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NAO VINGOU

 

2011 vem sendo esquisito para o Flamengo. Irregular? Talvez. Mas a sensação que o time me passou ao longo do ano não foi de irregularidade. Na verdade foi de mediocridade com lampejos que garantiram alguns bons momentos em campo.

Estranhamente, no entanto, o time da Gávea conseguiu faturar o carioca sem derrotas e manteve sequencias invictas que garantiram escordes ao atual elenco rubro negro. Até meados de agosto a equipe só tinha perdido um jogo durante o ano.  Mas o futebol convencia?

Sinceramente, não. O Flamengo nunca passou a sensação de ser um time equilibrado. Durante o carioca dependeu fundamentalmente dos momentos iluminados de Thiago Neves – já que Ronaldinho Gaúcho só mostrou a que veio numa cobrança de falta na final da Taça Guanabara contra o Boa Vista.

Concomitantemente, a equipe disputou a Copa do Brasil e foi eliminada pelo Ceará – uma derrota no Rio e um empate no Ceará, esse curiosamente no melhor jogo que assisti o Flamengo disputar durante o ano até então.

No Brasileiro o Flamengo manteve longa série de jogos invictos – a primeira derrota veio numa goleada do Atlético-GO no Rio apenas em agosto. Desde então, sem essa marca da invencibilidade, o Fla caiu. Com uma dezena de jogos sem vitórias, o time refugou nas diversas oportunidades que
teve de chegar ao topo da tabela e conformou-se num discurso de “obter uma vaga para a Libertadores” – vaga essa bastante ameaçada no momento.

O fato é que a equipe da Gávea não conseguiu um equilíbrio nos diferentes setores do campo. Com um bom goleiro e laterais eficientes, o Flamengo pecou demais na montagem de sua defesa e na definição de um atacante – e, ainda assim, quando o fez, Deivid jamais conseguiu cativar a torcida.

Já o meio de campo foi muito irregular. Na parte defensiva, Willams é um xerife, mas teve problemas extra-campo na reta final do brasileiro que lhe tiraram certo brilho. No aspecto ofensivo,  os raros momentos em que Thiago Neves  e Ronaldinho Gaúcho mostraram, concomitantemente, bom futebol, foram aqueles que renderam as melhores apresentações do rubro-negro. Mas isso foi esporádico. Ao longo do ano vimos mais Thiago Neves em boas apresentações do que o R10.

Ronaldinho, a grande aposta do Flamengo termina o ano como um tiro n’agua, sem o rendimento que os otimistas esperavam dentro de campo e sem a repercussão publicitária que justificaria sua contratação fora dele. Claro que a crítica ao R10 resvalará em alguns momentos memoráveis que ele apresentou em campo, que repetidos a exaustão na TV prendem na retina – sim, houve tais
momentos. A questão é: esses momentos justificam o investimento feito, a quase imposição de sua manutenção em campo, a concentração de esforços da diretoria em sua contratação?

FIASCO BRASILEIRO NA SULAMERICANA APONTA MEDIOCRIDADE DO BR11

Universidad de Chile 1X0 Flamengo

Libertad 2X0 São Paulo

Independiente Santa Fé 4X1 Botafogo

Vasco 8X3 Aurora

O que os resultados acima mostram ao leitor, além de obviamente indicar que Flamengo, São Paulo e Botafogo foram eliminados da Sulamericana, enquanto o Vasco se classificou?

Para mim serve como argumento contrário ao discurso dos que defendem que o futebol brasileiro é de altíssimo nível. Não é.

Ok, o Campeonato Brasileiro pode ser muito equilibrado. E de fato é. Mas analisem comigo.

Flamengo, São Paulo e Botafogo brigam diretamente pelo título do BR11 e ainda assim foram sumariamente eliminados da chamada “2ª divisão” do futebol sul-americano. Eliminados sumariamente pelos “poderosos” Universidad de Chile, Libertad do Paraguai e Independiente Santa fé da Colômbia. Representantes secundários de países secundários no cenário mundial da pelota. E não me venha dizer que o Libertad é o atual campeão paraguaio e o Universidad é mega tradicional no Chile. A competição é de fato a 2ª do calendário do futebol sul-americano e ponto final.

E esse referencial aponta diretamente para outros postulantes ao título do BR11 e que não disputaram a Sulamericana, como Corinthians e Fluminense. Oras, se mesmo tendo rivais comprovadamente frágeis, como explicar a incrível dificuldade em se distanciar deles?

Concordo que aí entram outras situações como a rivalidade que sempre equilibra os desiguais, o longo calendário, contusões, suspensões e por aí vai. Mas ainda assim o equilíbrio interno é enorme, como enorme foi o fisco brasileiro na Sulamericana diante de adversários de cenários menos bajulados do futebol. O que me leva a entender que o nivelamento existe, mas é rasteiro, é raso, não se faz mediante grandes times.

Alguns gostam de dizer que os grandes campeonatos europeus restringem suas disputas a no máximo 4 ou 5 equipes. Em contrapartida no Brasileirão a disputa gira sempre em torno de uns 10 times. O que é verdade.

É verdade também que os médios e pequenos europeus brigariam para não cair se hipoteticamente disputassem o Brasileirão. Mas é bem verdade também que o campeão brasileiro não chegaria nem perto de brigar por uma vaga na Champions League se também hipoteticamente fosse disputar uma edição da Premier League, por exemplo. Talvez conseguisse um 3º lugar no Campeonato Espanhol, mas este não nos serve como parâmetro.

Exceção feita a situações que fogem da atual normalidade brasileira, como o Santos de Neymar. O Santos do 1º semestre talvez encarasse bem o big Five inglês. Mas em uma competição longa teria sérios problemas para suplantar necessidades técnicas com o elenco reduzido que tem. Encarar em jogo único não me serve de parâmetro. Não confundam essa análise com a possibilidade, que existe sim, apesar de pequena, do Santos bater o Barcelona no mundial de clubes.

No Brasileirão a diferença entre o 1º e o 20º é razoável, enquanto na Inglaterra (que tomamos aqui como exemplo) é abissal. Em contrapartida a distância entre o nosso 1º colocado contra o líder da Premier League é bem grande. Temos então um campeonato equilibrado, com uma distribuição maior de possibilidade entre seus 20 participantes, mas jogos igualmente médios, disputados muito na vontade, pouco na qualidade.

O Vasco é a exceção. O massacre diante do pobre Aurora mostra que o Vasco está hoje como o melhor time do país. Campeão da Copa do Brasil, líder do BR11 e único brasileiro que segue na disputa continental. O Vasco está melhor, como o Santos esteve melhor no 1º semestre.

Times que fugiram pouca coisa da mediocridade (de médio mesmo) do futebol brasileiro, mas que bastou para serem os protagonistas do ano. Não por acaso podem terminar 2011 (o Santos já é) como os campeões continentais na temporada. E, no caso do Vasco, monopolizar as competições nacionais.

Cheers,

VASCO SUBINDO A LADEIRA

A torcida cruzmaltina deve estar de riso largo, afinal dentre os times cariocas final de semana foi amplamente favorável para o Vasco da Gama. Botafogo e Fluminense perdem e Flamengo arrancou empate em casa.

Começando pelos desfalcados, Flamengo e Fluminense entraram em campo no Rio de Janeiro contra Atlético/MG e Santos, respectivamente. No sábado o Tricolor se ressentiu da ausência dos atacantes Fred e Rafael Moura mais o meio-campo Marquinhos. Com esses desfalques não conseguiu segurar o Galo e acabou derrotado no Engenhão por 0x2. Com o resultado o Fluminense permanece na zona da Libertadores, em 5º lugar no brasileiro com 51 pts. O próximo adversário do time das Laranjeiras é o Ceará em Fortaleza.

No mesmo Engenhão o Flamengo, sem Thiago Neves, Ronaldinho e sem seu substituto imediato, Botinelli, arrancou um empate conta um Santos também desfalcado do artilheiro Borges. O jogo não passou nem perto do memorável 4×5 que o rubro-negro aplicou no peixe no primeiro turno do
campeonato. O Peixe abriu a placar com pênalti convertido por Neymar e o Flamengo empatou com gol de cabeça de David. Considerando a escalação do Flamengo, que entrou em campo sem nenhum meia criativo, o resultado não foi dos piores, mas sem dúvida é uma ducha de agua fria no que concerne à luta pelo título, mantendo o time da Gávea na 4ª posição com 52 pontos. No próximo domingo o Flamengo pega o Grêmio em Porto Alegre.

Já o Botafogo entrou em campo em Florianópolis contra o Avaí. As equipes protagonizaram um dos melhores jogos do final de semana, com o Fogão abrindo o placar e sendo superado pelo Leão da Ilha. O placar acabou em 3×2. Elkson, um dos melhores jogadores do alvi-negro começou no Banco, gerando controvérsias com relação à escalação inicial levada a campo por Caio Jr. Com o  resultado, o Botafogo ocupa a 3ª posição no campeonato, com 52 pontos.  No próximo final de semana é a vez do Cruzeiro em casa.

Por fim, o melhor da rodada: festa na colônia portuguesa! Se em São Paulo a Lusa garantiu o acesso à série A em 2012, o Vasco chegou ao topo da tabela ao vencer o Bahia em casa por 0x2 (beneficiado pelo empate entre Inter e Corinthians) com gols de Felipe e Diego Souza. Não vi o jogo então não tenho como comentá-lo, mas acho que o registro já é suficiente para a alegria do torcedor vascaíno, certo? Na próxima rodada o Time da Colina pega o São Paulo em casa.

PEIXE CONTINUA TIRANDO PONTOS DOS PRIMEIROS COLOCADOS

A equipe do Santos foi até o Rio de Janeiro para enfrentar o Flamengo no Engenhão. A equipe da baixada santista contava com o bom momento de Neymar, que  parece ter reencontrado o bom futebol e alegra os torcedores brasileiros com sua habilidade e seu carisma jogando futebol.

Pra quem acha que Neymar é ídolo somente em São Paulo, ontem teve a prova de que o menino travesso da vila é ovacionado pelo Brasil inteiro. Ontem, o Engenhão era só gritos quando o atleta tocava na bola.

Além das jogadas milaborantes do atacante, Neymar ainda deixou o seu gol. Em pênalti sofrido por Allan Kardec, Neymar cobrou bem e deixou o Peixe na frente do Flamengo.

 

Neymar - O Craque da Galera (Foto: Marcos Tristão - Agência O Globo)

 

A boa notícia do Peixe, é que após 49 dias parado, Ganso finalmente está liberado pelo Departamento Médico e começará os treinos físicos para integrar o elenco do Peixe. O Santos que sem Ganso, perde seu meia de ligação, pretende ter seus atletas em perfeito estado físico para o Mundial Interclubes em Dezembro no Japão.

 

 

Ganso de volta aos treinos (Foto: Ivan Sorti - Portal Lancenet)

 

  Já o Rubro Negro Carioca 

 

O Flamengo que ainda sonha com título, saiu pra buscar o resultado, porém sem Ronaldinho Gaúcho a equipe não é a mesma. Seu poder de fogo cai consideravelmente e ainda fica volúvel no meio-campo.

O atacante Deivid ainda conseguiu igualar o marcador, mas nada que alterasse os três pontos, que o Flamengo precisava para continuar sonhando com o título e a vaga na Libertadores.

Luxemburgo, ainda sonha com o título pelo Flamengo, mas a tendência é que a equipe brigue somente por uma  vaga na Copa Santander Libertadores 2012. De quebra, o treinador ainda mandou convocou somente três titulares para o confronto diante do Universad de Chile, Quarta-Feira 26/10. A equipe carioca foi derrotada sob seus domínios quarta-feira por 4 X 0 e somente um milagre classificará o Flamengo para a próxima fase da Copa Sul-Americana.

 

 

Treinador Flamenguista acredita só em um milagre pra conseguir a classificação na Copa Sul-Americana

 

 

Hoje encerro minha matéria com o melhor jogador do Brasil pedindo o apoio para o Mundial Interclubes no Japão:

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=cEP3ugvWdBA&feature=related[/youtube]

Blackout!

Tivesse a coluna mais tempo o escriba não postaria hoje palavras. Colocaria uma imagem negra que falaria por si. Pois há atuações que não merecem um comentário sequer, qualquer palavra manca. É como se a equipe simplesmente não tivesse entrado em campo.

O jogo do Flamengo contra o Universidad pela Copa do Brasil foi exatamente assim. A defesa não funcionou, o ataque não funcionou, o meio campo inexistiu, um jogador expulso por um pé alto de cinema. 4×0 para os chilenos, que ainda tiveram um gol mal-anulado e um pênalti defendido (a única boa participação de um jogador rubro-negro) por Felipe.

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O Botafogo foi a outra equipe carioca que entrou em campo ontem, contra o Santos por um jogo atrasado do Brasileiro. O Fogão tinha chance de ouro de pular ao topo da tabela mas, como tem se visto reiteradamente no Campeonato, a sorte corinthiana prevaleceu: com atuação destacada de Neymar e Borges time da baixada paulista bateu os cariocas por 2×0 e manteve o alvi-negro de Parque São Jorge na liderança do Brasileiro. Não acompanhei a partida de forma que não tenho maiores comentários – aliás, me estranhou esse jogo não ser transmitido.

Enfim, para os dois times a noite de ontem foi para esquecer. É esperar que as atuações pífias dessa quarta não influenciem na seqüência (perdoem a sintaxe antiga, mas o escriba foi alfabetizado em tempos de Dinamite, Zico, Romerito etc…) do Campeonato Brasileiro.