Popstars!
Popstars!
Não Pode!
Não pode um time que aspira ser campeão brasileiro, perder de forma vexatória, dentro de casa e para um time que não pretende nada na competição.
Sem entrar no mérito tático, até porque infelizmente não pude acompanhar toda a partida, mas um placar de 0X3 não necessita de muita análise.
Se o time pretendia atropelar o Sport para pressionar o Grêmio, agora terá de torcer para o frágil Fluminense vencer o líder do campeonato e ainda fazer a sua parte, vencendo o novo vice-líder, Cruzeiro, dia 14 no Mineirão e sem a dupla Alex Mineiro e Kleber, que ontem levaram o 3º amarelo. Lamentável!
Não pode, também!
A arrogância de Rogério Ceni ao dizer que não admite ver o São Paulo disputar a Copa do Brasil ao invés da Lbertadores. A frase dita para se explicar foi pior do que a intenção “Eu, como atleta, não consigo imaginar de, em vez de jogar em Maracaibo, ter de jogar em Macapá, Manaus…”
Lamentável a postura do ídolo Ceni.
Com a bolinha que o seu São Paulo vem jogando, vai ter que dar graças aos céus se garantir vaga na sulamericana.
abraços,
Dois Monstros!
A rodada do final de semana não foi boa para Palmeiras e São Paulo. O Verdão, sem meio time, foi até o Mineirão encarar o Galo e voltou para casa com um empate em 1X1 e de quebra saiu do G4. Para o Tricolor Paulista o resultado foi ainda pior, afinal o placar de 1X1 foi contra um dos piores times do campeonato e em pleno estádio do Morumbi. Com o resultado, o São Paulo ficou distante do líder Flamengo.
Teria sido muito ruim, não fossem as espetaculares atuações de suas maiores estrelas – Marcos e Rogério Ceni.
Marcos e Rogério tiveram atuações dignas de suas melhores fases. Marcos lembrou o São Marcos das Libertadores de 99/ 2000 e da Copa de 2002. Rogério Ceni teve atuação digna de suas grandes temporadas em 2002 e 2005.
Tanto Palmeiras quanto o São Paulo devem aos dois Monstros, o pontinho conquistado nesse domingo.
Ambos são os últimos gênios atuando no futebol brasileiro, são representantes fiéis de suas torcidas, são os únicos jogadores brasileiros que podem beijar os escudos de seus clubes e são, de longe, apesar da idade, apesar de muitos já terem tentado aposentá-los, disparados, os melhores goleiros do Brasil e dos melhores do planeta.
Seriam os goleiros de qualquer seleção do mundo. De qualquer uma!
Não por acaso, desde o final da partida, muitos palmeirenses amigos vieram conversar comigo a respeito do jogo. O sentimento que pude notar em todos, foi o de que toda a coletividade palestrina está sim, de alma lavada! Fosse o jogo de ontem contra o Corinthians, apesar da enorme rivalidade, o gosto não teria sido o mesmo. O Timão encontra-se hoje alguns degraus abaixo de SP e Palmeiras. O Timão não tem uma história recente de grandes duelos contra o Verdão. O time do Parque São Jorge esteve em alta exatamente quando o do Palestra Itália esteve em baixa. O Palmeiras ressurgiu como uma fênix no cenário da bola, mas em contrapartida o Corinthians despencou.
O time da moda (no bom sentido), aquele que vinha sendo o bicho papão, o time a ser batido era exatamente o São Paulo. Mas não apenas isso, o tricolor do Morumbi vem há tempos sendo a pedra no sapato palmeirense. Eliminações consecutivas na Libertadores. Derrotas tanto fora quanto dentro de casa. Gozações, ironias, galhofas vindas tanto da torcida, quanto do elenco e principalmente, da diretoria são-paulina.
O Alviverde imponente sendo colocado como clube ultrapassado em todas as ocasiões. A defesa que ninguém passa sendo facilmente vencida pelos até então imbatíveis atacantes tricolores. A linha e os atacantes de raça, demonstrando muita raça sim, mas pouca inspiração e quase sempre não fazendo frente às muralhas são-paulinas.
Mas mesmo nessas situações, a Torcida que canta e vibra esteve ao lado do time, sempre empurrando, acreditando, demonstrando amor. Já era mais do que hora de receberem algo em troca.
Pois desde os 4X1 da 1º fase do campeonato paulista, a torcida sentiu que esse Palmeiras era sim diferente dos de temporadas passadas. Era esse sim, o time ideal para retomar a dianteira, de fazer frente a qualquer um, mesmo ao até então, quase imbatível São Paulo. Era hora da retomada da dignidade, era chegada a hora de voltar ser Palmeiras.
Não bastava apenas vencer o São Paulo, tinha sim que vencer e mostrar-se superior. Ser favorito e fazer valer essa condição. Ver o goleiro adversário falhar e o seu, fechar o gol. Sentir que sua estrela é sim mais decisiva que a deles. E notar que a reação negativa do adversário ao final da partida nada mais era do que a constatação de que no campo, na bola, no futebol, hoje, inegavelmente, o Palmeiras é superior.
O alviverde Imponente trouxe de volta a alegria para aquela que nunca o abandonou, aquela que é e sempre será a Torcida que canta e vibra.
Falta agora poder, enfim dizer, que de fato é campeão!
Ao som dos gênios Miles Davis & John Coltrane – Round Midnight
Grande abraço,
Fellipe Perini Rodrigues é um rapazinho nascido no dia 24 de abril de 1992. Nasceu em meio a uma família repleta de corintianos, mas com um tio palmeirense. Fellipe cresceu, tanto que está para completar 16 anos. Rapazote de boas notas na escola, que devido ao convívio com esse tio, aprendeu a apreciar a boa música, a ter bom trato com as garotas e claro, tornou-se palmeirense.
Nascido no ultimo ano da longa fila sem títulos do Palmeiras, Fellipe cresceu numa época dourada do clube. Viu o time ser campeão de quase tudo o que disputou, mas foi começar a entender e curtir o futebol, justamente quando o time entrou em decadência. Sem ter tido como apreciar de verdade as glórias palestrinas, Fellipe sofreu na pele a decepção do rebaixamento. Aprendeu que ser palmeirense é, antes de qualquer coisa, uma prova de amor, um amor muitas vezes não correspondido.
Tirando o título da série B, Fellipe não tem vivencia em grandes decisões, já que o Palmeiras não chega a elas há um bom tempo. Portanto, essa semifinal contra o São Paulo está sendo a sua iniciação ao mundo maravilhoso das decisões do futebol – Seja bem vindo!
Na manhã deste sábado, conversando com ele via MSN, o filhote me confidenciou que nem tem dormido direito por causa do jogo, chegou inclusive a sonhar na noite passada com um cenário cujo qual, se por um acaso acontecer, será um teste para os corações da enorme massa palestrina e por que não, da tricolor também. Segue abaixo a descrição do próprio, para o sonho dourado:
Forza Palestra. diz:
e eu que sonhei com um gol do alex mineiro aos 45 do segundo tempo.
João Paulo diz:
ahuauhahuauhauhahuauha…sério?
João Paulo diz:
como foi?
“Forza Palestra. diz:
Entao nao sei se foi o valdivia ou o alex q tomou a falta! tipo a bola sobrou no meio da área dai o zagueiro chegou atrasado! dai foi o Alex bater, mas perdeu o primeiro pênalti, mas o juizão mandou voltar pq o Ceni defendeu a bola antes dele cobrar o pênalti, daí bateu de novo e marcou. O jogo estava 1X1 e já era 45 do segundo tempo.
João Paulo diz:
ahuahuahuaauahuahuauhaaaua
João Paulo diz:
Sensacional!
Forza Palestra. diz:
meu coraçao nao aguenta se for assim msm.”
É Fellipe, se você com apenas 16 anos não sabe se o seu coração vai agüentar, imagina o do seu pobre tio?!?!
Em homenagem ao personagem central da história, o som que embalou a criação desse texto foi de uma das bandas que ele aprendeu a curtir com o tio: Oasis – The Masterplan