Chazinho de Coca – 2010 começa hoje.

Dizem que o ano começa após o carnaval. Se assim for, é hoje que as amarras com 2009 devem ser desfeitas de vez. As arestas acertadas. Os erros corrigidos. Os vacilos absorvidos.

Para o Palmeiras, mais do que para qualquer outro clube, essa deve ser a máxima a partir dessa quarta-feira, 17 de fevereiro já de 2010.

O Verdão começou 2010 como terminou 2009, num enorme descompasso. Como no ano passado, o Palmeiras começa 2010 errando ao tentar acertar.

De um cenário que parecia fadado ao sucesso com as contratações de Muricy Ramalho, Vagner Love e a manutenção de seus principais jogadores, o time de Palestra Itália viu todo esse planejamento ruir.

Sem o título brasileiro, sem a Libertadores, sem alguns jogadores que saíram e sem boa parte do aporte financeiro que teria direito caso tivesse tido êxito em alguma dessas derrotas, 2010 começou com a diretoria puxando o freio de mão, mas ainda assim, prometendo um time forte – Kleber, Valdívia, Torres, Velazquez, dentre outros nomes que estiveram em pauta, mas não chegaram. Além da novela Ewerthon que se arrasta a mais de mês.

Não adianta também montar um novo elenco a base de jogadores medianos ou de pouca expressão. A grana no Palmeiras está curta e esse tipo de montagem de elenco só incharia o plantel, mas o mantendo murcho em qualidade.

Pode parecer chacota com o entristecido torcedor palmeirense, mas dá para enxergar virtudes nessas novelas protagonizadas pela diretoria verde e seus pretensos reforços.
Ewerthon chegando, chega para jogar, pelo menos em tese. Como provavelmente será Lincoln.

Valdívia, por mais que tentem desmentir, continua sim em pauta e só não chegou ainda porque seu clube faz jogo duro.

Então se trata sim de uma questão de paciência, embora essa já não faça mais parte do repertório do torcedor do Palmeiras. Mas a tendência, embora hoje ela pareça distante, é que o time venha a ficar forte. Entretanto, ao contrário de Corinthians, com seu milionário patrocínio a base de centenário, de Ronaldo e de uma camisa “outdoor” e de São Paulo, com a sua tradição de ir sempre bem em Libertadores e sua incrível capacidade de trazer bons jogadores sem dispor de grandes cifras, o Palmeiras luta contra tudo isso, além da dificuldade financeira.

Tecnicamente esse time já deveria apresentar um futebol melhor, sobretudo num Campeonato Paulista onde a discrepância entre grandes e pequenos é cada vez mais evidente, e também nesse início de Copa do Brasil, contra adversários sem nenhuma expressão. Mas aí já são outros quinhentos e é um tipo de cornetagem que se aplicará a análises das partidas.

Partidas como a de hoje, diante do São Caetano, no Palestra Itália. Se 2009 precisa ser enterrado e apagado da história do Palmeiras, a 1ª pá de terra deve ser jogada hoje. E que 2010 seja, enfim, um novo ano para o Verdão.
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O carnaval se foi, o ano “começa”, mas o petardo musical que me acompanha na feitura desse post é ainda de 2009: Phoenix – Love Like a Sunset, Pt. 1

Cheers,

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