La Mano de Dios – E na bacia das almas…

E na bacia das almas…

Ontem na Vila Belmiro vimos dois times, que até pouco tempo atrás impunham respeito, jogar no desespero. O Botafogo ainda não se encontrou após a saída do Cuca e se perdeu ainda mais depois que Geninho foi embora. O time do Santos parece ainda não ter assimilado a filosofia do novo técnico e encontra-se visivelmente em fase de adaptação. Muita coisa sendo mudada ao mesmo tempo nos dois times, e por isso mesmo o jogo de ontem era imponderável. Ainda mais com a situação dos dois na tabela…

O primeiro tempo foi do Fogão, que sem muitas dificuldades marcou 2 x 0 contra um Santos inoperante. Seria mais, se não fossem as chances desperdiçadas por Jorge Henrique. No segundo tempo, o time da Vila voltou mais organizado, querendo jogo. Mas foi com a entrada do até então incontestável Kléber Pereira que a coisa engrenou. O atacante, que havia começada no banco, marcou os dois gols da reação santista, o segundo belíssimo, de centro-avante mesmo, limpando do zagueiro e passando de cabeça erguida pelo goleiro Castilho para completar para o fundo da rede, quase sem ângulo.

Se o jogo durasse um pouco mais, o Santos virava. Mas engana-se quem acha que foi só a entrada de Kléber Pereira que resolveu. Na verdade, o time se achou quando jogou no 4-4-2 simples, com dois zagueiros, Kléber na lateral e Molina e Pereira jogando juntos. O simples dessa vez resolveu, Cuca.

Um resultado que não resolveu para ninguém, mas que na minha opinião, dadas as atuais circunstâncias dos dois times, também não foi ruim.

Ao som de Medeski, Martin & Wood – Hey-Hee-Hi-Ho, do excelente álbum Combustication, de 1998. MM&W é o que chamam por aí de new jazz. Um trio com baixo, bateria e um Fender Rhodes nervoso, gritando frases curtas. Tudo isso com muita ginga e um DJ em algumas faixas. Uma das melhores revelações do jazz dos últimos tempos, MM&W vale ser ouvido desde o primeiro álbum, do começo dos anos 90.

Rapidinhas: nossos leitores – e eu também – erramos feio. No Choque-Rei de domingo, deu o imponderável. O instável São Paulo bateu o favorito a tudo do ano Palmeiras com relativa facilidade. O tricolor entrou querendo jogo, como se ainda não tivesse superado o 4×1 do Paulistão. Organizado e eficaz, matou a partida já no meio do segundo tempo. A bem da verdade, o Palmeiras não jogou. Valdívia, menos ainda. O chileno tem que fazer muito mais para merecer o título de craque e para ir para um bom time da Europa…

E ninguém segura o Flamengo!

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