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17 ANOS SEM DENER

No último dia 19 de abril lamentou-se os 17 anos em que o futebol perdeu uma de suas maiores promessas.

Uma incógnita do tamanho de seu potencial, que aos 23 anos era enorme, quase sobrenatural, formou-se com a sua partida tão precoce: “Em que nível teria chegado Dener?”

Em uma época onde o craque brasileiro ainda permanecia por algum tempo no país, Dener marcou sua história na Portuguesa. Seja talvez o último grande craque a ter passado pelo Canindé. Com rápidas passagens por Grêmio e Vasco, suficientes também para gravar nas retinas de gremistas e vascaínos momentos de magia com a bola nos pés.

Pode ser leviano cravar que teria seguido os passos de Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e outros craques brasileiros que vieram da mesma geração e que conquistaram o planeta. Entretanto é justo tratá-lo como um cracaço que foi, mas que infelizmente não teve tempo de comprovar a genialidade que de fato possuía.

Ficaram os dribles, os gols, as jogadas. É com algumas dessas que presto a homenagem ao saudoso Dener.

PIADA PRONTA

Parece piada pronta. Mas depois de fazer um calor senegalês ao longo de todos os dias do ano, a pausa veio exatamente quando a rapaziada teve também sua pausa para apreciar o bom tempo. Tempo frio e chuvoso ao longo de todo o carnaval. Calor senegalês de volta assim que a rotina da labuta retornou.

Parece piada também, mas não é. Tem gente querendo aplicar a teoria do “e se…” na incontestável vitória do Barcelona sobre o Arsenal pelas 8ª´s de final da Champions League. O “e se …” aplica-se a expulsão exagerada de Van Persie, quando o jogo estava 1X1. Poderia ter dado mais jogo se o atacante holandês continuasse? Provavelmente o massacre não teria sido tão grande. Mas ainda assim seria massacre, como já vinha sendo. O bom Arsenal caiu no erro de dar campo para o espetacular Barcelona de Iniesta, Xavi e do gênio Messi. Atuou recuado demais ao longo de todo o jogo e não somente quando se viu com um jogador a menos. Em 2010 só a Inter de Mourinho, com o seu perfeito sistema defensivo foi capaz de parar o Barça. Dessa vez Mourinho está no Real Madrid. Lá não existe a mesma perfeição defensiva da Inter da temporada passada. Há a camisa do maior rival do Barça. Talvez a única situação de equilíbrio entre os times . A Inter não tem mais Mourinho e não tem mais a mesma pegada de 2010. Talvez o Manchester United possa fazer frente ao Barça. Mas caso ocorra será na superação. Não há no mundo, hoje, time que faça frente ao Barcelona de Messi.

Adriano, “o Imperador” (não sei de quem) é piada pronta há anos. É um caso típico de jogador que teve seu jogo supervalorizado, mas que correspondeu a expectativa raríssimas vezes. É péssimo exemplo profissional. Rasga contratos com seus clubes como se rasgasse papel higiênico e ainda dá prejuízo financeiro. Só a Roma gastou mais de 10 mil reais para cada minuto em que Adriano esteve em campo (dados de Gian Oddi no Bate-Bola da ESPN de ontem). O centroavante, por sua vez, não marcou um único gol pelo clube. Até demorou, mas a Roma enfim rompeu seu contrato com o piadista. Agora se especula que possa voltar para o Flamengo. A boca pequena diz que Palmeiras e Corinthians correm por fora. Com Liedson o Corinthians não precisa de um centroavante. Sem centroavante, sem gols, sem ofensividade, o Palmeiras clama por um homem gol, não por um problema que custa caro. Adriano não justifica o investimento de 1 real furado há tempos. Tanto Palmeiras quanto Corinthians não precisam de problemas extras.

Voltando ao Carnaval, mas ainda no Corinthians. A piada estava pronta e Jucilei não deixou passar batida. Após a 5ª colocação da Gaviões da Fiel no Carnaval paulistano, o ex volante alvinegro soltou em seu twitter a seguinte mensagem: “”Engraçado? pq a gavioes nao foi campeao do carnaval de sao paulo ? era pra ser né eles quer qui agente ganha tudo muito engraçado” – Traduzindo: “Por que a Gaviões não foi a campeã do Carnaval de São Paulo? Tinha que ser, né? Afinal, eles querem que o time ganhe tudo. Engraçado”. Clara referência ao episódio em que a torcida organizada foi cobrar o time pela eliminação precoce na Libertadores 2011.

A Vai-Vai foi mais uma vez a campeã do Carnaval Paulistano. O enredo fez justa homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Considerado um dos mais sensacionais intérpretes e especialistas da obra de Johann Sebastian Bach, João é também um torcedor fanático da Portuguesa de Desportos. A piada pronta está aí. Quem disse que a Lusa nunca ganha nada?

João Carlos Martins no desfile da Vai-Vai. É a Lusa indo para as cabeças.

Futebol, samba, carnaval. Essas instituições misturam-se demais no Brasil, sobretudo nessa época do ano. Em São Paulo a maior das rivalidades dos campos agora e também travada no sambódromo. Mancha Verde e Gaviões da Fiel protagonizam essa rivalidade no samba. Em 2011, o duelo paralelo entre as escolas foi vencido pela Mancha, 4ª colocada, contra a 5ª posição da Gaviões. Segundo Vitor Campos (@mundoporco), membro da Mancha e meu único camarada que também é carnavalesco, desde a estréia da Mancha no grupo de acesso no ano de 2005, a Gaviões só ficou a frente em 2009. O que dá aí um placar de 6X1 até o momento. Em 2012 (já é ano que vem) ambas ganham a companhia da Dragões da Real, escola de samba de uma das torcidas do São Paulo FC. O trio de ferro paulistano estará também representado no sambódromo.

Piada pronta aqui? Eu comentando sobre carnaval. Manjo tanto quanto o Jucilei é poeta no twitter.

Como quase nada ou nada sei sobre carnaval, despeço-me da ferocidade com o novo petardo do Radiohead, banda de cabeceira desse pobre escriba. No clipe de “Lotus Flower”, Thom Yorke faz uma dancinha que poderia ser facilmente reproduzida no carnaval brazuca.

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Cheers,

Chazinho de Coca – A estréia do São Paulo em 2010 e o troca-troca entre Santos e SPFC.

Na derrota por 3X1 para a Lusa, na estréia do time em 2010, o São Paulo pode tirar algumas lições valiosas para o decorrer da temporada.

Jogar com dois zagueiros, por exemplo, na dá. André Dias é bom zagueiro, mas é lento. Miranda, que nem é tão lento assim, fica sobrecarregado. No jogo contra a Lusa era possível ver o zagueirão tendo que cobrir lado direito, esquerdo, tendo de dar bote na intermediária. Contra avantes velozes os dois ficam vendidos.

A única justificativa para a contratação de André Luis, ao meu modo de ver, é essa – utilizá-lo como “sobra”. Ricardo Gomes pode também recuar Rycharlisson para fazer a função.

A Lusa foi melhor e mereceu o resultado. Do tamanho que foi.

No 1º tempo o time do Canindé respeitou demais os donos da casa e foi nesse momento que o Sampa se aproveitou para criar suas melhores chances.

O pênalti perdido por Ceni foi muito mais uma baita defesa de Fábio do que qualquer outra coisa. Quem pode dizer que perdeu um gol feito foi Hernanes, no rebote da penalidade. O bichão estava livre, com o gol escancarado, mas mandou a pelota lá no Hubble.

O belo gol do re-estreante Marcelinho Paraíba parecia ter selado a vitória são paulina. Mas no 2º tempo só deu Lusa. Logo aos 9 minutos veio o empate – Henrique.

Aos 13 Rick fez pênalti em Fabrício. O ex são-paulino Marco Antônio não deu chances a Ceni.


Aos 19 minutos Dagoberto mostrou o mesmo destempero já demonstrado no BR09 e foi infantilmente expulso – Aliás a diretoria e mesmo o grupo são paulino estão P***S da vida com o jogador. Miranda tentou por panos quentes na coletiva, mas parece que a batata do atacante começou a ser assada lá pelos lados do Morumbi.

Daí em diante a Lusa só administrou o jogo e no finalzinho, em rápido contra-ataque Héverton recebeu livre e finalizou, definindo a bela estréia da Lusa em 2010.

O São Paulo tem um histórico de estréias desagradáveis, o que faz esse resultado não assustar tanto a torcida. Mas trata-se de um time novo, como uma nova forma de jogar, com a cara de Ricardo Gomes. Dois zagueiros o SPFC não está acostumado a ver desde as épocas de Cuca, ou seja, por volta de 4 anos.

A Libertadores começa dia 10/02. Será tempo suficiente para Gomes deixar a sua “cara” mais bonita?

Em tempo: O troca-troca entre Santos e São Paulo parece que vai rolar mesmo. Rodrigo Souto no Sampa e Arouca no Peixão. Gosto mais do futebol de Souto. Arouca foi bem no Fluminense, mas no São Paulo não disse a que veio.

Despeço-me do fiel feroz que nos acompanha com um petardo do Phoenix – Lasso

Cheers,

A partir desta 4ª, Palmeiras organiza exposição para Julinho Botelho

A partir das 14h30 (de Brasília) desta quarta-feira, o Palmeiras inicia uma exposição em homenagem a um de seus principais ídolos: o ex-ponta-direita Julinho Botelho. A “Mostra Júlio Botelho” será organizada na Sala de Troféus do estádio Palestra Itália até 31 de maio nos seguintes horários: de terça a sexta-feira, das 14h30 às 20 horas, e aos sábados e domingos, das 10h30 às 18 horas.

O evento, organizado pelo departamento de história do Verdão, conta com parte do acervo do ex-jogador, que defendeu também Portuguesa, Fiorentina e seleção brasileira, como fotos, camisas originais, reportagens e troféus. A entrada é franca. Quem não for associado do clube deve solicitar a visita mandando um e-mail para historia.palmeiras@gmail.com.

A data que marca o início da exposição é o dia em que um dos principais episódios da carreira de Julinho completa 50 anos. Em 13 de maio de 1959, a torcida que lotava o Maracanã vaiou o então atacante da seleção brasileira, escalado pelo técnico Vicente Feola na vaga de Garrincha para amistoso contra a Inglaterra, em uma época com substituições proibidas. Em três minutos, Julinho fez o gol e trocou as críticas por aplausos de pé. E ainda executou linda jogada para um gol de Henrique na vitória por 2 a 0.


Revelado no Juventus-SP, o ponta passou a se destacar na Portuguesa. Foi titular na Copa do Mundo de 1954, quando o Brasil foi eliminado pela Hungria. No ano seguinte, se tornou um dos primeiros brasileiros a atuar na Europa, fazendo história na Fiorentina, da Itália, entre 1955 e 1958. Diante do sucesso, a seleção abdicou do costume de não chamar quem atua no futebol estrangeiro e o convocou para a Copa de 58. Mas ele achou injusto com Joel e Garrincha, donos de sua posição, e recusou.

Pouco depois do Mundial na Suécia, chegou ao Palmeiras, onde conquistou os Campeonatos Paulista de 1959 e 1963, a Taça Brasil de 1960 e o Torneio Rio-São Paulo de 1965. Participou da chamada Primeira Academia, que representou a seleção brasileira na abertura do Mineirão, em 1965, com uma vitória por 3 a 0 sobre o Uruguai.

Pelo Verdão, Julinho disputou 269 partidas, assinalando 81 gols. Com ele, o clube venceu 163 vezes, empatou 53 e perdeu outras 53. Em 11 de janeiro de 2003, problemas cardíacos levaram o eterno camisa 7 à falência aos 73 anos.
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Fonte: http://www.gazetaesportiva.net/nota/2009/05/12/578003.html

Do Populacho – Ah! Federação.

Estádio do Pacaembú, São Paulo – SP. Dia 7 de fevereiro de 2009, por volta de 18h.
Chove torrencialmente, parecendo uma tempestade marítima monstruosa. A água verte das arquibancadas. A torcida, maioria corinthiana, que enfrentara momentos antes calor escaldante, pula para se aquecer. A chuva, impossivelmente, aperta, piora. A torcida se mantém firme. Mas por quanto tempo?
Eis que de repente uma voz, grave, encorpada, ressoa entre as trovoadas, dizendo:
-“O jogo foi cancelado em decorrência da forte chuva e será remarcado.”
Incrédulos, os que pagaram começam a resfriar. Os jogadores já haviam saído de campo a algum tempo, depois de um 1º tempo de Corínthians 0X0 Portuguesa morno, pra não dizer chato. Era vez de a torcida debandar, fugir daquele dilúvio, sem guarda-chuva.
Saídas entupidas. Homens, mulheres, crianças, todos (ou 70% dos presentes) vão embora…tristes. Mas tudo bem, assistamos em outra oportunidade.
Acha que não poderia piorar?
PIOROU.
Ao chegar no carro liguei o rádio e , pra minha surpresa, ouço a notícia: -“…vai recomeçar por decisão da federação…”.
Pensei comigo: O QUÊ, nesta chuva, vai recomeçar??????? – …O jogo, me responde o intrépido reporter.
Sim, caros, sim. Não podem imaginar a quantidade de gente que havia deixado o Pacaembú, lotando o já precário sistema de transporte público. Todos ensopados, com frio.
Ainda deu tempo de ouvir o técnico Mano Menezes falar sobre o tal telefone do futebol brasileiro, mas nada do árbitro, que deveria ser a autoridade máxima em campo, ceder entrevista.
Mais tarde, apurados os fatos, descobriu-se que o MPdN, da FPF, MANDOU, exigiu, que o jogo continuasse. Custe o que custar. Os jogadores já estavam de banho tomado, trocados e alimentados. Havia o risco de contusão ou coisa pior.
A torcida já havia se retirado, mas os que ficaram corriam o risco de serem eletrocutados por um raio, ou de se acidentarem na arquibancada que mais parecia um toboágua.
Mas nada disso tem importância para os coronéis da bola.
Só me pergunto: quem lucra tanto com isso?
Mais uma coisa…quero meu dinheiro de volta…
A propósito, o jogo terminou 1×1.
Sem mais…
sigo ouvindo a Tonga da Milonga do Cabuletê….