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Mil jogos, muitas glórias!

Existem coisas engraçadas e que chegam a beirar o trágico no Brasil, que depois de amanhã estará comemorando o dia da sua independência. Independência do que, é o que muitos gostariam de saber, porque uma nação composta de patriotas teria que exigir mais do seu pais, em todas as áreas, inclusive no futebol, que pelo andar da carruagem, daqui uns anos terá mais torcedores contra o seu selecionado nacional, do que a favor.

É sem cabimento, a não ser para os cofres da CBF, que se marque um amistoso de uma Seleção, que metia medo em qualquer adversário só de entrar em campo, em plena segunda-feira universal, em Londres, e ainda por cima contra a fraca Gana, em um jogo a ser disputado no acanhado estádio do Fulham FC.

Não é de hoje que se vem perdendo a dignidade e o respeito por essas bandas, mas quem sabe, quando isso atingir um pouco mais o ópio do povo, eles se animem para restabelecer a ordem, pois se é necessário fazer o amistoso, que esse fosse feito em casa, numa quarta feira típica de futebol, feriado nacional e contra um time que valorizasse mais a partida.

Também não se pode esperar muito de patriotismo, quando a maior rede de televisão, que tem o direito de transmissão dos jogos, coloca o comercial para funcionar na hora da execução do Hino Nacional.

Só que o sete de setembro não passará em brancas nuvens pelos lados do Tricolor, que não jogou bem no sábado, em Florianópolis, mas conseguiu, na base da superação, fazer três importantes pontos em cima do Figueirense e que voltará a atuar no Morumbi, na tarde desta quarta-feira, em um jogo mais do que festivo.

Será um jogo para ficar na memória de todos os são-paulinos e de todos aqueles que apreciam e respeitam o futebol. Um jogo que celebrará duas marcas históricas do nosso capitão e goleiro artilheiro Rogério Ceni: 21 anos de São Paulo Futebol Clube e incríveis mil jogos, sim 1000 jogos, com a camisa são-paulina.

E mesmo conquistando tudo o que conquistou: Foi Campeão Paulista, Brasileiro, da Libertadores e Mundial pelo seu clube e pela Seleção Brasileira e autor de mais de cem gols, o que irá importar para o Mito, será a presença do público e a vitória contra o time do Atlético Mineiro.

Mesmo assim o marketing do clube está preparando uma bela festa para o jogo mil, que terá muitas atrações para quem for ao Cícero Pompeu de Toledo num dia da Independência que promete ser inesquecível!

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Empate Positivo.

Diferente do que está sendo anunciado exaustivamente desde o final do Choque-Rei deste domingo, o placar final no Morumbi não fez com que a equipe do São Paulo ficasse estacionada.  Pode-se dizer que o time tropeçou por estar vencendo em casa e deixar o adversário empatar. Um resultado que é absolutamente normal em um clássico.

Pode-se dizer que esses pontos podem e farão falta no final do Brasileirão, que na próxima rodada chegará na sua metade, se bem que nas edições anteriores era sempre na reta final que os times pareciam estar com preguiça de assumirem a liderança e levantar o caneco. A preguiça de ser campeão começou mais cedo desta vez.

E a prova disso foi a quantidade de empates que a décima oitava rodada nos proporcionou, das dez partidas disputadas, metade delas terminaram com esse tipo de resultado.

Ambas as equipes entraram em campo com vários desfalques. O Palmeiras não contou com o meia Valdivia, o lateral Gerley e o zagueiro Thiago Heleno, todos suspensos, além do atacante Dinei, machucado. Já os anfitriões perderam Lucas, suspenso, Casemiro, com a Seleção Sub-20, além de Denilson, machucado.

Foto: Ale Vianna

Mas mesmo assim, os dois times fizeram um jogo movimentado e emocionante, principalmente no primeiro tempo onde se alternavam no domínio de jogo até que, aos 41 minutos, Dagoberto e Rivaldo fizeram a diferença: o camisa 10 deu passe milimétrico para o atacante, que deixou Leandro Amaro no vácuo e, com um leve toque, encobriu Marcos, fazendo um golaço.

Na segunda etapa, o Palmeiras resolveu se aventurar mais no ataque. Felipão trocou o volante Márcio Araújo pelo o atacante Maikon Leite., e aos 11 minutos surtiu o primeiro efeito. Rogério Ceni fez uma defesa milagrosa na cabeçada venenosa de Patrik.

Cinco minutos depois, Marcos Assunção cobrou uma falta da esquerda e o zagueiro Henrique, de costas para o gol, desviou para igualar a partida. Empate merecido, pois foi no momento em que o Palmeiras mandava no jogo.

Depois, o São Paulo voltou a dominar as ações no meio, tendo assim uma razoável melhora até os últimos 15 minutos, onde as duas equipes fizeram o tempo passar valorizando o empate. Perder por que? A semana para os dois times será complicada, com decisão na Sul-Americana, clássicos. Uma semana cheia de pressões.

Se tudo tem sempre lados positivos, pelo lado do Tricolor foi ter diminuído um ponto em relação ao líder, ou seja, não ficou estacionado, e manteve a invencibilidade de nove anos sem perder para o Verdão no Morumbi. Pelo lado Alvi-verde, foi de ter ganho um ponto importante fora de casa, mostrou ter poder de reação e evitou ser derrotado numa semana difícil em que terá Vasco e Corinthians pela frente.

Faith No More – A Small Victory

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Remendo Sul Americano

Nos acréscimos o São Paulo deixou escapar um resultado positivo diante o Ceará, na estreia dos dois times pela Copa Sul-Americana na noite desta quarta-feira, no caldeirão Presidente Vargas, em Fortaleza.

Foi assim na primeira etapa, aos 46 minutos, quando o volante Rudnei empatou o jogo para a equipe cearense em 1 a 1, e depois na etapa final, onde o atacante Marcelo Nicácio marcou aos 48 minutos, decretando assim a derrota tricolor por 2 a 1.

O drama da equipe do Morumbi começou no intervalo, quando o zagueiro Rhodolfo pediu para sair com dores musculares. Sem opções de defesa no banco, o técnico Adilson Batista colocou o volante Jean e improvisou Denilson no setor.

O que não demorou por muito tempo, pois logo no reinício do jogo o são-paulino foi expulso e o treinador, mais uma vez, foi obrigado a fazer mais improvisações na zaga.

O time já desfalcado pelos jogadores cedidos para as diversas Seleções Brasileiras, teve ainda que poupar o atacante Dagoberto, que ficou no banco, por conta da maratona de jogos que a equipe vem enfrentando.

O time teve que fazer uma cansativa viagem de Florianópolis a Fortaleza, sem tempo para descansar e treinar, e dessa maneira não se pode cobrar um futebol de alto nível técnico, de nenhuma equipe do mundo.

Por consequência disso os jogadores Fernandinho e Rivaldo também deixaram o jogo com dores e cansaço, o que também mostra que problemas físicos estão sendo constantes no São Paulo nesta temporada.

Todo remendado o time se segurou como pode, e mesmo com um jogador a menos o tricolor lutou e tentou fazer o tempo passar e quando o Vozão começou a gostar mais do jogo acabou parando nas mãos do Rogério Ceni, que foi o principal responsável pelo placar não ficar mais elástico.

O time do Ceará virá a capital paulista para jogar com a vantagem do empate no jogo de volta, no próximo dia 24, no Morumbi, numa historia que pode, e deverá, ser diferente.

Eu, os Monkees e a maioria da torcida, ainda acreditamos tricolor:

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Ainda no Bolo!

Quase doze mil pessoas foram ao Morumbi, na gelada noite desta quinta feira, para assistirem a um jogo de futebol morno, onde o São Paulo bateu a mediana equipe do Bahia pelo placar de 3 a 0. Foi a primeira vitoria do treinador Adilson Batista em casa.

O técnico que teve vários problemas antes e durante a partida, conseguiu dar padrão ao time e superou os obstáculos para deixar o estádio, desta vez aplaudido, por conta da boa exibição do Tricolor.

Suas preocupações começaram antes mesmo da delegação chegar ao estádio. O zagueiro Luiz Eduardo, que seria titular, fraturou a mão esquerda e foi vetado do jogo e o time que já estava sem Xandão e Bruno Uvini, teve que escalar o jovem Rodrigo Caio improvisado na defesa.

E o garoto de 17 anos deu conta do recado durante os 90 minutos do jogo, só assustando a torcida as duas vezes que sentiu o joelho e desabou em campo, mas querendo mostrar serviço, o camisa 36 voltou  e desempenhou bem o seu papel.

Ate os 26 minutos do primeiro tempo o jogo permanecia equilibrado, em que o São Paulo tinha mais posse de bola, mas pecava em todas as finalizações. Até que isso mudou e com boas trocas de passes, o Tricolor envolveu o Bahia e abriu resultado.

Juan fez linda jogada e sofreu falta. O capitão Rogério Ceni bateu, Fahel ergueu a mão dentro da área e desviou a trajetória da bola. Prontamente, o árbitro marcou a penalidade, que foi convertida pelo camisa 1, mostrando, e bem, como se deve bater um pênalti, e fez o 102º gol da sua gloriosa carreira.

Sem aquela preguiça costumeira que nos acomete nos dias frios, o time mostrou força de vontade, e deixando o futebol burocrático de lado, cresceu e aos 44 minutos o atacante Dagoberto roubou uma bola na intermediaria do campo, correu e, de fora da área, deu um toque por cima do goleiro para marcar um golaço.

Na segunda etapa o time voltou da mesma forma que terminou o primeiro tempo, e aos 5 minutos, Lucas roubou a bola de Titi, avançou e fez o terceiro gol da noite.

A equipe do Bahia só começou a dar trabalho, depois que lateral-direito são paulino Piris foi expulso aos 10 minutos do segundo tempo. por receber dois cartões amarelos em faltas que não terminariam em punição no Paraguai.

Mas é só uma das poucas questões que o jogador precisa se adaptar ao futebol brasileiro. Fora isso, ele merece elogios pelas atuações que tem tido em campo.

A vitória trouxe de volta a confiança da torcida na equipe e fez com que o time se mantivesse no bolo da parte de cima do Brasileirão.
Se morno foi assim, imagina quando esquentar.

Ps. Não queira reinventar a matemática dona FIFA!

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Mão à palmatória

Uma advertência: este colunista tentará ao máximo não cornetar o senhor Adenor Leonardo Bacchi no texto de hoje. Vamos acompanhar.

Não tinha como terminar melhor este feriado prolongado. Além do rebaixamento de nosso algoz argentino, ainda tivemos uma atuação mais do que fantástica de nossa equipe. Vamos aos fatos:

 

Pode chamar de Zidanilo e Liedshow.

Fato número um: Danilo se tornou titular incontestável no meio de campo do Corinthians. Tite terá que encontrar algum jeito de colocar Alex neste time, mas sem tirar este que foi o melhor em campo na goleada contra o São Paulo. O primeiro gol do jogo foi um lance pra fazer jus ao apelido de “Zidanilo”. Se o jogo terminasse com apenas este gol, já haveria história pra contar.

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Mas não foi o que aconteceu. Antes até do primeiro gol, o São Paulo perdeu Carlinhos Paraíba, expulso após uma entrada maldosa em Welder. Expulsão merecida, mas o capitão tricolor Rogério Ceni resolveu ir tirar satisfação com o árbitro mesmo assim. Desde então, mais cartões foram sendo distribuídos, numa amostra de como seria o jogo dali para a frente. Mas o Corinthians soube aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais durante todo o segundo tempo. O que se seguiu foi o Timão dominando praticamente todas as jogadas. Tivemos então três gols do “levezinho” Liedson e um frangaço de Rogério Ceni após um chute de Jorge Henrique. Ainda tivemos um chute de Ralf que bateu na trave e (talvez) um pênalti não marcado (confesso que fiquei em dúvida, mas parece ter sido pênalti).

 

O que dizer de um jogo no qual há gritos de olé aos 15 minutos do segundo tempo?

Fato número dois: embora o São Paulo que jogou neste domingo não sirva de parâmetro, pois veio desfalcado e perdeu o rumo após a expulsão, já dá pra notar que o Corinthians encontrou um padrão de jogo. Com a estréia de Alex e mais algum reforço (ainda precisamos de lateral-esquerdo, não dá pra esperar muito do Fábio Santos), inclusive com a volta do nome de Fábio Simplício à pauta, é possível esperar algo deste time. E – mão à palmatória – talvez Tite seja o melhor nome para comandá-lo no momento. Até porque não há melhores opções. Ou alguém gostaria de ver Cuca ou Celso Roth no comando da equipe? São os treinadores disponíveis no mercado. Ah, tem o Adilson Batista, que não conseguiu se firmar em time algum desde sua saída do Cruzeiro. Não, né? Pois é.

 

Apesar da goleada, o São Paulo ainda é líder do Brasileirão. Resta saber o impacto deste resultado nas próximas atuações da equipe. Também não dá pra saber se o treinador são-paulino Paulo César Carpegiani conseguirá se manter por muito tempo no cargo.

 

O próximo compromisso do Timão é contra o Bahia, fora de casa, na próxima quarta. Espero que a boa fase se mantenha.

 

Fiquem com The Who e a bacanérrima “Substitute”.

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Abraços.