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VIVA MORRISSEY!

Olá Ferozes.

Quando convidado para escrever sobre NBA para este site, levantei o desejo que também gostaria de contribuir para a ala musical. Música e cinema são assuntos que flui com bastante facilidade para mim, porém assumo que a escolha do primeiro post tem sido bastante difícil. Estive caçando um assunto em especial para a minha primeira participação porque gostaria que fosse algo que realmente significou na minha vida. Agora achei, demorei mas achei porque assim como em outras fases de minha vida The Smiths & Morrissey sempre apareceram nos momentos que mais precisei de reflexão.

Foi confirmado já com datas e locais a passagem do maior inglês vivo aqui em nossas terras. Morrissey irá fazer três shows (muito se especula um quarto) passando em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Os valores ainda não foram definidos, mas todos sabemos que não irá ser nada barato e sem falar nas filas enormes para a compra.

Porque Morrissey sempre vem a calhar em minha vida? Destino talvez, mas me lembro muito bem da primeira vez que escutei The Smiths, isso sem saber o que era The Smiths, foi em meu primeiro emprego onde trabalhava em uma loja de CD’s na Avenida Paulista. O que considerava emprego dos sonhos por acreditar que escutaria música de meu gosto o dia inteiro, santa ingenuidade Batman. Mas em um certo momento de um dia atípico escutei uma música que levantou minha curiosidade, era “Panic” e na hora algo me disse que deveria pesquisar mais sobre a banda. Escutei o CD de cabo a rabo e decidi comprá-lo, um detalhe que parece insignificante mas para um jovem de 16 anos que ganhava apenas modestos R$ 150,00 mensais, esse gesto foi uma batalha e tanto. O CD em questão foi The Smiths Singles (CD que guardo até hoje e continua intacto) e mesmo não sabendo da história da banda, logo de cara viciei nas músicas “How Soon is Now?”, “Ask”, “Panic”, “Bigmouth Strikes Again” e “This Charming Man”. O engraçado é que quando comecei a escutar essas canções não tinha o menor conhecimento na lingua inglesa e nem sabia que estava perdendo a melhor qualidade delas.

The Smiths Singles lançado em 1995.

Muitos anos se passaram, sai da loja de CD’s comecei a fazer faculdade e meu gosto musical havia sofrido uma certa mudança. Como na faculdade o que predominava era o desejo pelas mulheres andei escutando sons de rock que estavam mais na boca do povo como Red Hot, Green Day. Tive também meu primeiro relacionamento sério que durou mais ou menos 2 anos e meio terminando praticamente junto com a minha faculdade. Terminando faculdade e relacionamento estava completamente perdido do que fazer e de como ser solteiro novamente. Um certo dia um amigo me chamou para ir para uma balada nova que estava pegando forte, era o finado Atari Club e foi uma agrádavel surpresa pois nessa mesma noite tinha reencontrado meu grande amigo João Paulo Tozo (fundador deste site) que não o havia a tempos e também na pista de dança me reencontrei com The Smiths e sua música Ask.

Nessa fase posso dizer que foi uma das mais divertidas que tive em minha vida onde havia finalmente me encontrado. Batia cartão toda sextas e sábados na DJ Club e Fun House em suas épocas de ouro. Curtindo muito Indie e 80’s rock estava completamente viciado em The Smiths & Morrissey. Suas letras já haviam muito significado para mim e coincidentemente parecia sempre estar alinhando com os momentos que passava.

Em 2006, certamente foi o ano que me fez como sou, felizmente ou infelizmente certas decepções são necessárias em nossas vidas e com elas aprendemos a nos reerguer e continuar na marotagem indômita. Foi um dos períodos mais trash que tive e novamente as músicas de The Smiths e Morrisey me acompanharam na reerguida. Não parava de escutar o cd Morrissey Live at Earls Court, um trabalho sensacional. A partir dai o que já gostava só aumentou e a canção “There is a light that never goes out” nunca mais saiu de minha cabeça.

Em sua carreira solo Morrissey fez canções memoráveis, como por exemplo: “The First of The Gang to Die”, “Let me Kiss you”, “The more you ignored me, the closer I get”, “The World is Full of Crashing Bores”, “You Have Killed Me” e “In the Future When All is Well”, “Black Cloud” e “That’s How People Grow up”.

Quando soube que Morrissey estaria chegando em terras brasileiras pensei “Não há melhor momento”, pois 2012 mau começou mas já está sendo muito intenso para mim. Tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida e espero assim saber com o tempo a consequência do que irá me trazer. Então anseio muito por este show, e assim quem sabe me tranquilizar novamente ou perder por um momento com as músicas de Morrissey, só que dessa vez será AO VIVO PQP!!!

Espero muito que ele toque “Please, Please, Please Let Me Get What I Want”, uma das minhas preferidas.

Abaixo seguem as datas e locais da turnê que Moz irá fazer na América do Sul.

February
24 (Friday) CHILE, Vina del Mar Festival
26 (Sunday) SANTIAGO, Chile : Movistar Arena
28 (Tuesday) MENDOZA, Argentina : M Arena

March
1 (Thursday) CORDOBA, Argentina : Orfeo Arena
3 (Saturday) ROSARIO, Argentina : Metropolitano
4 (Sunday) BUENOS AIRES, Argentina : Geba
7 (Wednesday) PORTO ALEGRE, Brazil : Pepsi On Stage
9 (Friday) RIO, Brazil : Fundicao Progresso
11 (Sunday) SAO PAULO, Brazil : Via Funchal
12 (Monday) SAO PAULO, Brazil: Via Funchal (A confirmar)
14 (Wednesday) LIMA, Peru : Jockey Club
17 (Saturday) BOGOTA, Colombia : Metropol

Então é isso meus amigos, irão ao show? Deixem aqui seus comentários, quem saiba não nos encontramos por lá. Cheers.

ALICE IN CHAINS: O FIM DE UMA ESPERA QUE PARECIA SER ETERNA

Tenho uma relação de amor e ódio com a chuva em dias de shows. Ela atrapalha, transforma o piso em lama, muitas vezes atrasa a apresentação. Mas por outro lado ela separa os meninos dos homens. Os entusiastas afastam-se, os fãs permanecem firmes e fortes. É como uma sentença divina separando o joio do trigo.

Alguns dos grandes shows que vi na vida tinham a chuva como pano de fundo. Na última segunda-feira foi assim mais uma vez. Não tem como odiá-la.

Fui ao SWU única e exclusivamente para ver uma das bandas que mais emplacou trilhas sonoras em minha vida. Ainda que houvesse uma série de outras enormes atrações que mereciam mais atenção de minha parte: Faith no More, Crystal Castles, Black Rebel Motorcycle Club, Ash. Acabei mesmo assistindo “apenas” Stone Temple Pilots e Alice in Chains, a segunda a razão de minha ida ao evento.

Evento que, diga-se de passagem, vende a conversa de sustentabilidade, arrebata um monte de gente nessa conversa mole, mas na prática deixa muito a desejar. Ações simples que nem precisam ser associadas a tal sustentabilidade, como meras lixeiras, eram artigos de luxo. Cem reais o estacionamento onde, caso seu carro tenha sido um dos tantos que atolaram devido a lama do local, mais cinqüenta dinheiros devem ter sido desembolsados para que os excelentíssimos funcionários pudessem tirar seu carro do buraco com a ajuda de um trator.

Nas proximidades havia estacionamentos cobrando “módicos” 25 reais. Além dos que como eu e minha trupe, optaram por alugar uma van para levar e trazer em segurança e tranqüilidade. Isso sim é sustentabilidade, que o diga minha conta corrente.

A cerveja de mesma marca variava de 5 a 8 reais dentro do mesmo evento. Como explicar? Fichas adquiridas em determinado ponto não valiam em outro lugar. Uma lástima!

Em organização o SWU tem muito, mas muito mesmo o que aprender com o Planeta Terra.

Pontos falhos e gritantes, que só não se tornaram os “destaques” do evento porque o line-up foi caprichado ao extremo. E as bandas colaboraram muito.

Muito já foi dito sobre todas as ótimas apresentações. A grande maioria elogiosa aos shows, ao público. Para não chover mais uma vez no mesmo molhado, até por que basta de tanta chuva, permito-me comentar apenas sobre o show da banda que me fez sair de São Paulo e ir até Paulínia.

Sim, foi o Alice in Chains o culpado por eu ter tomado toda aquela chuva. Foi só a partir do momento em que a banda confirmou presença que eu também confirmei a minha.

Infelizmente não tinha o ídolo Layne Staley, mas tinha Jerry Cantrell, também ídolo. Responsável pela composição de algumas das trilhas sonoras da adolescência até o fim dos dias desse eterno entusiasmado com seus artistas de cabeceira. Tinha Sean Kinney, Mike Inez e tinha um ótimo, carismático e corajoso William Duvall. Sim, corajoso.

Há de se ter muita coragem para substituir um ícone como Layne Staley , vocalista de uma das bandas com os fãs mais ardorosos da cena musical, sujeito de qualidades sempre evidenciadas, tido como uma das grandes vozes de todos os tempos.

Duvall não apenas tirou de letra a responsabilidade, como incorporou seu estilo ao atual layout da banda. Óbvio, não é Layne Staley. Diferente do estilo compenetrado e soturno do eterno ídolo, Duvall é mais inquieto, movimenta-se mais pelo palco. Merece e ganhou o respeito de quem ainda tinha alguns pés atrás com ele, onde me encaixo.

O repertório impecável surpreendeu até o mais esperançoso dos fãs. Do início arrasador com a sequencia das 3 primeiras faixas do espetacular álbum “Dirt” (Them Bones, Dam That River e Rain When I Die), o que se sucedeu foi um passeio justo e arrebatador por toda a obra do AIC.

Nem mesmo o momento dedicado aos sons do grandioso último álbum, “Black Gives Way To Blue”, fez o público perder o foco, pelo contrário. Sinal de que o trabalho de Duvall foi sim muito bem aceito pelos fãs.

Em “Nutshell”, além da surpresa pela presença do petardo (que abre a apresentação do AIC no mitológico acústico MTV de 1996), Jerry Cantrell trouxe consigo, na emoção de sua voz embargada, as presenças de Layne Staley e de Mike Starr (baixista original falecido em 2010), oferecendo a canção aos saudosos e inesquecíveis amigos.

A sequencia final com “Angry Chair”, “Man in The Box”, “Rooster”, “No Excuses” e “Would?” foi consagradora.

Uma banda que sempre conviveu ao lado das tragédias e que sobreviveu a todas elas merece muito mais do que meros aplausos. Merece reverência. Toda a minha.

18 anos após a passagem dos caras por aqui, todos os anos de uma espera que eu já imaginava ser eterna. Não estive no Hollywood Rock de 1993, mas estive no SWU de 2011. Situações diferentes proporcionadas por uma banda que está sim diferente em idade, em postura, em bagagem, mas que continua sendo o mesmo Alice in Chains grandioso de sempre.

Para o bem dos que tem bons ouvidos de ouvir, o Alice In Chains resiste ao tempo e sua vivência ainda é pungente.

Se você não esteve presente ao show do AIC, veja o que perdeu. Se você foi um dos felizardos, reveja o quão memorável foi:

Nutshell:

Would?

http://www.youtube.com/watch?v=E33fyWi6QK4

 

Cheers,

3ª FEIRA DE DISCOS NA VILA MADALENA

Em outubro vai acontecer a 3ª Edição da Feira Discos. Está marcado para Domingo dia 30 de Outubro.


 Dessa vez, a feira sai do Centro e vai para a Vila Madalena, no agradável restaurante Armazém Piola.
 
Agora maior, mais eclética e com mais espaço, a Feira dobrou de tamanho e vai receber um número maior de público e vendedores, alem de grandes DJs, que irão animar o ambiente com discotecagens de discos de vinil.
 
Ainda, diferente das edições anteriores, nessa edição haverá cerca de 10 gravadoras e selos independentes, que estarão participando, vendendo e divulgando seus lançamentos.
 
As duas primeiras edições do evento, que aconteceu no Centro (no bar Paribar), foram um grande sucesso, com mais de 600 pessoas garimpando discos em cada edição.
 
Dessa vez não será diferente, a Feira acontecerá no coração da Vila Madalena e vai atrair fãs de música em geral, músicos, DJs e colecionadores! Pessoas de todas as idades, de adolescentes à cinqüentões!

A idéia principal é não restringir o evento apenas aos colecionadores de longa data, mas também dar espaço para os jovens que procuram lançamentos atuais.
 
Uma pesquisa feita por uma empresa americana, a Nielsen SoundScan, mostrou que as vendas de disco em vinil aumentaram 14% em 2010 com relação ao ano anterior. Ao todo foram comercializados aproximadamente 2,8 milhões de álbuns e, desde 1991, as vendas de LPs não haviam atingido tal índice.
 
Feira de Discos na Vila Madalena engloba cultura, passeio, consumo e música. É sem dúvida uma ótima pauta. É um ótimo programa cultural para o domingo.
 
Abaixo estão todas as informações, o serviço completo, assim como fotos para divulgação e links de reportagens da imprensa sobre as edições passadas do evento.
 
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FEIRA DE DISCOS NA VILA MADALENA!

Domingo, 30 de outubro, das 11hs as 20hs

Entrada gratuita!

LPs importados, nacionais, raros, novos, usados, compactos, vídeos…

Cds importados, deluxe editions, box sets, singles raros…

Drinks, cervejas e petiscos! Pode levar crianças!

Rock, soul, funk, jazz, blues, punk, indie, metal, progressivo, samba-rock, psicodélico, bossa nova, música experimental, reggae, folk, MPB, hip-hop, música eletrônica.

Mais de 60 lojas e vendedores especializados!

SWEET JANE
LONDON CALLING
TREZETA MUSIK
TONY HITS
VELVET SP
CLUBE DO VINIL SP
DIAS (PCA BENEDITO CALIXTO)
ENGENHARIA DO VINIL
VINYL STYLE
LOCOMOTIVA DISCOS
ZOYD
LEPRECHAUN DISCOS
YUPO
AQUI JAZZ
REVERBCITY
HOTEL TEE’S
THE RECORDS
SAILOR’S MARKET
S’DIFFERENT
TUAREGS DISCOS
SEBOLANDIA
AREA 51 FLYING RECORDS
ELEIAL DISCOS & LIVROS
BLASTER (Santos-SP)
LONDON LOOP (Marilia-SP)
LEMI RECORDS
MUSEU DO VINIL
NANA DISCOS

e muito mais!!

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Gravadoras independentes!

SUBMARINE RECORDS
NORÓPOLIS
MONSTRO DISCOS
PISCES RECORDS
VOICE PRINT
DESMONTA DISCOS
MAMMA VENDETTA
NADA NADA DISCOS
SPICOLI DISCOS
e outras!!

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DJs discotecando com discos de vinil!

Kid Vinil
Mário Bortolotto
Sandro Garcia (Continental Combo)
Gregor Izidro (Ex-FuzzFaces)
Alisson Goths
Daniel MS (Discotexxx) vs. Rodrigo Braga
Marcio Fidelis (Scooteria Paulista)
Alan & Renata (Clube do Vinil SP)

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Show com a banda Os Pólvoras Negras
Nova banda de Alan Feres do Rock Rocket, Zé Mazzei do Forgotten Boys e Paulo Soares do Baobá Stereo Club
Lançamento do LP com a trilha sonora do filme ‘PÓLVORA NEGRA’

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Armazém Piola:
Rua Aspicuelta, 547
Entre as ruas Fradique Coutinho e Mourato Coelho
Metrô: Vila Madalena ou Sumaré.
Fone: 4305 6539
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A Feira de Discos na Mídia

A Rede Bandeirantes gravou uma matéria:
http://www.youtube.com/watch?v=p8PPjTFzdEY&feature=youtu.be
 
O canal Mix TV fez uma reportagem:
http://www.youtube.com/watch?v=WJSi0WAG1fE&feature=player_embedded
 
A MTV cobriu o evento, que foi pauta do programa Na Brasa:
http://mtv.uol.com.br/programas/nabrasa/videos/pgm-74
(o bazar está na segunda parte do programa, a partir de 6:00 mins)
 
O programa on-line Trilha do Vinil gravou outra matéria:
http://www.youtube.com/watch?v=AT8pdyH0kuc
 
O repórter Nilton Carvalho também fez uma reportegem:
http://www.youtube.com/watch?v=PoFm6Qh8m6k
 
Vários jornais e revistas também falaram do Feira.
 
JORNAL DA TARDE: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/discos-de-vinil-celebrados-em-bazar/
 
ISTO É:http://www.istoe.com.br/noticias/142912_BAZAR+VINTAGE+ATRAI+FAS+DE+LP+EM+SAO+PAULO/1
 
VEJA: http://veja.abril.com.br/agencias/ae/diversao/detail/2011-06-20-2055035.shtml
 
ESTADÃO: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,bazar-vintage-atrai-fas-de-lp-em-sao-paulo,734731,0.htm
 
REVISTA TRIP: http://newhost.trip.com.br/so-no-site/vai-la/bazar-de-discos.html
 
LUCIO RIBEIRO: http://colunistas.ig.com.br/lucioribeiro/2011/06/11/meu-adoravel-vinil-sao-paulo-ganha-bazar-de-discos-com-catalogo-que-vai-de-stones-a-xx/

AGORA A FEIRA ACONTECE NA VILA MADALENA!
 
O Armazém Piola surgiu em janeiro de 2011 com um mix de bar, restaurante e espaço para exposições e eventos. No Armazém Piola você degusta as famosas pizzas e o que há de melhor na culinária italiana, massas e risotos, alem de saladas e a camidinha dos charmosos botecos brasileiros. O lugar foi inaugurado no dia do aniversário de São Paulo, e faz parte do Grupo Piola, que também é responsável pelos bares Salve Jorge, Posto 6, Patriarca e Sonique. Foi usando referências de todos esses bares que foi moldado o ambiente do Armazém Piola.

 

NA BRIGA ENTRE BEADY EYE E HIGH FLYING BIRDS EU FICO COM O OASIS

Desde meados da década de 1990 que não seu ouvia falar tanto do Oasis. Naquele anos de ebulição do britrock a polarização entre Oasis e Blur aclamava ambos como expoentes daquela cena. A disputa entre as bandas, fosse fake ou não, rendeu alguns dos episódios mais engraçados e pungentes do rock no final do século.

A disputa foi caindo no esquecimento da massa conforme o Blur deixou de produzir discos e o Oasis não soube se reinventar, ou não achou algum outro extremo para polarizar uma nova disputa.

Ao contrário do que muitos dizem, não acho que a obra do Oasis ganhe força somente nos geniais Definitely Maybe e Morning Glory. São sim o ponto mais alto de uma banda que atingiu o topo e lá fincou seu nome, queiram os críticos ou não. Dentro do patamar de super banda, teve seus altos e baixos, e aí eu também concordo com os críticos.

Altos e baixos que terminaram em alta com o último trabalho, o ótimo “Dig Out Your Soul”, de 2008.

A banda encerrou as atividades em 2009, após mais um dos tantos e históricos conflitos entre seus líderes, Liam e Noel Gallagher. Talvez na tentativa de encontrar o seu novo extremo, o Oasis tenha achado dentro de sua própria estrutura a polarização perdida desde o fim do Blur, mas essa foi demais para a sustentação da banda.

Liam sempre foi a personalidade estampada, o estereótipo e a voz do Oasis. Noel era a genialidade. Talvez aqui esteja o maior argumento dos que defendem a sobreposição do irmão mais velho.

Liam chamou então seus outros parceiros de Oasis e formou o Beady Eye. Noel ficou na encolha.

Em fevereiro de 2011 foi apresentado ao mundo “Different Gear, Still Speeding”, a estréia de Liam sem Noel.
Um disco despretensioso, visceral, bebendo em influências sessentistas de Liam, Andy Bell, Gem Archer e Chris Sharrock.

No último 17 de outubro o mundo conheceu “Noel Gallagher´s High Flying Birds”, disco homônimo ao projeto musical de Noel.

Harmonioso, cheio de melodias elaboradas, coral de 1 milhão de vozes, um disco grandioso. A cara de Noel Gallagher.

Bastou para que as inevitáveis comparações ganhassem o mundo.

“Ohhh, isso mostra quem é o gênio de verdade”. “Ahhh, eu teria vergonha do Beady Eye”.

Isso prova que nego chove no molhado e se lambuza todo.

Liam nunca quis ser o gênio do Oasis. Como Noel sempre soube que a identidade da banda estava no irmão mais novo.

Perguntado dia desses se nos shows do High Flying Birds aparecerão músicas do Oasis, Noel respondeu que sim, mas somente algumas, já que ele não tem a voz do irmão.

O Beady Eye por sua vez não toca nenhuma música do Oasis em suas apresentações.

A questão do melhor álbum fica por conta do gosto alheio. Um é o Oasis sem frescuras. O Outro é o Oasis grandioso.

O que só prova de uma vez por todas que aquela banda de Manchester sobreviveu esse tempo todo na estrada, e para a eternidade musical, por que tinha em seu embrião dois talentos tão distintos, mas tão complementares.

Ouça o Beady Eye de Liam Gallagher:

E agora Noel Gallagher´s High Flying Birds:

Qual o meu predileto? Oasis – Definitely Maybe.

Mad Fer It!

O NATAL DO SHE & HIM

Se você gosta de fofuras natalinas, a trilha sonora do seu 25 de dezembro já tem nome – A Very She & Him Christmas”, disco natalino recém anunciado, ainda não lançado, da “fofura” em pessoa Zooey Deschannel e de seu parceiro M. Ward.

No link abaixo você confere o duo mandando “Have yourself a merry little christmas”, no backstage do Programa de Conan O´Brien, com o próprio apresentador participando.

http://video.teamcoco.com/video/conan.jsp?oid=237459&eref=sharethisUrl

A previsão de lançamento é 25 de outubro. Um disco natalino lançado em pleno Halloween, instigante.

O She & Him já tem dois trabalhos lançados, “Volume One”, de 2008 e “Volume Two”, de 2010. O 1º dos dois volumes é o predileto deste feroz que lhes direciona a palavra, mas o trabalho da dupla como um todo passa no crivo e recebe o carimbo FFC de Qualidade.

Confira a tracklist de “A Very She & Him Christmas”

01. The Christmas Waltz
02. Christmas Day
03. Have Yourself a Merry Little Christmas
04. I’ll Be Home for Christmas
05. Christmas Wish
06. Sleigh Ride
07. Rockin’ Around the Christmas Tree
08. Silver Bells
09. Baby, It’s Cold Outside
10. Blue Christmas
11. Little Saint Nick
12. The Christmas Song

Na mesma noite do vídeo anterior, o S & H tocou, já no palco do programa, uma versão do clássico “I Put Spell On You”, de Jay Hawkins e ficou bem legal.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Nc-mWT2a7zU[/youtube]

Merry Christmas,