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Os dois lados da moeda: Fla e Flu se garantem na Libertadores.

1. FLAMENGO

Quarenta e cinco minutos que valeram por muitos – e muito – mais. Que jogão de bola foi o Flamengo e América/MEX no segundo tempo. Esse texto está baseado na segunda etapa da partida – da primeira só vi os melhores momentos.

Enfim, os 45 minutos finais do jogo iniciaram-se com jogo empatado em 1×1 – o rubro-negro abriu o placar com gol de Marcinho e a equipe mexicana empatou. O empate não era mau resultado para o Fla, que, imaginei, poderia até ter optado por gás para a finalíssima do carioca no próximo final de semana.

Para minha agradável surpresa, os rapazes capitaneados pelo grande Joel consideraram as possibilidades do jogo e resolveram arriscar. O que tinha tudo para se tornar um jogo retrancado, ou mesmo complicado para o Flamengo, transformou-se numa das partidas mais emocionantes dos últimos tempos: os dois times jogando aberto em busca do gol. Parecia uma pelada.

Depois de oportunidades criadas mas mal concluídas, Marcinho abriu o placar do segundo tempo. Pouco tempo depois o América empatou. Pensei: “que broxada, os mexicanos vão pressionar e vai ser duro segurar o rojão”. E assim foi por alguns minutos.

O Flamengo, então, mostrou enorme poder de recuperação e retomou o controle do jogo. Resultado final: Flamengo 4×2 America. Marcaram para o rubro-negro, além de Marcinho, Tardelli e Léo Moura.

Muito da vitória do Flamengo deve ser atribuída ao já saudoso Joel Santana – nosso querido Tio do Churrasco – e sua prancheta mágica. Joel arriscou alto, abriu o jogo improvisando nas laterais – Juan no primeiro tempo e Leonardo Moura só segundo.Tal qual na primeira partida final contra o Botafogo, o Fla terminou a partida com mais atacantes do que começou, três: Tardelli, Marcinho, Obina (que entrou no segundo tempo no lugar de Souza).

É momento, também, de saudar a diretoria do clube, que esse ano não cometeu a bobagem de contratar um grande nome de alto custo e investiu no elenco. Souza, Obina, Marcinho e Tardelli podem não ser imperadores, mas, como aplicados obreiros, permitem ao técnico variações durante o jogo. Prefiro assim.

2. FLUMINENSE

Ainda não assisti o jogo do tricolor carioca, mas vale registrar também a vitória fora de casa dos comandados por Renato Gaucho por 2×1 contra o Atlético de Nacional de Médelin, na Colômbia. A próxima fase da Libertadores tem tudo para ter dois times do Rio.

La Mano de Díos – No sufoco

No sufoco

Duas partidas suadas nesses últimos dias.

Na quarta-feira, em jogo pela Libertadores, o São Paulo recebeu o Atlético Nacional no Morumbi. Dado o resultado do outro jogo da chave – Sportivo Luqueño e Audax -, até a derrota classificaria o time tricolor. Mas nada disso é desculpa para um jogo chato, e a cabeça iluminada de Alex Silva abriu o placar, depois de um cruzamento perfeito de Zé Luis.

Parecia que as coisas iam engrenar, e que o São Paulo ia dar um baile no bravo time do Nacional. Mas não. O jogo foi esfriando, esfriando, esfriando e o 1×0 às vezes parecia goleada, visto a falta de criatividade do Tricolor e as falhas grotescas de Richarlyson e André Dias, resolvidas pela ação rápida e certeira de Rogério Ceni.

No fim das contas, o magro resultado foi uma sapecada, pois é graças a esse 1xo que o São Paulo pegará o fraco Nacional de Montevideo nas oitavas.

O time mais uma vez não jogou bem, e foi na garra e na vontade que venceu o jogo. Porém, como o próprio Muricy disse após a partida, só isso não vai bastar. Acabou a festa, agora a Libertadores fica séria, e, se algo não mudar, o Tricolor pode mais uma vez morrer na praia.

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Na quinta-feira foi a vez do Palmeiras entrar em campo pela Copa do Brasil contra o duríssimo Sport de Recife.

E dessa vez, o time de Luxemburgo e Valdívia não mostrou um futebol vistoso, diferente do que vinha fazendo nos últimos jogos do Paulistão. Ao contrário, era o Sport que pressionava, obrigando o Santo Marcos a fazer milagres logo no primeiro tempo.

A situação não melhorou no segundo tempo, e foi o Sport quem continuou dando sufoco. O 0x0 calou o Palestra Itália. Agora, meus camaradinhas, a coisa fedeu, pois ganhar do Leão na Ilha do Retiro é pedreira, ainda mais depois da dureza que será o jogo contra a Ponte no domingo!

E no fim das contas, para que serviram essas duas partidas? Para mostrar aos dois times que ainda há muito a ser feito. Talvez para dar mais uma injeção de realidade aos dois maiores da capital no momento.

Pois é, meus amigos, me despeço aqui já pensando no jogo de domingo. Acredito que a Ponte Preta não vá fazer feio, e dedico a música do dia à Macaca: Jimi Hendrix – Fire