prometeu o retorno da minha TV a cabo para amanhã. Será que saio do exílio futebolístico?

Vamos a uns pitacos sobre a semana passada:

1. Flamengo 0x0: O time da Gávea ganhou de 3 pela Libertadores e perdeu de 3 na semi-final da Taça-Rio. Mas, no caso, a Libertadores valia mais, entao ficamos num “empate fora de casa é bom resultado”.

2. Ponte x Guara: Ponte larga na frente. O time de maior torcida no interior do estado (foi o que eu ouvi dizer) tem minha preferência, seria uma bela final, seja com São Paulo, seja com Palmeiras. Sem desmerecer o Guará, que desde o jogo inaugural com o Tricolor do Morumbi já vinha prometendo bela participação no Paulista.

3. São Paulo x Palmeiras: A torcida do São Paulo não compareceu no número esperado. Fora isso, todos os ingredientes de um clássico: gol de manchete, penalti esquisito, jogo combativo e, no fim, a vitória do melhor time em campo.

4. Grêmio: vinha invicto, perde duas partidas em uma semana e está fora das duas competições que disputava. Vai Celso Roth, não para de lutar!!!

5. Brasiliense, o primeiro campeão estadual do ano.

Chazinho de Coca – Trinta e sete anos depois, o filme se repete!

Trinta e sete anos depois, o filme se repete!

Em 1971, Palmeiras e São Paulo decidiram o campeonato paulista daquele ano. Não me lembro bem o resultado da outra partida. Mas um lance naquela decisão entrou para a história como um dos erros mais absurdos da história da bola. Um gol legítimo de Leivinha para o Palmeiras, naquele quesito que era a sua especialidade, o gol de cabeça. Testada firme, indefensável. Teria sido o gol do título, mas Armando Marques anulou o golaço alegando que o gol havia sido feito com a mão. O título ficou com o tricolor do morumbi.

A galera sapeca que acompanhou a partida ontem e depois os programas esportivos e também os jornais que discutem o assunto, deve estar de saco cheio de ouvir e ler isso, até porque os meios já citados bateram nessa tecla e relembraram o caso a exaustão.

Reza a lenda que tempos depois, num saguão de aeroporto, Armando Marques encontrou Leivinha e aproximou-se do craque para lhe pedir desculpas pelo erro grotesco. Aí é que esta a diferença.

O arbitro da partida de ontem, o nosso querido PC, não terá essa oportunidade, já que ao final da peleja, justificou o absurdo que acabará de cometer, dizendo que viu sim o lance, mas que o interpretou como normal. HÃ? MAS COMO ASSIM? Será que o Giba da seleção masculina de vôlei está disponível para ser contratado pelos times de futebol? Sim, porque se meter a mão na bola é válido, então contratar alguém que seja perito em utilizar esse membro do corpo humano também é. Ou então o Bernardinho precisa começar a ficar esperto nas partidas de futebol. De repente ele está perdendo a chance de convocar alguns craques com as mãos.

Fato é que, não faltando com a verdade, como procuro sempre fazer, o São Paulo mereceu sim a vitória. Jogou mais que o Palmeiras sim, aliás o Palmeiras não jogou e o Luxa só foi feliz ao colocar o ótimo Lenny, mas o fez tarde. Zé Luis anulou Valdívia, Diego Souza esteve apagado, a dupla de zaga que é de ótima qualidade, ontem foi bizarra e está mais do que óbvio que Martinez não pode ser reserva.
Mas também não podemos negar que aquela cortada ao melhor estilo Marcelo Negrão alterou completamente o panorama da partida e não fosse a bela jogada de Lenny e o pênalti bem convertido por Alex Mineiro, o São Paulo teria carimbado sua passagem para a final ontem mesmo.

Nota 8 para o São Paulo.

Nota 4 para o Palmeiras

Nota 0 para o PCzinho e para sua bandeirinha.

Ao som de Oasis – Hello

Abraços aos queridos e queridas,

La Mano de Díos – La Mano de Díos

La Mano de Díos

(desculpem, não resisti)

O que é a natureza…

Enquanto a Taça Rio caminha para um final mais do que previsível (alguém duvidava que o Flamengo não estava nem aí – embora o Fogão tenha apavorado -, e que o Flu iria ganhar do Vasco?), o Paulista dá sinais de que a empolgação tomará conta de todos os ferozes por futebol até as seis da tarde do próximo domingo.

Tudo aberto na volta de Guaratingueté e Ponte!

Quanto ao clássico, serei breve:

O Palmeiras, que não podia perder, perdeu. O Valdívia esteve em campo?
O São Paulo, que tinha que ganhar, ganhou. Com direito a gol de mão, lembrando aquele de Leivinha na final de 71 (grande lembrança do Benjamin Back no Lance! de hoje).

E aí, eu pergunto:

E AGORA?

A polêmica, só se for numa mesa de bar. Quem paga as geladas?

Grande abraço, camaradinhas, ao som de Sharon Jones & The Dap Kings – Answer Me. Once you go black, you never go back…

La Mano de Díos – A Libertadores e o Imponderável

A Libertadores e o Imponderável

Pois é, camaradinhas, mais uma rodada da Libertadores passou e mais uma vez a emoção tomou conta de torcedores, tão dopados nos campeonatos estaduais cada vez mais previsíveis.

Conto aqui o que eu vi:

Flamengo 2 x 0 Nacional

No Maracanã, o Fla fez a lição de casa e tentou apagar o vexame (futebolístico e humano) dado no Uruguai. Não foi uma partida brilhante, o adversário não era tudo isso que foi insinuado em Montevidéu e o Flamengo resolveu jogar bola e esquecer o vale-tudo. Talvez porque Toró não estava em campo?

Souza mais uma vez não marcou os gols que a torcida rubro-negra esperava, mas o tio do churrasco, Joel Santana, fez bem liberar Marcinho na lateral, pois foram de jogadas dele que saíram os gols, um em bela jogada e outro em rebote de uma cabeçada de Juan.

E se o jogo não termina enquanto Obina não marca, talvez estivéssemos vendo essa partida até hoje. Minha avó manca faria aquele gol que Obina – melhor que Eto’o – perdeu aos 33 do segundo tempo.

O Flamengo não jogou bem, mas com a ajuda do camisa 12 – a grande torcida rubro-negra – e muita raça, venceu a peleja contra um adversário que não convenceu. Olho vivo no goleiro Bruno, com duas excelentes defesas, evitando outro vexame rubro-negro.

San José 2 x 1 Santos

Por pouco a epopéia santista não acaba bem. Com um gol logo no primeiro tempo de Kléber Pereira, parecia que a coisa podia andar. Mas a zaga santista é uma peneira e toda vez que o fraco time do San José ia para cima, alguma coisa acontecia. Quando não era o gol, era uma boa defesa de Fábio Costa. Aliás, é mérito dele a fatura não ter saído mais cara para o time do litoral.

Se Fábio Costa é o grande responsável pela derrota não ter sido tão grande, o juiz foi o grande culpado pelo Santos não ter saído com o empate. No finzinho do segundo tempo ele manda seguir um lance em que Kléber Pereira é atropelado dentro da área, lance que poderia compensar o cansaço do time no segundo tempo, visivelmente abalado pela altitude de mais de 3 mil metros de Oruro. Vai ver a falta de oxigênio também atrapalhou o juiz, que confundiu futebol com rúgbi. Coisas do futebol. Ou não.

Deportivo Luqueño 1 x 1 São Paulo

O Imponderável atua no futebol, como dizia Nelson Rodrigues. Em um jogo feio contra um adversário fraco, o Tricolor paulista por pouco não sai vitorioso. Miranda na zaga fez toda a diferença até sair de campo grogue depois de uma cabeçada, Hernanes aos poucos recupera o futebol de 2007 – embora seja ainda uma pálida sombra do craque que foi ano passado -, Rogério Ceni mais uma vez fecha o gol com uma linda defesa, Jorge Wagner atua bem tanto como meia quanto como ala, inclusive arriscando bons chutes de fora da área e Adriano vem melhorando a cada partida. Mais uma vez foi por muito pouco que ele não marcou.

Mas então o Imponderável entrou em campo. Aloísio, no banco há muitos jogos por conta de lesões e suspensões, entrou no lugar de Borges – que muito tentou e pouco produziu – para fazer o gol que definiria o placar. Estrela de goleador, marcou um lindo gol de cabeça logo no primeiro lance de ataque com ele em campo. O atacante que estava no banco, “bichado” como andam dizendo por aí, entrou e fez. O Imponderável.

Depois do gol o São Paulo passou a administrar o jogo contra um adversário que tentava compensar a falta de criatividade com incansáveis e ineficazes cruzamentos na área. Mas foi numa das poucas jogadas construídas pelo Luqueño que veio o gol, aos 47 do segundo tempo. Depois de uma troca de passes realizada mais no susto do que na técnica, um chute de fora da área selou o placar da peleja. O Imponderável.

O São Paulo jogou bem, mas desperdiçou infinitas chances de gol em contra-ataques mal-resolvidos, e ainda não há um meia que ligue a defesa ao ataque – Éder Luis por enquanto não é esse homem. O adversário, que não era forte, não parou de tentar, pois jogava em casa. Visto dessa forma, o empate até que foi bom resultado, pois deixou o time brasileiro na liderança do Grupo 7. Mas ainda é muito pouco para um time que quer ser campeão, apesar dos comentários de Marco Aurélio Cunha.

Colo – Colo 2 x 0 Boca Juniors

Antes de mais nada, Riquelme é um jogador diferenciado. É brincadeira o sangue-frio, o olhar atento e a precisão de seus passes. ESSE É CRAQUE e jogaria no meu time (e creio que no de vocês também). Mas Riquelme não é Deus, e ontem só Deus salvaria o Boca, jogando mal fora de casa contra um adversário rápido e com bons jogadores. Com o resultado em Santiago, o Boca está em terceiro no Grupo, dois pontos atrás dos líderes Atlas e Colo-Colo. Também é pouco para um bom time – o melhor do campeonato na minha opinião – que vem como campeão da Libertadores 2007.

Dois jogos que não vi, mas que merecem ser mencionados: Fluminense 2 x 1 Libertad e Cruzeiro 1 x 1 Caracas, os dois fora do Brasil. Bons resultados brasileiros!

É isso aí, camaradinhas, desculpem a sinceridade, mas a Libertadores me deixa muito mais animado que os Estaduais. Essa rodada foi uma beleza e vejo coisa muito melhor vindo por aí.
Me despeço ao som de Cock Sparrer – We’re Coming Back, porque como diz a canção da torcida do Liverpool, You’ll Never Walk Alone.