A redenção do Timãozinho (mas vamos com calma)

Por Márcio Viana

25 de janeiro de 2012, aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo. Como já é de praxe, foi também o dia da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em campo, no Pacaembu, se enfrentaram os dois maiores vencedores da competição, o Corinthians e o Fluminense.

Antonio Carlos fez os dois gols que garantiram o octacampeonato corintiano.

Este último parecia muito mais organizado, diga-se. Tanto é assim que abriu o placar. Mas eis que o espírito que já é caracterizado pela raça em campo no time principal, baixou sobre os garotos do Timãozinho, que com o zagueiro Antonio Carlos (um ex-Fluminense, quem diria?) chegou ao empate, e aos 43 minutos do segundo tempo, à virada, que garantiu as medalhas de quase todos os jovens atletas. Eu digo quase todos, porque o goleiro Matheus teve de presenciar sua medalha sendo literalmente embolsada por José Maria Marin, ex-governador de São Paulo e hoje um dos vice-presidentes da CBF, representando o Sudeste (posteriormente, a medalha foi enviada ao goleiro).

Força do hábito?

Bem, caro leitor, passada a apoteose do octacampeonato conquistado pelos garotos, é a hora de dar razão aos comentaristas de uma frase só (“Bota a molecada!”) e promover alguns ao time principal? Não sei. É claro que há alguns valores no elenco que podem muito bem ser aproveitados na equipe de cima, mas vamos com calma: fora o atacante Douglas, que já mostrou ser decisivo (e que provavelmente será emprestado “pra ganhar experiência”, enquanto somos obrigados a aturar Adriano e Bill no elenco), todos os outros ainda precisam passar por uma fase de maturação, e mesmo os que estão destinados a juntar-se ao grupo (a princípio o lateral-esquerdo Denner, o zagueiro Marquinhos e o volante Gomes) dificilmente terão uma sequência de jogos. Também é necessário saber se atenderão às expectativas de todos e se irão mesmo se tornar craques. Lembremos do que já comentei por aqui sobre as promessas que não engrenaram, e que hoje perambulam por times de menor expressão. No caso do volante Gomes, talvez seja até uma boa saída para substituir Ralf em algumas partidas, já que o Corinthians não conseguiu contratar um bom jogador para sua reserva (tentou sem sucesso trazer Guilherme, da Portuguesa, e sonhou com a volta de Cristian, que não foi possível). Vamos esperar.

No mesmo dia, os jogadores do time principal enfrentaram o redivivo Guaratinguetá (que ano passado era o Americana, lembremos), time-recipiente que vive mais dos negócios do que do futebol em si. O jogo teve gol de Chicão, de volta ao time por conta das ausências de Paulo André, ainda em condições físicas abaixo do esperado, e de Wallace, lesionado. O outro gol foi de Alessandro, após um vacilo generalizado da defesa do time adversário.

O próximo compromisso do Timão é contra o Linense, no Pacaembu, domingo dia 29, às 17 horas. Fico aqui pensando se não era a oportunidade de ouro para o ex-Imperador tentar se redimir, jogando contra esses times pequenos que pouco almejam no Paulistão, a não ser continuar na série A-1 e fazer bons negócios. Mas deixa pra lá.

Hoje indico “Heaven Sent”, do INXS, música que eu gostaria de tocar. Abraços e até mais!

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One thought on “A redenção do Timãozinho (mas vamos com calma)”

  1. ” e agluns dentre estes, seres humanos, sonharam com justiça no futebol, como eu tbm sonhei com justiça no mundo dos tribunais…”Só pode estar de pegadinha. Que justiça quando o apito é sempre tendencioso a apenas algumas equipes ? Quando o treinador da seleção, ex-treinador do atual líder da competição, convoca os dois melhores do Santos, desfalcando o time no confronto com o líder ?

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