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La Mano de Dios – Dois pra lá, dois pra cá

Dois pra lá, dois pra cá

O Brasileirão 2008 caminha para o seu fim e o G-4 que era G-5 está cada vez mais polarizado. Se antes tínhamos São Paulo, Palmeiras e Grêmio brigando pela liderança, com o fim da 34a. rodada vemos uma briga cada vez mais reservada aos tricolores.

Com a vitória sobre o Palmeiras em pleno Palestra Itália, o Grêmio está a dois pontos do líder São Paulo, com 63, enquanto Cruzeiro e Palmeiras, respectivamente em terceiro e quarto lugares, empatam com 61 pontos. O Cruzeiro tem uma vitória a mais que o Verdão.

Isso não quer dizer que as coisas estão definidas, mas já é possível notar um padrão e prever como vai acabar o campeonato (se é que qualquer previsão seja possível num campeonato tão equilibrado). O São Paulo demorou para acordar, mas desde que chegou à primeira colocação não saiu mais, com um visível crescimento de desempenho. Já o Grêmio parece ter se recuperado do terremoto que o desbancou lá pela metade do segundo turno – resta saber se ainda dá tempo. O Cruzeiro, irregular Cruzeiro!, continua assim, alternando belíssimas apresentações com derrotas inesperadas e algumas vitórias suadas. Já o Palmeiras dá claros sinais de que vai faltar fôlego. Fôlego e cabeça, diga-se de passagem.

Mas não vamos desprezar as quatro rodadas que vêm por aí. São Paulo e Grêmio ainda irão brigar pelo título até o fim do campeonato, e arrisco dizer que o Cruzeiro não está morto. Mesmo o G-4 não está solidificado: atrás de Cruzeiro e Palmeiras vem o Flamengo, com um ponto a menos. E ainda teremos um Flamengo x Palmeiras no Maracanã que promete soltar faíscas…

Qual a única conclusão que podemos tirar de tudo isso? Que esse campeonato é garantia de emoção até o fim…

Ao som de The Clash – White Man in the Hammersmith Palais.

Rapidinhas: O Marcos indo para o ataque faltando ainda 20 minutos de jogo é o símbolo do desespero que bateu tanto nele quanto no time. Não achei sua atitude nem patética nem heróica, foi sim desesperada. Só que esse desespero não é de hoje, e parece que só o Luxa tá tranquilo ali…

A vitória Tricolor sobre a Portuguesa no Canindé era o esperado, mas foi um jogão. Troféu de Lata para Leco, diminuindo o esforço do adversário após a partida. O mesmo Leco, devemos lembrar, que põe em cheque o trabalho do quase-tri Muricy Ramalho há um bom tempo…

La Mano de Dios – Festa gaúcha

Festa gaúcha

O Grêmio é mais uma vez líder do Brasileirão. Com a vitória sobre o Santos ontem no Olímpico e o empate do Palmeiras contra o Figueira, o time que mais tempo foi líder nesse campeonato volta a ocupar o primeiro lugar.

Porém, o jogo de ontem mostrou algumas falhas do time gaúcho. Um time jovem, rápido e forte, mas que perde muita criatividade sem um jogador mais maduro no meio. Tcheco ontem fez falta, e o Grêmio foi muito menos ofensivo que o Santos em grande parte do jogo. Porém, Celso Roth mostrou que seu time sabe administrar o jogo e, depois do gol do sortudo Morales aos 3 minutos do primeiro tempo, o Grêmio, que não conseguia criar jogadas, abusou do contra-ataque rápido, proporcionado pela volúpia ofensiva do alvi-negro praiano. O segundo gol só não saiu porque Morales mirou em Douglas ao invés de tentar alguma parte vazia do gol, após outra jogada rápida de contra-ataque.

Em meio a tantos jogadores esforçados e raçudos, o toque de classe ficou a cargo do menino Douglas Costa, “o novo Ronaldinho Gaúcho”, como alguns vêm dizendo. Tem futuro, o rapaz…

Já o Santos mostrou-se um time mais organizado em campo, bastante ofensivo mas pouco eficaz. Com toques rápidos, o time chegava fácil à área do Grêmio, principalmente pelo corredor que Wendel tinha para jogar na direita. Porém, faltava criatividade, a bola pererecava de pé em pé e poucas vezes assustava o goleiro Victor. Kléber Pereira muitas vezes saía para buscar o jogo, sem êxito. Para completar, Molina mais uma vez estava pouco inspirado e Cuevas, apesar da boa movimentação, prendia demais a bola, deixando de tocar em lances que tinha companheiros em melhores posições.

Placar injusto, se não fosse uma partida de futebol. O empate estaria de bom tamanho, mas quem disse que dá pra ser campeão sem um pouquinho de sorte?

Faltou gás

O Palmeiras patinou contra o Figueirense. Jogando muito abaixo das expectativas, saiu com um empate amargo, que deixa o Grêmio com dois pontos de vantagem. Diego Souza, Sandro Silva e Kleber foram sombras do que vinham sendo nos últimos jogos. Faltou cérebro no meio campo do Verdão.

O próximo jogo do Palmeiras é o Choque-Rei contra o São Paulo, jogo que já começa a assumir ares épicos, de decisão. Uma derrota para o Tricolor poderá ser a ducha de água fria que deixará o Palmeiras em maus-lençóis. Uma vitória mostrará que a escorregada de ontem foi só um mal-súbito.

Ao som de Crosby, Stills, Nash & Young – Almost Cut My Hair, do excelente álbum Déja Vu.

Rapidinhas: o juizão da partida no Olímpico foi uma lástima. Deixou de marcar pênalti a favor do Santos no fim da partida, inverteu faltas, pintou e bordou. Mas Domingos merecia ter sido expulso depois daquele pé alto que acabou no queixo do atacante gremista. Beque de fazenda.

O Brasileiro 2008, em meio ao “deserto de homens e idéias”, como diria Ruy Barbosa, está revelando algumas gratas surpresas. Entre elas, Jean, volante do São Paulo, Sandro Silva, do Palmeiras e o menino Douglas Costa, que fez ontem seu segundo jogo pelo Grêmio. Têm futuro…

Chazinho de Coca – Tudo lindo no Olímpico

Tudo lindo no Olímpico.

Um jogaço de futebol! Foi isso o que viu, quem optou por assistir a Grêmio X Santos no estádio Olímpico. Show de raça, de disposição, de tática. Um Grêmio mordendo a bola em busca da retomada da ponta. Contra um Santos mal posicionado na tabela, era a chance que o time gaúcho precisava – e não a desperdiçou. Contou sim com a sorte, quando logo no início do jogo a bola sobrou livre para Morales, em posição legal, completar para o fundo do gol. Mas a sorte anda lado a lado com a competência ou alguém se lembra de algum lance de sorte do Vasco nesse campeonato? O Santos por sua vez fez grande jogo, perdeu chances claras de gol, sobretudo no 2º tempo, quando a zaga e o goleiro gremista salvaram seguidos lances. Contudo o Grêmio fez valer sua condição de postulante ao título e em cobrança de falta de Douglas Costa, o goleiro Douglas soltou bola fácil e Soares completou. Já passavam dos 49 minutos e a torcida que já fazia festa pelo empate palmeirense, proporcionou um dos momentos mais lindos desse campeonato com uma festa incrível, com cara e disposição gaúcha.

Quem apostava em um Grêmio “morto” depois da derrota no grenal (trupe da qual eu fazia parte), sentiu ontem um pouco da mítica gremista de se fazer valer, para o que der e vier.


Derrota por 0X0.

Existem jogos em que nenhum outro resultado é aceitável, que não seja a vitória. Com todo o respeito que merece o Figueirense, ontem era jogo para o Palmeiras vencer. O time paulista até começou bem, imprimindo o seu ritmo e jogava como se fosse no Palestra Itália. Mas logo a fortíssima e as vezes violenta marcação do Figueira acabou por fazer o Verdão se retrair.

Chances foram desperdiçadas aos montes, principalmente com Elder Granja. Também por parte do Figueira elas foram perdidas.

Não foi uma boa jornada para o alviverde. Além de Granja, Diego Souza e Sandro Silva jogaram abaixo do que se espera deles. Atrás tudo corria bem, com Roque Jr. comandando a zaga, mas na frente pouco se produzia. No 2º tempo os dois times encaixaram bem suas marcações e o jogo que já não gerava fortes emoções, caiu ainda mais e tornou-se uma partida chata. Até Luxemburgo errou, quando sacou Alex Mineiro e colocou Evandro. Alex era o mais consciente do ataque, fora que sua presença em campo aumenta muito as possibilidades de gol. Com essa alteração, Luxa pediu para Diego Souza formar a dupla com Kleber, mas mesmo assim o meia palmeirense não apareceu bem. Evandro sim esteve bem, mas Denílson que entrou novamente no lugar de Granja, não repetiu a bela jornada da última rodada.

No final da partida o Palmeiras ainda fez pressão e quase consegue seu gol em grande jogada de Evandro, que só não festejou o gol da liderança porque Alex salvou em cima da linha.

O caminho palmeirense é o mais árduo dos times que brigam pelo título e na próxima rodada enfrenta o São Paulo, no choque-rei mais aguardado dos últimos tempos. Empate ou mesmo derrota são resultados normais num jogo desse tamanho, com equipes desse tamanho e com times tão equilibrados. Mas depois da derrota sem gols de ontem, vencer o bicampeão brasileiro é obrigação.

Despeço-me da nobreza ao som de Orgy – Fiend

Cheers,

Artefato explosivo denominado “rojão” pode tirar 3 mandos de campo do Grêmio.

Artefato explosivo denominado “rojão” pode tirar 3 mandos de campo do Grêmio.

Fosse um artefato explosivo denominado biribinha, estalo ou mesmo um bombril aceso expelindo faíscas e nada aconteceria ao Grêmio. Mas o juiz da partida entre o time gaúcho e o Botafogo, que terminou com a vitória do tricolor por 2X1, relatou na súmula que, ao adentrar o túnel, foi atirado na equipe botafoguense um “artefato explosivo denominado rojão”. Exatamente com essas palavras.

O Grêmio tem como atenuante, o fato de ter localizado o meliante, com posterior registro de ocorrência no Juizado Especial Criminal, localizado no estádio Olímpico.

Vacilo tremendo de um indivíduo que faz parte de uma das armas do time gremista nessa reta final – sua torcida. Arma essa que, caso venha mesmo ser impedida de receber os jogos do Grêmio em seu estádio, lhe fará falta terrível nessa reta final do campeonato.

Um infeliz ato para o Grêmio. Uma grata ajuda aos concorrentes diretos, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e São Paulo.

Novos tempos de um futebol cheio de burocracias, mas que as vezes acerta.

Se for regra que o clube mandante deve arcar com qualquer ato hostil praticado contra qualquer profissional ou cidadão comum presente a praça desportiva no momento do evento futebolístico, então é justo que lhe seja aplicada as penas previstas por lei. Se elas são duras demais, cabe discussão.

Mas como mudou nosso futebol. Assisti no último final de semana, um DVD com a partida entre Palmeiras X Grêmio, no Palestra Itália, válido pelas quartas de final da Libertadores de 1995. Aquele jogo que terminou 5X1 para o Verdão, mas que o eliminou devido ao placar da 1ª partida ter apontado 5 tentos a 0 para o Grêmio.

Sem entrar no mérito da memorável partida, percebi durante vários e vários momentos do jogo, objetos lançados pela torcida palmeirense no gramado, com alguns deles atingindo a cabeça do árbitro, do atacante Paulo Nunes, dentre outros. Sabe o que aconteceu ao Palmeiras naquela ocasião? Nada!

Chazinho de Coca – Continua tudo igual no Brasileirão.

Continua tudo igual no Brasileirão.

Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo e São Paulo venceram seus jogos e mantiveram suas posições na tabela. Só que restando agora, apenas 10 rodadas para o final do campeonato.

O Grêmio voltou a vencer no brasileirão e não permitiu que o Palmeiras reinasse sozinho na classificação. O São Paulo venceu o Ipatinga, fora de casa e manteve-se na briga. Contudo o tricolor estaria fora da Libertadores, caso a competição terminasse agora. Isso por que o Flamengo venceu o Náutico por 2X0, nos Aflitos e se segurou no G4. O Cruzeiro ainda é o 3º colocado, após vencer o Sport por 1X0 no Mineirão.

A diferença do 5º São Paulo, para o 1º Palmeiras ainda é de 4 pontos, sendo que muitos confrontos diretos irão acontecer. Tudo está aberto e o título fica entre esses 5 clubes. Contudo, a medida que as rodadas se sucedem e a diferença permanece a mesma, mais o critério de vitórias tornasse crucial, até porque são necessárias 2 rodadas para que essa diferença possa ser tirada.

A vitória do Grêmio mostra o quanto esse campeonato está sendo ingrato com os que se arriscam a fazer prognósticos. Depois da goleada sofrida para o Inter e da sequência de resultados ruins, a impressão era de que o Grêmio não fosse conseguir se sustentar entre os primeiros. Não só venceu o Botafogo de virada, como mostrou força. Ao contrário do Inter que, sem Guiñazú, apanhou feio do Coxa e praticamente se despediu da disputa por título.

Teve de tudo no jogo do Palestra Itália.

Estádio lotado, expectativa pela revanche palmeirense depois da derrota no campeonato passado e a perda da vaga na Libertadores. Primeiro jogo do Verdão na liderança, contra um Galo cada vez mais abandonado a própria sorte.

Porém, a falha do promissor Maurício, deu ao experiente Marques a chance de rolar para Renan Oliveira abrir o placar. Contudo, o mesmo Marques, em lance grotesco, colocou a mão na bola de forma inexplicável. Devidamente explicada pela atitude do próprio jogador, que nem aguardou o juiz dar a sentença e já se encaminhou para os vestiários, antes mesmo de receber o vermelho – deu branco no veterano jogador.

O Palmeiras alugou meio campo e logo empatou num golaço de Leandro.
Denílson entrou no segundo tempo e foi o nome do jogo. Em seu 1º lance, fez ótima jogada individual e de três dedos, enfiou linda bola para Alex Mineiro, que dominou e fuzilou de primeira – mais um golaço no Palestra. O mesmo Denílson definiu o placar em falha do goleiro Juninho.

Tarde bizarra no Palestra.

Já dizia poeta que, quando se acha que já se viu de tudo nessa vida, algo surpreendente acontece.

Pois no jogo do Palestra, não bastou a bizarra mão na bola de Marques. Em um lance onde um atacante atleticano chutou a bola para onde o nariz apontava, a grossura foi tamanha, que todos deram as costas para a jogada por achar que a bola sairia pela linha de fundo, porém ela caprichosamente tocou a bandeira de escanteio e permaneceu em jogo. O goleiro Marcos percebeu e foi em direção a ela. Quando de repente, surge de trás da placa de publicidade um fotógrafo que, apesar dos apelos do goleiro alviverde, não se conteve e chutou a bola, num dos momentos mais bizarros desse campeonato. Feroz que só ele, foi devidamente colocado para fora do gramado.

Confira o vídeo da ferocidade:
http://www.youtube.com/watch?v=DWyyhsTkgUA

Me despeço ao som de Duran Duran – The Reflex

Abraços aos nobres,