Curva descendente a parte, a coluna de hoje vem para elucidar as origens das alcunhas desse tradicional clube.
Por que Leão do Norte?
Em abril de 1920 o Comercial foi convidado para uma excursão no Norte e Nordeste do país e lá realizou amistosos contra clubes e seleções locais.
Foram 5 jogos, com somente 1 empate – em 1X1 contra a seleção do Estado de Pernambuco. Daí em diante, só vitória – Sport do Recife, Náutico, Santa Cruz e América FC.
No jogo contra o Santa Cruz o juizão não só entrou para ajudar os donos da casa, como foi a campo com um revolver na cintura – é mole? De nada adiantou. O Comercial vencia por 1X0 até o último minuto, quando o juizão-coronel inventou um pênalti para o time local. Na cobrança o goleirão comercialino defendeu e bancou a vitória.
O apelido de “Leão do Norte” veio no 5º jogo. O apelido pertencia ao rival, o América FC, que era tricampeão da Copa do Norte. Mas com os impiedosos 4X1 do Comercial, a alcunha passou a valer para o clube de Ribeirão Preto e ainda é bastante usada até hoje, apesar do “Bafo”.
Bafo?
Ao contrário da origem do apelido “Leão do Norte”, para o “Bafo” eu não encontrei nenhuma referência em minhas pesquisas. Vai então a história que conheço de conversas de bar e que também escutei ao longo dos anos.
Comercial, além de ser o clube tratado na coluna, é também um prato típico da culinária brazuca. Por ser relativamente barato, costuma ser apreciado em restaurantes de “menor requinte”, além de botecos – Eu particularmente acho um petardo aquele prataço com arroz, feijão, bife, ovo, batata frita e salada – o que faz com que ele seja muito consumido por funcionários, peões, trabalhadores que, de uma forma ou outra, tenham que fazer uma alimentação balanceada para sustentar a sua pesada rotina, assim como traçar o rango o mais depressa possível, sem que sobre tempo para uma correta higiene bucal.
Alimentação + falta de escovação = BAFO
Daí veio a curiosa associação de Bafo ao tradicional e simpático Comercial Futebol Clube.
Com muita fome e com a deliciosa canção Swans do Camera Obscura, despeço-me do caríssimo feroz que me acompanha em mais essa patacoada.
Cheers,