Chazinho de Coca – Palmeiras, qual é a sua cara?

De desacreditado a “salvador” do bom futebol. É, as coisas vão de um extremo ao outro em questão de meses no futebol.

O Palmeiras iniciou a temporada sendo colocado como 4ª força do futebol paulista. Tendo em vista que se desfez de quase todo o elenco de 2008 e montou um time recheado de jovens promessas, não era mesmo de se esperar grandes coisas da equipe nesse início de ano.

Luxemburgo mesmo, quase comprou nova briga com a torcida ao dizer na pré temporada que esse era um time que atingiria se ápice no 2º semestre. Feito isso, vendeu-se a história de que ele não priorizaria a Libertadores, apenas o Brasileirão. Santa ignorância. Mas ainda assim, para variar, os comentários eram “8” demais por parte da imprensa.

Iniciada a temporada, enquanto todos os grandes patinavam, o Palmeiras aparecia como grande surpresa. Vitórias fáceis, placares elásticos, o artilheiro da temporada, a volta do bom futebol, 4X1 no Santos. De uma hora para outra passou de “8 a 80”, tornou-se a grande esperança do resgate do futebol ofensivo. E para variar, os comentários passaram a ser todos na casa dos “80”.

Até iniciar a Libertadores. Na 1ª fase, 2 vitórias contra o Potosí, mesmo atuando na maior das altitudes. Na 2ª fase, no grupo mais difícil do torneio, estréia contra a atual campeã LDU e derrota por 3X2, na casa do adversário. Resultado normal. Anormal foi a derrota para o Colo-Colo, em casa, por 3X1, fora o baile chileno.

Dessa vez não houve transição entre o “8 e o 80”, mas parece que o próprio Palmeiras passou a não ter certeza de suas condições. Luxemburgo começou a alternar os esquemas táticos, passando do 4-4-2 (ou 4-3-1-2) para o contestado 3-5-2 e até agora não se achou. As vitórias passaram a acontecer com mais dificuldades, empates inesperados e a queda de produção de alguns jogadores, como o artilheiro Keirrison.

No Paulistão tudo bem, a gordura adquirida no início permitiu que time terminasse a 1ª fase na liderança. Mas na Libertadores, que é o que mais interessa, existe uma anemia quase que profunda. O time é o lanterna do grupo, sem pontuação.

Todo esse cenário, toda essa transição de 8 a 80, tanto de fora quanto de dentro do próprio Palmeiras, faz com que esse mês de abril passe a ser o mais importante do ano. O Verdão terá uma sequência de decisões, mas de todas elas, acredito que a de hoje possa ser o ponto chave para as demais.

O jogo é contra o Sport, carrasco de 2008, líder da chave e mandante do jogo. Encontro uma enorme, para não dizer total desconfiança quanto as chances de vitória alviverde hoje. Caso a derrota ocorra, com que cabeça o time irá enfrentar o Santos, sábado, pela 1ª partida da semifinal do Paulistão?

Por outro lado, se vencer, terá feito o que ninguém ou quase ninguém espera, ressurgirá na Libertadores e vira como um trator para cima do Santos.
Então o jogo é hoje, o dia é hoje. Não a toa o presidente Belluzzo foi na frente do elenco para Recife e vai participar da preleção do time.

O Palmeiras não termina hoje, a história alviverde não terá seu capítulo final hoje. Mas a temporada pode ser desenhada de acordo com o resultado dessa noite.

Para os cardíacos, muito cuidado. De resto, compre sua cerveja, seu picles, seu tremoço e prepare-se, pois não será um jogo qualquer.

Ao som do Radiohead – All I Need

Cheers,
—–

Mais:
Belluzzo: Olho no olho na preleção
http://www.lancenet.com.br/palmeiras/noticias/09-04-08/523986.stm?belluzzo-olho-no-olho-na-prelecao

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