O vexame de Rubinho


Falar bem de Jenson Button ou do ótimo desempenho da Brawn virou lugar comum. Vou gastar umas linhas aqui falando de Rubinho Barrichello.

Após obter a terceira posição no Grid Rubinho declarou que preferia a terceira posição à segunda para largar. Pois bem, é fato que o lado mais emborrachado, e portanto, mais favorável para largada no circuito da Turquia é o que tem as posições ímpares. Rubinho, tecnicamente, não estava de todo errado – sua declaração tinha lá algum fundamento.

Porém isso não é coisa que se diga. Parece coisa de mau perdedor, especialmente considerando que na segunda posição tínhamos, justamente seu colega de equipe, Button.

No domingo fiquei curioso para o desempenho de Rubinho. Será que sua tese se confirmaria e ele tomaria, com tanta facilidade como sua declaração faria supor, a posição de Button?

Ora ora. Rubinho mal largou. O carro refugou e o brasileiro caiu lá para além da décima posição. Tentou recuperar-se até atropelar uma Force India. Teve o aerofólio dianteiro quebrado e a corrida, que já estava prejudicada, perdeu-se de vez. Rubinho sequer a completou.

Rubinho vem sendo prodigioso em situações, no mínimo, constrangedoras – como puxar corinho de ofensa a Schumacher em uma danceteria.

Em que pese a segunda posição no campeonato de pilotos, pessoalmente considero essa temporada a mais frustrante de toda a carreira de Barrichello. Button está dando-lhe uma goleada. Foram seis vitórias contra nenhuma de Rubinho. Nenhuma vitória e o brasileiro não chegou sequer perto de uma.

Dessa vez não há desculpa de favorecimento prévio, de carro ruim, peso da expectativa pela morte de Senna. Não há nada: Rubinho tem que se haver com suas limitações, sem desculpas.

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