Chazinho de Coca – Sobre Palmeiras X Corinthians + Sobre o malismo alheio.

Alguns clichês tornaram-se marcas registradas desse Campeonato Brasileiro dos pontos corridos: “O 1º jogo vale tanto quanto o último”, “notas de corte”, “tal time aprendeu a disputar o campeonato”, “campeão do 1º turno geralmente leva a taça”, “essa vitória será lembrada como um marco após o título” e etc e etc.

Nenhuma delas fala sobre um empate emblemático. Também não serei eu quem terá a pretensão de cravar um novíssimo jargão. Mas que o empate conseguido pelo Palmeiras diante do Corinthians foi o típico jogo que será lembrado, no mínimo como especial, no caso da conquista do título, disso eu não tenho dúvidas.

Time pressionado pela perda temporária da liderança. O maior rival como adversário, descompromissado com o campeonato, mas sedento para quebrar um tabu de resultados negativos que já é histórico. Além de poder ser o fiel (com o perdão do trocadilho) da balança na disputa pela Taça.

Já era pra ser um momento importante da competição. Tornou-se emblemática após a perda de seu ídolo, escudo, termômetro, Santo. Após a abertura do placar pelo rival. Ao ver que o grande nome do adversário estava inspirado. Ao ver que o seu correspondente em campo não dava sinais de brilho.

A derrota estava desenhada. A destituição de sua condição de líder estava praticamente celebrada pelo detentor provisório do posto.

O time jogava por uma bola, nas palavras de seu treinador. Teve de jogar por duas. As alcançou. Perdeu a tal “gordura” (opa, outro dos jargões) que havia adquirido. Mas ganhou ânimo. Readquiriu a confiança. Manteve a escrita dos últimos 3 anos. Permaneceu líder.

Suou sangue para se segurar onde está. Da mesma maneira que, dizem seus jogadores, os outros terão de fazer para tomar a liderança que é sua há tanto tempo.

Acompanhe os gols do grande clássico:

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Considerações elementares

-Nada disso ou boa parte do escrito acima teria sido possível caso o zagueiro Danilo tivesse sido expulso após a entrada violenta dada em Jorge Henrique;

-Há também de se ponderar que Jorge Henrique é dos grandes “cai-cais” do nosso futebol, o que pode fazer a juizada ponderar 317 vezes qualquer falta contra o jogador;

-Embora a marcação da falta, com a posterior punição de Danilo com o amarelo, deixa claro que o juiz viu a falta, a considerou passível de punição, mas não para expulsão. Consideração equivocada.

– O que não tira o brilho dos comandados de Muricy, da ótima performance ofensiva dos zagueiros palmeirenses e, sobretudo, da belíssima atuação do chileno Figueroa.

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Acerca da “malice alheia”

“Malice” e “malismo”. Termos que não existem, mas que num futebol onde tudo pode, também ganham sua condição de uso.

Mala branca está longe de ser uma ação criminosa como é a mala preta. Mas atrela a si uma série de possibilidades que cheiram mal aos narizes de boa índole. Tanto que é passível de punição. Da pessoa, não do clube.

Mas a punição deve ser aplicada a quem arquitetou a referida detentora de alças, não a quem a delata. Não se deve com ações paralelas, afetar a normalidade do caminhar de uma competição que até então, mostrava-se livre de suposições tenebrosas e maldosas.

Pobre do São Paulo que, gaiato na história e que passou a figurar como candidato a vilão. Ainda que os personagens sejam cruzeirenses e baruerenses(??).

Pobreza de espírito de cartolas de um clube sustentado por prefeitura. Que afastam o artilheiro e o goleiro do time, mas os absolve imediatamente após a realização de importante peleja do certame brasileiro. Isso afeta a tabela. Isso afeta os olhos de quem se posta a acompanhar o mais delicioso dos esportes. Isso afeta uma série de sérios planejamentos.

Isso remete a reclamação de um passado bem recente, quando o hoje líder, contratou jogadores ainda no decorrer do campeonato passado (Marquinhos e Williams). Pratica hoje repetida pelo atual vice-líder, então campeão passado e que, dizem, já contratou Fernandinho, destaque do Barueri.

Ação que incide ainda mais na busca por conjunções e que, segundo Juca Kfouri, mostra os mesmos clubes já em tratativas adiantadas para a utilização da Arena Barueri pelo mesmo São Paulo, no decorrer das reformas do seu Morumbi.

Situações que passariam ao vento, caso a cartolagem do pequeno Barueri tivesse agido dentro do que se entende por normal.

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Cheers,

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