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Café com Leite: Duracell


Texto: Beto Almeida

Fotos: UOL

Caramba, o Corinthians não perde a mania de dar uma força pros lanternas, parece pilha alcalina. A secadeira dos torcedores rivais foi monstro e o Atlético Goianiense levou de 3 a 1 o jogo contra o Todo-Poderoso.

Também, a tragédia já estava anunciada: a semana inteira a imprensa esportiva falando da provável ida de Mano Menezes para a seleção brasileira. Pô, o cara tava com a cabeça inchada de tanto blá-blá-blá, como ia se concentrar em dirigir o time nesta partida?

Fato é que o Mais Querido começou melhor a partida, tocando a bola e jogando bonito. O alvinegro perdeu inúmeras chances de abrir o marcador, mesmo porque o time goiano não é o último colocado à toa.

Aí me vai o Chicão querer sair jogando como se fosse o Falcão… Claro que perdeu a bola, possibilitando um contra-ataque (ainda tem hífen?) pro Atlético-GO. Júlio César derruba Rodrigo Tiui na área, é pênalti.

Chicão – guarde esse nome, vai aparecer novamente no texto.

Robston bate e marca pro Atlético.

Beleza, é tradição sofrer, o coração agüenta, vamuquevamu, pra cima dos caras que tá fácil. E tava mesmo, conseguimos o empate logo depois numa bela trama do ataque corinthiano. Bruno César faz cruzamento que Danilo escora de cabeça para Iarley fuzilar para o gol. É noise.

Danilo – guarde esse nome, vai aparecer novamente no texto.

Acaba o primeiro tempo. Volto daqui a 15 minutos.

Um…

Dois…

Três…

Quatro…

Cinco…

Seis…

Sete…

Oito…

Nove…

Dez…

Onze…

Doze…

Treze…

Quatorze…

Quinze.

Beleza, tamu de volta e os dois times voltam pro segundo tempo. Quer dizer, só os goianos voltaram, porque o Todo-Poderoso parece que ficou no vestiário. A gente voltou jogando como se fosse o Santos. Ou o São Paulo. Ou, blargh!, o Palmeiras.

Lembra do Danilo? É aqui que volto a falar dele. Tá certo, o cara veio do Japão, tudo bem, o lugar é do outro lado do mundo. Mas ele é o maior caso já registrado de jetlag da história. A figura simplesmente ainda não acordou.

Daí que vai me cruzar uma bola pro outro lado do campo, chuta no juiz. É claro que perde ela na volta, contra-ataque dos goianos de novo, pegando nossa defesa desarrumada, pimba!, 2 x 1 e a segunda maior torcida do Brasil (a anti-corinthiana) comemora ensandecida.

É aquilo, corinthiano sofre e tal…

Bola pra frente, vamos virar a bagaça. Aqui é Coríntia!, já dizia um general grego, nas batalhas e no cinema também. Ou era algo parecido com isso.

Daí que Iarley é derrubado na área do adversário. O juiz marca o pênalti. É noise.

Lembra do Chicão? É aqui que volto a falar dele. Não satisfeito em ter feito a cagada no primeiro gol do Atlético, me atrasa a bola pro goleiro quando cobra o pênalti. Valeu.

Mano… Vaipra seleção. Quem é que coloca Chicão pra bater pênalti quando tem Roberto Carlos no time?

A segunda maior torcida do Brasil comemorou, e comemorou novamente quando o Atlético Goianiense fez o terceiro gol, encerrando a partida e acabando com a nossa invencibilidade. Enquanto isso, a maior torcida do Brasil ia dormir com a cabeça um pouco mais quente, nem tanto, talvez só uma coceirinha. A gente ainda é líder da bagaça, seus secadores dugarai!

Agora o Timão pega o Guarani no domingo, ou no sábado, sei lá. Mas não me arrisco a fazer previsões. Dá zica.

Menino da vila: Sem estrelas, Santos vence a primeira no Brasileiro



Texto por: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com


Antes de comentar o que ocorreu de melhor na partida de hoje entre Atlético-GO e Santos, vale uma menção ao ocorrido nesta semana com alguns dos principais jogadores santistas – Neymar, André, Mádson e Ganso – que chegaram atrasados a concentração e foram duramente punidos por Dorival Jr (além de multa, foram cortados da partida de hoje). Há quem conteste a punição imposta pelo comandante alvinegro, mas como forma de evitar privilégios – já que os jogadores envolvidos na polêmica tem maior impacto na mídia – e colocar todos os jogadores no mesmo patamar de importância dentro do grupo, considero a punição válida. Somando isso ao desfalque de Robinho que está com a seleção brasileira em Curitiba, o Santos veio a campo com a seguinte equipe: Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Arouca, Wesley, Marquinhos e Zezinho; Marcel e Zé Eduardo.

Mesmo com tantos desfalques o Santos teve a primeira chance do jogo com Marquinhos que cobrando falta, exigiu uma bela defesa do eficiente goleiro do Atlético-GO. Os santistas ainda tiveram uma chance nos pés de Zé Eduardo que bateu cruzado pra outra bela defesa de Márcio e um pênalti não marcado pelo árbitro em cima de Wesley. O time da casa só teve sua primeira chance quase aos 30 minutos com Thiago Feltri, mas parou no goleiro Felipe, a última jogada a ser destacada na primeira etapa foi o gol perdido por Marcão camisa 9 do time goiano que na cara do goleiro santista chutou pra fora de forma bisonha pondo fim á um equilibrado primeiro tempo.

O jogo não empolgava nem torcedores goianos nem torcedores santistas, o Atlético parava na falta de qualidade de seus jogadores e o Santos na falta de entrosamento do time em meio a tantos desfalques. Na volta para o segundo tempo os alvinegros impuseram seu jogo e não precisaram de muito esforço para comandar a partida, após duas magistrais defesas do camisa 1 do time goiano em chutes de Marquinhos, o Santos abriu o placar em sua mais eficiente jogada – o contra-ataque, Wesley recebeu passe do próprio Marquinhos e acertou lindo chute da entrada da área abrindo caminho para vitória santista. Poucos minutos depois a equipe alvinegra teve um gol anulado corretamente pela arbitragem, alegando toque de mão do jogador Marquinhos. Porém a demora em invalidar o lance causou uma confusão desnecessária. O Santos continuou atacando e conseguiu o segundo gol, dessa vez totalmente legal, com Zé Eduardo que recebeu passe preciso de Alex Sandro e completou para o gol. Em sua única chance na segunda etapa os goianos diminuíram com Boka que após nova falha da retaguarda santista completou para o gol na saída de Felipe. O ponto positivo da partida foi a comprovação de que o Santos tem sim um elenco forte que pode conciliar mais de uma competição já que no segundo semestre além das finais da Copa do Brasil terá o restante do Brasileiro e a Copa Sul-Americana.

Agora o Santos receberá mais um recém promovido a Série-A, o Guarani, quarta-feira na Vila Belmiro e tentará emplacar sua segunda vitória no campeonato para dar uma tranqüilidade á equipe que domingo que vem enfrentará o Corinthians. Antes de finalizar quero registrar aqui meu elogio á alguns jogadores que estão mostrando um belo e eficiente futebol mesmo sem o estardalhaço da mídia, são eles: Wesley, Arouca e Pará, estes considerados coadjuvantes da equipe vem dando suporte ás estrelas do time e na ausência delas decidem os jogos a favor do Santos. Parabéns.

Chazinho de Coca – A palavra de ordem no Palmeiras é ousar. Mas que seja contra o adversário e não contra a torcida.

Texto: João Paulo Tozo
Foto: Ari Ferreira (para o Lancenet)

Mais uma vez o Palmeiras teve maior posse de bola – algo em torno de 60% – mais uma vez tramou boas jogadas pelo meio, sobretudo com Lincoln – que cada vez mais se aproxima do Lincoln que fez sucesso na Alemanha – e Cleiton Xavier, que retornou ontem ao time depois de tempos fora devido a contusão. Mais uma vez o Palmeiras não soube o que fazer com toda essa posse de bola.

A sabedoria do que fazer com ela talvez estivesse guardada no bolso de Diego Souza, que apático e destemperado, não soube receber as JUSTAS vaias da torcida – e torcida é torcida. Seja do amendoim, das arquibancadas, do televisor, do radinho de pilha. Todos formam uma única torcida. Ofendeu a todos esses os gestos de Diego.

Com Diego sendo o Diego dos últimos meses, Robert era pouco alimentado. Meu “protegido” não foi bem, mas era o único homem de área e a meu ver Tonhão errou ao sacá-lo para colocar Everthon. Acertaria o técnico se tivesse feito a troca com Diego Souza.

Bem, esses detalhes já são favas contadas.

No 1º tempo o Atlético GO adiantou seus laterais, travando as subidas de Armero e Marcio Araujo. Lincoln e Xavier ficaram sobrecarregados, mas deram boa conta do recado. Na 2ª etapa Marcos Assunção ficou mais resignado a marcação, com Edinho sendo quase um 3º zagueiro. Os laterais avançaram e os cruzamentos passaram a ser uma das tônicas. Até nisso o erro na substituição de Robert foi flagrante.

Marcão teve trabalho, operando ao menos 3 milagres daqueles que só ele opera.

Se o Palmeiras teve gol de Robert acertadamente anulado na 1ª etapa. O Atlético teve na 2ª, aparentemente bem anulado. Nesse confesso que preciso rever o lance mais vezes.

Quando Diego Souza já havia mandado toda a coletividade alviverde tomar suco de caju e Paulo Henrique entrado em seu lugar, eis que o centroavante xará do Ganso santista sofreu pênalti , aos 49 minutos. Veja que eu estou afirmando. Ele sofreu pênalti. Li muitos cornetas dizendo que não foi. Foi sim. Como já havia sido toque de mão atleticana dentro da área no começo do 2º tempo.

“Ah mas você mesmo diz que jogador no Brasil parece de vidro porque qualquer coisinha é falta”.

Digo mesmo. Mas se para Gaciba um sopro na orelha é falta, um braço sobrando no pescoço/peito/cara/sei lá onde é mais que isso. Dentro área portanto, pênalti. Não deveria ser assim. Mas dentro dos padrões “Gacibisticos” é.

Terminou 1X0 como no duelo contra o Atlético PR. Isso dá ao time a chance de ousar na postura em Goiânia, já que um gol verde obriga o rival a marcar 3.

Ousar é um verbo que o elenco de Tonhão precisa conjugar muito até o próximo duelo. Ousadia ofensiva que tem faltado ao time. Ousadia que Diego Souza deve deixar de usar no enfrentamento a torcida e exercer contra os rivais, em campo, na bola. Usando o futebol que ele sabe jogar sim. Mas que esqueceu no bolso de alguma calça em algum momento da temporada passada.

Veja os lances:

Despeço-me do feroz, seja corneta ou não, deixando o petardo musical que me acompanha enquanto escrevo o post: The Cure – Friday I´m in Love

Cheers,