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INTER: O RETRATO DE UMA TEMPORADA. NAPOLI: O FIM DE UM SONHO

Em péssima semana para o futebol italiano, Internazionale e Napoli veem seus sonhos de grandeza esvaecerem nas partidas de volta das oitavas de final da UEFA Champions League.

Chelsea vira para cima do Napoli no placar agregado e vai às quartas da UCL

Tudo estava bem para o calcio no principal torneio europeu de clubes. Tudo caiu na dura realidade para o ex-melhor centro de futebol profissional do mundo em apenas uma semana.

A começar pelo Milan na semana anterior, quase sucumbido por um Arsenal renascido, apesar de quase sem esperanças na UCL

Quase! Eis a palavra mágica que não deixa de ser relevante quando se está vencendo partida de 180 minutos por 4×0 na metade do caminho percorrido e se leva sufoco de placar agregado de 4×3 em apenas 45 minutos de peleja.

O que dizer então da Inter?

Equipe capaz de derrotar o líder da Série A, o próprio arquirrival Milan, no campeonato nacional ou de recuperar-se de forma marcante na primeira metade da temporada.

Repentinamente, algo de estranho acontece e as derrotas inexplicáveis para adversários não tão expressivos voltam à pauta nerazzurra.

Foi sob tal atmosfera de dúvidas que o time de Massimo Moratti retornou do recesso invernal da Champions para reiniciar seu caminho na competição já na fase eliminatória.

O adversário era o Olympique Marseille, apenas o 8º colocado da Ligue 1 francesa. Na perna inicial da chave em Marselha, vitória dos franceses por 1×0.

A situação para o jogo de Milão era trivial. A Inter necessitava de vitória simples para levar o jogo para a prorrogação.

A partida permanecia dramática para os torcedores interistas até os 30 minutos do 2º tempo quando Diego Milito abriu o placar em momento providencial.

Fim do drama interista?

Pelo contrário. O que havia acontecido até então era apenas aperitivo do final atordoante para a equipe local.

Cruelmente para os tifosi nerazzurri no Giuseppe Meazza, Brandão empataria aos 92 minutos de jogo.

O gol de pênalti de Giampaolo Pazzini não serviria para nada mais.

Empate agregado em 2×2 e vitória francesa em gols fora de casa.

Grande feito para o técnico Didier Deschamps.

Nova decepção para Claudio Ranieri, o segundo treinador interista na temporada.

Mas o que se viu em Milão foi retrato da Inter da atual temporada: confusa, irregular e sem motivos para despertar confiança.

Foi assim com Gian Piero Gasperini, não é muito melhor com Claudio Ranieri.

Com a eliminação, as especulações sobre a mudança de treinador ao final da temporada bombam como nunca na mídia. O nome mais cotado por ora? André Villas Boas, que possui a simpatia de Massimo Moratti. Parece não haver futuro para Ranieri no atual emprego.

Decepção em Milão, decepção em Nápoles.

Após grande vitória sucedida por festa da torcida, o Napoli sucumbiu em Londres contra o Chelsea, que salvou a honra inglesa na UCL.

Surpreendentemente, talvez por força de declarações de outsiders do clube (leia-se principalmente Luiz Felipe Scolari), conforme definiu o capitão John Terry, a respeito do ambiente infernal de trabalho em Stamford Bridge, a equipe azul londrina foi à luta com determinação para reverter placar agregado de 3×1 para os napolitanos.

Didier Drogba abriu o placar aos 28 minutos e o próprio capitão John Terry ampliou aos 2 minutos da 2ª etapa.

Placar que já garantia o Chelsea nas quartas-de-final.

Mas o Napoli é tinhoso e conseguiu o empate aos 10 minutos com Gokhan Inler.

O Napoli levava a partida até os 75 minutos, quando Frank Lampard fez o terceiro.

Prorrogação à vista.

E foi demais para o esforçado, porém limitado Napoli. Branislav Ivanovic marcou o gol da classificação dos londrinos.

Bom para o Chelsea, bom para o futebol inglês e excelente para o técnico Roberto di Matteo, que tentará mostrar para Roman Abramovich que é apto ao emprego de forma efetiva. Só que para isso deverá ter jogo de cintura para domar as feras do elenco que, segundo Scolari, mandam no time. É aquela velha história, não há dinheiro que pague ter que conviver em ambiente de trabalho ruim.

De resto, o encerramento das oitavas da Champions apresentou apenas uma pequena surpresa. Pequena porque trata-se de Bayern de Munique.

Enfim, após má fase na segunda metade da temporada, além de fraca apresentação contra o FC Basel na Suíça (derrota por 1×0), especulava-se sobre eventual surpresa que o time da Basileia poderia preparar para os bávaros.

Esqueceram de avisar o alemão Mario Gomez, que fez 4 gols na vitória de 7×0 do Bayern sobre o Basel.

Ressurgem das cinzas os nunca desprezíveis alemães da Baviera.

E o Real Madrid fez 4×1 no CSKA Moscou após empate por 1×1 na Rússia. Foram dois gols do fantástico Cristiano Ronaldo, além de boa atuação de Ricardo Kaká.

Desempenho de Kaká que não passou despercebido por José Mourinho. O treinador português lembrou de todo o esforço e trabalho duro que o brasileiro tem feito para recuperar-se e triunfar no Madrid, assim com fizera no Milan.

Eis os oito classificados para as quartas-de-final da atual edição da UCL: Milan, Benfica, APOEL, Barcelona, Bayern, Olympique Marseille, Chelsea e Real Madrid.

O sorteio das quartas acontece amanhã na Suíça.

ARSENAL VS. MILAN: 180 MINUTOS DE JOGO, 45 MINUTOS DE EQUILÍBRIO

Em impressionante recuperação, o Arsenal quase fez o impossível ao aplicar 3×0 no Milan no Emirates Stadium de Londres com atuação avassaladora dos Gunners no 1º tempo que pulverizou a enorme vantagem milanista de quatro gols conquistada na 1ª perna da série oitava de final da UEFA Champions League em San Siro.

 
Duelo de titãs: Robin Van Persie vs. Thiago Silva

O Arsenal entrou em campo com melhor astral em comparação ao jogo de Milão quando tinha seu treinador Arsene Wenger sofrendo o auge da contestação e da crítica.

As equipes foram a campo com muitos desfalques importantes em seus elencos.

No Arsenal, Wenger optou por começar com Alex Oxlade-Chamberlain jogando próximo a Robin Van Persie e Theo Walcott.

Já no Milan, o técnico Massimiliano Allegri adotaria incomum 4-3-3, formação tática que, mais tarde, receberia críticas do craque do time, Zlatan Ibrahimovic. O sueco afirmaria no pós-jogo ter se sentido sem posição no esquema.

Certo ou errado, fato é que o Arsenal dominou de forma flagrante a 1ª etapa, jogando com objetividade e marcando a saída de bola milanista.

Os defeitos de posicionamento dos italianos ficaram evidentes logo aos 6 minutos de jogo, quando, em cobrança de escanteio, Laurent Koscielny, concluiu de cabeça facilmente, enquanto a defesa milanista batia cabeça e discutia quem deveria ter marcado o francês gunner.

Os anfitriões continuariam a pressão, forçando os visitantes ao erro.

Até que o Milan parecia ter entrado no jogo, começando a controlá-lo, mantendo maior posse de bola e fazendo o tempo passar.

Ledo engano.

A neutralização da pressão iria por água abaixo quando o excelente zagueiro brasileiro Thiago Silva cometeria erro ao tirar bola da área com chute rasteiro e fraco nos pés de Tomas Rosicky que teve tempo de pensar para chutar no canto de Christian Abbiati.

Era o segundo gol gunner trazendo a equipe definitivamente de volta à luta pela vaga nas quartas de final.

Apesar da falha, destaque para o grande duelo entre Robin Van Persie e o próprio Thiago Silva com dois desarmes do brasileiro sobre o holandês.

No Milan, a fisionomia geral era de poucos amigos, tanto nos jogadores que não acertavam quanto no treinador Allegri que demonstrava claro temor por possível eliminação histórica. Mark Van Bommel usava de catimba para irritar os adversários que não se abalavam com as artimanhas do holandês.

Já no Arsenal, os fãs, mais do que nunca, começaram a acreditar no time, saindo inclusive da tradição de maior comedimento e começando a jogar junto com a equipe, vaiando a todo instante o adversário quando detinha a posse de bola.

O grau de emoção no Emirates Stadium chegou ao ápice quando Chamberlain, pela direita, aproveitou-se das limitações de Djamel Mesbah e invadiu a área para ser derrubado por dois milanistas.

Penalidade cobrada com perfeição por Robin Van Persie.

Final do 1º tempo em 3×0 para o Arsenal e 3×4 para o Milan no placar agregado.

Na 2ª etapa, o Milan se acertou e, pela primeira vez na série, houve um jogo equilibrado entre as equipes. Algo mais condizente com o nível técnico de ambos.

Van Persie perderia gol incrível na pequena área com Abbiati fazendo a defesa. A retribuição viria pouco depois com cruzamento rasteiro na área do Arsenal que Antonio Nocerino, também na pequena área, concluiria em cima de Wojciech Szczesny.

Aliás, retribuição de gentilezas foi a tônica na etapa final. Erros incríveis em sequência de lado a lado que evidenciavam grande nervosismo nos jogadores.

Ibrahimovic buscava jogo e, em uma das poucas jogadas do inexistente Robinho, recebeu cruzamento, matou no peito e fuzilou para fora.

Os momentos finais foram de desespero para ambos os lados, mas o Arsenal, apesar de ter mantido o bom nível, havia perdido o ímpeto da etapa inicial, em grande parte pelo fato do Milan ter acordado para a vida e ter começado a jogar.

No final, 3×0 para o Arsenal e 4×3 para o Milan no agregado, classificando-se para as quartas-de-final.

Arsene Wenger ainda reclamaria com a arbitragem de decisões ruins na partida que teriam prejudicado a equipe. Contudo, de todas as reclamações de Wenger, a que mais procede é aquela referente às péssimas condições do gramado do Estádio San Siro no jogo de ida.

Quanto ao Milan, quase se repete o fiasco de 2003 contra o Deportivo La Coruña. Refrescando a memória, naquela edição da UEFA Champions League, os rossoneri foram eliminados pelos galegos após vencer a partida de ida por 4×1 em Milão e incrivelmente perder em La Coruña por 4×0. Lição para ser aprendida pelo grupo de Massimiliano Allegri.

A lamentar, apenas os 45 minutos finais de verdadeiro duelo entre duas grandes equipes que se equivalem. Foram 90 minutos de total domínio milanista em Milão, 45 minutos de passeio do Arsenal em Londres e, somente no 2º tempo de Londres com ambos mostrando igual capacidade.

 

Benfica 2×0 Zenit

Em Lisboa, o Benfica necessitava de vitória simples contra o Zenit de São Petersburgo após vitória russa por 3×2 na partida de ida.

E a torcida portuguesa começou a sentir alívio somente no final do 1º tempo com o gol inaugural doas anfitriões com Maximiliano Pereira.

O clima de tensão não foi de todo dissipado na etapa final. O gol da classificação definitiva viria somente nos acréscimos com Nelson Oliveira.

Festa no Estádio da Luz que vê o tradicional Benfica voltando às cabeças no torneio europeu.

 

Barcelona 7×1 Bayer Leverkusen

Messi do outro mundo

Seria fantástico se não fosse corriqueiro em se tratando de Barcelona. Mas foi espetacular de qualquer maneira, graças a Lionel Messi, o melhor do mundo.

Tudo porque o argentino marcou cinco dos sete gols dos catalães, tornando-se o jogador a fazer mais gols em uma partida da UCL. Agora, Messi tem 12 gols na artilharia da atual edição do torneio.

De quebra, o Barça apresentou mais uma grata revelação das canteras do clube: Cristian Tello, atleta de 20 anos que fez os outros dois gols da equipe.

No final, o limitado Leverkusen fez seu gol de honra em boa tabela e conclusão de Karim Bellabari.

 

APOEL 1X0 Olympique Lyon (4×3 nos pênaltis)

Se o Barça faz história com seu super time e Lionel Messi fazendo chover, os cipriotas do APOEL seguem sua heroica jornada na UCL e também fazem sua história particular.

Após perder para o Lyon por 1×0 na França, o time de Nicósia recebeu os franceses precisando de resultado positivo.

Conseguiu o 1×0 logo aos 9 minutos de jogo com o brasileiro Gustavo Manduca que, mais tarde, seria expulso.

O placar ficou nisso até o 120º minuto e eis que vieram os pênaltis.

Michel Bastos perdeu sua cobrança e o goleiro dos ciprotas Dionisis Chiotis fez outra intervenção para garantir a surpreendente classificação do APOEL.

SHOW DE VAN PERSIE, SHOW DE IBRA…E ELES SE ENFRENTAM NESTA TERÇA

Se houve algo de bom proporcionado pelo mundo da bola a seus fãs no último final de semana foi o talento e a capacidade de dois grandes craques-artilheiros da Europa evidenciados nas partidas de seus respectivos times.

Zlatan Ibrahimovic vs. Robin Van Persie

Pela Premier League inglesa, a equipe do Arsenal foi a Anfield enfrentar o Liverpool.

E não foi nada fácil para os Gunners.

Os anfitriões tiveram amplo domínio da partida no 1º tempo. O gol inaugural veio aos 23 minutos após rápido contra-ataque, cruzamento de Jordan Henderson e gol contra de Laurent Koscielny.

Além do gol, o Liverpool teve outras oportunidades não concretizadas graças às intervenções do goleiro Wojciech Szczesny.

A genialidade de Robin Van Persie ficou reservada para o final.

Aos 30 minutos do 2º tempo, Bacary Sagna cruza da direita com perfeição para o holandês concluir no alvo de cabeça. Lance que mostrou total conhecimento do artilheiro nos fundamentos.

A consagração viria nos acréscimos com chute fulminante e de primeira de Van Persie ao ser lançado na área.

Vitória do Arsenal em Liverpool em partida que tinha tudo para ser desastrosa para os Gunners.

Horas mais tarde, em Palermo, foi a vez do sueco Zlatan Ibrahimovic mostrar serviço.

Ibra não deu a mínima chance para os anfitriões em partida válida pela Serie A italiana e garantiu importantes três pontos para o Milan na briga pelo scudetto contra a Juventus.

E o show de Ibra veio através de hat trick demolidor realizado em espaço de apenas 17 minutos de jogo.

Ibrahimovic cai pela direita, pela esquerda, assiste e, óbvio, conclui a gol. É o grande craque rossonero atual.

O Milan ainda faria o quarto gol com cabeceio de Thiago Silva. Placar final de 4×0.

Robin Van Persie tem 25 gols na EPL. Zlatan Ibrahimovic anotou 18 vezes na Série A. Vantagem para o atacante do Arsenal.

Mas o Milan fez 4×0 na 1ª perna da eliminatória em Milão pelas oitavas de final da UEFA Champions League. Jogo de 180 minutos que recomeça hoje em Londres com tal placar.

Série eliminatória entre Arsenal e Milan onde Ibrahimovic fez o seu. Já Van Persie ainda passa em branco no placar. Situação que pode mudar hoje.

UCL que, ao contrário do quesito campeonatos nacionais, traz Ibra na frente de Van Persie em gols marcados (5×3 para o sueco do Milan).

Estão dadas as cartas para o grande duelo de Londres logo mais entre Arsenal e Milan, ou melhor, Robin Van Persie e Zlatan Ibrahimovic.

Ainda pela Champions, Benfica e Zenit fazem a partida de volta em Lisboa. O Zenit fez 3×2 em São Petersburgo. Resultado que significa série em aberto.

VITA MIA!

“Oi vita mia”! Foi com a tradicional canção italiana que a torcida napolitana celebrou a vitória de virada do time do coração sobre o Chelsea no Estádio San Paolo.

Ezequiel Lavezzi cumprimentado pelos colegas do Napoli após marcar

A vibração proporcionou atmosfera emocional nas oitavas-de-final da UEFA Champions League, poucas vezes vista no torneio europeu.

Vibração que levou à Europa clima de Libertadores da América, naquilo que ela tem de melhor, é claro: a vibração, a paixão, o amor ao clube do coração sendo expostos sem temor.

Características de um time que alia à paixão do italiano meridional a raça sul-americana de uruguaios e argentinos.

Retrato de um time que supera suas limitações técnicas com raça e força de vontade elevadas ao extremo. Sem chavões, mas é um verdadeiro caso de coração na chuteira.

É o sinal de uma Itália empobrecida. Não mais aquela dos anos 80 e 90. Porém, uma Itália que ousa fazer frente ao milionário futebol inglês.

Parece ter sido necessária a perda de vaga na UCL (ganha pela Alemanha segundo critérios estabelecidos através de ranking por país pela UEFA) para o futebol da bota dar sinais de ressurreição.

Não, as coisas não estão resolvidas na terra da “nonna”. Há muito que se fazer dentro e fora da esfera futebolística do “cálcio”. Mas a recuperação parcial obtida até o momento vale destaque.

E o Napoli é a personificação disso. O ex-clube de Diego Maradona, relegado por muito tempo à Série B local retornou à elite.

Foi mais longe. Retornou à Champions. Ousou eliminar o Manchester City na fase de grupos e agora quer fazer o mesmo contra o irregular Chelsea.

Os ingleses, que tem seu treinador português – André Villas Boas – na berlinda, saíram na frente após falha de Paolo Cannavaro. Juan Mata, o melhor do time inglês na atualidade, completou.

Na base da força, do espírito “never say die”, a dupla argentino-uruguaia Ezequiel Lavezzi e Edinson Cavani virou o jogo antes do intervalo.

Falhas defensivas eram evidentes em ambos os lados.

Se Cannavaro concedeu gol de um lado, David Luiz retribuiu a gentileza no terceiro gol. Lavezzi selou o placar.

Com o apito final veio a festa napolitana.

Resta agora ao time de Nápoles manter a concentração para a volta em Stamford Bridge, Londres.

Já os fãs do Chelsea veem a situação de André Villas Boas se complicar. Até quando o português suporta?

 

CSKA Moscou 1×1 Real Madrid

É aquela problemática. Viagem básica até a “calorosa” Moscou com aquele clima ártico-siberiano.

Ainda assim, o empate do Madrid não se justifica.

Cristiano Ronaldo abriu o placar aos 28 minutos de jogo. O Madrid teve todo o restante do tempo para liquidar a fatura e adiantar seu lado em termos de classificação.

E o pior aconteceu. Os merengues não ampliaram, levaram gol nos acréscimos e deixaram de ganhar pela primeira vez na atual edição da competição.

Disputa em aberto para o Santiago Bernabéu apesar do favoritismo madridista.

 

FC Basel 1×0 FC Bayern

O que acontece no Bayern de Munique? Eis a questão crucial.

Equipe que trouxe de volta o técnico Jupp Heinckes, iniciou a temporada a todo vapor e parecia se candidatar a tentar fazer frente ao Barcelona na UCL.

Pois bem, eis que o Bayern agora enfrenta queda de produção com perda de liderança na Bundesliga para o Borussia Dortmund (que faz caminho inverso ao Bayern na temporada), perda da vice-liderança também para o Borussia Monchengladbach e derrota na 1ª perna das oitavas da UCL para o FC Basel.

Jogando na Basileia, Suíça, os anfitriões venceram com gol de Valentin Stocker aos 41 minutos do 2º tempo.

Agora os alemães terão que se virar na Allianz Arena.

 

Olympique Marseille 1×0 Internazionale

No pior jogo das oitavas-de-final, o Marseille venceu uma covarde Inter por 1×0 com gol no apagar das luzes de Andre Ayew.

O que se viu foi toda a limitação do Marseille, além de todo o medo de perder do time do contestado Claudio Ranieri.

Inter, que estranhamente começou mal a temporada, demitiu o técnico Gasperini, trouxe Ranieri que promoveu incrível recuperação na Série A, mas que parece ter voltado a estacionar.

As coisas estavam razoavelmente a salvo enquanto o time vencia na Champions. Agora perdeu e terá que reverter o quadro na fase eliminatória.

 

Se vários ricos e novos ricos ficaram e ainda podem ficar de fora do torneio, verdade é que a próxima fase poderá ter equipes tradicionais do Velho Continente que há muito não se destacavam. É o que podem dizer Benfica, Olympique Marseille (ex-campeões) e o Napoli.

Resta agora esperar a 2ª perna das oitavas para conferir.

MAESTRO IBRA COMANDA GOLEADA MILANISTA. ARSENAL INEXISTENTE. WENGER NA LINHA DE FOGO. HENRY SE DESPEDE

Sob comando do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, o Milan goleia o Arsenal por 4×0 num San Siro com gramado deficiente, um Arsenal inexistente, que só não faz o torcedor “rossonero” dar a classificação como certa devido ao trauma de 2004 contra o Deportivo La Coruña. Tudo isso na despedida de Thierry Henry da Europa.

Boateng, Robinho e Ibra

O esperado duelo entre Ibrahimovic e Robin Van Persie ficou para o jogo da volta em Londres, pelo menos por parte do holandês do Arsenal, menos por sua culpa e mais pela forma como sua equipe foi armada por Arsene Wenger, bem como o desempenho “Gunner” em geral.

Foi menos difícil que esperado para os italianos.

De negativo somente a contusão precoce de Clarence Seedorf que deu lugar a Urby Emanuelson, menos habilidoso, porém mais dinâmico em termos de movimentação.

Ibra logo mostrou que comanda o time do Milan. Movimentava-se pela direita, pela esquerda, assistia os companheiros e concluía.

Kevin Prince Boateng, sempre agressivo no ataque, abriu os serviços com golaço de voleio e chute violento pela direita.

Robinho jogava mal. Livrou-se de boa (já que é muito contestado na Itália, sobretudo pelas oportunidades de gol que desperdiça) ao aproveitar cruzamento de Ibra, após grande jogada do sueco, e fuzilar de cabeça para ampliar para os anfitriões.

No Arsenal, Theo Walcott não disse a que veio. A ausência de Per Mertesacker na zaga era sentida (teria feito grande duelo com Ibra) e, devido à improdutividade, Robin Van Persie não fazia nada. Em defesa dos “Gunners”, o estado do gramado de Milão, assolado por frio e neve fora problemas crônicos existentes desde as reformas para a Copa de 1990, prejudicava o jogo dinâmico e veloz, típico das equipes da Premier League.

Arsene Wenger preocupado

Para a 2ª etapa, Wenger introduz Thierry Henry, em clima de despedida, no lugar do apagado Theo Walcott. Ainda assim, as críticas não diminuiriam. O que fazia Alex Oxlade-Chamberlain no banco?

As esperanças inglesas foram para o espaço logo aos 4 minutos com chute certeiro de Robinho.

Com os 3×0, cabia ao Arsenal buscar um placar descente no agregado, já pensando na partida da volta.

Com Henry em campo, Van Persie começou a ser acionado, forçando Christian Abbiati a um par de grandes defesas.

Mas longe do Arsenal ter entrado no jogo, algo que nunca ocorreu em 90 minutos.

O castigo final veio em pênalti forçado sobre Ibrahimovic. Obra de Johan Djourou. A arbitragem até poderia ter deixado passar em branco, mas prevaleceu a malandragem de Ibra sobre a inocência do zagueiro suíço-marfinês do Arsenal.

A conversão dos 4×0 coloca o Milan a meio passo das quartas-de-final. Algo que não pode ser dado por certo pelo fato deste esporte ser o futebol e pela amarga lembrança milanista da edição 2003-2004 da UCL quando o Milan fez 4×1 sobre o Deportivo La Coruña no mesmo San Siro e, em seguida, conseguiu perder por 4×0 na Espanha e ser eliminado.

E triste despedida para Henry, que volta para o New York Red Bulls. Ou, pensando bem, nem tanto. Afinal, sair na iminência de provável eliminação não parece ser tão mau negócio assim.

 

Zenit 3×2 Benfica

 

Enquanto isso, em São Petersburgo, a 9 graus negativos, o Zenit fez 3×2 no Benfica em partida emocionante.

Os portugueses largaram na frente aos 20 minutos de jogo com Maximiliano Pereira.

Aí surgiu o futebol de Roman Shirokov que empatou logo aos 27 minutos.

Sergey Semak desempatou aos 26 minutos do 2º tempo.

As emoções ficaram para o final do jogo.

Aos 42 minutos, Oscar Cardozo empatou para o Benfica.

Com os portugueses contentes com o empate na gélida e distante São Petersburgo, eis que o destino armou das suas nos minutos finais e Roman Shirokov fez o terceiro do Zenit, fechando o placar.

Ainda que derrotado, os portugueses classificam-se em Lisboa com vitória por 1×0 ou 2×1. Poderia ter sido melhor, mas a situação do Benfica ainda é confortável.