Arquivo da tag: Marilyn Manson

26 DE NOVEMBRO; LONDRES, INGLATERRA

26 de Novembro de 2012; Londres, Inglaterra.

Cinco anos após eu ter visto o Manson ao vivo pela primeira vez em São Paulo, no dia 26 de Setembro de 2007, era chegada a hora de ver novamente um show dele. E dessa vez com a ilustríssima presença do Twiggy, que voltou em 2008.

Cheguei cedo à O2 Arena, até porque não consegui dormir por conta da ansiedade, e tinha um pequeno grupo de pessoas na fila já – como é normal ter todo o tipo de show em Londres, as pessoas não costumam chegar cedo. Por volta de umas 14h eu fui atrás de informações sobre o Meet & Greet – era pago e as pessoas que compraram deveriam estar em algum lugar às 16h pra confirmar presença e tal.

Depois de algumas informações desencontradas, consegui encontrar um grupo de Brasileiros que moram lá e iam ao show/meet & greet também. Um deles, na verdade, eu tinha combinado mais ou menos de encontrar, mas acabamos nos achando por acaso. Presença confirmada, agora era só voltar pra fila e aguardar a abertura dos portões. Depois de um pequeno atraso, liberaram o pessoal do meet & greet pra entrada antecipada. Aquela correria básica escadaria acima. Infelizmente não consegui grade, mas foi quase. Quando me dei conta, estava exatamente em frente ao microfone do Twiggy. Era o lugar perfeito.

O ‘show’ de abertura foi de um cara chamado Daniel P. Carter. Não o conhecia, mas pareceu ser um DJ local ou algo assim, tocou umas músicas de bandas de metal, fez uns mashups, bacana até, mas quando sua banda favorita é a próxima a aparecer, você quer que acabe o mais rápido possível. A arena é grande e estava bem cheia. O palco, como vem sendo desde o começo da turnê, é coberto por uma cortina preta. Por trás dela, os roadies afinavam os instrumentos e microfones. Primeiro foi o baixo do Fred, que já me arrepiou, principalmente porque o cara afinava e testava tudo tocando parte do riff da The Dope Show. Quando deram o primeiro acorde na guitarra do Twiggy, eu, instantaneamente, comecei a chorar.

Finalmente eu iria ver o Manson e o Twiggy juntos no palco. Era um sonho que eu tinha e estava pra ser realizado. Pra disfarçar a tensão e ansiedade eu comecei a olhar para as placas de publicidades que ficam localizadas na parte de cima da arena; quando elas apagassem era porque o show iria começar. De repente, um ‘blackout’ na arena. Todos começam a vibrar. Ouço a introdução com Suspiria e olho o palco que tem uma luz branca vindo de dentro dele iluminando a cortina e fazendo sombra sobre os membros. Comecei a chorar igual um bebê, não conseguia acreditar. Um casal e uma mulher até perguntaram se eu estava bem, e eu disse que sim. Melhor impossível! Caiu a cortina e começou Hey, Cruel World… Manson de costas pro palco levantando o pedestal, Twiggy parado no palco tocando a introdução da música. Fred do outro lado, Jason ao fundo na bateria. Eram eles. Não era banda cover ou vídeo do Youtube. Eram os caras ali, na minha frente, tocando as músicas que mudaram a minha vida.

Fiz uma camiseta especialmente pro Twiggy e ele viu, já que eu estava bem perto dele. Chegou até a rir. Não sei se por causa da camiseta, mas ele riu! hahaha. A partir da Disposable Teens começou um empurra-empurra animal (quem disse que isso não acontece na Europa?) e eu lutando pra me manter em pé, queria ficar perto. A boca já tava seca, eu tive que me dividir entre tentar cantar e não ser empurrada e jogada no chão. The Love Song era um sonho ver ao vivo. Realizei e ainda com o Manson usando uma roupa de Papa vermelha. ESPETACULAR! Até a metade da mOBSCENE eu fiquei nesse impasse, mas queria curtir o show, então fui me enfiando no meio das pessoas até achar um lugar mais tranquilo. Fiquei mais pro canto, mas ainda perto. O setlist seguiu da mesma forma dos outros shows, nenhuma mudança, o que foi uma decepção, apesar de já ser o esperado. Por algum motivo obscuro a banda não muda o setlist nem por decreto.

Mas quando você tá lá no show, você nem liga, quer mais é curtir. As músicas do Born Villain funcionam muito bem ao vivo, os clássicos são clássicos, o público respondeu bem à todos. Surpreendi-me com Personal Jesus ao vivo. Em 2004/2005 eles tocavam uma versão mais fiel à lançada no Lest We Forget, mas agora ela tá mais crua, mais rock n’ roll, o Twiggy deixou ela pesada e suja. FODA DEMAIS! Impossível ficar parada nela. O letreiro D R U G S que fica piscando durante a The Dope Show é surreal e até nostálgico, afinal ele era usado nos shows em 1998/1999. Lindo pra caralho.

Chegou o momento de Coma White ser tocada. O palco todo azul e neve artificial caindo sobre o Manson. Nada que eu escrever vai chegar perto do que é vivenciar essa música ao vivo. A atmosfera dela é algo além desse mundo. Lindo, emocionante, triste. Fiquei arrepiada durante a música inteira.

Outro sonho que realizei foi ter visto Antichrist Superstar ao vivo. Música poderosíssima e você ver o Manson em cima daquele palanque é fantástico.

O show terminou com The Beautiful People sendo muito bem executada. Então, um resumo rápido sobre a banda em si: Na minha opinião, depois da formação com o Manson, Twiggy, Ginger, John e Pogo, essa atual com o Manson, Twiggy, Jason e Fred é a melhor, sem dúvida alguma. Os caras tão MUITO entrosados, as músicas tão saindo perfeitinhas. Quem diz que o Twiggy toca guitarra mal ao vivo é porque nunca o viu fazendo isso. Ele não é virtuoso e perfeito como o John 5, ele tem o estilo mais sujo mesmo, mas que combina. Bom, é o Twiggy, né? Quem é fã sabe, não preciso ficar me alongando muito sobre o que ele significa nessa banda. O Fred manda muito bem também. Nos vídeos eu achava o som do baixo dele meio sem vida, mas ao vivo é totalmente o contrário, principalmente em Slo-Mo-Tion. O Jason é monstro na bateria, o Ginger não poderia ter um substituto melhor. Espero mesmo que essa formação continue, gostaria de ver os quatro em estúdio no próximo disco.

O próximo show foi do Rob Zombie (é a turnê conjunta que eles estão fazendo), mas não vou me alongar sobre isso. O show foi legal, a produção é bacana, mas às vezes tenho a impressão de que tudo aquilo é pra esconder algo. Enfim, vamos ao que interessa: O Meet & Greet.

Após o término do show do Rob Zombie, fui pra parte de fora da arena e encontrei o pessoal. Fomos pra fila pra pegar o nosso kit (veio uma máscara, camiseta e uma espécie de credencial). Ficamos em frente a uma sala. Percebi que dentro dela tinha uma luz baixa, vermelha. Pela descrição das pessoas que foram nos M&Gs nos EUA, ali era o local. E era mesmo. Após a entrega dos kits, ainda esperamos mais um pouco pra entrar e, pra minha sorte, o Jason passou do nosso lado e ficou parado ali um tempo. Queria tirar uma foto, mas fiquei com um pouco de vergonha. O pessoal que eu tava me encorajou a ir falar com ele e eu fui. Ele foi muito simpático! Tirei a foto e comentei rapidamente que ele tocava demais. Ele agradeceu todo feliz 🙂

Entramos todos no local onde seria o meet & greet e vimos uma parte coberta com cortinas pretas. Ali seria onde o Manson e o Twiggy estariam. Perguntamos-nos se eles já estavam ali e, pra nossa surpresa, uns cinco minutos depois uma porta se abre e sai o Twiggy (ele até acenou pro pessoal) junto com a namorada, dali direto pra esse lugar com as cortinas. Meu coração parou por um segundo. Depois de um tempinho acontece o mesmo com o Manson e a namorada. Eram eles, era muito surreal acreditar, mas eram.

De pouco em pouco as pessoas iam entrando nesse local pra pegar autógrafos e conversar um pouco com eles. Demorou pra chegar nossa vez, tinha bastante gente, mas não tinha problema. Tudo era festa ali, hahaha. Como tava chegando a nossa vez, já estávamos perto das cortinas pretas e era possível ouvir o Manson e o Twiggy conversando com as pessoas. As vozes deles. Chegou a nossa vez de entrar nesse espaço. Entrei e vi o Manson e o Twiggy sentados ali. Eram eles. Simplesmente eles. Era a minha vez. O momento de estar frente a frente com OS DOIS havia chegado. Mantive a calma, cumprimentei os dois e entreguei as coisas pra eles autografarem. Comentei que tinha vindo do Brasil pra ver o show e o Manson fez piadinha com a depilação brasileira, que é conhecida no mundo inteiro, mas que no Brasil ela só chamava depilação HUAHUAHUHAUHUAHUAHUA.

Como ele pode ser tão idiota? No sentido de ser engraçado, falar besteira e essas coisas. Eu ri, claro, e concordei. Comentei que já havia falado com ele em 2007, quando ele tocou no Brasil e ele, NA HORA, disse que lembrou e ficou tentando lembrar a cidade. Falei “São Paulo” e ele “Yeah, that’s right”. Até comentei dizendo que pensei que ele não fosse lembrar e tal, mas ele disse que tem boa memória. Só que ele foi tão convicto que eu não acreditei muito, lol. Mas se ele disse que lembrou, então tá, né?

Ele autografou tudo que eu entreguei. Até que mostrei a camiseta pro Twiggy. Ele disse que tinha visto no show (!!!) e a abriu para ler o que tinha. Ele e o Manson leram “#pfchangs! whiskey and speed! space ghost! haha” Os dois gostaram! Até porque é algo meio ‘piada interna’, só quem é fã de Manson mesmo que entende. Falei pro Twiggy que se ele quisesse, poderia ficar com ela. Ele perguntou todo surpreso se era um presente e eu disse que sim. Ele agradeceu e até colocou a camiseta sobre o corpo pra ver se servia. Minha noite já tinha valido a pena por isso.

Ele ainda ficou um tempo olhando pra ela e perguntou como eu tinha feito. Expliquei que era uma tinta específica pra tecido e blablabla. Disse que se ele pudesse colocá-la ou segurá-la na hora da foto, seria legal e ele concordou, disse que faria isso <3

Tive que falar com ele sobre Oasis, ME DEIXEM, hahahaha. Era, talvez, única oportunidade que eu teria de compartilhar com meu ídolo algo sobre uma banda em comum que amamos. Ele gostou, claro, é ‘mad fer it’ pra caralho :’) até me mostrou a tatuagem que ele tem, escrito ‘Don’t Believe the Truth’. Vi algumas pessoas dizendo que ele parecia sem vontade, como se tivesse ali por obrigação, nem falava direito com ninguém, mas comigo ele foi super simpático e atencioso, então sei lá. Talvez tenha ido com a minha cara. Se foi isso, melhor ainda, HAHAHA. Falei pro Manson que soaria clichê o que eu falaria, mas o agradeci pela música que ele fez ao longo desses anos todos. Ele disse que o clichê não é clichê e mais alguma coisa filosófica que não lembro e apertou bem forte minha mão, agradecendo a admiração.

Primeira parte do sonho concluída. Tínhamos que voltar pra fila pra tirar as fotos. Nisso, aparece o Fred e eu perguntei pra mulher que tava organizando se eu poderia tirar uma foto com ele, já que não poderíamos usar câmeras no M&G. Ela disse que sim e eu fui até ele. Pedi a foto e ele aceitou. Tiramos a foto e conversei um pouco com ele. Ficou chocado/admirado quando disse que tinha ido do Brasil pra ver o show, comentou que a banda iria tocar aqui, mas por algum motivo não deu certo. Ele foi bem legal e simpático, tenho que admitir, hahahaha.

Na foto foi o mesmo esquema, entravam de pouco em pouco na salinha. Os dois estavam bem soltos nas fotos, apesar do Twiggy sair sério em praticamente todas. É só tipo mesmo, ele não tava mal humorado, nem nada. Eu, bem idiota, tinha levado a camiseta de volta, aí na hora da foto eu pedi de novo se ele poderia segurar, ele pegou a camiseta. A foto é isso que vocês tão vendo. O Manson abaixou na minha frente, eu o abracei e o Twiggy ficou ao meu lado com a camiseta. Depois da foto eu pedi um abraço pros dois (nenhum recusou, claro) e falei pro Twiggy o que tinha falado pro Manson também: Que ele é um gênio. Ele agradeceu até um pouco admirado. Mas é a realidade. Ele não é o guitarrista mais técnico e virtuoso do mundo, mas a criatividade e o feeling que ele tem pra compôr, é algo impressionante. E isso pra mim vale mais do que saber tocar 59874984 de notas por segundo.

É isso. Eu finalmente realizei o meu maior de sonho de estar frente a frente com os meus dois maiores ídolos na música. Esses dois mudaram minha vida e fazem parte dela desde os meus 13 anos de idade. Algum amigo meu postou certa vez uma foto dos dois num show dizendo algo mais ou menos assim: De um lado, um homem que tem como arma um microfone, do outro, um homem que faz a trilha sonora disso tudo. Esse texto enorme que eu escrevi é só pra tentar descrever o que eu senti na hora, o que tô sentindo agora e o que vou sentir pra sempre.

Para eles foi só mais uma foto e um autógrafo, mas pra mim não. É surreal pensar que eu vi o Manson (de novo, nesse caso, mas parecia a primeira vez), toquei nele, falei com ele. A mesma coisa com o Twiggy. E o melhor, dele ter sido legal comigo, porque eu sempre tive muito medo de falar com e ele ser grosso ou ficar com má vontade, mas foi totalmente o contrário. Agora vou ter esse registro pra sempre. Nem me importo se saí bem ou não na foto, o que vale são os dois. Marilyn Manson e Twiggy Ramirez. Esses dois nomes tem um peso e importância enorme na minha vida.

Sei que eles não vão ler isso, mas novamente: Obrigada. É o que eu posso dizer em retribuição por tudo que eles já fizeram e vão fazer juntos na música.

MARILYN MANSON – BORN VILLAIN

Born Villain, o 8º trabalho de estúdio de Marilyn Manson, foi lançado dia 1º de maio e tem previsão de chegada para o Brasil no início de junho. Para tentar entender o que se passa nesse novo trabalho, recrutei alguns fãs das antigas para falarem um pouco sobre essa nova bolacha do cara.

A principal virtude de Marilyn Manson em Born Villain foi resolver parar de mostrar seu estado de espírito, como no “emotivo” “Eat Me, Drink Me” e no insólito “The High End Of Low”, e voltar a provocar sensações em seus ouvintes. Seja repulsa, desconforto ou extase. É a volta da provocação ao melhor estilo sarcástico, como ele demonstra em “The Gardener” e na deliciosa “Slo-Mo-Tion”.

As texturas eletrônicas ganharam espaço e as guitarras sobrepostas de Twiggy Ramirez voltaram a produzir o efeito “narcótico” de outrora.

MM não poupou sua até então combalida garganta e a porrada vocálica, marca registrada do figura, ganhou novos e excitantes capítulos em “Overneath the Path of Misery” e “Murderers Are Getting Prettier Every Day”, por exemplo.

O mais legal é perceber que a dupla MM/ Twiggy voltou a trabalhar em sintonia, o que não por acaso levou a banda a criar um discaço como não se via desde Holy Wood e o encerramento da elogiada trilogia. É disparado a melhor bolacha da banda desde então. Ouso coloca-lo somente abaixo de Mechanical Animals e Antichrist Superstar e pelo menos no mesmo nível de Holy Wood.

João Paulo Tozo, escreve para os portais Ferozes Futebol Clube, Terceiro Tempo, Esporte Interativo e SP Jornal.

 

Born Villain pra mim é a coisa mais excitante que eu ouço do Manson desde 2003. Curti os dois trabalhos anteriores (“Eat Me, Drink Me” e The High End of Low”), mas você sentia que eram trabalhos extremamente pessoais, como se o espírito dele estivesse morrendo.

Born Villain é denso, soturno, alternativo, pop, rock’n’roll, punk, metal… Os sintetizadores voltaram a ter sua importância, os samples e loops usados foram muito bem sacados e pode-se notar uma dedicação maior no vocal, com várias camadas bem trabalhadas. O baixo voltou a ter riffs interessantes, as guitarras, hora minimalistas, usando efeitos abafados, criando ritmo, horas virtuosas (ao estilo Twiggy Ramirez, claro), com solos distorcidos ou riffs com “fuzz”.

BV é o que eu esperava que fosse o ‘The High End of Low’ (de 2009), Born Villain é um reecontro, do Marilyn Manson – criador e criatura. Do Twiggy Ramirez (apesar de ter participado do disco anterior) com seu melhor amigo. O reencontro da América com seu vilão no século 21. Com a popularização da internet, guerras americanas, reality Shows desprezíveis, lixos musicais vomitados no povo e a fraqueza da América perante o mundo, Manson ainda provou (mesmo que não precise) que ainda possui sua relevância no mundo.

Ismael Souza, Analista de Marketing/Jornalista/ Produtor Musical

 

Decididamente Marilyn Manson voltou. Depois de 2 Cds em que se percebia na verdade Brian Warner no comando, agora quem está no controle novamente é Marilyn Manson. O Cd contém faixas memoráveis, letras que fizeram Marilyn Manson ser conhecido como um dos únicos artistas com capacidade de criticar, instrumental pesado e bem trabalhado, mostrando sempre uma grande versatilidade entre as músicas, mas ainda percebendo que aquilo é o verdadeiro Marilyn Manson. A volta do Twiggy para a banda apenas mostra que Marilyn Manson não é apenas o homem, mas é a banda como nos bons tempos. Marilyn Manson (e banda) fez o seu melhor trabalho desde a trilogia.

Lucas Costa

Confesso que quando peguei o novo álbum do Marilyn Manson, “Born Villain” para ouvir, não esperava grande coisa.
E após meu descontentamento de fã antigo, e viúvo dos anos 90 ter sido agravado pelos 2 últimos(cansativos, repetitivos e enfadonhos) discos, dei play na primeira música sem grandes esperanças e fui cuidar da minha vida.
Dizer que após a primeira faixa parei por completo minhas atividades para me dedicar exclusivamente a ouvir o disco, coisa que raramente tenho disposição para fazer, exemplifica a surpresa que tive com o novo álbum.
“Born Villain” acerta em cheio por soar atual ao mesmo tempo em que resgata os verdadeiros trunfos dos tão aclamados trabalhos antigos, no caso a interpretação confiante, teatral e raivosa de “Antichrist Superstar”(1996), as melodias marcantes , decadentes sem perder a elegância de “Mechanical Animals”(1998) e a morbidez industrial de “Holy Wood”(2000).
Não é o velho Manson de volta nem um Manson totalmente diferente do ano passado.
Eu diria que é Marilyn Manson em ótima forma, e ponto final.
Destaque para as ótimas “Lay Down Your Goddamn Arms”, “Overneath the Path of Misery” e a inusitada narrativa de “The Gardener”.

Bruno Zibordi

 

Quem acompanha a banda no mínimo desde 2004, sabe o quanto esse disco significa… Pro cara mesmo. O cara passou por muita coisa ruim entre 2004 e 2009. Fez dois discos de ‘desabafo’ e agora, definitivamente, voltou pra onde ele sempre esteve. Depois de experimentar e lembrar como é compor ao lado do Twiggy, os dois conseguem fazer esse disco impecável. É FÁCIL a melhor coisa lançada desde o Holy Wood. É muito bem trabalhado instrumentalmente, diferente do “The High End Of Low” que foi mais simples.

Esse disco tem algo que eu sentia muita falta: A parte eletrônica. E foi muito bem usada, principalmente pelo Chris, que é do ramo. Esse disco tem tudo que os fãs gostam: Peso, efeitos eletrônicos, músicas mais lentas. É o disco que mais encaixa e combina depois da trilogia.”

Thayná Ferrer

 

Acesse: http://marilynmanson.com.br/home.php e http://www.manson.com.br/

 

 

 

 

 

Chazinho de Coca – Sport arranca empate heróico e complica situação do Verdão na Liberta.

Em jogo típico de Libertadores, o Palmeiras não saiu de um empate contra o Sport e viu complicar sua situação no grupo da morte.

O Sport surpreendeu o Verdão ao soltar seus alas e os mantendo bem espetados. Com isso Capixaba e Armero ficaram impossibilitados ou temerosos de chegar ao ataque com fazem costumeiramente. Por outro lado, a defesa palmeirense voltou a demonstrar segurança, enquanto que o ataque esteve em uma inoperância irritante. Keirrison está em má fase, já Lenny até que tentava , mas foi pouco eficiente contra a forte e leal marcação do Leão.

O jogo era disputado, mas sem grandes chances até os 15 minutos, quando o árbitro uruguaio, muito mal colocado, como em todo o jogo, marcou pênalti do zagueiro Cesar, supostamente por meter a mão na bola, quando de fato ela bateu em sua barriga. Keirrison cobrou e marcou.

O Palmeiras ficou mais tranqüilo e até passou a ter o domínio do jogo, porém o ataque era insistentemente ligado diretamente com balões e lançamentos de trás. Ficou complicado para Diego Souza brilhar como brilhou em Recife, já que Cleiton Xavier é outro que não anda bem das pernas. Em compensação Pierre foi novamente um monstro na marcação. A cada não convocação do volante alviverde para a seleção de Dunga, mais fica provado de que a vaga deveria ser dele e não de “Josués”,” Gilbertos Silvas” e coisas do gênero. Mas isso é um outro assunto.

O juizão acabou compensando o pênalti mal marcado, ao anular gol legítimo de Diego Souza, por suposto impedimento de Danilo, que não houve.

Quando o jogo parecia levemente sob controle, em jogada de bola parada o Sport chegou ao justo empate. Mas para infelicidade recifense, a imaturidade de Wilson fez o Leão ficar com 1 jogador a menos. Na comemoração do gol, Wilson levantou a camisa e foi comemorar. Como já tinha o amarelo e a regra diz que em casos como esse o amarelo deve ser aplicado, ele recebeu o 2º e foi expulso justamente.

Na 2ª etapa Nelsinho armou uma retranca quase que intransponível, ainda mais para um ataque em péssima jornada. O segundo tempo foi jogo de ataque contra defesa, com o ataque levando a pior em quase todos os lances.

Luxa entrou com Evandro no lugar do machucado Edmilson e depois com Ortigoza no lugar de Capixaba e Marquinhos no de Lenny. A intenção foi boa, afinal Evandro ajudaria Diego Souza a pensar o jogo e alimentaria o ataque que havia alugado o campo do Sport. Mas Evandro é de um sono poucas vezes vista e a alteração, no meu modo de ver, derrubou ainda mais o time. Marquinhos também não entrou bem, para variar e Ortigoza até que se movimentou, mas com a bola não chegando até ele, ficou complicado.

Aos 43 minutos, Diego Souza poderia ter decidido novamente o jogo como no confronto passado. O cruzamento veio da esquerda e ele subiu sozinho, testou forte, de olhos abertos, mas a bola passou rente a trave direita do ótimo Magrão.
Estava definido o placar e está de volta o drama alviverde nesse dificílimo grupo. Só resta ao Palmeiras vencer seus dois últimos compromissos.

Confira os melhores momentos da partida:

———–

Despeço-me da ferocidade com Arma-God-Damn-Mother-Fuckin’-Geddon, do novo trabalho do Marilyn Manson e que ainda não foi lançado, denominado The High End of Low. Com um “que” do Mechanical Animals. Será?

Cheers,