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A MELHOR AÇÃO DO CENTENÁRIO

Se a derrota para o São Paulo era algo temerário ao Palmeiras, que agora amarga  um lugar na zona mais desconfortável do Brasileirão, uma perda ainda maior deve ser evitada a qualquer custo: a saída de Ricardo Gareca.

O treineiro argentino dá sinais de que pode repensar a continuidade de seu trabalho frente ao clube, o que no atual momento seria avassalador. Razões para evitar que isso ocorra existem aos borbotões, mas duas delas resumem todo o resto.

Se a diretoria alviverde pena pela falta de trato administrativo, ousou ao buscar um dos técnicos mais cobiçados do futebol argentino. Em meio a uma crise de identidade do futebol brasileiro e com o modus operandi de nossas comissões técnicas sendo colocado em xeque, Gareca surgiu como esperança de novas formatações no estilo de jogo em um clube que precisa reencontrar sua essência.

Acertado o contrato, não falta respaldo ao treinador. Tanto que quase todas as suas solicitações foram atendidas até o momento. Não à toa o Palmeiras tornou-se o mais gringo dos times do Brasil. O que não apenas atende sua visão técnica, como lhe auxilia em uma mais rápida adaptação ao novo local de trabalho.

O problema em toda essa situação é que o time está sendo mais uma vez montado com a competição em andamento. O time que começou o clássico contra o São Paulo não deve tanto assim em qualidade aos ponteiros times brasileiros. Já o time que terminou o clássico, sim.

Contra a crise e contra um time com trabalho bem mais fixado, Gareca conseguiu fazer seu Palmeiras jogar, não apenas de igual para igual, como foi mais agudo em grande parte do jogo. Sobretudo enquanto pode contar com Valdívia. Aqueles parcos 15 minutos foram de pleno domínio tático e técnico do alviverde. É duro para qualquer planejamento ter em Valdívia o seu principal diferencial. Mas é o que se tem e o que se pode fazer. Allione tem condições de assumir esse posto no futuro, mas ainda não pode carregar sozinho essa responsabilidade com os seus 19 anos e 3 jogos pelo clube.

A falha de Fábio, que proporcionou o gol de Pato, desmontou um esquema que anulava o tricolor até então. Ainda assim reencontrou o equilíbrio e na sequencia conseguiu o empate.

Entendendo ser aquela igualdade quase tão prejudicial quanto uma derrota, Gareca ousou e formatou o Palmeiras com 4 atacantes: Cristaldo, Henrique, Leandro e Allione. E foi por essa formação que seu time criou a oportunidade de decretar a vitória, na mesma medida em que definiu sua derrota.

A opção tática correta de Gareca deu a Leandro e depois a Henrique a chance de serem eles os nomes do jogo. Não faltou então ousadia e visão de jogo do técnico. Faltou foi qualidade mesmo. Foi o confronto do vislumbre de novos tempos contra a dura realidade.

Os próximos duelos do Palmeiras são contra Sport (fora) e Coritiba (em casa). São 6 pontos mais do que possíveis e que lançariam o alviverde algumas e importantes posições acima na tabela, dando tranquilidade e boas perspectivas ao time e ao seu comandante.

Em meio aos preparativos para as comemorações do Centenário, a direção alviverde deve mesmo se preocupar é em dar tranquilidade a Gareca. Pode estar na manutenção do trabalho do argentino a melhor de todas as ações do Centenário.

UM GIGANTE QUE NÃO SE ENXERGA MAIS NO ESPELHO

“O Palmeiras sai da série B, mas a série B não sai do Palmeiras”.

Frase dura muito utilizada pelo meu camarada Rene Crema, que ilustra com exatidão a situação do Palmeiras no cenário da bola.

Uma situação e um cenário que não vem de agora, como pode parecer. Mas de décadas, desde o fim dos anos 70, quando dirigentes de visões indecentes e incompatíveis com o tamanho do clube passaram a geri-lo.

Se for por mal que estes senhores de velhas ideias deixam de fazer o que se deve, não cabe agora avaliar. Tenho minhas impressões, que prefiro por ora deixa-las para outro momento. Mas é por eles e através deles que o Palmeiras deixou de ser um clube com foco no futebol e passou a priorizar, em muitos momentos, o social.

Seu último momento de glória como protagonista no futebol sulamericano foi nos anos 90, e todos sabemos através de quem. Tendo a frente pessoas forjadas dentro de suas alamedas, são raros os momentos de glória.

A Gestão Paulo Nobre, que em muitos aspectos parece ter um viés assertivo, peca na condução da alma desse clube quase centenário: Gestão de futebol.

Se é “visionária” ao trazer um técnico estrangeiro e lhe dar a liberdade para trazer seus reforços, mina suas possíveis definições de esquema ao desmontar um time no decorrer da competição, como ilustra muito bem o PVC em sua coluna de hoje. (http://54.236.180.172/blogs/pauloviniciuscoelho#/1)

Desde o início do BR14, que parece já fazer muito tempo, mas que está ainda apenas em sua 13ª rodada, foram embora Alan Kardec e Valdívia, alicerces técnicos de um time que começava a ganhar jeito e que certamente daria a Gareca uma condição muito maior de fazer vingar seu esquema.

Se não conta hoje com nenhum lateral de ofício e Juninho não faz mais parte dos planos, William Matheus vinha ganhando confiança na lateral esquerda e fazendo boas partidas. Emprestado ao clube, bastou a primeira oferta de um time do exterior chegar e o clube sequer conseguiu (ou não quis) cobri-la e o perdeu. Vai ganhar algumas balas Juquinha por ter servido de vitrine. Patético!

Sem Valdívia e com Bruno Cesar aparentemente mais preocupado em consumir hambúrgueres, recaia no banco a solução para situações emergenciais no decorrer das partidas – Marquinhos Gabriel. Mas bastou também chegar uma proposta qualquer pelo jovem jogador que ele já se foi.

Em contrapartida e um exemplo que escancara hoje as diferenças gritantes entres os rivais históricos, diz a boca pequena que o Corinthians recebeu uma oferta em torno de 5 milhões de euros por Guerrero do futebol chinês. Desfazer-se do mediano centroavante deixaria Mano Menezes sem opções e então o negócio não foi feito. Ontem Guerrero abriu o placar no fraco derbi na Arena Corinthians.

O São Paulo lhe tomou Alan Kardec sem nem ter a necessidade tática de um jogador como ele. Trouxe também um Kaká que, se já está longe de sua melhor forma, ainda faz estragos no cenário brazuca. E diz também a boca pequena que o tricolor vive a duras penas para pagar sua alta folha salarial, tendo inclusive alguns atrasos ao longo dos últimos meses.

Fechar o mês no azul e rebaixado para a série B não me parece também uma equação positiva. Só me parece.

A aposta em Gareca é certeira. Dar a ele os jogadores que pede, sobretudo, a promessa Allione, corrobora com este acerto. Mas por outro lado, desmanchar o time a cada 3 derrotas mina qualquer possibilidade de vislumbre futuro.

A continuar nessa toada, o trabalho de Gareca pode dar certo com o time retornando a uma divisão que não lhe pertence, mas que insiste em ser o horizonte desse gigante histórico que não consegue mais se enxergar no espelho.Gareca

DERROTA HOMÉRICA

Em tempos onde a responsabilidade financeira permeia as discussões por um futebol melhor, ter dirigentes que pensam em trabalhar dentro do que seus orçamentos lhes permite é bastante louvável. Mais ainda quando se herda um clube em situação como a que Arnaldo Tirone entregou a Paulo Nobre.

Era nítida a diferença do Palmeiras das épocas de B1 e B2 para essa de Nobre e Brunoro. Mas já cabe aqui uma ponderação a esse respeito: Os atuais tiveram em seu primeiro ano de trabalho a missão de levar o Palmeiras de volta à série A, o que convenhamos, acabaria acontecendo tivesse sentado lá no trono da presidência um cone de trânsito.

Mesmo assim trabalharam muito bem o sócio torcedor, a comunicação com a torcida, conseguiram aproximar mais o torcedor do time. Isso é positivo, sim.

Mas na principal tratativa e a que mais interessa ao torcedor, próximo do clube ou não, naufragam a cada dia – a condução do time.

Perder Alan Kardec, da maneira como está perdendo, expõe e fragiliza a instituição de uma maneira que será difícil recuperar de prontidão, a não ser que haja um trunfo magnífico na manga. O que não me parece ser o caso. Muito embora eu ainda ache bastante estranha a história da camisa 7 ter sido negada à Leandro e Bruno Cesar.

Se todos os trâmites públicos sobre a transação com Kardec forem verdadeiros, perdê-lo por meros 20 mil reais é de um apequenamento que nem Tirone conseguiria fazer. E pior. Já tendo na bagagem a perda de Barcos, que aconteceu de forma muito parecida.

O Palmeiras consegue, em menos de 1 ano, perder dois jogadores que caíram nas graças do torcedor – o que hoje é muito complicado – sendo que ambos foram recuperados para o cenário da pelota pelo próprio Palmeiras.

Barcos era um mero jogador b-side antes de aterrissar nas alamedas alviverdes e anotar seus 27 gols em 2012. Kardec é um dos tantos jogadores que sequer havia conseguido destaque no fragilizado futebol português (como Elias, por exemplo) e que no Brasil (e no Palmeiras) tornou-se referência, com nome cotado inclusive para disputar a Copa de 2014.

O Palmeiras os preparou e os entregou de bandeja para rivais diretos. No caso do camisa 14, pior ainda, pois foi para um grande rival do estado. Um que já tem um histórico recente de lhe dar rasteiras semelhantes.

Fragilizou-se, apequenou-se e a culpa é inteiramente de Nobre e seus asseclas. Kardec, ao que tudo indica, recuou suas pedidas ao máximo para seguir sendo o referencial de ataque do alviverde.

É estranho perder Kardec dessa forma, tendo no elenco jogadores como Felipe Menezes (que veio de contrapeso, justamente no empréstimo de Kardec), Patrick Vieira, Mazinho, Vitorino e tantos outros que sequer são aproveitados – e nem devem ser. Estranha também ter gasto a bala que gastou com Leandro e agora não fechar a conta de seu maior goleador por “meros” 20 mil reais.

Leandro pode vir a se tornar um bom jogador, mas ainda não é. É jovem, pode dar caixa num futuro. Mas em campo perde de goleada para a eficiência de Alan Kardec, que também é jovem e que também poderia dar frutos futuros. Mas, muito mais que isso, já dava frutos dentro de campo hoje mesmo.

Espanta a dificuldade da direção em não cativar em ano de centenário, de estreia do estádio mais moderno da América Latina, por tantos e tantos motivos que somam-se ao fato de ser Palmeiras, o que sozinho já deveria saltar aos olhos de qualquer profissional da pelota.

O estrago está feito. E ainda que chegue Walter ou mesmo algum jogador renomado dentro da minha suspeita referente a camisa 7, o caso Kardec é uma derrota homérica, técnica e institucional.

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COMO SUSTENTAR A PIADA DAS RUAS E A MARRA DO MEIO?

“Guarani da Capital”, “Lusinha do século XXI”, termos pejorativos (e depreciativos inclusive aos clubes usados como referencial pejorativo) utilizados pelos rivais alviverdes para diminuir a importância deste quase centenário clube, tendo como base os maus resultados obtidos nos gramados nos últimos anos, além dos dois rebaixamentos.

Não bastasse a piada das ruas, internamente, no mundo da pelota, o Palmeiras passou a ser preterido por uma série de boleiros quando suas ofertas eram confrontadas com as de rivais. Os problemas políticos e a cobrança pesada da torcida também sempre pesaram contra o clube na hora da montagem de seus elencos.

Doravante todos estes cenários, que sim, existiram, soa incompreensível a sustentação do discurso dos que enxergam o alviverde como obsoleto na chancela de “vitrine”.

Como explicar a situação de Hernán Barcos?

Jogador b-side no cenário do esporte rei, tornou-se referência na arte de marcar gols quando aportou em terras verdes, muito embora já tivesse essa característica quando atuava pela LDU. Passou então a ser “percebido” atuando pelo Palmeiras.

Sua promessa de 27 gols em 2012 foi cumprida, já o clube arcou com a sua missão, a de mostra-lo ao mundo, tanto que Barcos passou a ser figurinha constante nas convocações da seleção argentina (quando o próprio jogador cogitava atuar pelo Equador). E ali, naqueles tempos, quase a totalidade dos fãs do esporte enxergavam nele préstimos para ser opção hermana na Copa aqui em nossos quintais.

A temporada de Barcos em 2012 foi positiva, mas ainda assim o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil daquele ano, terminou a temporada rebaixado. Uma novela arrastada então surgiu sobre a permanência do “Pirata”. Ao final do processo Barcos pulou fora do barco (sic) e aportou sua nau no Olimpico, onde defenderia o Grêmio, time de 1ª divisão, com participação assegurada na Libertadores (muito embora o Palmeiras também). No rolo, até hoje mal explicado, o Verdão recebeu uma série de jogadores, dentre os quais Leandro, jovem atacante, tido por muitos como problemático e, até pela situação apresentada, peça descartada nas projeções gremistas.

A terrível temporada de 2013 seguia seu curso, mas algo estranho passou a acontecer. Os gols em profusão que Barcos anotava no rebaixado Palmeiras desapareceram no Grêmio. Em contrapartida, o “refugo” Leandro ganhou destaque em São Paulo. E uma convocação para a seleção de Felipão pintou para o garoto. No sul Barcos desapareceu das listas de Sabella.

Paralelamente a isso, Henrique, zagueiro e capitão alviverde, passou a ser constantemente chamado para a seleção da CBF. E Barcos simplesmente sumiu do contexto Copa do Mundo. Tudo isso com o Palmeiras jogando a segunda divisão.

O ano de 2013 virou o fio, o Palmeiras retornou à elite, Leandro não foi mais chamado para a seleção, mas se valorizou. Henrique nutre ainda esperanças de Copa, mas hoje no Napoli, não teve seu nome lembrado pelo Bigode para o amistoso contra a Africa do Sul. Já Barcos…

Temos que ponderar, claro, tratar-se a seleção argentina hoje uma equipe com muito mais possibilidades ofensivas que a seleção brasileira. Ainda assim, os fatos saltam aos olhos.

Para este amistoso Felipão chamou a galera que atua fora do país, pondo na meia 3 posições as quais ele pretende preencher com boleiros aqui do nosso cenário. Duas dessas vagas, segundo o chefe, de atacantes. Descrições técnicas ditas, um nome ganhou força e é tido como certo – Alan Kardec, do Palmeiras.

Contratado por empréstimo junto ao Benfica, onde pouco jogou, Kardec caiu nas graças da torcida e se adaptou rapidamente ao esquema de Gilson Kleina, virando a referência ofensiva do time campeão da série B, onde foi o artilheiro do time, além do excelente início de temporada em 2014, onde tem 4 gols (dois deles contra São Paulo e Corinthians) e duas assistências no único invicto da competição.

Pesa favoravelmente ao centroavante alviverde, além do bom momento, o entrosamento com Neymar, já que atuaram juntos e bem pelo Santos. A proximidade com Felipão, que vem desde os tempos de Portugal, além da mística acerca dos 5 títulos da seleção, onde o Palmeiras e o São Paulo são os únicos clubes que tiveram representantes nos 5 êxitos.

E ainda que a convocação não venha, Kardec passou a ser selecionável meteoricamente, fato que nunca havia acontecido em sua carreira. Muito fruto de sua competência, mas muito também – e os fatos listados acima corroboram – com a exposição que o clube de Parque Antarctica gera.

Como sustentar a piada das ruas e a marra do meio?

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EQUILIBRANDO OS DESIGUAIS

Um primeiro tempo modorrento, de poucas oportunidades, este dominado pelo Palmeiras. O segundo muito mais agitado, com os 20 primeiros minutos de blitz corintiana que só não formataram definitivamente o placar, pois Fernando Prass fez uma partida especular, coroando o seu ótimo início de ano.

Assustado no 1º tempo, o Corinthians rifou praticamente todo o seu jogo em ligações diretas no melhor estilo bumba-meu-boi para que Guerrero conseguisse algo em meio a bem postada defesa alviverde. Se não foi brilhante, ao menos o Palmeiras usou do seu bom momento na temporada e da superioridade tática e técnica para tocar a bola e ganhar o meio campo, mas limitou-se a rondar a área alvinegra, em boa parte devido ao individualismo ineficaz de Mazinho, que teimava errar o último passe, transformando muitos desses passes em tentativas frustradas de drible.

Na volta do intervalo, como dito, os papéis de inverteram, mas o Corinthians foi muito mais agudo que o Palmeiras. Jadson fez estreia empolgante, tornando menos afoito esse Corinthians, de agora 6 partidas sem vitória, mas nitidamente mais organizado. Foram muitas as chances perdidas e milagres de Prass. Faltou, como falta e deverá ser revisto por Kleina em jogos contra rivais qualificados, uma marcação mais eficiente no meio campo, seja com França ou Eguren, mas não dá pra escalar um meio campo somente com meia e segundo volante. O toque corintiano saiu fácil, a defesa agora desguarnecida, entrou na roda e o jogo quase fora decidido em poucos minutos.

Com 1X0 no placar, o Corinthians deixou de ganhar o clássico em 3 situações. A primeira delas a ótima atuação de Fernando Prass. A segunda veio após o gol do time alvinegro, que mostrando a sua falta de confiança, recuou exageradamente. Em boa parte pelas mudanças de Mano, mas também pela falta de ritmo de quem entrou. Com Renato Augusto, Mano Menezes queria por a bola no chão, cadenciar bem o jogo, não necessariamente recuar o time. Mas fora de ação há meses, o meia não deu o ritmo esperado. Depois com a entrada de Jocinei no lugar de Romarinho, Mano assumiu sentir o golpe.

Necessitado a buscar ao menos o empate para não perder a invencibilidade justamente para o maior rival, o alviverde adiantou o meio campo e voltou a amassar o Corinthians.

Foi quando a 3ª situação definiu a sorte dos rivais. Hoje o Palmeiras tem um grupo forte, com opções para mudar a situação do jogo. As entradas de Mendieta, Marquinhos Gabriel e Diogo, deram ao time a condição de definir como não havia conseguido no 1º tempo. As alterações de Kleina surtiram efeito quase que de imediato. Dos pés de Diogo saiu o cruzamento preciso para a cabeçada fulminante de Alan Kardec, que decretou o placar.

É impressionante imaginar, mas há 1 ano Corinthians e Palmeiras entraram no mesmo Pacaembu para o único derbi de 2013 em papéis completamente inversos. Campeão Mundial havia poucos meses, o Corinthians era um favorito a tudo naquele momento, contra um Palmeiras recém rebaixado, vivendo um turbilhão com a saída traumática de Barcos, com dificuldades até para formar o banco de reservas. Fora ali, naquele jogo, sem medo de errar, o maior abismo entre os grandes rivais nesses quase 97 anos de confrontos. O 2X2 ao final do jogo dignificou a luta alviverde, deixando um gostinho de decepção para os campeões de tudo.

Nada que tenha delineado os caminhos de ambos para o resto da temporada. Afinal, derbi paulistano é, este, aquele e todos eles, mais que qualquer alcunha da moda, um campeonato a parte, uma disputa diferente, onde a velha máxima salta latente: “ele equilibra os desiguais”.

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