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RIFF TRICOLOR

Andreas, o filho do Sr. Siegfried, é tricolor paulista até o osso. Até o último volume, melhor dizendo. Desde que o pai o apresentou ao clube do Morumbi a paixão foi latente, comparada apenas a que ele nutre pela música.

O filho do Sr. Siegfried é Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura. Banda bandeira do heavy metal.

Em meio as turnês não é raro vê-lo com camisetas são paulinas. Amigo, ídolo e fã de Rogério Ceni, Andreas procura usar de suas horas vagas para ir ao CT da Barra Funda trocar uns acordes com Ceni, a quem já presenteou com um amplificador, inclusive.

Em 2010, quando o Sepultura abriu o show do Metallica no Morumbi, Andreas tomou o microfone e mandou: “É um prazer tocar para vocês abrindo o show do Metallica. Mais ainda por tocar nesse lugar, que é o melhor estádio do mundo, do maior clube do mundo, porra!”

Andreas teve seu vínculo com o tricolor ainda mais fortalecido depois de gravar o hino do clube em uma versão cheia de riffs. Confira:

Ainda no youtube você encontra alguns vídeos de baixa qualidade, mas onde é possível ver o momento em que Andreas toma o microfone e fala a frase supracitada.

Já no site http://www.gamaia.com.br/busca/1/Sao-Paulo você encontra diversos artigos do tricolor paulista. Acesse e confira.

 

Micareta do Rock!

Desde o dia em que anunciaram as atrações que se apresentariam na quarta edição do Rock in Rio em terras brasileiras, e que chegou ao seu fim na madrugada da última segunda-feira, sabíamos que as novidades não seriam tão novas assim.

Isso porque Roberto Medina e sua trupe, sempre levam ao extremo a máxima futebolística de que em time que está ganhando não se mexe e escalam para o festival, seja por aqui, Lisboa ou Madri, por onde já passaram, um balaio de gatos sem tamanho de bandas, cantores e coletivos musicais.

O que acaba transformando o evento numa grande estação popular de rádio FM ao ar livre, e que diferente do que o nome sugere, não é nada segmentada, tem para todos os gostos e para todos os paladares.

E nessa última edição, a coisa não foi diferente, foram escalados os expoentes dos mais diversos gêneros musicais,  expoentes, diga-se de passagem, que não são tão novos assim, e que além de velhos, algumas delas não passaram de cópias de si mesmas.

Foi deprimente ver duas veteranas bandas nacionais, Paralamas do Sucesso e Titãs, com a ajuda da mais nova queridinha da MPB Maria Gadú, fazendo um show que parecia ser só por obrigação, de tão fraco e sem vontade que foi.

E a idéia desse Palco Sunset parece que não vingou. O local onde aconteceriam os shows menores, era a de promover encontros. A escalação previa que duas bandas se juntassem no palco para gerar, por meio de uma parceria, shows exclusivos e inovadores.

Só que faltou avisar aos músicos que aceitaram o desafio da organização. Ao longo do festival, o que mais aconteceu foi o revezamento entre as bandas “parceiras”, que faziam shows separadamente, como aconteceu com os parceiros de outrora Tom Zé e Mutantes.

Outro fenômeno que se pode observar em todos os dias em que o festival rolou, e não se sabe ao certo se a pedido dos produtores, foi o número exagerado de versões que quase todas as bandas “presentearam” a platéia.

Poucas delas foram classe, como as do Stevie Wonder, que interpretou How Sweet It Is do Marvin Gaye e Garota de Ipanema do Tom Jobim, e também a versão que Janelle Monáe fez para o I Want You Back dos Jackson 5.

Muitas delas pareciam ser apenas uma carta na manga para ganhar o público. Qualquer gesto de descontentamento ou ameaça de vaias, os artistas sacavam uma cover da cartola. Ai o que se viu foi a Pitty tocando um Nirvana daqui, a Banda Gloria fazendo uma versão do Pantera ali, e até a Claudia Leitte, que dias depois da sua apresentação comparou os roqueiros a um certo ditador nazista, utilizando-se de um Led Zeppelin acolá.

Nunca na história desse pais um grito de qualquer show de rock que se preze foi tão presente e acatado, como nessa edição do Rock in Rio. O “toca Raul”, foi um dos mais gritados e prontamente executado por várias atrações.

No final da história acabaram ganhando os times dos Medinas e também dos fãs, que não medem esforços para verem seus ídolos e querem se divertir a qualquer custo, mesmo que a sua atração favorita não esteja em uma tarde ou noite das mais inspiradas.

Mas quem ganhou mesmo foi a turma do metal, que tecnicamente tiveram os melhores shows. Bandas como o Slipknot, System of a Down, Motörhead e Sepultura deram espetáculos que agradaram até mesmo quem não aprecia esse gênero musical.

Mas para que fazer um Metal in Rio, quando se pode fazer uma Micareta do Rock e faturar mais, bem mais? 

Não há algo mais rock que um mosh

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