Arquivo da tag: Camera Obscura

Comercial Futebol Clube – O grande Leão do Norte, o grande Bafo. Bafo!?! Por que Bafo?

O Comercial Futebol Clube é um dos clubes mais tradicionais do futebol do interior paulista. Faz a cidade de Ribeirão Preto tremer quando realiza o clássico “ComeFogo”, contra o arquirival, Botafogo.Dentro de sua já quase centenária história – 11 de outubro de 1911 – o Leão do Norte teve altos e baixos. Atualmente vive em débito com a sua tradição e disputa apenas a Série A3 do Campeonato Paulista.

Curva descendente a parte, a coluna de hoje vem para elucidar as origens das alcunhas desse tradicional clube.

Por que Leão do Norte?

Em abril de 1920 o Comercial foi convidado para uma excursão no Norte e Nordeste do país e lá realizou amistosos contra clubes e seleções locais.

Foram 5 jogos, com somente 1 empate – em 1X1 contra a seleção do Estado de Pernambuco. Daí em diante, só vitória – Sport do Recife, Náutico, Santa Cruz e América FC.

No jogo contra o Santa Cruz o juizão não só entrou para ajudar os donos da casa, como foi a campo com um revolver na cintura – é mole? De nada adiantou. O Comercial vencia por 1X0 até o último minuto, quando o juizão-coronel inventou um pênalti para o time local. Na cobrança o goleirão comercialino defendeu e bancou a vitória.

O apelido de “Leão do Norte” veio no 5º jogo. O apelido pertencia ao rival, o América FC, que era tricampeão da Copa do Norte. Mas com os impiedosos 4X1 do Comercial, a alcunha passou a valer para o clube de Ribeirão Preto e ainda é bastante usada até hoje, apesar do “Bafo”.

Bafo?

Ao contrário da origem do apelido “Leão do Norte”, para o “Bafo” eu não encontrei nenhuma referência em minhas pesquisas. Vai então a história que conheço de conversas de bar e que também escutei ao longo dos anos.

Comercial, além de ser o clube tratado na coluna, é também um prato típico da culinária brazuca. Por ser relativamente barato, costuma ser apreciado em restaurantes de “menor requinte”, além de botecos – Eu particularmente acho um petardo aquele prataço com arroz, feijão, bife, ovo, batata frita e salada – o que faz com que ele seja muito consumido por funcionários, peões, trabalhadores que, de uma forma ou outra, tenham que fazer uma alimentação balanceada para sustentar a sua pesada rotina, assim como traçar o rango o mais depressa possível, sem que sobre tempo para uma correta higiene bucal.

Alimentação + falta de escovação = BAFO

Daí veio a curiosa associação de Bafo ao tradicional e simpático Comercial Futebol Clube.

Sacaram?
Aceito informações complementares ou mesmo possíveis correções.Essa foi só a 1ª de uma série que pretendo iniciar – sem periodicidade – com as razões dos surgimentos dessas alcunhas tão simpáticas de nossos clubes.

Com muita fome e com a deliciosa canção Swans do Camera Obscura, despeço-me do caríssimo feroz que me acompanha em mais essa patacoada.

Cheers,

Chazinho de Coca – Vermelho total no futebol europeu.

Hoje não vou falar sobre a rodada do final de semana do BR09, a qual será destrinchada com maestria pelos outros comparsas do blog.

Mas falarei sim, de um momento mágico. Mais um oferecido pelo mais delicioso dos esportes.

O vôo da Águia da Vitória sobre o Estádio da Luz. Águia da Vitória que é o símbolo máximo do grande Benfica de Portugal. Clube que tradicionalmente brinda os amantes do futebol e deixa em estado de êxtase os seus torcedores com um sobrevôo fantástico de uma águia de verdade, sempre anterior ao início dos jogos no belo Estádio da Luz. A águia é da espécie “Imperial Ibérica (Aquila adalberti).” Coisa linda!

O Benfica que não passa pelo melhor de seus momentos, mas que busca retornar ao caminho das glórias e retomar o seu posto de gigante europeu.

O simbolismo da águia é lindo. A imagem é linda. O momento é mágico. Confira:

———–

Continuando na Europa, mais precisamente na Inglaterra, pais dono do campeonato nacional mais legal do continente, o 2º mais legal do mundo, campeonato que teve nesse último domingo o grande clássico Liverpool X Manchester United.

Manchester buscando retomar a liderança do “Inglesão”, enquanto os donos da casa tentavam acalmar os ânimos de seu torcedor, que havia protestado antes da partida contra os donos do clube, os estadunidenses George Gillet e Tom Hicks, devido a pior sequencia de derrotas dos Reds nos últimos anos.

O que estadunidenses entendem de futebol? Eu me pergunto e lhes pergunto.

Bem, fato é que o 2º time mais legal do mundo entrou em campo já pressionado por esse protesto, além das quatro derrotas consecutivas, sendo 2 pelo campeonato inglês e duas pela Champions League. Com 15 pontos, ocupava apenas a 8ª colocação e ainda não contaria com o capitão Gerrard, lesionado.

Entretanto, o que se viu em campo foi um outro Liverpool, o verdadeiro Liverpool, melhor dizendo.

Os Reds não entraram na provocação da torcida adversária, que lançou centenas de balões vermelhos em direção a área de Reina, jocosamente remetendo ao gol do “artilheiro” Balão Vermelho, na rodada anterior. Pegando na saída de bola do Man. U e apostando na velocidade de Torres, o Liverpool foi mais perigoso ao longo de todo o jogo.

Aposta certeira, já que aos 19 minutos do 2º tempo, El Niño Torres abriu o placar. Foi seu 9º gol na competição, chegando a artilharia do campeonato.

O Man. U partiu no desespero e o clima esquentou. Vidic e Mascherano foram expulsos e aos 51 minutos, em grande jogada de Lucas, N´Gog deu números finais a vitória do grande Liverpool. Que agora ocupa a 5ª colocação com 18 pontos. O líder é o Chelsea com 24.
———–

Enquanto escrevo a coluna, escuto uma maravilha de banda que conheci no último sábado – Camera Obscura, com French Navy. Se liga no petardo:

Cheers,