Havia tempo que não via um Corinthians assim. Parece que a queda (horror na vida de qualquer clube…grande) fez bem.
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Seleção do Paulistão.
Em um campeonato onde os grandes dominaram por completo, são eles também quem cedem seus atletas para a minha seleção desse Paulistão.
No afrescalhado 4-3-1-2 ou 4-4-2, como preferir (ou como entender), a minha seleção antes das fases finais seria uma, que não é exatamente a que eu montaria analisando apenas o que aconteceu das semifinais em diante. Jogando tudo em uma panela e fazendo aquela mistura marota, segue o meu selecionado.
Felipe (Cor)
Alessandro (Cor)
André Dias (Spo)
Chicão (Cor)
André Santos (Cor)
Pierre (Pal)
Elias (Cor)
Madson (San)
Diego Souza (Pal)
Keirrison (Pal)
Ronaldo (Cor)
Técnico: Vagner Mancini (San)
Sem plena convicção em algumas posições, muitos do que aí estão só aparecem na lista pelo que fizeram ao longo do campeonato.
E você, já montou a sua seleção?
A Volta por cima!
E nesta conquista, não há como não falar nele, que tantas vezes foi considerado acabado para o futebol. Ronaldo Nazário, o Fenômeno, sinônimo de superação, mais uma vez ridicularizado pelo tamanho da pança, e pelos percalços em sua vida pessoal, fez calar a inveja canhesta de seus críticos. Ele que tantas vezes caiu e se levantou para seguir em frente, mais uma vez provou (como se precisasse), que ninguém mais que ele merece ser chamado de Fenômeno. Diria que o dissimulado gesto obsceno feito na comemoração de seu gol contra o São Paulo, não foi dirigido à torcida são-paulina, e sim, a esses invejosos. E se me dão licença para fazer uso chulo do vernáculo pátrio, me filio ao Fenômeno num sonoro “Chupa”.
Mas seria injusto não falar de outros personagens deste grupo tão aguerrido. Chicão – que não disputou o último jogo, por estar suspenso – foi um guerreiro ao lado do capitão William. Jorge Henrique foi o carregador de piano que tanto personifica a garra corinthiana. Um grande destaque também foi André Santos, com gols importantes. E aquele, que na humilde opinião deste escriba, foi o melhor jogador deste Paulistão, Elias.
Vale falar também na determinação da equipe do Santos, principalmente na segunda partida da decisão, o que só fez engrandecer o espetáculo.
Sobre o campeonato Paulista, ganhou o clube que melhor se planejou para ganhar. É muito cedo ainda para dizer que a atrapalhada diretoria corinthiana aprendeu algo nesse sentido, mas um pequeno passo, não deixa de ser um grande ponto de partida.
Acredito que sobre as partidas que decidiram o Paulistão, profissionais especializados são mais indicados para dar pareceres táticos, então o que cabe aqui para finalizar é o belíssimo samba de Paulo Vanzolini que dá nome a este texto: “Ali onde eu chorei qualquer um chorava/ Dar a volta por cima que eu dei/Quero ver quem dava”. Valeu, Corinthians.
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Pimentel é corintiano, maloqueiro e sofredor. Atualmente morando em Recife, disse que irá torcer contra o Sport na terça-feira. Contra o Sport, nunca a favor do Palmeiras.
Chazinho de Coca – Santos 1X3 Corinthians.
-O Santos tem um ataque muito promissor e uma defesa muito ruim. Contra um Corinthians que quase não sofre gols e um ataque com inspirações fenomenais, prevaleceu o time que já é tática e tecnicamente mais bem estabelecido. Promissores, Neymar, Paulo Henrique e Madson bem que tentaram, mas foram bem anulados pelos pilares corintianos. Chicão está em fase irretocável.
– Em vacilo da defesa santista, o desaparecido Douglas sofreu falta na entrada da área. O “irretocável” Chicão mandou no ângulo esquerdo de Fábio Costa.
– O Santos, que já buscava pressionar, atirou-se por completo no ataque. O Corinthians, na dele, postou-se de maneira simples, mas eficaz. O Timão jogava praticamente no 4-3-0-2, sendo esse “zero”, o postulante a “um”, Douglas. Cristian e Elias eram os donos do meio, compensando a inatividade de Douglas. Contudo foi num bicão de Chicão que Ronaldo pegou a defesa santista mais uma vez aberta e, com um domínio genial, matou qualquer tentativa de recomposição daaga e na saída de Fábio Costa, o Fenômeno guardou a criança no fundo das redes.
-O Santos passou a ser todo ataque, mas aí quem brilhou foi Felipe. Contra um Kleber Pereira que parece ter esquecido o caminho dos gols que ele tanto trilhou em 2008, Felipe prevaleceu de forma magistral. Fez ainda defesas milagrosas em chutes de Triguinho e Neymar.
-No 2º tempo Mano Menezes entrou com Fabinho no lugar de Jorge Henrique e com isso trouxe o Santos ainda mais para dentro. E a pressão santista não foi pouca. E não foram poucas as chances desperdiçadas. Até que Triguinho recebeu livre pela esquerda e não sei dizer se bateu direto ou se tentou cruzar, fato é que Felipe não foi tão bem dessa vez e desviou a bola para dentro do gol. O Santos parecia ter renascido e o Corinthians acusou o golpe.
-Mancini colocou Roni no lugar do apagado Kleber Pereira e Robinho no de Paulo Henrique, que já não era o mesmo. O empate parecia questão de tempo, parecia. A desatenta zaga santista foi obrigada a mais uma vez encarar um Ronaldo partindo em direção ao gol. E como parar o Fenômeno nessas condições? Engraçado é ver um cara que parece ter o triplo do tamanho dos outros, partir em velocidade e ganhar facilmente de jogadores mais novos e melhores fisicamente. Ronaldo foi avançando e a defesa foi afastando, afastando. E em um lance de rara beleza, visão de jogo e genialidade, o R9 driblou o zagueiro e como se fosse a coisa mais simples do mundo, deu um tapinha por cima do adiantado Fábio Costa e fechou a conta.
E eu aposto que você pensou: “Ué, mas é tão fácil assim?”
Acompanhe o que de melhor aconteceu na partida:
Escute os gols na narração de José Silvério(O Pai do Gol):
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/san0x1corchicao.mp3
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/san0x2corronaldo.mp3
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/san1x2cortriguinho.mp3
http://www.radiobandeirantes.com.br/audios/san1x3corronaldo.mp3
E eu fico por aqui, enquanto termino de escutar a delícia sonora do dia – Leonard Cohen – Dress Rehearsal Rag.
A inflação dos Ingresso na Final.
(Texto enviado pelo colaborador Guilherme Cruz)
Os dois jogos finais do Campeonato paulista ocorrerão na Vila Belmiro e no Pacaembu.
A proposta desses locais para sediarem os jogo finais foram aceitas pela Federação Paulista de Futebol, as cargas de ingressos seguirão os mesmos moldes das semifinais e dos clássicos ocorridos no decorrer do campeonato, ou seja 90% para a torcida do time mandante e 10% para o visitante.
Até aí tudo correto, agora, as medidas utilizadas pelos Presidentes dos dois clubes para aumentarem os valores dos ingressos na final, chega a ser absurda.
O Presidente Marcelo Teixeira elevou os preços a quase mais de 100%, dependendo do setor, em relação ao jogo semifinal contra o Palmeiras. As cadeiras superiores, por exemplo, que na semi custaram R$60.00 custarão agora R$150.00, as arquibancadas tiveram seus valores dobrados e agora o torcedor que quiser ir ao jogo terá que desembolsar R$80.00 ao invés dos R$40.00, cobrados anteriormente.
Andres Sanchez, por sua vez, também inflacionou o clássico, porém foi mais contido. A arquibacada e tobogã que custaram R$30.00 contra o São Paulo, sofreram aumento para R$40.00. A cadeira especial passou de R$70.00 para R$80.00 e a área VIP do estádio chega a custar R$200.00
Que o ingresso custe mais caro em uma final de campeonato pode até ser normal, mais essa inflação desmedida é um descaso com o torcedor que acompanhou o torneio inteiro das arquibancadas e, que mais uma vez por amor ao seu time de coração, desembolsará essas quantias absurdas.