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U2 SURPREENDE E LANÇA NOVO ÁLBUM

Em evento corporativo da Apple realizado em Cupertino, Califórnia, o U2 lança Songs of Innocence, o novo álbum de um dos gigantes do Rock em todos os tempos.

u2 songs of innocenceEnquanto o CEO da empresa, Tim Cook, anunciava em conferência de imprensa o esperado iPhone 6, o U2 revelava o não menos esperado novo trabalho no mesmo evento ao tocar o primeiro single do álbum, The miracle (of Joey Ramone).

Imediatamente após a apresentação, as novas canções ficaram disponíveis para download no iTunes.

Songs of Innocence é um álbum bastante pessoal, deixou claro o frontman Bono Vox, com temáticas relacionadas a ser integrante de uma banda, amizade, amores, família e influências musicais roots da banda como sons dos Anos 70 aos estilos Punk Rock, David Bowie, Joy Division, The Clash, Glam Rock e som eletrônico nos primórdios.

O U2 trabalhou forte em Songs of Innocence nos últimos dois anos, convocando para produzi-lo o renomado Danger Mouse (nome artístico de Brian Joseph Burton), que tem no currículo trabalhos com Jay Z, Gorillaz, Beck e The Black Keys entre outros, além da colaboração de Paul Epworth e Ryan Tedder (produtores de Adele). Bono justifica as escolhas: “…E nós queríamos ter a disciplina dos Beatles e dos Stones nos Anos 60, quando você tinha músicas de verdade. Não há nada a esconder nelas: ideias claras, melodias claras.”

As influências mencionadas já ficam claras na canção inicialmente apresentada, a já mencionada The miracle (of Joey Ramone), que mistura Pop com acordes do Punk. Bono explica a menção a Joey Ramone ao revelar ter encontrado sua voz ideal para o Rock através da influência vocal do frontman dos Ramones.

Já em This is where you can reach me now, o U2 presta homenagens ao The Clash com guitarras a cargo de The Edge ao estilo Sandinista!.

A temática pessoal está presente quando Bono faz menção à morte de sua mãe, Iris Hewson, em Iris (Hold me close), além das lembranças da primeira vez da banda na Califórnia em California (There’s no end to love) onde a banda aproveita a deixa para prestar tributo aos Beach Boys.

Se Songs of Innocence vingará nas paradas não se sabe, mas Bono deixa claro não querer que seja visto como um álbum conceitual, enquanto The Edge brinca ao dizer que será o Quadrophenia do U2.

Confira a apresentação do U2 para The miracle (of Joey Ramone).

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=rWD8g5NRuUQ[/youtube]

 

LANÇAMENTO: NOVO SINGLE DO U2

O U2 escolheu o intervalo do Super Bowl para apresentar seu novo single ‘Invisible’. Além disso, a banda disponibilizou um link para fazer o download gratuito da música, de modo que cada vez que a música é baixada, o Bank of América direciona 1 dólar para o RED, uma arrecadação de fundos para a Global Fund, entidade de combate ao vírus da AIDS.

Capa do novo single.
Capa do novo single.

A música é uma prévia do vindouro álbum do U2, produzido por Danger Mouse.

Veja a propaganda do Super Bowl onde a canção aparece:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=hEyKdpsHKy0[/youtube]

 

“ROCKIN’ THE CHRISTMAS”

A equipe do Ferozes Futebol Clube deseja a todos um Feliz Natal e, sempre com o espírito do portal a todo vapor, fazemos questão de celebrar a grande data com um pouco do melhor que cancioneiro do mundo do Rock já produziu sobre a referida festividade.

 

Mick "Santa Claus" Jagger
Mick “Santa Claus” Jagger

1) HAPPY XMAS (WAR IS OVER)

John & Yoko The Plastic Ono Band with The Harlem Community Choir

Em 1971, John Lennon escreveu,Yoko Ono produziu e o Coral da Comunidade do Harlem participou de Happy Xmas, originalmente como uma canção protesto contra a Guerra do Vietnã no auge do ativismo pacifista do casal. Logo, a canção tornou-se hino sazonal natalício.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=XPm3CWvDmvc[/youtube]

 

2) THE LITTLE DRUMMER BOY/PEACE ON EARTH

Bing Crosby & David Bowie

Dois ícones de universos diversos encontrar-se-iam em 1977 para a gravação do especial de Natal para a TV Bing Crosby Marrie Old Christmas.

Bing Crosby, cantor e ator, ídolo dos anos dourados de Hollywood e David Bowie, figura ícone do mundo rock-pop-indie-alternativo fizeram dueto para The little drummer boy (escrita por Katherine Kennicott Davis em 1941 e popularizada apenas na década seguinte) com inserções de Peace on Earth.

O especial de TV ganharia ares nostálgicos com o falecimento de Crosby pouco tempo após a gravação.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DiXjbI3kRus[/youtube]

 

3) DO YOU KNOW IT’S CHRISTMAS?

Band Aid

Antes da empreitada estadunidense USA for Africa, o outro lado do Atlântico, por iniciativa de Bob Geldof (The boomtown rats) e de Midge Ure (Ultravox), mobilizou-se com propósito idêntico: o combate à fome na Etiópia, tendo o período de Natal como época de gravação e lançamento.

Do you know it’s Christmas contou com verdadeiro batalhão de estrelas do rock pop britânico e irlandês. Entre eles, David Bowie surge pela segunda vez na nossa lista. Sem dúvida, o eterno Camaleão possui inclinações sentimentais para as festas de fim de ano. Além de Geldof e Bowie, o Band Aid contou ainda com a presença de Bono Vox, Adam Clayton, Sting, Phil Collins, Simon Le Bon, George Michael, Boy George, entre outros.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=eYDEh-mhijc[/youtube]

 

4) CHRISTMAS (BABY PLEASE COME HOME)

U2

O U2 não poderia ficar de fora e os irlandeses participam da lista com a regravação da clássica sazonal Christmas (Baby please come home) de 1963 escrita por Ellie Greenwich, Jeff Barry e Phil Spector.

O remake entrou na compilação A very special Christmas de 1987, ano em que o U2 atingiu o topo na América e no mundo com o álbum The Joshua tree.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mmZBC92pgrE[/youtube]

 

5) MISTRESS FOR CHRISTMAS

AC/DC

Natal, época de presentes, desejar o melhor para os semelhantes, certo? Pode ser, mas o único desejo que Brian Johnson, Angus Young e companhia é ter uma gata ao lado para passar o referido feriado. Nada mal!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=utj7MgslLOs[/youtube]

 

6) BACK DOOR SANTA

Clarence Carter

Em 1968, Clarence Carter lançou o álbum Soul Christmas. Entre as faixas escolhidas está Back door Santa, escrita por Carter e Marcus Daniel.

Trata-se de outra canção natalina sem o tal espírito de Natal na sua letra. Diversão garantida!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=yfVg1MnUQkI[/youtube]

 

7) THE BEACH BOYS

Little Saint Nick

Sim, os californianos dos Beach Boys deixaram as pranchas, o sol e o mar de lado em 1964 para compor Christmas Album com a contribuição de Brian Wilson em cinco canções. Confira uma delas, Little Saint Nick.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=aSynDh_K0EE&list=PL06DFFD43E128A7D2&index=1[/youtube]

 

 

CITY, CHELSEA E ARSENAL FALHAM. UNITED E TOTTENHAM AGRADECEM

Em tempo de festas de final de ano, onde o recesso é a palavra de ordem, eis que surge a principal liga de futebol do mundo, a Premier League inglesa, para saciar o vício dos adoradores do velho e bom esporte bretão.

É exatamente o que rolou nos dias 26 e 27 últimos nas terras da Rainha, a realização da 18ª rodada do campeonato inglês.

E não faltaram surpresas.

A começar pelo líder Manchester City que visitou o West Bromwich. Sob a ressaca da comilança de Natal, os líderes não saíram do 0x0. Ao final, lamentos do técnico Roberto Mancini que viu sua equipe não marcar pela primeira vez no campeonato.

Só que o prejuízo maior seria sentido ao final dos 90 minutos de jogo do arquirrival Manchester United. O maior perseguidor do City fez impiedosos 5×0 no Wigan Athletic e, com a combinação de ambos os resultados, igualou-se em pontos (45 cada) ao líder, mantendo-se em segundo lugar pelos critérios de desempate.

Dimitar Berbatov marcou três vezes. Ji-Sung Park e Antonio Valencia completaram o placar.

Não foi somente o Manchester City que não obteve o resultado esperado. O Chelsea, quarto colocado, recebeu o Fulham em Stamford Bridge e só empatou por 1×1. Didier Drogba teve boa apresentação, mas seu companheiro Raul Meirelles não acompanhou o ritmo e destoou na equipe azul.

No Fulham, o goleiro David Stockdale garantiu o bom resultado quando foi acionado.

Com o empate, o Chelsea ficou nos 34 pontos, a longínquos 11 pontos da dupla de Manchester.

Empate inesperado em casa do Chelsea e jogo do Arsenal na sequência, também em Londres e contra o modestíssimo Wolverhampton, 17º colocado na classificação. A atmosfera de otimismo era clara no Emirates Stadium com atenções voltadas para o artilheiro da equipe, Robin Van Persie.

E, de fato, tudo começou muito bem para os Gunners com gol inaugural de Gervinho logo aos 8 minutos de jogo. Seria um passeio, certo?

Errado. Os comandados de Arsene Wenger empacaram, Steven Fletcher marcou o gol de empate antes do final do 1º tempo, Van Persie, jogando pela direita, não produziu grande coisa e o placar ficou nisso. Decepção anterior em Stamford Bridge, decepção na mesma proporção no Emirates Stadium. Empate de 1×1 que evitou que o Arsenal ultrapassasse o rival londrino. Os Gunners permanecem em 5º lugar com 33 pontos.

Sempre correndo por fora, o Liverpool recebeu o Blackburn e também ficou no 1×1, continuando em 6º na tabela.

O ex-bicho papão da temporada, Newcastle, foi ao Reebok Stadium de Bolton e fez 2×0 nos donos da casa e colou novamente no Liverpool com 30 pontos na 7ª colocação.

Resultados já definidos na rodada e eis que no apagar das luzes o Tottenham Hotspur vai a campo contra o Norwich fora de casa.

Confirmando a boa fase, Gareth Bale faz os dois gols da equipe do técnico Harry Redknapp.

A vitória por 2×0 isolou os Hotspurs na 3ª colocação com 38 pontos. Se a distância dos líderes é de 7 pontos e difícil de ser tirada, os 4 pontos sobre os londrinos do Chelsea também não deve ser desprezados neste final de 1º turno.

Deus salve a Rainha pela Premier League não parar nesta época do ano.

Falando em fim de ano, a coluna encerra com a clássica New Year’s Day no histórico concerto do U2 no Red Rocks de Denver, precedida da bela October. O ano era 1983, tempos em que o U2 apenas engatinhava na conquista da América.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=s_9QIt-uacI[/youtube]

U2 EM GLASTONBURY E OS 20 ANOS DE “ACHTUNG BABY”

Causou surpresa e dúvida quando os organizadores do prestigiado festival de Glastonbury – realizado anualmente em terras britânicas, mais precisamente na cidade inglesa de Pilton – anunciaram a banda irlandesa U2 como headliner na edição 2011do evento. Surpresa, pois havia muito que Bono Vox e seus asseclas não participavam de festivais, e dúvida, já que, desde o início dos anos 90, o grupo conta com megaestruturas conceituais próprias de palco que festival nenhum no planeta conseguiria absorver.

Agora, considere os fatores mencionados e lembre-se que os caras ainda estão com o tour 360º por aí (no momento, de volta à América do Norte mais precisamente). Pergunta óbvia: Como equacionar a questão?

Capa de Achtung baby

A resposta é o início do período de comemorações de 20 anos de lançamento do álbum “Achtung baby”. Se não ficou claro, basta lembrar que “Achtung baby” foi o álbum que reinventou o U2 como banda e gerou a legendária “Zoo tv tour”.

E foi com a estrutura de palco da Zoo tv tour, e não com o mega palco do tour 360º, que a banda se apresentou em Glastonbury.

Quando surgiu no final dos anos 70, o U2 chamava a atenção pela energia e pelas letras, ora com metáforas bíblicas beirando o gospel, ora com o engajamento político que acompanharia toda a trajetória da banda. Tudo isso aliado a guitarras estilosas sob a batuta de The Edge. Boa parte da temática da banda encontrou território fértil nos anos 80, década do comprometimento e da conscientização musical para causas políticas e sociais. Some-se a abordagem religiosa da banda e pronto. Era tudo que o U2 necessitava para conquistar a América. E, de fato, parece que os caras planejaram estrategicamente a penetração da banda no mercado estadunidense, subindo degraus álbum após álbum.

O auge chegaria em 1987 com “The Joshua tree”, onde todos os ingredientes musicais da banda estavam presentes em doses cavalares. O tour do álbum gerou em 1988 o álbum-filme-documentário “Rattle and hum”. Uma verdadeira viagem que os irlandeses se permitiram fazer pelas entranhas da música e da cultura dos Estados Unidos.

Mas, como nem tudo são flores, a fórmula de sucesso da banda esgotar-se-ia com “Rattle and hum”. Se “The Joshua tree” vendeu zilhões de discos e foi aclamado pela crítica através de mega hits como “Where the streets have no name” e “With or without you”, “Rattle and hum”, apesar do sucesso de vendas, seria considerado por muitos como “pretensioso”.

Resumo da ópera: o U2, após 1988, era considerado “over”, sem perspectiva. A banda havia se tornado um monstro sem ter para onde crescer.

Uma mudança de paradigmas era necessária. E foi providenciada, mais exatamente em 1990. No ano da queda do muro de Berlim, a banda tomaria vantagem dos novos ares da nova ordem mundial. Músicos e equipe se mandaram para Berlim. A dupla Daniel Lanois e Brian Eno foi recrutada para a produção do novo trabalho. A ordem era filtrar e não permitir que nada que se parecesse com U2, até então, passasse pela peneira. Permanecer em Berlim era estratégico. Nada melhor que estar no centro nervoso da nova Europa que nascia para se esquecer das influências musicais americanas.

Só que mudanças radicais geram conflitos radicais. Nas sessões de Berlim ocorre uma aproximação sem precedentes de Bono Vox e The Edge nas ideias e composições. A dupla começara a inspirar-se em sons eletrônicos, música industrial e rock alternativo. Enquanto isso, Adam Clayton e Larry Mullen Jr., mais do que nunca, ouviam blues e rock clássico. Começariam aí sérias tensões entre os integrantes da banda.

Palco do Zoo tv concert

O U2 deixaria Berlim e retornaria a Dublin para o Natal e não sairia mais de casa até o final das gravações. Em 1991, a banda retoma os trabalhos. Os conflitos entre os caras quase causariam o final do grupo. Clayton e Mullen Jr. definitivamente não estavam de acordo com os rumos que o álbum estava tomando. Neste quase divórcio, Bono Vox escreve “One”. A canção que marcou época no repertório da banda era o clamor pela união de todos, seja a união do leste e do oeste na questão “queda do muro de Berlim”, seja a união da banda apesar das brigas, litígios e divergências. Curioso ver “One” sendo tocada em casamentos, noivados e romantismos afins, uma vez que é sobre separação que a canção fala.

Zoo tv

De resto, as mudanças de estilo estavam mais do que claras. “The Fly”, “Mysterious ways”, “Until the end of the world”, “Acrobat”, “Love is blindness” eram faixas que nada lembravam o U2 de outrora. Guitarras distorcidas, letras mais introspectivas, temáticas diferentes, críticas à transformação de algo terrível como a guerra (em 1991, ocorreria a 1ª Guerra do Golfo visando a expulsão das tropas iraquianas de Saddam Hussein do Kuwait) em atração de tv como se fosse um jogo de futebol ou uma novela, além de video clips inovadores como “Even better than the real thing” que está a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=2y7WmEVj3VE[/youtube]

Todo o novo material gerou um novo giro mundial. Algo jamais visto na história dos concertos de rock: a Zoo tv tour.  

Bono na pele de "The Fly"

Telões gigantes com frases desconexas, mensagens irônicas como “tudo que você sabe está errado” ou “assista mais tv”, brincadeiras com controle remoto e a criação de personagens por parte de Bono Vox. Memorável ver o vocalista com grandes óculos escuros, roupa de couro negra dando vida a “The Fly” ou vestido de diabinho personificando “Mr. MacPhisto”. O U2 conseguira seu objetivo. O bom mocismo da banda estava relativamente deixado de lado. Estava posto à mesa o novo U2. Veja o início do show com a faixa de abertura do álbum: “Zoo station”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=fMneYa8gJBY[/youtube]

Bono e seu alter ego: Mr. MacPhisto.

Assim era o Zoo tv concert, um show de rock de vanguarda que alterou o conceito de grande concertos de arena e que forçou muita gente boa (como os Rolling Stones) a aderir ao novo nível de excelência.

E lá estavam os telões e várias canções de “Achtung baby” em Glastonbury como início das comemorações de vinte anos do álbum. Surpreendente e conveniente para quem, após longa ausência, retornava a festivais de música, tendo algo como o palco 360º em mãos. Bela “saída pela direita”, ao melhor estilo “Leão da montanha”, aquele velho personagem de desenho animado. Confira o U2 em Glastonbury com “The fly”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YWHYxB6eGrQ[/youtube]