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Não deu tempo nem de virar novela – Kaká disse NÃO!

E o bambino do Milan ganha muitos pontos comigo depois dessa.

É raro nos dias de hoje ver um jogador, seja ele de que mercado for, abrir mão de um caminhão de dinheiro e, no caso de Kaká, era um ônibus espacial de dinheiro, para se fixar como ídolo de um clube, de uma torcida. Tudo bem que fica fácil dizer não, quando já se ganha mundo e fundos. Mas dizer não para 15 milhões de dólares anuais não é pra qualquer um. Basta ver o que aconteceu com Robinho, que saiu do gigantesco Real Madrid e foi para o mesmo Manchester City, atraído pelos petrodólares dos novos ricos do futebol.

Não está só no futebol a diferença entre Robinho e Kaká.

Tradição, grandiosidade e camisa não se compra com milhões de petrodólares.

Duvido que algum outro time tire Kaká do Milan algum dia. Ele deverá seguir o caminho de Maldini e tornar-se um dos maiores ídolos de todos os tempos da equipe milanesa.

Um verdadeiro golaço de Kaká.

La Mano de Dios – Petrodólares tirarão Kaká do Milan?

Petrodólares tirarão Kaká do Milan?

O impossível está para acontecer. O Manchester City, financiado pelos petrodólares de Abu Dabi fez o que parece ser a oferta irrecusável para o Milan: 105 milhões de euros (R$ 320 milhões) para ter Kaká ao lado de Robinho. Na tarde de ontem, a oferta de 100 milhões de euros foi feita e Adriano Galliani, vice-presidente do clube italiano, tremeu. À noite, a tropa do Manchester City aumentou os valores para 105 milhões e Galliani assinou um documento concordando com a venda.

Agora, basta Kaká aceitar a proposta salarial (15 milhões de euros livres por ano) para que a transação seja concluída. O São Paulo levará 3,25 do valor na condição de clube formador (algo em torno de R$ 10 milhões) se Kaká bater o martelo.

Curiosidade: sabem quem intermediou a negociação? Kia Joorabchian, aquele mesmo da malfadada parceria MSI/Corinthians. Aliás, foi ele também quem mexeu os pauzinhos para levar Robinho à Inglaterra.

Se ocorrer, o negócio será a maior transação da história do futebol. Até então o recorde era do Real Madri, que liberou 65 milhões de euros para tirar Zidane da Juventus em 2001.

Em tempos de crise, o pessoal do Oriente Médio mostra que ainda tem muito dinheiro para gastar. Será o Manchester City o novo Chelsea?

Com R$ 319,6 milhões, o Milan diz SIM e cabe a Kaká não dizer NÃO para que ele seja do Manchester City.

A partida de sábado, entre Milan e Fiorentina, pode ser a despedida de Kaká do clube milanes. Tudo devido a maior proposta já feita no futebol mundial.

Ninguém acreditou mas o Manchester City falava muito sério quando iniciou as conversações para ter o brasileiro. Pois ontem os dirigentes do clube inglês ofereceram R$ 319,6 milhões e o Milan não teve como dizer não.

Basta agora Kaká dizer sim.

O Man. C oferece 15 milhões de euros livres por ano para o jogador e esse valor pode aumentar.

Alguém acredita na possibilidade de Kaká dizer não?

Por ser o formador do jogador, caso a negociação ocorra, o São Paulo receberá 3,25 milhões de dólares (R$ 10,3 milhões).

É capaz de Juvenal Juvêncio ligar para Kaká e implorar para que o jogador diga sim.

Quem diria que em épocas de crise economica, uma oferta dessas pudesse ser realizada.

No aguardo de novas informações.

Cheers,

La Mano de Dios – O abraço

O abraço

Em 30/6/1956 era publicada a crônica de Nelson Rodrigues “O tapa celestial”, narrando o tapa que o juiz Frederico Lopes tomou de um jogador durante a partida, num Maracanã lotado.

Pois bem, hoje falarei de um ato tão grandioso quanto esse, mas, por outro lado, positivo. Meus amigos, Kaká não precisava fazer média ao dar aquele abraço forte em Dunga após o golaço que marcou contra a Venezuela. Aliás, Kaká é o tipo de jogador que não doura a pílula – lembram-se do puxão de orelha que o craque deu no próprio time após o primeiro jogo da Copa em 2006? -, não tem meias palavras e, mais do que isso, é de uma transparência pouco comum no meio futebolístico.

O abraço do craque no criticado técnico tem um valor muito maior do que a vitória da Seleção sobre a fraca Venezuela. Foi um abraço, mas poderia ter sido uma das tantas declarações inteligentes que Kaká já deu à imprensa. O gesto do melhor jogador do mundo mostra que, apesar de tudo (inclusive do despreparo de Dunga para ocupar o cargo de técnico da Seleção), o time acredita no trabalho do treinador. Mais do que isso, Kaká, que tem muitos motivos para desprezar Dunga, ao dar aquele abraço mostrou que é diferente com a bola nos pés e também sem ela.

Humildade, e não humilhação. Humildade que falta para muita gente no meio futebolístico, inclusive para aquele que recebeu tão bela manifestação de confiança e respeito.