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UMA TORCIDA QUE TEM UM TIME

Primeiramente, um clube como o Santa Cruz faz falta à elite do futebol brasileiro. Principalmente por sua história e grandeza. Ou sua fanática e fantástica torcida. Seu belo estádio, coberto pelo bandeirão da Inferno Coral, que colore e mareja os olhos de seu povo ao mesmo tempo em que aterroriza os adversários. O Arruda é um caldeirão. De emoções e sofrimentos.

Foram seis anos de penúria tentando fugir do limbo impiedoso da Série C. A luz no fim do túnel parecia nunca voltar a acender. Enfim o da libertação chegou. Com mais de 60 mil vozes – o Santa tem média maior do que muitos clubes da Série A: 50 mil por jogo -, a equipe pernambucana bateu o Betim por 2 a 1 no último domingo e garantiu o acesso à segunda divisão do ano que vem – tendo a possibilidade real de estar na primeira no ano de seu centenário.

O que chamo a atenção neste post é para a fidelidade e o limite (se é que existe?) que uma torcida pode ter com seu clube de coração. Nesses seis anos, todo aquele que ainda acredita no poder e magia do futebol, comoveu-se com a derrocada do popular Santinha. Afinal, perspectivas de mudanças nas gestões administrativas do clube só cavavam mais a cova, jogando sempre uma pá de terra nos sonhos esperançosos da torcida. Porém, em meio ao turbilhão de decepções, bravamente o seu povo estava sempre lá. Penando, sofrendo e cantando. Vibrando, cobrando, berrando. Sendo torcedor. Sendo Santa Cruz. Na primeira, na segunda, terceira. Onde for. Como for.

Um amor centenário. De um povo. De uma gente. Gente que precisa viver ao invés de sofrer. Pois futebol é vida. E para esse povo, vida é futebol, representada nas cores branco, vermelho e preto.

Parabéns, Santa Cruz. Volte logo para o seu lugar!

Flávio Caça-Rato comemora com a fanática torcia do Santa Cruz gol que garantiu o acesso do clube pernambucano (Foto: Aldo Carneiro/Lancepress
Flávio Caça-Rato comemora com a fanática torcida do Santa Cruz gol que garantiu o acesso do clube pernambucano à Série B (Foto: Aldo Carneiro/Lancepress)

SANGUE QUENTE!

Embora seu time tenha conseguido a vitória de virada perante o Santa Cruz, pelo Campeonato Brasileiro da Série C, o volante Esley, do Fortaleza, foi duas vezes o vilão do jogo. Primeiro aos vinte minutos da primeira etapa, quando marcou um “golaço” de cabeça. Só que contra. Veja este e os outros gols da partida:

Depois, a cena surreal: Esley dá uma cotovelada em Chicão, do Santa Cruz, que revoltado, vai atrás do agressor, passa a mão no supercílio que sangra e ESFREGA NO ROSTO DE ESLEY! Veja a cena, que culminou em expulsões para todos os lados:

Chicão não se conteve e esfregou sangue no rosto de Esley