O SANTOS DE NEYMAR É HISTÓRIA SENDO ESCRITA.

Por vocação, aqui no Ferozes FC não tem bajulação. Não há preferência em escrever mais e mais elogiosamente sobre o time de maior torcida, sobre o que tem mais títulos, o que esta na moda ou o time com mais representatividade entre os colaboradores.

Palmeirense que sou, já escrevi textos elogiosos a Corinthians, São Paulo, Santos, Barcelona, Chelsea, Liverpool, Portuguesa. Na mesma medida em que escrevi textos depreciativos ao Palmeiras quando necessário e sem peso na consciência. Assim será com qual clube que fizer por onde. Assim será com quem demarcar terreno. Com quem cravar algum fato novo na história. Com quem fizer história.

História que em futebol vai muito além de ser campeão. Muitos times campeões não são tão lembrados quantos outros que não levantaram taças.

Rápido exercício de memória: Seleção Brasileira de 1982, Palmeiras de 1996 (somente um Paulista), Santos de 1995, Holanda de 1974, Hungria de 1954. Em contrapartida temos campeões com “brilharecos” como a Italia de 2006 e o Brasil de 1994.

Óbvio que o italiano que ler essa nota me mandara cavar valetas. Óbvio que eu adorei o tetra, o país todo adorou o time do gênio Romário. Mas a lembrança afetiva é nossa em 94 e dos italianos em 2006. O mundo não lembrará dessas como seleções que marcaram época, que trouxeram novas perspectivas táticas, técnicas ou seja lá o que for.

Em contrapartida o Universo se lembrará do Barcelona de Pep Guardiola e Messi. Do resgate do futebol extremamente ofensivo, com sua valorização de posse de bola, de passes perfeitos e atordoantes e aí sim, de títulos infindáveis.

Em menor escala, mas ainda assim cravando sua página na história de um clube centenário, o Santos de Neymar, Ganso e Cia. E por que não, na história do futebol brasileiro.

Não somente pelos 8X0 de ontem. O Bolivar não joga a 2ª divisão do Paulistão. Mas além do Santos não ter nada a ver com isso, fez o que se espera de um time de evidente superioridade técnica.

Muito mais do que isso, esse Santos já marcou sua época por lançar às luzes dos holofotes um gênio como Neymar. Gênio sim, na mais pura concepção da palavra. Na mais pura solidão em uma época onde a mediocridade tomou conta do outrora melhor futebol do planeta bola. Na mais simples quebra de recordes, de superação de números inatingíveis até então.

Genialidade única, amparada por um time único, que na mesma esteira do Barcelona projeta no cenário nacional a necessidade latente de outros clubes reverem seus conceitos, de outros treinadores se reciclarem para poder sobreviver no mercado.

Com esse Santos Muricy já provou que pode ser quase imbatível jogando para frente, usando de futebol vistoso, com vocação para marcar gols.

E ele não descobriu a pólvora. O Santos não está fazendo absolutamente nada que nós brasileiros nunca tenhamos visto antes. Mas está sim, em meio a um cenário onde imperam os 3 volantes, a goleada por 1X0, a escola do pragmatismo, trazendo de volta a essência do futebol que já fora nosso.

Exatamente o que se faz lá fora e nós batemos palmas. Exatamente como era aqui antes e quando eles é que nos aplaudiam.

Hoje aplaudem Neymar e Cia, mas na mesma mão do ressurgimento do Santos, a história escrita por esse time santista pode trazer de volta as palmas para todo o futebol brasileiro.

Isso é história sendo escrita. Queira ou não.

 

 

 

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