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MISSÃO CUMPRIDA. SEGUNDA DIVISÃO NUNCA MAIS

Ufa! Agora acabou de vez! Após confirmar o acesso semanas atrás, ontem, em um Canindé com bom público, a Portuguesa, mesmo perdendo, confirmou o status de favorita e conquistou o título da Série A2 do Campeonato Paulista 2013.

Sob vaias e protestos contra o presidente Manuel da Lupa, além do sol escaldante de um domingo de outono, a Lusa terminou o certame da maneira como começou: com derrota.

Preguiçosa, a equipe rubro-verde pouco fez durante os 90 minutos de péssimo futebol. Em alguns momentos, diante do marasmo que arrastava-se o embate, confesso que fechei os olhos e cochilei, porém a narração do ótimo Silvio Luiz, que mais se parece com um show de humor, constantemente me acordava. Resisti até o fim.

Após o apito final, era nítido na face dos torcedores lusos a sensação de alívio. De dever cumprido e esperança que dias melhores virão.

Sem gritar o famoso “É Campeão!” a maioria dos quase 6 mil presentes preferiram cobrar a diretoria.

Era notório que time e torcida estavam brigados. Das arquibancadas não faltou apoio, mas a conquista pouco importava para o calejado e bravo torcedor da Portuguesa. Ele estava machucado. Engasgado.

Voltando no tempo, em 2007, o forte time comandado por Benazzi subiu de forma brilhante para a elite do futebol paulista. Já o de 2013, subiu. Mas sem brilho, com uma campanha marcada pela goleada para o Comercial e o amadorismo da gestão hegemônica de Da Lupa.

Talvez o principal motivo para tanta bronca seja pelo fato como tudo aconteceu. Afinal, há dois anos a Lusa acabara de realizar uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro da Série B, terminando com o título.

A sensação de 2011, a Barcelusa e a favorita ao título do Campeonato Paulista sucumbiram no estadual de 2012. Ninguém entendeu a queda.

Fato é que o espinho do bacalhau desentalou da garganta ontem. Ele saiu, mas deixou sequelas. Sequelas do descaso. Do abandono.

O Brasileirão vem aí e a incerteza do que será da Portuguesa paira sobre a cabeça da torcida. A princípio, a equipe do Coronel Pimenta é candidata ao descenso. Vamos torcer e acompanhar para que, assim como ano passado, a Lusa mantenha-se na primeira divisão, que sempre será o seu lugar.

Parabéns, torcedor!

SEGUNDA DIVISÃO NUNCA MAIS.

 

ACABOU O MARTÍRIO: A LUSA VOLTOU!

15 de Abril de 2012. 19°rodada do Paulistão. Mirassol 4 x 2 Portuguesa. Foi nesta fatídica data que um dos clubes mais tradicionais do Brasil sucumbia novamente ao limbo de uma segunda divisão. E estadual, para piorar o cenário. Era mais uma página triste sendo escrita na história da popular Lusa.

Passado um ano da triste data, e após viver nos últimos 15 dias uma crise tremenda, a Rubro-Verde, enfim, voltou ao seu lugar: a primeira divisão.

E só para variar um pouco o enredo, não foi nada fácil a partida que decretaria seu retorno. Pelo contrário. Diante de um adversário disposto a colocar mais pimenta no já meio azedado bacalhau lusitano, o Capivariano foi um daqueles adversários chatos de se jogar.

Mesmo assim, com muito brio e raça – algo que vinha faltando nos últimos jogos – a Portuguesa foi valente e conseguiu a vitória suada, por 2 a 1, na casa do oponente. Festa de toda a coletividade lusa em Capivari e, principalmente, nos quatro cantos do planeta!

Além do acesso, a Portuguesa confirmou-se na decisão da competição. Graças ao empate na outra partida da rodada, entre Comercial e Catanduvense, a Lusa não pode mais ser ultrapassada em seu grupo. Até o momento foram 12 pontos conquistados, contra sete do Comercial, cinco do Catanduvense e quatro do Capivariano.

O momento é de festa, mas ao mesmo tempo o modo como vem sendo gerido o clube faz com que grande parte da torcida se coloque com os dois pés atrás em relação as investidas da diretoria. Os vexames dos últimos anos ainda permanecem bem vivos na memória do bravo torcedor lusitano. Somente algum feito extraordinário, bem maior do que, por exemplo, um acesso à primeira divisão do futebol de São Paulo, para salvar a desastrosa gestão de Manuel da Lupa, apelidado por mim como “Presidente Cego”.

Agora o foco é total no Brasileirão. Há um mês do início de um dos campeonatos mais difíceis do planeta bola, espera-se ao menos que a diretoria reforce o elenco com peças pontuais e honre com seus compromissos: principalmente com o pagamento em dia dos salários dos atletas.

E MAIS: Que este retorno seja o último, pois o lugar da Associação Portuguesa de Desportos é, e sempre será, na primeira divisão! Seja qual for o torneio.

Renasce, Lusa!

Foi com emoção que a Portuguesa conquistou o acesso à primeira divisão do futebol paulista (foto: site da Portuguesa)
Foi com emoção que a Portuguesa conquistou o acesso à primeira divisão do futebol paulista (foto: site da Portuguesa)

 

UM TEMPO NA CRISE

Salários atrasados, dívidas exorbitantes, clube em decadência, torcida desamparada…
Este é o cenário em que encontra-se, atualmente, a Portuguesa.

Após tomar uma sova semana passada de 7 a 0 do Comercial e sofrer uma eliminação precoce para o Naviraiense em pleno o Canindé, a Lusa voltou a campo ontem, pela primeira rodada do returno do quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A2.

Diante do mesmo algoz Comercial, o lema era vencer ou vencer. E a Rubro-Verde venceu. Não foi por goleada, mas serviu para dar um tempo na crise e, de quebra, colocar a equipe da capital em situação confortabílissima em relação ao acesso à elite do futebol paulista.

Luis Ricardo, um dos poucos qualificados deste limitado elenco, mais uma vez salvou a pátria. Foi dele o gol que deu a vitória aos comandados de Edson Pimenta. Um golaço, diga-se de passagem.

Com o resultado, a Portuguesa retomou a liderança do Grupo 3, chegando aos nove pontos.

Na próxima quarta-feira, pela penúltima rodada, a Lusa medirá forças com o Capivariano, fora de casa. Se vencer, terá grandes chances de antecipar sua volta à Série A1. Dependendo dos outros resultados, até um empate poderá garantir seu retorno.

A obrigação é subir. E acho que isso acontecerá, mas não pense que esta vitória ou acesso trarão tranquilidade ao conturbado dia a dia lusitano. Muita coisa deve mudar. Caso contrário, o rebaixamento no Brasileirão será iminente.

O torcedor ainda está machucado e sem perspectivas de mudança mediante a crise (uma das maiores que já se instaurou no Canindé).

De fato, é “chover no molhado” elencar aqui o que precisa ser feito para recolocar a Lusa num patamar em que merece. Afinal, o clube está decadente agora, porém possui um grande patrimônio, que é o Canindé. E outro, este o maior de todos, que é sua torcida.

Explorar o marketing, cuidar com responsabilidade da parte financeira, elaborar um projeto moderno de reestruturação poderá ser o caminho. Sobretudo para não terminar como o Guarani: morto.

Só lembrando que o time de Campinas já foi parar na Série C, depois caiu inúmeras vezes para A-2 do Paulista e, a exemplo da Lusa, nem da primeira fase da Copa do Brasil conseguiu avançar.

Jogadores da Portuguesa comemoram gol de Luis Ricardo na vitória sobre o Comercial, no Canindé
Jogadores da Portuguesa comemoram gol de Luis Ricardo na vitória sobre o Comercial, no Canindé (foto: site da Portuguesa)

PRIMEIRO O COMERCIAL AGORA O NAVIRAIENSE

Lembram do Naviraiense? Aquele time desconhecido que, em 2010, também pela Copa do Brasil, sofreu uma das maiores goleadas da história do futebol (10 a 0 para o Santos de Neymar, Ganso e cia.)?

Pois é. Três anos depois, o mesmo time, em um Canindé vazio, como de costume nos últimos tempos, fez história. Afinal, entrou para o hall das grandes zebras da competição mais democrática do Brasil.

Com um empate em 1 a 1 com a Lusa, a equipe da pequena cidade de Naviraí, situada no interior do estado do Mato Grosso do Sul, conseguiu classificação para a próxima fase do torneio nacional. Graças ao gol de Paulo Sérgio que, emocionado, mal conseguia conter a emoção ao final da partida.

Para a Lusa o resultado significa mais uma página negra em sua história. Mais um vexame. Ficou nítido no futebol apresentado pelos jogadores rubro-verdes que a sonora goleada sofrida para o Comercial não foi esquecida.

Há mais de um ano escrevendo sobre esta simpática agremiação, sinto-me triste em ver o descaso com que certas pessoas comandam um clube que, um dia, já foi grande!

Em crise, no próximo final de semana, a Lusa encara novamente o algoz Comercial em busca da vitória para, pelo menos, se aproximar da volta à elite do Paulistão. Devido ao atual cenário, o acesso virou mais do que obrigação!

É, enquanto alguns reclamam de barriga cheia, o torcedor da Lusa é obrigado a digerir este bacalhau cheio de espinhos que insistem em lhe enfiar goela abaixo.

A fase é negra! Viva a incompetência!

Até a próxima!

Feito histórico! Paulo Sérgio comemora gol que deu a classificação ao Naviraiense (Foto: espn.com.br
Feito histórico! Paulo Sérgio comemora gol que deu a classificação ao Naviraiense (Foto: espn.com.br

MORRENDO AOS POUCOS

Muito já se ouviu falar que um clube de futebol deve ser gerido com a mesma responsabilidade e seriedade de uma empresa. Pois é, pena que para alguns essa máxima não prevalece.

Amadorismo e futebol são duas coisas que não combinam. E nunca vão combinar.
Infelizmente, algumas equipes grandes do Brasil são regidas por pessoas que usam do poder para se beneficiar. A história, os títulos e, sobretudo, a torcida, simplesmente são deixadas em segundo plano. O fato é que, devido a isto, estes clubes estão morrendo aos poucos, e faz tempo. É como um câncer. Que vai matando bem devagar, fazendo a vítima e seus familiares sofrerem a cada ano que a doença se agrava.

A Portuguesa está assim. A gestão do atual presidente Manuel da Lupa conta com 3 rebaixamentos (dois no Paulistão), longínquos 8 anos no limbo da Série B e no último sábado, o mais novo feito: desta vez, diante do Comercial, em Ribeirão Preto, a Rubro-Verde foi goleada de forma humilhante, sofrendo acachapantes 7 a 0! Uma goleada capaz de abalar as estruturas do já abalado clube do Canindé. Desde de 1961 a Lusa não era derrota por um placar imensamente elástico.

Em entrevista ao Diário de São Paulo, 2008, Da Lupa confessa ser passional no comando da Lusa (Foto: Blog do Torcedor da Lusa)
Em entrevista ao Diário de São Paulo, 2008, Da Lupa confessa ser passional no comando da Lusa (Foto: Blog do Torcedor da Lusa)

No meu último texto, no qual disse a todo momento que a classificação para a Série A do Paulistão está próxima (e está!), fiz questão de chamar a atenção dos leitores para a ausência do bom futebol praticado por este limitado elenco comandado por Péricles Chamusca. Afinal, uma tragédia desta magnitude não acontece por um acaso da natureza, como alguns dizem. Tem muita coisa envolvida.

Sim, o time do Comercial pode até ter jogado muito, porém nada explica a apatia demonstrada pelos jogadores em campo.

A exemplo do que aconteceu recentemente com o Palmeiras, o histórico 6 a 2 para o Mirassol fez o time se unir. Serviu para mostrar que algo estava errado no clube. Pelo visto parece que o problema foi resolvido, pois de lá para cá o Palmeiras não perdeu mais.

Acredito que goleadas assim são unicamente para provar algo; para mostrar a indignação por problemas estarem acontecendo dentro e, principalmente, fora das quatro linhas.

Olhando num âmbito geral, a grande verdade é que a Lusa está jogada às traças. Literalmente a abandonaram. Não pela torcida, pelo contrário. O torcedor, embora calejado e sem onde buscar amparo, continua ali, fiel. Porém já mostra, há algum tempo, sinais de ter cansado. Jogado a toalha.

O time em campo é puro reflexo de quem o administra. Alguns brilharecos, como a campanha de 2011 na Série B, permeiam o caminho, porém diante do tamanho do buraco, tornam-se apenas uma faísca de esperança neste balcão de negócios que se transformou a Associação Portuguesa de Desportos.

Enquanto estes “velhos gagás” que nada entendem de futebol continuarem no poder, a Portuguesa continuará sendo àquele clube em que os torcedores adversários olham com dó, com pena.

Um clube grande, que teve sua grandeza deixada no passado, dando lugar exclusivamente ao mais selvagem amadorismo administrativo. Este, a cada ano mais forte e mais disposto a fechar as portas do Canindé, anunciando de vez a falência da querida Portuguesa.

Que o verde de sua camisa continue mantendo acesa a esperança de sua torcida. E o vermelho, a intensa paixão, o amor por esta gloriosa camisa.

Acorda, Lusa! Não morra agora! O futebol implora!

Portuguesa vive fase delicada em sua história
Portuguesa vive fase delicada em sua história