MARILYN MANSON – BORN VILLAIN

Born Villain, o 8º trabalho de estúdio de Marilyn Manson, foi lançado dia 1º de maio e tem previsão de chegada para o Brasil no início de junho. Para tentar entender o que se passa nesse novo trabalho, recrutei alguns fãs das antigas para falarem um pouco sobre essa nova bolacha do cara.

A principal virtude de Marilyn Manson em Born Villain foi resolver parar de mostrar seu estado de espírito, como no “emotivo” “Eat Me, Drink Me” e no insólito “The High End Of Low”, e voltar a provocar sensações em seus ouvintes. Seja repulsa, desconforto ou extase. É a volta da provocação ao melhor estilo sarcástico, como ele demonstra em “The Gardener” e na deliciosa “Slo-Mo-Tion”.

As texturas eletrônicas ganharam espaço e as guitarras sobrepostas de Twiggy Ramirez voltaram a produzir o efeito “narcótico” de outrora.

MM não poupou sua até então combalida garganta e a porrada vocálica, marca registrada do figura, ganhou novos e excitantes capítulos em “Overneath the Path of Misery” e “Murderers Are Getting Prettier Every Day”, por exemplo.

O mais legal é perceber que a dupla MM/ Twiggy voltou a trabalhar em sintonia, o que não por acaso levou a banda a criar um discaço como não se via desde Holy Wood e o encerramento da elogiada trilogia. É disparado a melhor bolacha da banda desde então. Ouso coloca-lo somente abaixo de Mechanical Animals e Antichrist Superstar e pelo menos no mesmo nível de Holy Wood.

João Paulo Tozo, escreve para os portais Ferozes Futebol Clube, Terceiro Tempo, Esporte Interativo e SP Jornal.

 

Born Villain pra mim é a coisa mais excitante que eu ouço do Manson desde 2003. Curti os dois trabalhos anteriores (“Eat Me, Drink Me” e The High End of Low”), mas você sentia que eram trabalhos extremamente pessoais, como se o espírito dele estivesse morrendo.

Born Villain é denso, soturno, alternativo, pop, rock’n’roll, punk, metal… Os sintetizadores voltaram a ter sua importância, os samples e loops usados foram muito bem sacados e pode-se notar uma dedicação maior no vocal, com várias camadas bem trabalhadas. O baixo voltou a ter riffs interessantes, as guitarras, hora minimalistas, usando efeitos abafados, criando ritmo, horas virtuosas (ao estilo Twiggy Ramirez, claro), com solos distorcidos ou riffs com “fuzz”.

BV é o que eu esperava que fosse o ‘The High End of Low’ (de 2009), Born Villain é um reecontro, do Marilyn Manson – criador e criatura. Do Twiggy Ramirez (apesar de ter participado do disco anterior) com seu melhor amigo. O reencontro da América com seu vilão no século 21. Com a popularização da internet, guerras americanas, reality Shows desprezíveis, lixos musicais vomitados no povo e a fraqueza da América perante o mundo, Manson ainda provou (mesmo que não precise) que ainda possui sua relevância no mundo.

Ismael Souza, Analista de Marketing/Jornalista/ Produtor Musical

 

Decididamente Marilyn Manson voltou. Depois de 2 Cds em que se percebia na verdade Brian Warner no comando, agora quem está no controle novamente é Marilyn Manson. O Cd contém faixas memoráveis, letras que fizeram Marilyn Manson ser conhecido como um dos únicos artistas com capacidade de criticar, instrumental pesado e bem trabalhado, mostrando sempre uma grande versatilidade entre as músicas, mas ainda percebendo que aquilo é o verdadeiro Marilyn Manson. A volta do Twiggy para a banda apenas mostra que Marilyn Manson não é apenas o homem, mas é a banda como nos bons tempos. Marilyn Manson (e banda) fez o seu melhor trabalho desde a trilogia.

Lucas Costa

Confesso que quando peguei o novo álbum do Marilyn Manson, “Born Villain” para ouvir, não esperava grande coisa.
E após meu descontentamento de fã antigo, e viúvo dos anos 90 ter sido agravado pelos 2 últimos(cansativos, repetitivos e enfadonhos) discos, dei play na primeira música sem grandes esperanças e fui cuidar da minha vida.
Dizer que após a primeira faixa parei por completo minhas atividades para me dedicar exclusivamente a ouvir o disco, coisa que raramente tenho disposição para fazer, exemplifica a surpresa que tive com o novo álbum.
“Born Villain” acerta em cheio por soar atual ao mesmo tempo em que resgata os verdadeiros trunfos dos tão aclamados trabalhos antigos, no caso a interpretação confiante, teatral e raivosa de “Antichrist Superstar”(1996), as melodias marcantes , decadentes sem perder a elegância de “Mechanical Animals”(1998) e a morbidez industrial de “Holy Wood”(2000).
Não é o velho Manson de volta nem um Manson totalmente diferente do ano passado.
Eu diria que é Marilyn Manson em ótima forma, e ponto final.
Destaque para as ótimas “Lay Down Your Goddamn Arms”, “Overneath the Path of Misery” e a inusitada narrativa de “The Gardener”.

Bruno Zibordi

 

Quem acompanha a banda no mínimo desde 2004, sabe o quanto esse disco significa… Pro cara mesmo. O cara passou por muita coisa ruim entre 2004 e 2009. Fez dois discos de ‘desabafo’ e agora, definitivamente, voltou pra onde ele sempre esteve. Depois de experimentar e lembrar como é compor ao lado do Twiggy, os dois conseguem fazer esse disco impecável. É FÁCIL a melhor coisa lançada desde o Holy Wood. É muito bem trabalhado instrumentalmente, diferente do “The High End Of Low” que foi mais simples.

Esse disco tem algo que eu sentia muita falta: A parte eletrônica. E foi muito bem usada, principalmente pelo Chris, que é do ramo. Esse disco tem tudo que os fãs gostam: Peso, efeitos eletrônicos, músicas mais lentas. É o disco que mais encaixa e combina depois da trilogia.”

Thayná Ferrer

 

Acesse: http://marilynmanson.com.br/home.php e http://www.manson.com.br/

 

 

 

 

 

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