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RÚGIDOS DE VOLTA AO MORUMBI

Com a queda de rendimento do time, o primeiro culpado já saiu. Adilson Batista foi demitido no vestiário do jogo contra o Atlético GO.  A equipe vinha sem padrão tático e sem grandes resultados no 2º Turno do Brasileirão e de quebra ainda corre o risco de ficar de fora da Libertadores 2012, o maior trunfo da Diretoria Tricolor para arrumar a situação financeira do Clube, já que o torneio internacional rende bons frutos ao Tricolor entre cotas de patrocínio e principalmente bilheteria.

O fato é que mesmo com a queda do comandante tricolor, o São Paulo não conseguiu apresentar um bom futebol diante do interino Milton Cruz como nas outras vezes. O time jogou duas partidas sob o comando do interino, onde ganhou do Libertad PAR apresentando um futebol sonolento e neste domingo empatou com o Coritiba em pleno Morumbi novamente com um futebol abaixo do esperado. Nem com Fernandinho, Luis Fabiano, Dagoberto e Marlos o time conseguiu tirar o zero do placar.

 

 

Fernandinho tenta passar pelo adversário no duelo contra o Coxa (Foto: globo.com)

 

 

Realmente as coisas no Morumbi não estão como antigamente, os diretores já não falam a mesma língua e um clube cujo qual tinha a melhor e maior estrutura do país, agora se perde em trocas constante de treinadores e um baixo rendimento técnico de seus atletas.

O nome da vez é Emerson Leão, velho conhecido do torcedor tricolor, Leão chega para colocar ordem na casa e fazer com que o São Paulo volte a ser considerado o Modelo de Gestão de Futebol no Brasil.

O treinador veio com o objetivo de fazer com que o Tricolor do Morumbi volte a ter brio nos jogos e saiba jogar com os adversários de igual para igual. O primeiro dia do treinador já foi de trabalho, teve uma conversa coletiva com os atletas e uma individual com Luis Fabiano.

 

Leão em palestra com o Elenco Tricolor (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)

 

 

A torcida tricolor espera que o São Paulo possa voltar ao rumo das vitórias já nesta quarta-feira contra o Libertad – PAR. O tricolor que joga por um empate por ter vencido o primeiro jogo no Morumbi espera sair com a classificação e ter mais tranqüilidade para enfrentar o líder do BR11 neste domingo no Engenhão.

Para este confronto, Leão não poderá contar com Dagoberto que levou o terceiro cartão amarelo diante do Coritiba e com Casemiro que sofreu um estiramento na coxa e desfalca o tricolor por duas semanas.

O Treinador terá o apoio incondicional do arqueiro Rogério Ceni, o capitão tricolor já trabalhou com o técnico na primeira passagem pelo tricolor em 2005 e tem uma relação de estrita confiança.

 

Rogério Ceni e o Novo Comandante Tricolor (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)

 

 

Os rúgidos de Leão já começaram a ecoar pelo CCT da Barra Funda e o treinador não relacionou Rivaldo para o jogo desta quarta-feira no Paraguai. Será que o treinador irá colocar alguns jogadores para escanteio? Será que para o comandante tricolor o meia Rivaldo já não tem mais condições de ajudar o São Paulo ou será que ele está antecipando uma afirmação do Presidente Juvenal Juvêncio de que não renovará com o meia no final do ano?

 

 

Rivaldo não é relacionado para o jogo contra o Libertad PAR nesta quarta-feira (Foto: Renato Cordeiro - Portal Lancenet)

 

Será que Leão será a solução dos problemas no Tricolor ou criará mais intrigas no elenco que parece estar contando os minutos para o término do campeonato?

 

 

Deixo nesta matéria a música do Pearl Jam que fará show no Brasil em breve:

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=MS91knuzoOA&ob=av2e[/youtube]

Empate Positivo.

Diferente do que está sendo anunciado exaustivamente desde o final do Choque-Rei deste domingo, o placar final no Morumbi não fez com que a equipe do São Paulo ficasse estacionada.  Pode-se dizer que o time tropeçou por estar vencendo em casa e deixar o adversário empatar. Um resultado que é absolutamente normal em um clássico.

Pode-se dizer que esses pontos podem e farão falta no final do Brasileirão, que na próxima rodada chegará na sua metade, se bem que nas edições anteriores era sempre na reta final que os times pareciam estar com preguiça de assumirem a liderança e levantar o caneco. A preguiça de ser campeão começou mais cedo desta vez.

E a prova disso foi a quantidade de empates que a décima oitava rodada nos proporcionou, das dez partidas disputadas, metade delas terminaram com esse tipo de resultado.

Ambas as equipes entraram em campo com vários desfalques. O Palmeiras não contou com o meia Valdivia, o lateral Gerley e o zagueiro Thiago Heleno, todos suspensos, além do atacante Dinei, machucado. Já os anfitriões perderam Lucas, suspenso, Casemiro, com a Seleção Sub-20, além de Denilson, machucado.

Foto: Ale Vianna

Mas mesmo assim, os dois times fizeram um jogo movimentado e emocionante, principalmente no primeiro tempo onde se alternavam no domínio de jogo até que, aos 41 minutos, Dagoberto e Rivaldo fizeram a diferença: o camisa 10 deu passe milimétrico para o atacante, que deixou Leandro Amaro no vácuo e, com um leve toque, encobriu Marcos, fazendo um golaço.

Na segunda etapa, o Palmeiras resolveu se aventurar mais no ataque. Felipão trocou o volante Márcio Araújo pelo o atacante Maikon Leite., e aos 11 minutos surtiu o primeiro efeito. Rogério Ceni fez uma defesa milagrosa na cabeçada venenosa de Patrik.

Cinco minutos depois, Marcos Assunção cobrou uma falta da esquerda e o zagueiro Henrique, de costas para o gol, desviou para igualar a partida. Empate merecido, pois foi no momento em que o Palmeiras mandava no jogo.

Depois, o São Paulo voltou a dominar as ações no meio, tendo assim uma razoável melhora até os últimos 15 minutos, onde as duas equipes fizeram o tempo passar valorizando o empate. Perder por que? A semana para os dois times será complicada, com decisão na Sul-Americana, clássicos. Uma semana cheia de pressões.

Se tudo tem sempre lados positivos, pelo lado do Tricolor foi ter diminuído um ponto em relação ao líder, ou seja, não ficou estacionado, e manteve a invencibilidade de nove anos sem perder para o Verdão no Morumbi. Pelo lado Alvi-verde, foi de ter ganho um ponto importante fora de casa, mostrou ter poder de reação e evitou ser derrotado numa semana difícil em que terá Vasco e Corinthians pela frente.

Faith No More – A Small Victory

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Empate cheio de erros!

Na partida desta quinta feira em Sete Lagoas, contra a equipe do America  mineiro, o São Paulo voltou a repetir todos os seus erros novamente. Perdeu gols, oscilou muito no desempenho coletivo e ainda contou com Dagoberto e Rivaldo apagados e com um Lucas um tanto quanto ansioso.

Mais o erro maior do tricolor paulista foi, mais uma vez, ceder o empate no final de um jogo em que a equipe teve que insistir muito para conseguir a abertura do placar, que só saiu aos 40 minutos do segundo tempo, com um gol de Marlos.

Mas nem deu tempo de comemorar, no lance seguinte o América se aproveitou de mais um erro coletivo da defesa são-paulina, na cobrança de um escanteio, para decretar o empate por 1 a 1, num golaço de meia-bicicleta de Kempes, na Arena do Jacaré.

Quando a bola começou a rolar, o gol do São Paulo era só uma questão de tempo, pois aos dois minutos o jogador Cícero desceu pela esquerda até a linha de fundo e cruzou rasteiro para a entrada da área. Lucas fez o corta-luz e Rivaldo chutou a bola na trave.

A partida, depois que o América acertou a marcação e dificultou a saída de bola do São Paulo, ganhou os contornos que definiriam o duelo até o apito final do juiz, com as duas equipes produzindo muito pouco, tanto que o Coelho só conseguiu chegar à meta tricolor com perigo aos 33 minutos do primeiro tempo.

Após o intervalo, o Tricolor passou a usar da mesma tática dos anfitriões e começou a pressionar na saída de bola, explorando as laterais e chegando com perigo principalmente pelo lado esquerdo. Mas as jogadas sempre paravam nas mãos do goleiro Neneca.

Contra três zagueiros e sem um homem de referência, o São Paulo não conseguia penetrar pelo meio da área. Assim, as tentativas quase sempre eram pelas laterais, mas as bolas alçadas na área terminavam sem arremate.

Quando os apagados Dagoberto e Rivaldo foram substituídos por Fernandinho e Marlos, o time  passou a pressionar mais, mas os erros continuaram, principalmente os de finalizações, que vem há tempos perseguindo o time.

O Tricolor, que na próxima rodada, tem um clássico contra o Palmeiras, segue no terceiro posto, com 33 pontos, um atrás do Flamengo, que foi goleado pelo Atlético de Goiás.

A vitória daria a vice-liderança do Brasileirão ao São Paulo. Consertar os erros,  pode dar o título!

Sem mais erros tricolor: The Bravery – An Honest Mistake

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=O8vzbezVru4[/youtube]

Hora de despertar!

É preciso melhorar bastante ainda, mas aos poucos as coisas vão se ajeitando no time do São Paulo, que trouxe na bagagem os três pontos do jogo desta quarta feira no Couto Pereira, diante a temível equipe do Coritiba, que começou a partida a todo vapor e em menos de um minuto ja havia carimbado a trave tricolor, dando a entender que a noite seria um pagode do Léo Gago e sua turma.

Mas quando a equipe paulista tomou gosto pelo jogo, a história foi totalmente diferente e chegou a abrir uma diferença de quatro gols no placar, só que essa é umas falhas gritantes que a equipe vem passando já há bastante tempo, a de tomar gosto pela partida só durante o primeiro tempo e deixando a outra equipe comandar o jogo no tempo seguinte.

Exatamente como aconteceu ontem, quando a equipe comandada por Adílson Batista, atuando com um jogador a mais durante grande parte do segundo tempo, quase cedeu o empate no final da partida, que terminou com o placar de 4 a 3 para o tricolor.

Há de se destacar porém, que o time vem tendo pequenas melhoras, como nas finalizações e nas trocas de passes, que estão cada vez mais eficientes e também no meio de campo, que tem se empenhado cada vez mais na marcação e na distribuição das bolas para o ataque.

Rivaldo, agora como titular, tem cadenciado mais o jogo e o seus passes, quase sempre perfeitos, tem colocado a bola em situações mais claras de gols. Mostrando assim, que o antigo treinador se equivocava em deixa-lo no banco.

O ponto negativo mais uma vez foi a zaga, que só nos últimos dois jogos levou cinco gols, bem diferente dos setores defensivos sólidos de tempos atrás, principalmente dos anos em que o São Paulo conseguiu ganhar títulos importantes.
Mas os zagueiros não foram os únicos culpados, que fique bem claro.

Todos tem culpa pelo relaxamento em campo, algo normal que sempre acontece, eu já ouvi falar, mas um time com um bom elenco como o São Paulo e que abre um placar tão elástico ao seu favor, não pode tomar um sufoco desnecessário como levou ontem.

Além de ter feito uma boa quantidade de gols, que garantiu mais uma vitoria fora de casa, esses gols foram feitos com muita qualidade também, como há bastante tempo o time do Morumbi não fazia.

Entre eles, o terceiro gol são-paulino, que foi em grande estilo. Aos 30 minutos do primeiro tempo, numa triangulação perfeita, Rivaldo iniciou a jogada, passou para Dagoberto, que tabelou com Lucas e abriu para Wellington. O volante ergueu a cabeça e passou com açúcar para o camisa 25 marcar um golaço!

O time bem ou mau agora já tem um treinador, conta com um grande elenco, que ainda tem jogadores para estrear, e só precisam ficar mais ligados durante os jogos inteiros, para seguir firme e forte rumo ao titulo desse brasileirão.

Acorda tricolor, ao som do Arcade Fire:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DEKC5pyOKFU[/youtube]

VALE A PENA ACREDITAR NO TRABALHO DE FELIPÃO.

Texto: João Paulo Tozo

Imagem: Lancenet

Chuvas e trovoadas eram esperadas no caminho do Palmeiras nesse início de 2011.

Processo eleitoral fora de época, contratações modestas, seca de títulos, desconfiança de tudo e todos. O ambiente mais do que favorável para os teóricos do apocalipse – “O Palmeiras é o mais fraco dos grandes”. “Felipão está decadente”.

O empate em 0X0 na estréia e o péssimo futebol deu sustentação ao discurso. Era o começo, mas o fim já era conhecido.

Fato é que, com a 4º rodada do Paulistão encerrada ontem, o Palmeiras do “decadente” Felipão só não é o melhor time do campeonato por um gol – 8 a 7 a favor do Santos. Mas na pontuação já acontece a igualdade.

Tirone foi eleito presidente e, apesar de não ser o preferido da torcida, começa sua caminhada com um tom sereno, de postura firme diante dos problemas do clube, que são enormes, mas não maiores do que o próprio clube. Não tem feito oba-oba, mostra-se com os pés no chão, mas não desencanta o torcedor que espera por uma temporada mais próspera.

Nesse início de temporada, depois de novelas “Gauchisticas”, surgimento de pseudo palmeirenses “Osórios” da vida, surge o planejamento feito através das cabeças que de fato precisam ser pensantes – Tirone, Frizzo e Felipão.

Mais do que apontar as virtudes do time na partida de ontem, vale ressaltar alguns pontos em tom de defesa ao técnico alviverde.

Esperava-se mais de seu time em 2010? Sempre se espera mais de um clube do tamanho do Palmeiras. Mas aquele time não era o time do Felipão. Ainda que as chegadas de Kleber e Valdívia tenham dado grande ganho técnico ao time, foi na chegada de Rivaldo, Luan, entre outros, que residiu a implicância de muitos referentes ao trabalho de Scolari.

Felipão disse que faria esse time jogar e que brigaria pau a pau pelos títulos.

Ainda é cedo para cravar que sua fala vingou. Mas há motivos para acreditar em seu trabalho. Ele começa a saltar a vista do mais atento.

Sem Gabriel Silva que está na seleção, não há opções na lateral esquerda. A escolha por Rivaldo parecia das menos plausíveis. O cara toca na bola e ouve vaia. O ambiente não é bom para ele. Mas Felipão o bancou, deu moral, mais ainda. Deu função tática importante ao cara.

Ontem, pela 1ª vez desde que chegou ao clube, Rivaldo foi aplaudido pela torcida. Deu ao lado esquerdo a força no apoio que não havia até então. Mais que isso. Recompôs a retaguarda quando o time foi atacado por ali. Muito em função do resgate do bom jogo de outro patinho feio – Luan.

Neste falso 4-3-3 de Felipão, Luan é o 3º pela esquerda. Mas é muitas vezes o 1º do meio ou o 2º, encostando em Rivaldo na faixa lateral esquerda. Ou seja, o cara ocupa todos os lugares por ali.

Velocidade e disposição tática são suas virtudes, o que tem sobressaído em relação a sua falta de técnica mais refinada. Luan não é o virtuoso que vai dar espetáculo. Mas tem sido peça chave do esquema. Surgiram de seus pés as jogadas de 4 dos 8 gols do time até aqui. E ontem, se não foi aplaudido, Luan ao menos não escutou as costumeiras vaias. É outro que começa a ser resgatado por Felipão.

Rivaldo e Luan podem ser os exemplos de Felipão para o resgate do moral de um clube que vive as turras com a sua própria essência.

Não passa só pelo resgate desses jogadores o vislumbre de uma temporada melhor para os alviverdes. Mas passa pelo trabalho desempenhado por eles, em prol de um grupo que começa a ser formado e que tem nas chegadas de outros valores como o bom Cicinho, dos jovens João Vitor e Adriano e também pelos valores que lá já estavam, mas que não tinham grandes oportunidades, como Patrick. Que de moeda de troca, tornou-se peça importante do elenco e já começa a anotar seus gols e a cair no gosto do torcedor. Passa também pelo retorno em alto estilo de São Marcos e de toda a aura vencedora que o Santo carrega consigo.

Felipão começa a selar um processo de paz entre time e torcida. O que em termos de Palmeiras é muitas vezes mais importante do que ter um timaço.

Vale a pena acreditar no trabalho de Scolari. Sempre valerá a pena acreditar no Palmeiras.

Despeço-me do camarada que me acompanha ao som dos Beatles – Taxman:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Maz9ddxEQnM[/youtube]

Cheers,