Chazinho de Coca – Do Blog do Mauro Beting: São Paulo 2X0 Vitória

Do blog do Mauro “Balada” Beting.

Devido a demanda “afutebolada” (sem futebol, deu pra sacar?) a qual o elenco do Ferozes FC esteve inserido no final de semana, a análise do jogo que conduziu o São Paulo a liderança isolada do BR09 será trazida diretamente do blog do DJ da nossa festa de fim de ano, dia 12 de dezembro, na Toy Lounge (Mais infos em breve). Delicie-se, torcedor são paulino.

São Paulo 2 x 0 Vitória

por Mauro Beting

* Quando o São Paulo perdeu para o Corinthians no Pacaembu por 3 a 1, com Milton Cruz como interino, e a Libertadores perdida para o Cruzeiro no jogo anterior, aqui escrevi: “Desde 2004 eu não chegava ao estádio onde jogaria o São Paulo com a sensação que tive ao chegar à cabine da Rádio Bandeirantes, três horas e meia antes do clássico: o Tricolor já não era mais o mesmo. Já não impunha o respeito e até mesmo a admiração dos rivais”.

* Estava 3 a 0 no final do clássico, ótima parte do Pacaembu corintiano ensaiando o olé, até Richarlyson marcar um belo gol de raça e categoria. Na celebração, um grito de raiva e esperança. De dignidade de um tricampeão que parecia perdido não apenas no Majestoso. Parecia que não iria se reencontrar pela quarta vez no Brasileirão. Meu comentário no blag, então: “Richarlyson fez um belo gol, com a vontade e com a categoria que esse time ainda tem. Mas está escondida em algum lugar. E não deve voltar a apresentar em 2009. Ainda mais com a filosofia de jogo do novo treinador [Ricardo Gomes]”.

* A única coisa que não errei (e feio) foi dizer que aquele elenco é o mesmo grupo que, aqui no Morumbi cheio por mais de 53 mil pagantes, acaba de criar ao menos 11 chances de gol, conceder apenas uma ao Vitória, e sair de campo sob o coro não apenas de “o campeão voltou”. O berro confiante e mais que confiável de “é campeão”, entoado pelo Morumbi tricolor aos 46 minutos de uma ótima atuação são-paulina. Daquelas que o Tricolor parecia que não conseguiria realizar em 2009 depois da queda de Murivcy e do time na Libertadores.

* A sensação que tive naquele domingo de fim de junho no Pacaembu foi diferente deste sábado de calor sufocante e soteropolitano em Sampa. Cheguei à cabine da Bandeirantes do mesmo modo como nos últimos tantos anos tricolores. Ao menos desde 2005. Fosse como fosse a partida, a sensação era que, ao final dela, daria São Paulo. O palpite inicial era Tricolor 2 a 0: um gol de fora da área de Hernanes, e um golzão no final de Washington. Mas com uma atuação discutível como muitas, e com o sofrimento usual de todos os times no BR-09.

* Não foi assim. Mas foi 2 a 0 São Paulo. Jorge Wagner, aos 24 minutos, em rebote de desatenção baiana, fez um. Hugo, sempre Hugo, ampliou de cabeça, aos 3 minutos.

* Depois, mesmo com o Vitória se abrindo e tentando equilibrar o jogo num 4-2-2-2, o São Paulo voltou a ser São Paulo, mantendo o mesmo 3-1-4-2 de 2008 – mas com a variante do 4-2-2-2 sem a bola. O time de Ricardo Gomes foi mais perigoso no contragolpe, foi sério na defesa, foi comprometido em quase todo o tempo e todo o jogo. Fez o jogo que não fazia há um bom tempo. E seguiu como segue vencendo há um maravilhoso tempo tricolor. Voando em campo com o mesmo preparador físico que não “servia” para muitos corneteiros são-paulinos em junho – Carlinhos Neves.

* O São Paulo mereceu a festa belíssima no Morumbi (que pode ser última em 2009, pela mais que discutível punição ao estádio pela invasão de um bocó de mola na partida contra o Internacional). Mereceu a condição de favorito ao título (apesar do Flamengo) exatamente por não se achar. Exatamente por não se perder fora de campo. Poucos times na história recente têm tamanha consciência tática e tamanho conhecimento técnico para fazer os resultados necessários, reconhecendo as próprias limitações. Poucos times sabem decidir tão bem como o São Paulo.

* BOTA-TEIMA – O amarelo coube para André Dias e Hugo que, aos 16min, trocaram empurrões e tapas dentro da área tricolor. Poderiam ser expulsos? Sim. Claro que sim. Mas o amarelo me pareceu mais cabível para ambos.

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Alguém aí também acha que o “MURIVCY” – que soa Murivice – no texto, foi deixado de propósito? risos

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