Arquivo da tag: Adriano

Chazinho de Coca – Ronaldo ou Adriano?

O portal LANCE!net perguntou aos seus leitores sobre quem eles preferem em seu time – Ronaldo ou Adriano.

Vou me aproveitar da deixa e também lanço a questão para os ferozes que por aqui passam diariamente. Mas antes, faço um paralelo entre eles.

-Em 2008, Adriano estava em baixa na Inter de Milão. Foi emprestado ao então bicampeão brasileiro, o São Paulo. Grande time do país na situação, elenco elogiadíssimo pelos críticos, além de ter uma das melhores estruturas do país. Adriano ficou 6 meses nesse time e não conquistou nada. Nesses 6 meses o time perdeu o padrão tático que havia adquirido ao longo das temporadas 2006/2007, muito disso em razão de o time passar a atuar para o aguardado brilho do “Imperador”. O que de certa forma não aconteceu. Adriano saiu sem se despedir e não deixou saudades no time tricolor. No 2º semestre o São voltou ao velho e vitorioso padrão e sagrou-se tricampeão brasileiro.

-Nesse meio tempo, Ronaldo recuperava-se de mais uma grave contusão no joelho e sua carreira era praticamente dada como encerrada. O Corinthians disputava a série B e, com sobras, fazia a sua lição de casa. Ronaldo e o Corinthians entraram em 2009 com novas perspectivas, as quais se cruzaram. O Timão de volta a série A, queria contar com o “Fenômeno”, que também buscava retornar aos holofotes do grande público. Estava feito o elo. Antes, porém, Ronaldo deveria passar por rigoroso recondicionamento físico. Enquanto o Corinthians encontrava a realidade na série A. O time tinha se dado muito bem na série B, mas na elite a coisa não caminhava tão bonita. Partidas modorrentas, futebol pobre e falta de opções, fizeram com que o Timão não passasse a segurança necessária ao seu torcedor. E então foi apressada a estréia de Ronaldo. O Fenômeno entrou e mudou completamente a cara do time. Jogos dados como perdidos foram vencidos exclusivamente devido a sua participação. O elenco foi elevado a outro status e de time que só empatava, o Corinthians passou a ser um time que não perdia. Ronaldo acumulava mais e mais gols, importantíssimos gols. O time precisou dele, ele entrou e correspondeu além das 1ª´s expectativas. Os alvinegros sagraram-se campeões paulistas já no ano de seu retorno e tiveram em Ronaldo o seu diferencial.

PS: Ontem ele decidiu de novo, dessa vez pela Copa do Brasil.

Óbvio que a pergunta passa a ser tendenciosa depois de tudo o que escrevi. Mas a intenção é a de que o leitor exercite a sua percepção de futebol, de repente achando pontos positivos e negativos para ambos os lados e que eu não tive a sensibilidade de enxergar. Dessa forma, eu lhes pergunto:

Quem você prefere no seu time? Ronaldo ou Adriano.

A enquete encontra-se no canto superior direito do blog.

Pira na Chulipa – Adriano, o "verdadeiro"

Dias atras, vim por meio deste blog, defender a retirada (aposentadoria) de campo de Adriano, enfim, várias justificativas, pelo seu descontentamento, seus problemas, etc… 
Acontece que acabei de ler sobre o acerto de Adriano com o time do Flamengo, nada contra ele jogar no seu clube do coração, pelo contrário, um jogador de alto nivel como ele, tem mesmo que jogar…
Porém, usar de drama pra cancelar seu contrato com o time da Internazionale, dizer que ia ficar longe do futebol, viver um pouco. Na minha visão, tudo não passou de um teatro bem encenado pra enganar a todos, e sair dessa na malandragem, imagino como os dirigentes italianos estão vendo essa decisão, estão passando por completos idiotas certamente… 
Achei de um tremendo amadorismo (pra não dizer algo pior), e meu palpite quanto suas atuações, bom, Rio de Janeiro, festas, farras, provavelmente presenciaremos mais fanfarronices deste ex-atleta!
Um dia estive do seu lado Adriano, hoje, só me resta lamentar …
Ao som da ótima banda Cake, Satan is my motor

Pira na Chulipa – A queda do Imperador



No dia 3 de agosto de 2004 falecia Almir Leite Ribeiro e a partir dessa data, começou a queda de Adriano, o Imperador de Milão. Cada pessoa tem sua forma de lidar com perdas de entes queridos, ainda mais se tratando do pai ou da mãe. Adriano mostrou que entre tantas ocorrências durante esses anos, tambem não é fácil pra ele, aliando ai, o fato de ter toda sua juventude dedicada ao futebol, mais pressão, imprensa, final de relacionamentos (com sua ex-mulher com quem tem um filho).

Talvez não haja justificativa para tantas saidas, baladas, mas quem sou eu ou você pra julgar? Adriano esta numa decrescente há bastante tempo, quer sair, viver um pouco do tempo que passou nos gramados e não curtindo, como muitos fazem.
Quer dizer que por ser uma pessoa famosa, não mereça passar por um momento tumultuado como o que vive? Alcool, mulheres, nao importa, bom, pelo menos não deveria importar, mas para imprensa, para o público ele deve explicações, mas não é assim que ele enxerga. E a partir disso eis que o Imperdor decide sair de cena, passar seu reinado.
Nós, meros telespectadores perdemos um gigante em campo, um atacante com um canhão no pé esquerdo, de fazer tremer defesas e agraciar torcedores com seus gols. Mas Adriano enfim ganhará a paz que tanto deseja, ou pelo menos espera alcançar. Se isso diminuirá o assédio da imprensa (acho dificil) , não sabemos, mas que com certeza diminuirá o prejuizo com tantas multas do seu time, isso vai!
Finalizo com uma frase de Pablo Picasso,
“A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nos enquanto vivemos.”
A nós, admiradores do seu futebol, só nos resta torcer, como sempre fizemos, mas dessa vez, pra que marque seus gols na vida que tanto deseja ter daqui pra frente.
Até breve Imperador!

Blog do Cosme Rimoli em dois tempos.

Adriano pode ir para uma clínica de reabilitação

Parecia indisciplina, farra, desleixo com a carreira.

Tédio com os milhões de euros guardados e os milhares recebidos religiosamente.
Mas o problema de Adriano se mostrou muito mais sério do que as pessoas próximas imaginavam.

Ou não queriam ver.

“O Adriano é uma pessoa meiga, simples, educada.O que ele está fazendo não é indisciplina.Não está aprontando contra a entidade Inter de Milão.Está fazendo contra ele.Chegou a hora dele ser cuidado.”

As frases são de Carlos Alberto Parreira….

…continua (a coluna é longa, mas vale a pena conferir):
http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br/arch2009-04-05_2009-04-11.html

—-

Guará: os bastidores da queda de um clube empresa

11/2/2008
“Nosso time tem a mentalidade empresarial. Nossa folha de pagamento é de R$ 300 mil.

Recebemos R$ 1,2 milhão para disputar o Paulista. Visamos o lucro com o futebol.

Nossa organização de uma empresa faz com que pensemos em comprar um clube europeu.

É mais do que possível. Basta continuarmos trabalhando da maneira empresarial.

Vamos buscar esse clube europeu, sim.”

6/04/2009

“Peguei o meu carro fiquei rodando, desnortado pela cidade.

Foram umas duas horas após o jogo.

Dirigia e chorava.

Fiquei dando voltas pelo estádio.

Só dormir, as 5h30, quando não tinha mais lágrimas.

Só sofri assim com a morte do meu pai.”

As declarações são da mesma pessoa, Carlos Arini, presidente do Guaratinguetá, rebaixado ontem para a Série A2.

Em pouco mais de um ano, Carlito sentiu na pele que não basta ter dinheiro, planejamento, pagar salário em dia.

Ter sete patrocinadores.

Fazer pré-temporada em Jarinu, onde o Internacional queria fazer a sua.

Duas inter-temporadas no luxuoso e caro hotel Bourbon, em Atibaia, local frequentado pelo Palmeiras.

Nada disso valeu.

O futebol exige mais e não tolera erros.

E costuma cobrar caro.

Carlito, explique o rebaixamento do Guará, que era apresentado com um exemplo de modernidade…

Era, não. É. Mas dentro de um conjunto de erros que cometemos, o que determinou a queda do Guara foi um só: a falta de fome.

Os jogadores, os treinadores. Ninguém pode reclamar de nada. Demos toda a infraestrutura, salário em dia.

Condições de trabalho. Faltou fome. Tiveram tudo do bom e do melhor.

Não há planejamento capaz de prever a falta de empenho, a falta de luta, de dar um pouco mais.
Amor à camisa não se compra.

Porque se tivesse para vender, nós tínhamos comprado e dado para vários jogadores que não tiveram vergonha na cara.

Vocês erraram na formação da equipe?

Nós buscamos jogadores experientes, vividos. Sabíamos que a competição iria ser dura.

O Paulista tem dois meses e meio. E tínhamos bem claro o peso que seria o rebaixamento.

Mantivemos a base, estávamos com o Argel como treinador.

Os resultados não vieram, o trocamos pelo Estevam Soares. Não esperávamos, mas ele nos abandonou, indo para o Barueri.

Trouxemos o Márcio Araújo. Três treinadores para um período de dois meses e meio foi terrível para o time.

Como foi o drama do dia do rebaixamento, o domingo?

Nós entramos em campo sabendo que a nossa chance, segundos matemáticos, era de 1% de rebaixamento.

Mas os jogadores sabiam disso. Precisávamos apenas empatar com o Oeste de Itápolis.

A partida era em casa. Eu reuniu as sete torcidas uniformizadas e acompanhei a partida na arquibancada, junto com eles.

Foi um sofrimento terrível.

Durante a partida, o gandula sabia que o time estava caindo e invadiu o campo, chorando, e chacoalhou o nosso goleiro Fernando.

Ele gritava: “Avisa o time que estamos caindo. Estamos caindo”.

Alguns jogadores até deram a alma. Outros, não. Deu para perceber quem só estava usando a camisa do Guará para ganhar dinheiro.

Não conseguimos empatar. Foi uma tristeza. Torcedor chorando, se enrolando na bandeira.

E eu lá, desesperado, envergonhado.

O que você falou para os jogadores depois da partida?

Primeiro fui dar parabénsa ao árbitro Paulo César de Oliveira. Disse a ele que nós caímos por incompetência. Ele não nos prejudicou.

Com os jogadores eu fui duro. Falei que eles não tinham o direito de ter destruído uma história tão linda de dez anos de sonhos.

E deixei claro que sabia quem era quem. Que sabia que iriam mostrar lágrimas de crocodilo e depois iriam comer pizza e dormir com seu bagaço (sua amante, na linguagem do futebol).

Avisei também que vários deles nunca mais vestiriam a camisa do Guará. Quarta-feira eles vão saber quem não ficará mais no clube.

E os que forem dispensados não pensem em pedir referências. Se alguém estiver interessado neles e me telefonar perguntando quem é quem, eu vou falar a verdade.

Não vou mentir. Quem só pensa em dinheiro, que assuma isso. Todos sabem quem só pensou em dinheiro e não estava nem aí para o Guará.

E o treinador Márcio Araújo?

Esse foi homem. Ele trabalhou como um louco para o Guará não cair. Quando o time foi rebaixado, ele me chamou e foi direto.

Disse que não tinha coragem, condições psicológicas de continuar na cidade que o havia tratado como um rei.

O Márcio chorou demais comigo e disse que não queria ver a tristeza dos habitantes de Guaratinguetá.

Foi embora com dignidade.

E a Prefeitura de Guaratinguetá? Cobrou alguma coisa?

Não. Nem tem o direito. O dinheiro da prefeitura não chega no clube. É um princípio nosso, que somos donos do Guará. A prefeitura que invista em saúde, escola, estradas.

O dinheiro do Guará é nosso, dos sócios. Nós administramos nas horas boas, em que conseguimos vários acessos. E também administraremos agora, no rebaixamento.

Quais são as consequencias práticas do rebaixamento?

Além da dor? Além de ter de reconquistar a confiança do nosso torcedor, o amor próprio do cidadão de Guaratinguétá?

Sendo prático, em vez de R$ 1,2 milhão que a Federação Paulista dá aos times pequenos da Série A, vamos receber R$ 60 mil na Série A2 no próximo ano.

É duro, mas a vida vai seguir. Estamos na Copa do Brasil e vamos enfrentar o Atlético Mineiro na outra quarta-feira.

Depois virá a Série C do Brasileiro.

Fomos rebaixados, doeu, mas não estamos mortos. Vamos seguir com o trabalho, com os investidores, com a mentalidade de empresa.

Não deu certo, despede quem tem de despedir e segue o rumo.

E os planos para comprar um time europeu?

Toda empresa que sofre um revés precisa adiar seus planos de expansão.

Ainda queremos controlar um time europeu. Vamos fazer isso.

Com o rebaixamento o plano foi adiado. Só adiado.

—–

Fonte:
http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br/arch2009-04-05_2009-04-11.html

Chazinho de Coca – No jogo entre os tricolores, deu aquele que conhece os caminhos da América.

No primeiro jogo entre os tricolores, paulista e carioca, pela libertadores, deu aquele que sabe tratar dessa competição com maestria. De nada adiantou Renato Gaúcho pedir conselhos a Luxemburgo, o volume de jogo que o Palmeiras de Luxa impôs contra o São Paulo na semifinal do Paulistão não foi visto pelo Fluminense na noite da ultima quarta-feira, muito pelo contrário.

O jogo começou com o São Paulo dominando as ações, com Adriano levando vantagem em todos os duelos contra os apáticos defensores do Flu. Logo no primeiro arremate, um petardo de fora da área, o Imperador obrigou o goleiro Luiz Henrique a fazer uma defesa difícil, apesar do tiro ter sido em cima do arqueiro. Ali, naquele momento, deu pra perceber que não era noite do goleiro do time das Laranjeiras, que se atrapalhou todo para defender o disparo.

A pressão são-paulina durou pouco, foi quando o futebol mais técnico do tricolor carioca começou a fluir, com boas jogadas saindo dos pés de Arouca e principalmente de Gabriel, já que Tiago Neves não entrou em campo e Dodô foi o Dodô de sempre, apático e quase imperceptível. O Fluminense começou a levar perigo, porém, foi nesse exato momento que o São Paulo pôs fim ao único bom momento do time de Renato Gaúcho na partida. A jogada começou dos pés do Imperador, que dominou na meia, armou a jogada com Dagoberto, que bateu cruzado, um bom chute, mas perfeitamente defensável, porém não era mesmo noite de Luiz Henrique, que espalmou para o meio da área, onde Adriano, sempre ele, livre, apareceu para concluir e levar o Morumbi ao delírio. Desenhava-se ali uma goleada, que acabou não acontecendo. Pelos lados do Fluminense, Tiago Neves que pouco produzia, sumiu de vez, Dodô continuou sendo Dodô e Washington, que por mais que tentasse alguma coisa, nada podia fazer, até porque a bola não chegava para ele. Já o São Paulo chegava do jeito que queria, mas efetivamente pouco concluía.

Veio o segundo tempo e Renato Gaúcho colocou Dario Conca no lugar do inofensivo Tiago Neves, que saiu de campo xingando todas as gerações da família do seu treinador, mas sem a mínima razão. Conca entrou e foi o melhor do time, armou, driblou, levou perigo e protagonizou a jogada mais bonita da noite ao driblar dos defensores são-paulinos, mas na conclusão foi infeliz.

O São Paulo por sua vez não mostrou a mesma força do primeiro tempo e mais por demérito próprio, trouxe o Fluminense para cima, contudo a noite não era dos comandados de Renato Gaúcho, que saíram de campo satisfeitos com o resultado, até porque escaparam de um placar mais elástico.

O tricolor paulista perdeu a chance de matar o jogo de 180 minutos logo na sua primeira metade e agora vai decidir a vaga num Maracanã lotado de sedentos torcedores cariocas e contra um Fluminense que com certeza, não dará o mole que deu na noite de ontem.

Adriano

O primeiro tempo do camisa 10 são-paulino foi digno de um Imperador. Adriano comandou o time, voltou para ajudar na marcação, armou o time, começou a jogada do gol, que o próprio concluiu, PARTIDAÇA! Atuação digna de seleção brasileira, a qual o próprio já faz por merecer uma lembrança.

Adriano é mais um caso que entra para minha lista de prognósticos errados que fiz no início do ano. Ao lado de Leo lima e Denílson no Palmeiras, que eu achava, seriam apostas erradas de Luxemburgo. De Émerson Leão e seu Santos, que eu erroneamente coloquei como candidatíssimos a protagonizar um dos papelotes do ano no Paulistão e na Libertadores, assim como o Vasco da Gama, que pra mim, mesmo antes de seu início, era o grande com maior possibilidades de rebaixamento no Brasileirão. Hoje vejo um Adriano exuberante e já merecendo uma chance na seleção de Dunga, vejo Leo Lima sendo o melhor volante do país nesse primeiro semestre, vejo o Santos fazendo bonito na Libertadores e o Vasco na semifinal da Copa do Brasil.

É com enorme prazer que assumo meus erros em todos esses prognósticos. O futebol agradece.

Acertei outros, mas esses ficam para uma outra ocasião.

Abraços aos amigos,