Todos os posts de Almir Breviglieri Jr

Administrador de empresas de formação, envolvendo-se em jornalismo e comunicação por opção. Seguidor inveterado do futebol internacional por acreditar que o melhor que há por lá poderia e deveria ser aplicado aqui. E, claro, fã do velho e insuperável Rock'n'Roll em todas as suas vertentes, além de seguidor de seriados gringos clássicos e novos.

ZIDANE ASSUME CARGO NO REAL MADRID E FALA DE NEYMAR. ARGENTINA A PERIGO.

Ele foi o maior jogador francês da história, campeão na Juventus e no Real Madrid e destroçou o time da CBF duas vezes em Copas do Mundo (quem não se lembra de França 3×0 Brasil de 1998 e França 1×0 Brasil de 2006).

 Zinedine Zidane, supercraque campeão do mundo, afirmou nesta semana que assumirá o cargo de diretor esportivo da equipe principal do Real Madrid.

Mourinho e Zidane

 Zizou deixou claro que o aval do técnico português José Mourinho foi fundamental para que ele se juntasse à diretoria madridista.

 Na verdade, Zidane assume posição que pertenceu ao argentino Jorge Valdano que não tinha bom relacionamento com Mourinho. O português, que possui fama de impositivo, teria batido de frente com o argentino e teria vencido a queda de braço nos bastidores do clube.

 Falando ao jornal esportivo “Marca” de Madri, Zidane falou sobre a contratação de seu compatriota de 18 anos, Raphael Verane, pelo Real Madrid frente ao Lens. Verane é um jovem promissor do futebol francês e o novo diretor do Real Madrid disse estar contente com o fato de Mourinho ter gostado do atleta.

 E Zizou também falou de Neymar. Disse: “Se parece muito com Robinho, mas tem um pouco mais de gol. É um jogador de talento que pode jogar no Real Madrid e pode interessar”.

 Complica-se ainda mais a situação da Argentina

 E a Costa Rica venceu a Bolívia por 2 a 0 pela Copa América. Com o resultado, os anfitriões caem para o terceiro lugar do grupo A, obrigando-os a vencer a própria Costa Rica na última rodada da 1ª fase. Aumenta o drama para o técnico argentino Sergio Batista. Agora será pressão total sobre os ombros dos jogadores porteños.

 Golaço nos Estados Unidos

 Pelo andamento da temporada da Major League Soccer (MLS), o campeonato profissional de futebol de Estados Unidos e Canadá, a equipe do Portland Timbers recebeu o Sporting Kansas City. Perdeu por 2 a 1, mas teve como consolação o belíssimo de Darlington Nagbe. Após cobrança de falta pela esquerda, o goleiro do SKC, Jimmy Nielsen, rebate de soco para fora da área. Eis que surge Nagbe que domina, dá duas embaixadas e fuzila cruzado no ângulo. O “rookie”, recém saído na universidade e recrutado pelo Portland, salvou o espetáculo. Merece menção honrosa na coluna. São os Estados Unidos tentando aplicar no “soccer” os procedimentos de recrutamento comuns aos esportes profissionais do país. Será que vai funcionar e fazê-los subir de patamar técnico no mundo da bola? Enquanto não há resposta, confira o petardo de Darlington Nagbe.

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MAIS UM FIASCO ARGENTINO NA COPA AMÉRICA

Burdisso faz pênalti ignorado pelo árbitro

E continua o martírio dos favoritos da Copa América. Exponencialmente pior quando o favorito em questão é time anfitrião. Piore o exponencialmente pior quando acontece com o anfitrião pela segunda vez. Foi o que aconteceu ontem em Santa Fé. A Argentina, jogando rigorosamente pouco, apenas empatou sem gols com a Colômbia que teve tudo para vencer.

 A partida começou com a Argentina tomando a iniciativa e a Colômbia na defesa e rápida nos contra-ataques. A primeira chance foi colombiana. Aos 19 minutos, Dayro Moreno cruzou para Gustavo Adrián Ramos perder na pequena área.

 A Argentina seria beneficiada após erro do árbitro brasileiro Sálvio Spínola Fagundes aos 25 minutos. No lance mais incrível da partida, Gabriel Milito recua mal, Ramos recupera, avança ao gol e é derrubado na área por Nicolas Burdisso. Pênalti que deveria ser marcado com ou sem vantagem. Na sequência, Dayro Moreno chuta para fora com o gol aberto.

Sergio Batista tentando de tudo para fazer sua seleção jogar

As coisas não estavam boas para os anfitriões. O time detinha a posse de bola, mas os jogadores permaneciam imóveis em campo. Para complicar, nada de chutes a gol. Enquanto isso, a Colômbia, fria e ligada no jogo, mantinha-se bem colocada na defesa e armava jogadas rápidas de contra-ataque. Lionel Messi e Carlos Tevez não se entendiam na frente. Faltava jogo coletivo da Argentina.

 Chegou a segunda etapa e a Argentina conseguiu ameaçar a meta adversária, mas somente através de chute rasteiro de longa distância de Javier Mascherano que Luiz Martinez espalmou sem ninguém no rebote.

 Sergio Batista tentaria mudar a sorte de sua equipe ao promover as entradas de Sergio Aguero, Gozalo Higuaín e Fernando Gago. Sem sucesso. O panorama da partida era o mesmo. Posse de bola argentina, sem objetividade, sem jogo coletivo. E futebol sempre tem o aspecto emocional. Time favorito, dono da casa, o melhor jogador do mundo nas fileiras, tempo passando e não rolando nada após estreia com empate frustrante. Sem erro, a seleção argentina se enervava a cada minuto que transcorria.

Messi impotente na seleção argentina

Aos 35 minutos, lance emblemático de Messi e da Argentina. Cobrança de falta que o melhor do mundo manda para longe do gol. Não é a Argentina da qual se esperava tanto e, principalmente, não é Lionel Messi do qual se esperava ao menos um pouco da magia que proporciona no Barcelona. Situação do craque argentino que faz lembrar Rivaldo na seleção brasileira antes de 2002, craque no Barça e decepção na seleção de seu país.

 Ao final 0 a 0, os rostos transtornados do técnico Sergio Batista e de seus comandados expressam bem os ânimos porteños a estas alturas da Copa América. Colômbia líder com 4 pontos, Argentina somente com 2 e no aguardo do que ocorrerá no complemento da rodada de seu grupo quando Bolívia e Costa Rica se enfrentam.

 Antes de Argentina e Colômbia, jogaram, valendo pelo grupo C, Uruguai e Peru. O empate de 1 a 1 dos uruguaios, após saírem perdendo o jogo, indicara a tendência de sofrimento do trio favorito para a competição (Argentina, Brasil e Uruguai).

 Milagrosamente, Chile e México fizeram partida com três gols! E deu Chile de virada: 2 a 1. Ainda assim, não deixa de ser um resultado apenas razoável para os chilenos, considerando que enfrentaram uma seleção mexicana sem diversos titulares, praticamente um time sub 21.

 Balanço parcial da Copa América: sofrível até o momento, com seleções e alguns principais craques decepcionantes.

 Já que a escassez de gols tem sido a regra na Copa América, que tal dar uma olhada em jogo de goleada? E foi nos Estados Unidos, mais precisamente no que talvez seja o primeiro estádio americano construído para o “soccer”, o Red Bull Arena, na cidade de Harrisson, Nova Jersey, próximo a Nova York. O jogo é entre New York Red Bulls (sim, a marca de bebida energética austríaca não vive somente de Fórmula 1) e o Toronto FC, válido pela Major League Soccer (MLS). A equipe de Nova York, que conta com o veterano francês Thierry Henry, não deu mole e goleou por 5 a 0. É só checar a seguir.

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U2 EM GLASTONBURY E OS 20 ANOS DE “ACHTUNG BABY”

Causou surpresa e dúvida quando os organizadores do prestigiado festival de Glastonbury – realizado anualmente em terras britânicas, mais precisamente na cidade inglesa de Pilton – anunciaram a banda irlandesa U2 como headliner na edição 2011do evento. Surpresa, pois havia muito que Bono Vox e seus asseclas não participavam de festivais, e dúvida, já que, desde o início dos anos 90, o grupo conta com megaestruturas conceituais próprias de palco que festival nenhum no planeta conseguiria absorver.

Agora, considere os fatores mencionados e lembre-se que os caras ainda estão com o tour 360º por aí (no momento, de volta à América do Norte mais precisamente). Pergunta óbvia: Como equacionar a questão?

Capa de Achtung baby

A resposta é o início do período de comemorações de 20 anos de lançamento do álbum “Achtung baby”. Se não ficou claro, basta lembrar que “Achtung baby” foi o álbum que reinventou o U2 como banda e gerou a legendária “Zoo tv tour”.

E foi com a estrutura de palco da Zoo tv tour, e não com o mega palco do tour 360º, que a banda se apresentou em Glastonbury.

Quando surgiu no final dos anos 70, o U2 chamava a atenção pela energia e pelas letras, ora com metáforas bíblicas beirando o gospel, ora com o engajamento político que acompanharia toda a trajetória da banda. Tudo isso aliado a guitarras estilosas sob a batuta de The Edge. Boa parte da temática da banda encontrou território fértil nos anos 80, década do comprometimento e da conscientização musical para causas políticas e sociais. Some-se a abordagem religiosa da banda e pronto. Era tudo que o U2 necessitava para conquistar a América. E, de fato, parece que os caras planejaram estrategicamente a penetração da banda no mercado estadunidense, subindo degraus álbum após álbum.

O auge chegaria em 1987 com “The Joshua tree”, onde todos os ingredientes musicais da banda estavam presentes em doses cavalares. O tour do álbum gerou em 1988 o álbum-filme-documentário “Rattle and hum”. Uma verdadeira viagem que os irlandeses se permitiram fazer pelas entranhas da música e da cultura dos Estados Unidos.

Mas, como nem tudo são flores, a fórmula de sucesso da banda esgotar-se-ia com “Rattle and hum”. Se “The Joshua tree” vendeu zilhões de discos e foi aclamado pela crítica através de mega hits como “Where the streets have no name” e “With or without you”, “Rattle and hum”, apesar do sucesso de vendas, seria considerado por muitos como “pretensioso”.

Resumo da ópera: o U2, após 1988, era considerado “over”, sem perspectiva. A banda havia se tornado um monstro sem ter para onde crescer.

Uma mudança de paradigmas era necessária. E foi providenciada, mais exatamente em 1990. No ano da queda do muro de Berlim, a banda tomaria vantagem dos novos ares da nova ordem mundial. Músicos e equipe se mandaram para Berlim. A dupla Daniel Lanois e Brian Eno foi recrutada para a produção do novo trabalho. A ordem era filtrar e não permitir que nada que se parecesse com U2, até então, passasse pela peneira. Permanecer em Berlim era estratégico. Nada melhor que estar no centro nervoso da nova Europa que nascia para se esquecer das influências musicais americanas.

Só que mudanças radicais geram conflitos radicais. Nas sessões de Berlim ocorre uma aproximação sem precedentes de Bono Vox e The Edge nas ideias e composições. A dupla começara a inspirar-se em sons eletrônicos, música industrial e rock alternativo. Enquanto isso, Adam Clayton e Larry Mullen Jr., mais do que nunca, ouviam blues e rock clássico. Começariam aí sérias tensões entre os integrantes da banda.

Palco do Zoo tv concert

O U2 deixaria Berlim e retornaria a Dublin para o Natal e não sairia mais de casa até o final das gravações. Em 1991, a banda retoma os trabalhos. Os conflitos entre os caras quase causariam o final do grupo. Clayton e Mullen Jr. definitivamente não estavam de acordo com os rumos que o álbum estava tomando. Neste quase divórcio, Bono Vox escreve “One”. A canção que marcou época no repertório da banda era o clamor pela união de todos, seja a união do leste e do oeste na questão “queda do muro de Berlim”, seja a união da banda apesar das brigas, litígios e divergências. Curioso ver “One” sendo tocada em casamentos, noivados e romantismos afins, uma vez que é sobre separação que a canção fala.

Zoo tv

De resto, as mudanças de estilo estavam mais do que claras. “The Fly”, “Mysterious ways”, “Until the end of the world”, “Acrobat”, “Love is blindness” eram faixas que nada lembravam o U2 de outrora. Guitarras distorcidas, letras mais introspectivas, temáticas diferentes, críticas à transformação de algo terrível como a guerra (em 1991, ocorreria a 1ª Guerra do Golfo visando a expulsão das tropas iraquianas de Saddam Hussein do Kuwait) em atração de tv como se fosse um jogo de futebol ou uma novela, além de video clips inovadores como “Even better than the real thing” que está a seguir.

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Todo o novo material gerou um novo giro mundial. Algo jamais visto na história dos concertos de rock: a Zoo tv tour.  

Bono na pele de "The Fly"

Telões gigantes com frases desconexas, mensagens irônicas como “tudo que você sabe está errado” ou “assista mais tv”, brincadeiras com controle remoto e a criação de personagens por parte de Bono Vox. Memorável ver o vocalista com grandes óculos escuros, roupa de couro negra dando vida a “The Fly” ou vestido de diabinho personificando “Mr. MacPhisto”. O U2 conseguira seu objetivo. O bom mocismo da banda estava relativamente deixado de lado. Estava posto à mesa o novo U2. Veja o início do show com a faixa de abertura do álbum: “Zoo station”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=fMneYa8gJBY[/youtube]

Bono e seu alter ego: Mr. MacPhisto.

Assim era o Zoo tv concert, um show de rock de vanguarda que alterou o conceito de grande concertos de arena e que forçou muita gente boa (como os Rolling Stones) a aderir ao novo nível de excelência.

E lá estavam os telões e várias canções de “Achtung baby” em Glastonbury como início das comemorações de vinte anos do álbum. Surpreendente e conveniente para quem, após longa ausência, retornava a festivais de música, tendo algo como o palco 360º em mãos. Bela “saída pela direita”, ao melhor estilo “Leão da montanha”, aquele velho personagem de desenho animado. Confira o U2 em Glastonbury com “The fly”.

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…PERO QUÉ PASA EN ARGENTINA?

Jogadores argentinos saindo de campo insatisfeitos com o placar

E foi dada a largada para a 43ª edição da Copa América, o torneio da CONMEBOL de seleções, na Argentina. E os anfitriões, juntamente com os uruguaios, são os maiores vencedores com 14 conquistas cada. O Brasil fica em terceiro lugar com 8 títulos. São doze seleções na disputa do título sul-americano. Além das dez nações que habitualmente disputam as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo (Argentina, Bolívia, Colômbia, Brasil, Venezuela, Paraguai, Equador, Uruguai, Chile e Peru), dois times extracontinentais baixam em terras porteñas como convidados: México e Costa Rica. Mas ora, não são membros da CONCACAF? O que fazem por essas bandas afinal? Assim como o que já fizeram por aqui Estados Unidos e Japão? Ok, há o lado mercadológico da coisa, etc. Ou então pode-se alegar a necessidade de haver doze concorrentes na competição, pois só assim é possível organizar três grupos com quatro equipes. E não daria para fazer dois grupos de cinco times? Enfim, não deixa de ser esdrúxula a inclusão de não membros da CONMEBOL no evento.

Banega e Romero não evitam. Gol da Bolívia.

 Passando para os jogos que já rolaram, pelo grupo A, a Argentina de Lionel Messi e Carlos Tevez enfrentou em La Plata a modesta Bolívia. E as dificuldades foram enormes para o time do técnico Sérgio Batista. No 1º tempo, Messi tentou sua mágica, tomava a bola, driblava dois ou três adversários e procurava fazer as assistências. Em uma delas tocou para Tevez que desperdiçou boa chance. Além de não contar com os mesmos companheiros do Barcelona, Messi enfrentava um gramado que não permitiam a fluidez e a velocidade da bola. Seu melhor jogo estava comprometido. Na 2ª etapa, Edivaldo Rojas toca de letra para o gol, interceptação sem sucesso de Banega e gol para a Bolívia. Não passaria em branco na imprensa argentina a origem brasileira de Edivaldo. A Argentina só empataria a partida com golaço de Sergio Aguero após bela matada de peito de Nicolas Burdisso. O 1 a 1 final mostrou que Messi ainda não caiu nas graças dos compatriotas. Faz lembrar Rivaldo no Brasil até antes de 2002. O fato de Messi ter deixado o país ainda muito jovem também faz com que o torcedor argentino tenha preferência aberta por Carlos Tevez, que se consagrou no Boca Juniors. A esta altura, perguntar não ofende. Será bom o relacionamento entre os dois maiores astros da seleção argentina no momento?

 Fechando a rodada do grupo A, a Colômbia não deu sopa para o azar e venceu a Costa Rica por 1 a 0 com gol de Gustavo Adrian Ramos em Jujuy. O gol solitário foi o suficiente para os colombianos assumirem a liderança do grupo A.

Neymar disputando bola.

Pelo grupo B, outra surpresa. O Brasil foi ineficiente contra a Venezuela e empatou em 0 a 0. Os astros brasileiros Alexandre Pato, Robinho, Neymar e Ganso ficaram devendo em La Plata contra uma Venezuela que mostra evolução no seu jogo. Só que a evolução dos adversários não justifica a atuação do time da CBF. Se até pouco tempo atrás o Brasil vencia os fracos e era derrotado pelos fortes, hoje, na era Mano Menezes, o Brasil continua a perder para os fortes (Argentina e França) e tem empatado com os fracos (Holanda desfalcada ou Venezuela). Falta mais poder ofensivo para o time da CBF de Mano Menezes.

 E, encerrando as surpresas, ainda pelo grupo B, o Paraguai também ficou no 0 a 0 com o Equador, em Santa Fé.

 Pois é, exceto pelo resultado da Colômbia, o inesperado tem sido a tônica na Argentina até o momento. Terá o inverno porteño afetado os favoritos na Copa América? Afinal, o que acontece na Argentina?

 Superclássico das Américas

 Até 2019, Brasil e Argentina disputarão uma nova copa denominada “Superclássico das Américas” no sistema de ida e volta. A primeira edição da copa está marcada para os dias 14 de setembro na Argentina e 28 do mesmo mês no Brasil. Trata-se de reedição da antiga Copa Roca. A AFA e a CBF deverão chamar somente jogadores atuando nos países para as partidas.

Fique com o belo gol de Sergio Aguero para encerrar.

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NÃO CONTAVAM COM A MINHA ASTÚCIA

Guardado e Chicharito explodem em festa
Roberto Bolaños. Quem era melhor? Chaves, Chapolín ou NDA?

A seleção do México é campeã da Copa Ouro da CONCACAF após vencer de virada os Estados Unidos no Estádio Rose Bowl de Pasadena, Califórnia. E que virada! Os mexicanos tiveram que buscar um resultado adverso de 2 a 0 e liquidar a fatura em 4 a 2. Roberto Bolaños jamais criaria um bordão melhor do que o do título acima, imortalizado na cultura popular por um de seus personagens infanto-juvenis.

 Para a seleção dos Estados Unidos, jogar em casa contra o México significa o mesmo que jogar no próprio México. Torcida majoritariamente mexicana, sobretudo quando se fala de final entre ambos disputada na região de Los Angeles, sul da Califórnia, a poucas horas de carro da fronteira. Se os americanos conquistaram a Califórnia dos mexicanos e a anexaram em 1850, a sensação, em eventos como a final da Copa Ouro, é que o México a retoma aos poucos via imigração. Evidente que os organizadores americanos, interessados em público e audiência, não se importam. Se a intenção fosse (e pode ser em jogos de eliminatórias da Copa do Mundo, por exemplo) torcida a favor no estádio, a coisa certa a fazer é ir rumo ao norte. De qualquer maneira, para os americanos, jogar contando com o fator torcida contra o México, talvez só no Alasca ou no Havaí.

Michael Bradley

Pois bem, jogando para mais de 93 mil pessoas, torcida pró México na maioria, os americanos logo abriram o placar com Michael Bradley (filho do técnico Bob Bradley) após cobrança de escanteio.

 As esperanças americanas aumentariam quando Landon Donovan, aos 23 minutos, marcava o segundo gol ao bater na entrada da área.

 Parecia o jogo perfeito dos Estados Unidos. Vitória parcial por 2 a 0 na metade do 1º tempo.

 Mas o sonho americano começou a desmoronar a partir dos 29 minutos com Pablo Edson Barrera que diminuiu para os mexicanos. Logo em seguida, mais um golpe para os anfitriões, José Andrés Guardado alcançaria o empate aos 36 minutos. Delírio no Rose Bowl.

Desolação americana

Mal começava o 2º tempo e, logo aos 5 minutos, Barrera faria o gol da virada. Em seguida, Donovan teve boa chance de empatar, mas desperdiçou.

 O golpe de misericórdia mexicano viria com o quarto gol aos 31 minutos com Giovanni dos Santos. Festa em Los Angeles. Era o bicampeonato (2009-2011). Após começo avassalador, nenhum estadunidense contava com a astúcia mexicana.

 Para os Estados Unidos não há demérito em perder para o México, mas é inevitável pensar que a vitória escapou através de reação mexicana após vantagem parcial de dois gols.

Festa mexicana

Para a seleção mexicana, trata-se de título importante na disputa pela hegemonia regional contra os americanos. Vencer traz prestígio para jogadores militantes do futebol europeu. Se não é fundamental, não é nada mal para astros do futebol mundial como Javier “Chicharito” Hernandez do Manchester United. Traz simpatia popular para o atleta expatriado em sua terra natal. Só que há diferença abissal entre o compromisso finalizado com sucesso e o próximo obstáculo a transpor que atende pelo nome de Copa América.

 Ainda que fora de contexto e propósito, além de incoerente, o México parte, agora como convidado, para o torneio de seleções da CONMEBOL. E lá a encrenca é outra. Na chave C da Copa América, o México terá pela frente Uruguai, Chile e Peru. E claro, se avançar, poderá medir forças contra Argentina, Brasil ou Paraguai. Nada mal para quem estiver a fim de verdadeira competição. Resta saber o que  a trupe mexicana poderá fazer contra adversários de maior peso no cenário mundial e o quão a sério um não membro da confederação sul-americana levará o desafio, já que a ideia é levar para a Argentina um elenco sub-22 com cinco jogadores mais experientes. Veja os lances da final em Pasadena.

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