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Chazinho de Coca – Eis os 12 circos para a Copa de 2014.

A Fifa escolheu Nassau, nas Bahamas, para ser o local onde o seu presidente Joseph Blatter, acompanhado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, anunciou as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Muito já se falou sobre a realização de um evento desse porte no Brasil. Em alguns pontos eu sou favorável, em muitos eu sou completamente contra. Pesando os prós e os contras, a única certeza que podemos ter nesse momento é que, caso o caderno de encargos da Fifa fosse realmente levado a sério e o Brasil passaria longe de ser um país candidato a sediar uma Copa. Quantos mais ser o escolhido.

Antes de apresentar as 12 cidades-sedes e as suas prováveis arenas, fica uma pergunta.

Por que raios o anúncio foi feito em Nassau, nas Bahamas?

Nassau, Bahamas

Ah sim, feito isso, vamos aos detalhes técnicos. Abaixo a lista com as 12 sedes e o custo mínimo previsto para cada uma delas:

Belo Horizonte (MG) – Mineirão
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Obra: reforma
Capacidade: 69.950 lugares
Valor projetado para o estádio: não divulgado
Valor de intervenções na cidade: não estimado

Brasília (DF) – Mané Garrincha
Estádio: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Obra: reforma
Capacidade: 70.141 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 522 milhões
Valor de intervenções na cidade: não estimado

Cuiabá (MT) – Verdão
Estádio: José Fragelli ou Verdão, Cuiabá (MT)
Obra: reforma
Capacidade: projetada para 48.453 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 350 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 2,5 bilhões, com investimento em novas estradas, hospitais e rede hoteleira

Curitiba (PR) – Arena da Baixada
Estádio: Arena da Baixada, Curitiba (PR)
Obra: reforma
Capacidade: projetada para 41.375 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 150 milhões
Valor de intervenções na cidade: 4,850 bilhões, construção do metrô, parque tecnológico e vias de acesso.

Fortaleza (CE) – Castelão
Estádio: Castelão, Fortaleza (CE)
Obra: R$ 400 milhões
Capacidade: projetada para 50 mil lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 400 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 9,2 bilhões

Manaus (AM) – Arena Verde
Estádio: Arena Verde
Obra: Muda de Vivaldão para Arena Verde – demolição e construção de um novo estádio no local
Capacidade: projetada para 46 mil lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 580 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 5,4 bilhões (incluindo o estádio)

Natal (RN) – Arena dos Reis Magos
Estádio: Arena dos Reis Magos
Obra: construção
Capacidade: projetada para 65.100 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 280 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 1,737 bilhão em conclusão de um novo aeroporto, anel viário e saneamento básico

Porto Alegre (RS) – Beira-Rio
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Obra: reforma
Capacidade: 60 mil lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 350 milhões
Valor de intervenções na cidade: não estimado

Recife (PE) – Cidade da Copa
Estádio: Cidade da Copa, Recife (PE)
Obra: construção
Capacidade: projetada para 46.154 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 500 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 3,7 bilhões

Rio de Janeiro (RJ) – Maracanã
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Obra: reforma
Capacidade: projetada para 86.100 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 430 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 10 bilhões

Salvador (BA) – Fonte Nova
Estádio: Fonte Nova, Salvador (BA)
Obra: reforma
Capacidade: projetada para 55 mil lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 231 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 1,5 bilhão

São Paulo (SP) – Morumbi
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Obra: reforma
Capacidade: projetada para 66.952 lugares
Valor projetado para o estádio: R$ 300 milhões
Valor de intervenções na cidade: R$ 20 bilhões

FONTE: LANCENET!

Mais informações:

http://www.lancenet.com.br/selecao/noticias/09-06-01/555158.stm?lnet-apresenta-as-cidades-sedes-para-a-copa-de-2014

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Em meio a tantas informações e cifras astronômicas, talvez a única certeza disso tudo é que a final da Copa será no Maracanã.

E a abertura? Em São Paulo, Porto Alegre, Minas, onde?

Alguns absurdos cometidos nos deixam essa incerteza latente.

Algumas cidades escolhidas não possuem clubes nem na 2ª divisão, enquanto outras com maior destaque no cenário brasileiro da bola, ficaram de fora.

Quais campeonatos serão disputados nessas cidades após a Copa? Quais clubes farão usufruto das Arenas faraônicas?

Nada contra as cidades, muito pelo contrário, muito mesmo. Mas é evidente que o mérito esportivo não foi levado em consideração ao optar por uns, ao invés de outros como Goiânia e Florianópolis, por exemplo.

Enfim, alguns absurdos sem explicações que nos permite imaginar uma série de fatores, não esportivos, que possibilitaram as escolhas dessas cidades como sedes.

Os estádios particulares receberão dinheiro público para a realização de suas milionárias reformas?

Tudo muito, muito nebuloso, meus caríssimos.

Copa 2014 – O São Paulo começa a se coçar

A Copa de 2014 já está aí, e a concorrência para ter um estádio sediando jogos é grande. Em São Paulo, o Morumbi e o Parque Antártica são os locais mais cotados. O Palmeiras já tem um projeto de reforma do estádio engatilhado, mas as obras ainda não começaram. Enquanto isso, o São Paulo traça planos ambiciosos e temerários, vinculando a venda de jogadores aos custos da reforma se os parceiros não chegarem. O futebol que se cuide, a corrida para 2014 já começou e todo mundo quer uma fatia do bolo…

São Paulo usa jogadores como garantia para reforma do Morumbi
Thales Calipo (UOL Esporte)
Em São Paulo

O São Paulo se orgulha em dizer que não precisará de dinheiro público para reformar o Morumbi para a Copa do Mundo de 2014, já que o clube trabalha com um plano de captação de parceiros para bancar todas as obras do estádio. Porém, se essa ideia não der certo, o futebol deve sofrer consequências, ou seja, perder jogadores.

A revelação foi feita por João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol do clube, durante um evento sobre a Copa de 2014. O dirigente, no entanto, faz uma ponderação quanto à possível utilização de jogadores para levantar verba para as obras do Morumbi, orçadas em cerca de R$ 130 milhões.

“O São Paulo tem revelado muito jogadores nos últimos anos. Portanto, em uma situação de necessidade, poderíamos vender atletas para pagar as obras. Mas esse é um exemplo extremo, já que no momento não temos essa necessidade”, afirmou o diretor tricolor.

Atualmente, dois jogadores do elenco tricolor têm seus nomes envolvidos em possíveis negociações: o volante Hernanes e o zagueiro Miranda. O dirigente tricolor, no entanto, nega qualquer proposta oficial pela dupla e alega que a crise financeira segue dificultando a realização de grandes negócios, principalmente com clubes do exterior.

A venda de jogadores para bancar o Morumbi, no entanto, ainda não é necessária, já que desde o início do projeto de reforma do seu estádio, o São Paulo conseguiu fechar com alguns parceiros. A Visa, por exemplo, ficou responsável pela modernização de setores das arquibancadas que totalizam 20 mil assentos.

Outra empresa que trabalha ao lado do São Paulo neste projeto para a Copa de 2014 é a CCR. As duas partes estão empenhadas na viabilização do edifício-garagem que servirá como um estacionamento para o Morumbi e terá capacidade para 3,8 mil veículos.

“O objetivo é que esse espaço receba os torcedores nos dias de jogos e, nos outros, possa ser usado pelas pessoas que irão utilizar a estação de metrô próxima”, completou Jesus Lopes.

La Mano de Dios – A tendência para 2014?

Texto online do jornal Valor. Será que essa é a tendência para a Copa do Mundo no Brasil?

Amsterdam Arena cria braço no Brasil
Francisco Góes, de Amsterdã*


Logo depois de o juiz apitar o fim do clássico no qual o Ajax bateu o Feyenoord, em um domingo chuvoso de fevereiro, o Amsterdam Arena, um dos primeiros estádios multifuncionais da Europa, começou a se preparar para o próximo evento. O estádio, que é a casa do Ajax Football Club, recebe não só partidas de futebol, mas é palco de concertos de música e de outros espetáculos esportivos e culturais. Entre 2007 e 2008, o local recebeu 73 eventos. Agora o Amsterdam Arena quer aplicar conceito do estádio multiuso no Brasil, aproveitando a oportunidade da realização, no país, da Copa do Mundo de 2014.
Uma subsidiária, a Amsterdam Arena do Brasil, com sede em Brasília, está sendo constituída. “Passamos da fase de fazer estudos para entrar no negócio dos estádios no Brasil”, diz João Gilberto Vaz, sócio da Arena do Brasil. Um dos serviços que a empresa quer vender é gerenciar estádios. Mas também tem interesse em desenvolver novos projetos no país.
“Estamos aptos a assumir a gerência de estádios independente da Copa de 2014”, diz Vaz. O foco recai, sobretudo, em grandes estádios do país. Em 27 de março, o Amsterdam Arena apresentará ao governo do Distrito Federal plano para reformar o estádio Mané Garrincha, disse Vaz. Segundo ele, o Amsterdam Arena foi uma das empresas qualificadas no certame para modernização do estádio.
Sander Van Stiphout, gerente geral da Amsterdam Arena Advisory, braço de consultoria do grupo, diz que no total a empresa está envolvida em discussões com seis Estados brasileiros. Ele não revela os nomes pois, no momento, aguarda-se o anúncio pela Federação Internacional de Futebol (FIFA, na sigla em francês) das cidades-sede da Copa. “Depois que as cidades forem escolhidas, começaremos um trabalho de planejamento”, disse Stiphout.
Em 2005 e 2006, o Amsterdam Arena fez estudos para reformas e construções de novos estádios em diferentes lugares do Brasil, mas até hoje nenhum deles vingou. Uma das consultorias foi prestada ao Grêmio Football Porto-Alegrense para construir uma arena com capacidade de 50 mil lugares ou reformar o estádio atual, o Olímpico. Em Pernambuco, os holandeses fizeram estudo para desenvolver estádio com capacidade entre 30 mil e 40 mil lugares, em Olinda.
Vaz, o sócio brasileiro do Amsterdam Arena, diz que o desenvolvimento de uma arena começa pela atração de empresas-âncora que se instalam no estádio para prestar serviços e vender produtos de forma exclusiva. São empresas de setores de telecomunicação, alimentos e bebidas e de serviços financeiros, para fazer as vendas de ingressos e outras atividades. Em uma segunda etapa, se constroi a estrutura financeira do projeto.
Em Amsterdã, a Arena foi financiada pelo município e pelo Ajax. Empresas entraram como sócias fundadoras da arena e compraram camarotes. Hoje são 85 camarotes no estádio, como o da Philips. No total, o Amsterdam Arena, com teto retrátil e 2,5 mil vagas de estacionamento no subsolo, tem lugar para 52 mil pessoas. O estádio é controlado pela cidade de Amsterdã, com 48%, pelo Ajax, com 13%, e por outros investidores do setor privado, com 39%.
*O repórter viajou a convite do governo holandês.

Do Blog do PVC – Blairo Maggi telefona. O tema é a sede do Pantanal para a Copa do Mundo de 2014.

Não é justo falar tanto do Mato Grosso e não falar do Mato Grosso do Sul, eu sei. Ocorre que recebi telefonema do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. Por saber do acompanhamento diário da disputa da sede do Pantanal, o governador telefonou para dizer que pretende ter uma parte do dinheiro da construção do novo estádio José Fragelli vindo da iniciativa privada. E contou por que acha que Cuiabá vai ganhar a briga com Campo Grande para ser a sede pantaneira. Abaixo, a entrevista do governador, num momento político neste blog futebolístico:

PVC – Minha discordância do projeto da Copa é usar dinheiro público em obras de estádio. A informação que tenho é que o governo do Mato Grosso gastará R$ 350 milhões, tudo com dinheiro público. Sua assessoria diz que pode ser parceria público privada. Qual é a situação real?

BLAIRO MAGGI – Veja, o meu desejo é que seja parceria público privada. Estamos tentando encontrar empresas que participem do projeto. Mas eu já tenho o fundo pronto para construir o estádio apenas com dinheiro público se for necessário. Estamos nesse projeto da Copa do Mundo há bastante tempo e não podemos correr risco. É um período de turbulência econômica. Preciso estar preparado para fazer a Copa em Cuiabá sem dinheiro da iniciativa privada, se for necessário.

PVC – Por que o senhor acha legítimo usar dinheiro público na construção de um estádio?

BLAIRO MAGGI – Porque um estádio não serve apenas para o futebol, hoje em dia. O projeto é mais amplo, pode incluir shopping center, podemos usar o espaço como escola. Antigamente, um estádio era apenas a praça esportiva. Hoje, deve ser uma arena. Nosso estádio terá também um caráter social.

PVC – Uma das desvantagens de Cuiabá na disputa com Campo Grande é a imagem mais ligada do Pantanal ao Mato Grosso do Sul. Como o senhor avalia isso?

BLAIRO MAGGI – Nós estamos muito bem situados na disputa política. E na questão de ser a sede do Pantanal, também. Campo Grande está a quase 300 km do Pantanal, que fica mesmo em Corumbá. Em Cuiabá, nasce o Pantanal e aqui ele é tão bonito ou mais do que no Mato Grosso do Sul. Além disso, estamos a apenas 20 km do Pantanal.Para o Mato Grosso, é muito importante fazer a Copa justamente para acabar com esse tipo de imagem. Nós temos uma das regiões mais belas do mundo. Temos 74% de área preservada, regiões belíssimas como o Pantanal, a Chapada dos Guimarães e Águas Quentes. É uma oportunidade de mostrar isso para o mundo e trazer muito turismo para cá. A Copa é importante para o Mato Grosso.

PVC – A outra questão importante é o legado. Que os novos estádios não virem elefantes brancos, como os construídos pelos militares nos anos 70. Existe um projeto de revitalização do futebol no Mato Grosso?

BLAIRO MAGGI – Nós já estamos há algum tempo nesse projeto. Já investimos na formação de time em Rondonópolis e a ideia é ter um time na Série B. E nossa vontade, mas não é fácil. Nós estamos prá lá da periferia do futebol. E não há como separar economia do futebol. O Paraná passou a ter times fortes, quando se tornou um estado forte economicamente. O mesmo vale para o Rio Grande do Sul ou Goiás, um estado mais forte do que o nosso economicamente e com time na Primeira Divisão. Mas garanto a você. Para o futebol do Mato Grosso, a Copa do Mundo é o ponto de partida, não o ponto final.

http://espnbrasil.terra.com.br/pvc

Pira na Chulipa – Copa de quem?

– Pois é minha gente, como já é de conhecimento da maioria das pessoas, o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014, e para muitos (“empresários”) a alegria é maior ainda;
– Mas para alguns mais perspicazes, é uma verdadeira falácia;
– Se cogita o emprego de dinheiro publico para construção e reforma de estádios, só o Maracanã podera ter em torno de 400 milhões de reais na sua reforma, isso depois de ja ter gasto uma nota para o Pan do Rio;
– Em Cuiabá falam-se de 350 milhões para a construção de um novo estádio, e depois, alguma sugestão para o usufruto do espaço citado?
– Eu pergunto, por que nunca houve um investimento assim na educação, na saúde publica, na reforma carcerária?
– Por exemplo, o estádio Engenhão o Rio, construido como estádio modelo para o Pan, foi proibido para disputa entre Flamengo e Botafogo no ultimo campeonato brasileiro!!!
– Como assim, meu deus, eu devo ser burro demais pra nao entender como um estadio para 50 mil pessoas nao tem segurança para comportar um clássico, se ele foi construido seguindo os padroes e normas que o comite olimpico exige!!!! 
– Se me perguntam se eu sou contra a Copa, como admirador do esporte, claro que não! Mas sou contra a safadeza que esta por vir;
– Não posso deixar de usar esse espaço pra falar desse roubo que pode acontecer no meu , no seu , no nosso dinheiro;
– Pra que servirá essa Copa? Pra um amontoado de empresario calhordas que ja estão cheios de dinheiro no bolso, encher eles mais ainda… ou vocês acham que vão pagar “apenas” 100 reais nos ingressos?
Bom, vamos esperar pra ver mais cenas dessa novela que ta apenas começando, e ao som de It’s “The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)” do REM eu me despeço por enquanto.
Abraços a todos