Surpreender é a marca do craque. A surpresa pode ser do adversário, por não esperar levar o drible desconcertante, a passada mais larga ou veloz que a sua.
Mas a surpresa pode ser do próprio craque. E por ser ele um fora de série, acaba transformando a sua surpresa em improviso.
A tabela com as pernas do zagueiro. O bate e rebate que teima em terminar em seus pés. O domínio feito de maneira errada, mas que lhe permite enxergar adiante e enxertar a genialidade que acaba por se sobrepor ao erro primordial.
Não sou leviano em dizer que Neymar quis fazer o que fez contra o pobre Nunes, da forma que fez. Mas não sou louco de duvidar que sua condição de extra-classe não lhe confira esse feito.
A real é que Neymar fez e criou uma espécie de chapéu – ou seja lá que termo você queira empregar – que eu pelo menos nunca havia visto antes.
Por querer ou não, a conclusão foi pensada, a condução da jogada foi executada.
Neymar é de outro mundo.
Confira:
http://www.youtube.com/watch?v=EY7uKekjWvw