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SELEÇÃO DA COPA – EQUIPE FEROZES FUTEBOL CLUBE

Amigos, a Copa acabou. É triste, é desolador, vai levar dias até que nos acostumemos a esse fato. Mas se agora está tão difícil lidar com isso, sinal de que a Copa foi muito mais que uma Copa, mas a tal entre as demais.

Não sou eu quem está dizendo, são os números, são as vivências, nossas experiências, são as evidências. Estes 30 dias que se passaram num piscar de olhos foram uma tremenda publicidade positiva do país – veja bem e releia atentamente – DO PAÍS – não de governos e interesseiros. Pois se dentro de campo o Brasil perdeu – e feio – fora dele venceu de lavada.

E se tivemos todo esse brilho fora dos gramados, o que não dizer das estrelas que fizeram dessa edição de Copa algo para história?

A Copa das Copas teve o mais merecido dos campeões. Uma seleção que se identificou com o Brasil muito mais – mas milhões de anos luz a mais – que a sua própria seleção. Seja em simpatia ou bola nos pés.

Assim sendo e como é de praxe, a equipe do Ferozes FC montou suas seleções, com aqueles que entendemos terem sido os melhores em suas posições, independente de fase em que se tenha caído.

Confira e mande também a sua seleção:

 

João Paulo Tozo

Goleiro: Ochôa (México)

Laterais: Lahm (Alemanha) e Ricardo Rodriguez (Suiça)

Zagueiros: Ron Vlaar (Holanda) e Hummels (Alemanha)

Meio-campistas: Mascherano (Argentina), Schweinsteiger (Alemanha), James Rodriguez (Colombia), e Kroos (Alemanha)

Ataque: Robben (Holanda) e Muller (Alemanha)

Técnico: Louis Van Gaal (Holanda)

Craque da Copa: Arjen Robben (Holanda)

 

Almir Breviglieri Jr.

Tim Howard (Estados Unidos)

Philipp Lahm (Alemanha)

Stefan De Vrij (Holanda)

Daley Blind (Holanda)

Dirk Kuyt (Holanda)

Javier Mascherano (Argentina)

Bastian Schweinsteiger (Alemanha)

James Rodríguez (Colômbia)

Lionel Messi (Argentina)

7-Arjen Robben (Holanda)

9-Thomas Muller (Alemanha)

Técnico: Louis Van Gaal (Holanda)

Craque: Arjen Robben (Holanda)

 

Rene Crema

Keylor Navas, – Costa Zica

Lahm,  – Alemanha

Garay – Argentina

Gonzales – Costa Rica

Rojo; – Argentina

Schweinsteiger, – Alemanha

Mascherano, – Argentina

Tony Kroos, – Alemanha

James Rodriguez – Colombia

Robben,  Holanda

Thomas Muller; Alemanha

Tecnico Van Gaal Holanda

Craque: Arjen Robben (Holanda)

 

Márcio Viana

Navas (Costa Rica);

Lahm (Alemanha), Gonzalez (Costa Rica), Vlaar (Holanda)  e Blind (Holanda);

Mascherano (Argentina), Schweinsteigger (Alemanha) e James Rodriguez (Colômbia);

Messi (Argentina), Muller (Alemanha) e Robben (Holanda)

Treinador: Louis Van Gaal (Holanda)

Melhor jogador: Robben (Holanda)

 

Felipe Oliveira

Neuer (Alemanha);

Lahm (Alemanha), Hummels (Alemanha) , David Luiz (Brasil) e Blind (Holanda);

Mascherano (Argentina), Kroos (Alemanha) e Schweinsteiger (Alemanha);

Robben (Holanda), Messi (Argentina) e Müller (Alemanha)

Treinador: Louis Van Gaal (Holanda)

Melhor jogador: Robben (Holanda)

Gregorio Possa

Neuer;

Lahm, Hummels, Demichelis, Blind;

Mascherano, Schiwinstgner, Kroos e James Rodriguez;

Robben e Müller.

Melhor jogador: James Rodriguez (Colômbia)

Técnico: Luis Pinto (Costa Rica)

 

Marcos Vinicius Boiko

Neuer

Lahm, David Luiz, Garay, Armero

Luis Gustavo, Kross, James Rodrigues

Roben, Messi, Muller

 

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FOI NO TAMANHO DO TRABALHO A SER FEITO

Jogadores alemães pediram desculpas ao povo brasileiro após o massacre que empregaram contra a seleção dona da casa. E isso dá uma medida bem sincera do tamanho da surra que empregaram.

O vexame apaga de vez um pseudo vexame decantado, reproduzido e repaginado a cada nova menção feita ao fantasma de 50, ao gol via “falha” de Barbosa e a perda do título em pleno Maracanã. Este foi, por si só, suficientemente grande para deixar qualquer derrota passada com aspecto de triunfo.

Ainda é muito recente, sequer tivemos 24 horas para se levantar do nocaute. Então do mesmo modo que é perigoso apontar os problemas, torna-se fácil escolher o vilão. E o perigo do julgamento falho se sobrepõe ao apontamento direcionado. Uma coisa é certa: Para onde se olhar existem erros. Uma verticalização de erros, onde como pastas virtuais vão se abrindo e mostrando erros pontuais, que se somam e mostram o que foram, de fato, estes 7X1.

É justo apontar o dedo na cara de Felipão e elege-lo o culpado?

Não acho que seja assim. Ele está lá por que alguém o colocou. E quando lá foi colocado, boa parte dos torcedores e dos críticos mostrou-se satisfeita. Lembram-se da situação vivida pela seleção naqueles tempos?

Falo um pouco neste post de 2012, quando da escolha de Scolari:

http://ferozesfc.com.br/felipao-na-selecao/

É óbvio que Scolari tem imensa parcela de culpa. Em textos recentes apontei o estranhamento no pouco trabalho realizado durante os preparativos para a Copa. Mais ainda após a terrível partida contra o Chile, usando menos da metade do tempo para consertar o time. Veja:

http://ferozesfc.com.br/o-arrependimento-de-felipao/

 

Mesmo a principal virtude do treinador, que sempre foi a de aglutinar o grupo em torno de seus objetivos, parece ter sido deixada de lado quando trouxe a público seus arrependimentos sobre os convocados. Felipão parece ter perdido a mão também fora de campo. Dentro dele não a teve durante toda a Copa.

A insistência com jogadores em terrível momento técnico. A nítida falta de estudos sobre os adversários. Entrar completamente aberto e exposto contra uma Alemanha que atua junta há pelo menos 6 anos, sem contar com seus principais expoentes técnicos, é a clara evidência disso. Depois ser passivo ao longo de um primeiro tempo que parecia eterno, não enxergando ou fazendo vistas grossas para o fato de que era necessário povoar o meio campo para ao menos diminuir o vexame. Morrer abraçado com seus comandados é uma metáfora que não precisava ter sido levada tão ao pé da letra.

Mas Felipão é a vidraça da hora. Ao acreditarmos que o Brasil possui uma geração top de linha, erramos também. Não temos sequer um meia. Coisa que Oscar não é e nem tentou ser. Sua Copa foi risível.

Nossos laterais estão arcaicos e a necessidade em fazê-los seguros diminuiu a efetividade de gente que ao menos mostrava estar a fim de fazer algo, como Hulk.

Thiago Silva é um “monstro” de zagueiro, mas fez uma Copa abaixo do esperado, sobretudo no papel de líder. David Luiz, o único a fazer uma Copa excelente, o guardou no bolso.

Neymar, o outro que fez boa Copa e o único a dar poder de fogo a essa seleção, foi retirado de batalha com uma contusão comovente.

Fred foi invisível, assim como Paulinho, como Oscar, como quase o time todo. E olhando para o banco de reservas, o assombro técnico mostra-se mais evidente. Ninguém com condições de dar um xeque-mate no adversário, prover a seleção de alternativas técnicas.

“Mas foi Felipão quem os escalou. A culpa então é dele”.

É, mas não é. Quando a convocação final saiu, poucas eram a reticências. Henrique? Philipe Coutinho? Mas não houve grandes discordâncias, sejamos justos. É o que tinha. É o que temos hoje.

Para se ter uma noção da discrepância, Joachim Low tem a sua disposição no banco Mario Gotze, André Schürrle e Lucas Podolski. Todos seriam titulares da seleção brasileira com uma das pernas amarradas. E isso sem levarmos em consideração que Marco Reus e İlkay Gündogan foram cortados da lista final por contusão, sendo que o primeiro seria titular do time.

E se essa geração brasileira não é de primeira, muito se dá pela formação. Dai encontramos culpados nos clubes, nos treinadores das bases, mas, sobretudo, na CBF. A entidade dá de costas para as questões intestinas do futebol brasileiro. E isso impacta diretamente no que temos no topo da cadeia.

Nossos treinadores são irrelevantes no cenário do futebol mundial. Todos eles, sem exceções. Alguns com mais êxito em emplacar um trabalho tacanha, mas efetivo, como Tite.

Mas pensando bem. É de mais um que prioriza o resultado a todo custo que a seleção brasileira precisa?

Não creio que seja. E assim sendo, não está na solução caseira uma reformatação estrutural da seleção. Quem sabe essa vergonha histórica já não sirva para derrubarmos o preconceito histórico contra treinadores estrangeiros? Infelizmente, estão lá fora os melhores do mundo, hoje.

Não precisava ter sido 7X1, mas a derrota mostra o tamanho do trabalho a ser feito. E Felipão está longe de ser o único acerto a ser feito a partir desse novo trabalho que precisa começar desde já.

Mas ai tem o Marin. Tem o Del Nero. E há esperanças, que quase morrem quando confrontadas com estes nomes. Mas é o que se tem hoje.

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O ARREPENDIMENTO DE FELIPÃO

Que Felipão reuniu um grupo de jornalistas dia desses para esclarecer algumas situações da preparação da seleção e pontuar outros, todo mundo já está careca de saber.

Fez certo o Bigode?

A meu ver, não fez errado. O que é diferente de ter feito o certo. Complicado? Explico.

Reunir jornalistas para conversas informais em meio a competições não é novidade, nem mesmo em se tratando de Felipão. Parreira já fez, Tele já fez. Se o intuito é colocar a par da situação e bater um papo, não há problemas. Se for para pautar a imprensa, sim. Se for para clamar por um “jornalismo parça”, tá errado ele e quem aceitar fazê-lo.

Não parece ter sido isso. Então legal, prossigamos.

Chegamos então às impressões dessa conversa toda. Vendo ontem o Linha de Passe, da ESPN, PVC, um dos jornalistas presentes na reunião, disse que Felipão deixou escapar que havia se arrependido de convocar somente um jogador entre os 23 que buscam o hexa.

Depois de todo o parto da classificação contra o Chile, os choros por todos os cantos, tremedeiras nas penalidades, o líder da equipe tornar isso público é erro crasso. Não para Neymar, David Luiz, Hulk, Julio Cesar, Oscar e alguns que são peças fundamentais desse time, mesmo que não estejam jogando bem. Mas pense em como pode receber uma informação dessa um Hernanes da vida? Jogador que sequer é cogitado para entrar ao longo das partidas, mesmo a disposição tática do time muitas vezes implorar por um jogador com suas qualificações.

Paulinho está mal, entra Fernandinho, Ramirez, William, entra até Henrique, improvisado, mas nunca o jogador da Inter de Milão.

Se me perguntarem se eu acho que seja ele o arrependimento de Felipão, eu vos respondo que sim, acho que seja. Mas se não for ele, alguém será. E essa dúvida pairando em um ar pesado como tem sido dessa seleção, jovem seleção, com um peso de 200 milhões de cornetas nas costas, não tem como reverberar bem.

Não sei se existe alguma tática scolariana genial nesse contexto todo e que eu não esteja conseguindo captar. Não duvido, conheço bem o trabalho de Felipão e não me surpreenderia ser surpreendido por ele. Mas sem o viés da conspiração, não consigo entender onde tornar essa informação pública possa beneficiar essa assustada equipe.

*

O jogo contra o Chile aconteceu no sábado, às 13:00. O time voltou a trabalhar hoje, quarta-feira, antevéspera do jogo contra a Colômbia. Imaginemos terem sido usados esses dias sem trabalho de campo para recuperar o moral do time. Ainda assim, dos cinco dias que teria para acertar o time em campo, a CT abdicou de metade deles para “descanso”.

Se não me parece momento apropriado para declarações desnecessárias, menos ainda para descansar mais do que trabalhar.

Espero me enganar, claro. Mas enquanto espero, vou achando tudo isso muito errado.quem será

LUIS SUÁREZ E O BOM MOCISMO

Vivemos um ode ao bom mocismo ou um descaramento da falta de critérios?

Luis Suárez é uma das estrelas da Copa, craque, fora de série, foi o melhor jogador da última premier league, altera para muito acima o patamar de uma mediana seleção uruguaia.

Em 2010 o mesmo Suárez ganhou notoriedade no universo da bola ao salvar o Uruguai da eliminação nas quartas-de-final contra Gana em um lance onde impediu gol certo do adversário, tirando a bola de dentro do gol com a mão. Penalti, expulsão do então jogador do Ajax e classificação nos pés de Gyan. O ganês perdeu o pênalti e a cena de Suarez de costas para o lance antes de sair do gramado e comemorando somente ao escutar o grito de seu torcedor virou um dos maiores símbolos de valentia e heroísmo na história das Copas.

Mas se olharmos bem para o lance, Suarez foi tão leso esporte naquele momento quanto foi ontem ao morder o ombro do zagueirão – que também adora uma canela alheia –  Chiellini, da Itália. Ele impediu com uma infração um gol que tirou de Gana a chance de fazer história. Mas fez a sua, fez mais uma história de seu Uruguai.

Quem deve estar P da vida com Suarez é a sua equipe, sua nação. Pois por conta disso o Uruguai deve pagar caro na Copa. Muito embora Suarez tenha créditos eternos com seu torcedor pelo que fez em 2010.

Suárez carrega consigo uma carga emocional e explosiva semelhante a que Edmundo carregou ao longo de seus áureos tempos. Genialidade acima do comum na mesma medida explosiva e incompreensiva.

Mas porque Suárez merece a crucificação e Zidane não mereceu também na final da Copa de 2006 com sua cabeçada em Materazzi? Veja bem: NA FINAL da Copa.

Por que Suárez não merece a mesma complacência que Leonardo recebeu em 1994 quando causou uma lesão CRANIANA em Tab Ramos, da seleção estadunidense? E aqui falo da complacência do torcedor.

Nesta fantástica Copa que acontece em nossos quintais, “picolés de osso”, como andam chamando as clássicas cotoveladas alguns comentaristas e narradores da Copa, vem sendo distribuídos aos borbotões. Qual é a chance de uma mordida no ombro causar mais lesão que uma cotovelada na cabeça?

O bom mocismo desses personagens lhes dá alvará para se esbaldar em erros tão grandes ou maiores aos que do uruguaio?

Por qual razão em 2010 ele não foi tão crucificado pelos mesmos que agora lhe chamam de mau caráter ou pedem sua exclusão da Copa ?

Suarez merece uma punição. Mas a Copa não merece ficar sem ele.

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