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La Mano de Dios – Grêmio vence onde importa

Grêmio vence onde importa

Veja como são as coisas. Um Gre-Nal derrubou celso Roth, mas na competição que o técnico tinha colocado como prioridade desde o começo do ano o Grêmio continua atropelando.

Ontem no Olímpico o Grêmio sapecou 3×0 pra cima do Aurora da Bolívia, dando baile. Mas não pense você que o Tricolor gaúcho que venceu o time boliviano era outro Grêmio. Nada disso, era o mesmo time que foi eliminado do Gauchão pelo Internacional no fim de semana. Foi o mesmo Souza quem cruzou para Rafael Marques marcar o primeiro. Foi o mesmo Herrera que bateu para Maxi marcar o segundo. E foi o mesmo Réver que, depois de uma farra na área boliviana, colocou para dentro.

A bem da verdade, fazia tempo que não via um Grêmio tão ofensivo. Mas não podemos ser injustos, não é a ausência de Celso Roth que fez o time jogar mais. É tudo uma questão de foco, e isso o ex-treinador tinha deixado bem claro desde o começo. Mas esse fato a torcida e, mais importante, a diretoria gremistas não conseguiram enxergar.

Ao som de Kokolo – Soul Power. Sério candidato a disco do ano.

Rapidinhas: e a Libertadores não pára. Hoje temos Palmeiras e Sport, na Bombonera do Recife. Mas não pense você que esse é um jogo do Palmeiras. São duas forças equivalentes, e o Sport merece todo o respeito.

Amanhã teremos o São Paulo contra o Defensor Sporting do Uruguai. Uma vitória praticamente coloca o Tricolor paulista na próxima fase. E se a vitória vier, será com casa cheia. Outro jogo que promete.

Chazinho de Coca – Palmeiras, qual é a sua cara?

De desacreditado a “salvador” do bom futebol. É, as coisas vão de um extremo ao outro em questão de meses no futebol.

O Palmeiras iniciou a temporada sendo colocado como 4ª força do futebol paulista. Tendo em vista que se desfez de quase todo o elenco de 2008 e montou um time recheado de jovens promessas, não era mesmo de se esperar grandes coisas da equipe nesse início de ano.

Luxemburgo mesmo, quase comprou nova briga com a torcida ao dizer na pré temporada que esse era um time que atingiria se ápice no 2º semestre. Feito isso, vendeu-se a história de que ele não priorizaria a Libertadores, apenas o Brasileirão. Santa ignorância. Mas ainda assim, para variar, os comentários eram “8” demais por parte da imprensa.

Iniciada a temporada, enquanto todos os grandes patinavam, o Palmeiras aparecia como grande surpresa. Vitórias fáceis, placares elásticos, o artilheiro da temporada, a volta do bom futebol, 4X1 no Santos. De uma hora para outra passou de “8 a 80”, tornou-se a grande esperança do resgate do futebol ofensivo. E para variar, os comentários passaram a ser todos na casa dos “80”.

Até iniciar a Libertadores. Na 1ª fase, 2 vitórias contra o Potosí, mesmo atuando na maior das altitudes. Na 2ª fase, no grupo mais difícil do torneio, estréia contra a atual campeã LDU e derrota por 3X2, na casa do adversário. Resultado normal. Anormal foi a derrota para o Colo-Colo, em casa, por 3X1, fora o baile chileno.

Dessa vez não houve transição entre o “8 e o 80”, mas parece que o próprio Palmeiras passou a não ter certeza de suas condições. Luxemburgo começou a alternar os esquemas táticos, passando do 4-4-2 (ou 4-3-1-2) para o contestado 3-5-2 e até agora não se achou. As vitórias passaram a acontecer com mais dificuldades, empates inesperados e a queda de produção de alguns jogadores, como o artilheiro Keirrison.

No Paulistão tudo bem, a gordura adquirida no início permitiu que time terminasse a 1ª fase na liderança. Mas na Libertadores, que é o que mais interessa, existe uma anemia quase que profunda. O time é o lanterna do grupo, sem pontuação.

Todo esse cenário, toda essa transição de 8 a 80, tanto de fora quanto de dentro do próprio Palmeiras, faz com que esse mês de abril passe a ser o mais importante do ano. O Verdão terá uma sequência de decisões, mas de todas elas, acredito que a de hoje possa ser o ponto chave para as demais.

O jogo é contra o Sport, carrasco de 2008, líder da chave e mandante do jogo. Encontro uma enorme, para não dizer total desconfiança quanto as chances de vitória alviverde hoje. Caso a derrota ocorra, com que cabeça o time irá enfrentar o Santos, sábado, pela 1ª partida da semifinal do Paulistão?

Por outro lado, se vencer, terá feito o que ninguém ou quase ninguém espera, ressurgirá na Libertadores e vira como um trator para cima do Santos.
Então o jogo é hoje, o dia é hoje. Não a toa o presidente Belluzzo foi na frente do elenco para Recife e vai participar da preleção do time.

O Palmeiras não termina hoje, a história alviverde não terá seu capítulo final hoje. Mas a temporada pode ser desenhada de acordo com o resultado dessa noite.

Para os cardíacos, muito cuidado. De resto, compre sua cerveja, seu picles, seu tremoço e prepare-se, pois não será um jogo qualquer.

Ao som do Radiohead – All I Need

Cheers,
—–

Mais:
Belluzzo: Olho no olho na preleção
http://www.lancenet.com.br/palmeiras/noticias/09-04-08/523986.stm?belluzzo-olho-no-olho-na-prelecao

Chegou a hora de decidir, Luxemburgo.

Líder do Campeonato Paulista ao longo de toda a competição. Time que passou de desacreditado na pré-temporada a exaltado no decorrer das 1ª´s rodadas. Com índices de aproveitamento e gols marcados próximos aos alcançados por grandes esquadrões do passado, além de ter o artilheiro da competição. Foi 1º time classificado para a fase final do campeonato.

Apesar de todo esse retrospecto positivo, o Palmeiras entra na última rodada do Campeonato Paulista correndo o sério risco de perder a liderança que ostentou por todo esse tempo.

Para piorar, 3 dias depois o time enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, em jogo que é considerado por todos como de vida ou morte, mas dessa vez pela principal competição do 1º semestre – a Libertadores.

Para garantir a 1ª colocação no Paulista e partir com vantagem sobre todos os concorrentes, o Verdão deve vencer o Botafogo no Palestra Itália. Caso contrário pode ser ultrapassado pelo São Paulo, que mais uma vez vem comendo pelos cantos. Convenhamos, a missão alviverde não é das mais difíceis.

Difícil é colocar o time titular nesse jogo, correndo o risco de perder alguém ou mesmo desgastar os atletas para a batalha do dia 08. Que dilema hein, Luxa?

O momento de definição chega exatamente quando o técnico está para completar seu jogo de nº 350 no comando do Palmeiras, com 213 vitórias, 75 empates e 61 derrotas. Com 69,5% de aproveitamento, ele tem o melhor desempenho da história palestrina, superando nomes como Osvaldo Brandão e Felipão.

A situação é complicada, o time caiu de produção justamente nessas últimas rodadas. Keirrison passa por seca de 3 jogos e a zaga é um tormento interminável.

Analisar essa queda de produção não é tão simples, mas também não tem como eximir o técnico de culpa. Afinal já são mais de 20 jogos na temporada e ele ainda não se definiu quanto ao esquema tático do time. Na maior parte do tempo ele tem optado pelo esquema que o próprio sempre se disse contra – o 3-5-2. Estranhamente o time sofre mais gols, a zaga deflagra mais panes quando atua nesse esquema. O ponto crítico é que até poucas rodadas, o ataque garantia as vitórias e as falhas da defesa não eram tão notadas. Hoje isso não ocorre com tanta facilidade, além do que Keirrison vinha cansando de fazer gols, mas tendo sempre um atacante ao seu lado, as vezes Williams, outras Lenny ou mesmo Diego Souza, mas talvez para fortalecer o seu 3-5-2, Luxa passou a recuar o 2º atacante, prendendo ainda mais Cleiton Xavier, fazendo assim com que o K9 jogue isolado no ataque.

Me estranha demais essas posturas de Luxemburgo. Ele não consegue enxergar ou finge não ver que o time ganha qualidade, tanto no ataque, como principalmente na defesa quando atua no 4-4-2, inclusive com alguns jogadores se manifestando a favor do esquema.

Certo é que chegou o momento de tomar decisões. O Palmeiras entra no mês que pode definir muita coisa em sua temporada. Serão 8 decisões em abril, podendo sair delas uma classificação sensacional para as oitavas da Libertadores e o bicampeonato paulista ou o naufrágio absoluto na competição continental e a perda de um Paulistão já tido como ganho.

Com que status o Verdão vai disputar o BR 09?

La Mano de Dios – Festa Tricolor no Uruguai

Festa Tricolor no Uruguai

Até metade do primeiro tempo, o jogo no Uruguai dava toda a pinta de que seria um sufoco. O time do Defensor marcava a saída de bola Tricolor logo em seu campo de ataque, desnorteando a zaga são-paulina. Além disso, avanços rápidos pela direita levavam perigo ao gol do Rogério.

Porém, foi questão de tempo, e logo aos 37 da primeira etapa Hernanes mandou um tirambaço, mostrando ao time uruguaio que o São Paulo não estava para brincadeira. Esse chute justamente nasceu na primeira oportunidade que o São Paulo teve de jogar como queria: com a bola nos pés, em rápida troca de passes.

O caminho das pedras estava traçado. Foi questão de tempo e autocontrole – que faltou ao São Paulo, muito faltoso, no começo – para levar a bola ao gol. O passe de Jean para Borges foi o exemplo disso.

O segundo tempo foi marcado pelo domínio Tricolor no meio de campo. No jogo todo o São Paulo jogou bem pelas pontas, com Junior César dando velocidade à esquerda e Arouca tabelando com Hernanes, que caía pela direita. Os 10 minutos finais foram novamente um sufoco para a zaga são-paulina, mas ontem todos os deuses do futebol sorriam para o Tricolor. O 1×0 foi de bom tamanho e o São Paulo é o líder de sua chave, com 3 pontos a mais que o segundo e terceiro colocados.

Ao som de Esther Phillips – Alone Again (Naturally). Você gosta de Amy Winehouse? Corre atrás de uma das influências da moça…

Rapidinhas: Jean melhora a cada dia. Ontem foi novamente o nome do jogo.

E parece que esse ano os cariocas do São Paulo não vão fazer feio. Junior César, Arouca e Renato Augusto foram muito bem no Uruguai.

La Mano de Dios – Um pouco de realidade

Um pouco de realidade

É inegável. De todos os times do Campeonato Paulista, só o Palmeiras enche os olhos quando está em campo. De todas as contratações feitas para 2009, Cleiton Xavier, Keirrisson e Williams foram as melhores.

E mesmo assim o Palmeiras tomou um vareio ontem do Colo-Colo, que jogou com dez em campo desde os quatro minutos do segundo tempo, em pleno Parque Antártica. O Verdão de ontem era um time desorganizado, afobado e sem criatividade. Além disso, centralizava as jogadas, caía na catimba adversária e se jogava em campo, buscando cavar faltas que nenhum juiz de Libertadores daria.

O Palmeiras é o melhor time do Paulistão, indiscutivelmente. É o que joga bonito e que marca muitos gols. Mas o Campeonato Paulista não é parâmetro, e se o Verdão 2009 não acordar, vai terminar o ano com a mesma fama do time do ano passado: um belo cavalo paraguaio.

Ao som de Depeche Mode – Never Let Me Down Again. Preparem-se, eles estarão aqui em outubro…

Rapidinhas: Keirrisson é craque, Marcos é ídolo, Cleiton xavier é uma grata surpresa. Mas quem joga muito nesse time do Palmeiras é o Williams, tá doido.

Ronaldo amanhã no banco contra o Itumbiara pela Copa do Brasil. Parece aquelas lojas de antiguidades com um ovo Fabergé na sala do dono. É vistoso, impõe respeito, mas não serve pra nada ali.