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Do blog do Flávio Gomes – Nelsinho Corre na Hungria.

O título da coluna não diz bem o quanto é bom o texto da coluna de hoje do torcedor da Lusa e especialista em esportes automotivos, Flávio Gomes.

É uma bela espinafrada na nossa caríssima Rede Globo. A mesma que prioriza jogos adiados da 1ª metade do BR09 (que a própria adiou) e que quase ignora a grande decisão do ano no futebol brasileiro, a final da Libertadores.

Segue:

SÃO PAULO (o mundo dá voltas) – Nelsinho Piquet acaba de anunciar (neste caso, o verbo cabe) em sua página no Twitter que correr na Hungria. E o fez mandando um recado (de novo bem-humorado) a Galvão Bueno, que “anunciou” sua saída ontem à noite na TV.

Valem algumas reflexões.

Não estou aqui, ao contrário do que muita gente vai imaginar, “comemorando” a “barriga” — jargão jornalístico para informações que acabam não se confirmando. Galvão tinha a informação ontem e deu, assim como nós, do Grande Prêmio, já havíamos informado sobre a cláusula de performance de Nelsinho meses atrás.

São duas as questões neste episódio. Primeiro, a performance de Nelsinho como piloto de F-1. Sua permanência na Hungria não faz com que eu mude uma vírgula sobre o que escrevi dois posts abaixo.

Acho que uma substituição seria plenamente justificada, tecnicamente. Se o time vai lhe dar mais uma chance, ótimo para ele. Quem sabe dá uma virada e, com um carro igual ao de Alonso (que mostrou em Nürburgring ser melhorzinho, já que o espanhol fez a melhor volta da prova), consiga algo. Pode ser que o episódio todo do sai-não-sai também mexa com sua cabeça, se concentre mais, sei lá. Acho improvável, mas é a chance que ele tem, que agarre.

A outra questão é a jornalística. Reproduzo abaixo resposta que dei ao blogueiro Rafael Chinini sobre o post do início da madrugada de hoje, a história do “anúncio do Galvão”:

“Realmente é difícil se fazer entender por aqui. Não esculachei notícia nenhuma, é notícia velha. A discussão é sobre o caráter oficial que as coisas ganham quando é a Globo (no caso, SporTV) que dá. Vira “anúncio”, como no caso da gravidez da esposa de Massa. Aí recebo dezenas de e-mails pedindo para comentar “o anúncio do Galvão”… A Globo, na sua linha ufano-nacionalista, não toca no assunto até que ele seja consumado, porque é contra a linha editorial da empresa fazer qualquer crítica aos atletas brasileiros em qualquer modalidade. Eles não erram, são suas equipes; eles não são lentos, são seus carros. A Globo criticou a preparação da seleção para a Copa de 2006? Não, tratou tudo como um show de estrelas, “suas” estrelas. Até o time ser eliminado de forma bisonha. Aí, quando acontece, parece que foi ela a única a ter a informação, e não é verdade. É só isso. Não estou preocupado com a paternidade da notícia. Isso é bobagem. Galvão, ontem, deu a notícia e emendou: “É cedo, não?”. Não, não é cedo. A honestidade jornalística exige que se diga: é justo. Porque o seu desempenho foi ruim etc e tal. Vocês estão achando que estou puto porque o Galvão deu um furo. Estou há muito tempo nisso aqui para não me preocupar com furos. No jornalismo de hoje, com tantos meios para se informar, há poucos furos”.

Não sei se preciso dizer mais alguma coisa. A maioria entendeu meu comentário sobre o “anúncio” de ontem como um ataque pessoal ao Galvão Bueno. Não foi. A informação do Galvão, provavelmente, era boa. Tão boa quando a da cláusula de performance que a Globo sempre ignorou. De ontem para hoje, é provável que a demissão tenha sido revertida em conversas entre Nelson-pai e Briatore. Acho que o chefe foi convencido de que Nelsinho poderia argumentar em eventuais tribunais que sem equipamento igual, a cláusula perderia a validade. E voltou atrás numa decisão que já tinha tomado.

Não vou achar o jornalismo esportivo da Globo melhor ou pior porque a informação do Galvão não se confirmou. Considero-o ruim, independentemente do que aconteceu entre ontem e hoje. Porque é baseado numa linha com a qual não concordo, de levantar a bola de tudo e de todos ao sabor de seus interesses, porque é incapaz de dizer que um jogo é ruim, ou que um piloto brasileiro é fraco, ou que uma seleção está se preparando mal, ou que a uma delegação olímpica é exagerada, ou que o Nuzman é uma droga de dirigente, é um pseudojornalismo que que vende emoções baratas, e não informações caras.

Não critica, faz oba-oba; afirma que o Brasil é uma potência olímpica, e não é; defende os Jogos no Rio e não discute sua necessidade; fechará os olhos para a roubalheira que vem por aí na Copa/2014, porque o evento é dela; estimula a promiscuidade nas relações entre jornalistas e fontes, são todos amiguinhos e o mundo é cor-de-rosa.

O mundo, infelizmente, não é cor-de-rosa.
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FONTE: http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2009/07/14/nelsinho-corre-na-hungria/

O vexame de Rubinho


Falar bem de Jenson Button ou do ótimo desempenho da Brawn virou lugar comum. Vou gastar umas linhas aqui falando de Rubinho Barrichello.

Após obter a terceira posição no Grid Rubinho declarou que preferia a terceira posição à segunda para largar. Pois bem, é fato que o lado mais emborrachado, e portanto, mais favorável para largada no circuito da Turquia é o que tem as posições ímpares. Rubinho, tecnicamente, não estava de todo errado – sua declaração tinha lá algum fundamento.

Porém isso não é coisa que se diga. Parece coisa de mau perdedor, especialmente considerando que na segunda posição tínhamos, justamente seu colega de equipe, Button.

No domingo fiquei curioso para o desempenho de Rubinho. Será que sua tese se confirmaria e ele tomaria, com tanta facilidade como sua declaração faria supor, a posição de Button?

Ora ora. Rubinho mal largou. O carro refugou e o brasileiro caiu lá para além da décima posição. Tentou recuperar-se até atropelar uma Force India. Teve o aerofólio dianteiro quebrado e a corrida, que já estava prejudicada, perdeu-se de vez. Rubinho sequer a completou.

Rubinho vem sendo prodigioso em situações, no mínimo, constrangedoras – como puxar corinho de ofensa a Schumacher em uma danceteria.

Em que pese a segunda posição no campeonato de pilotos, pessoalmente considero essa temporada a mais frustrante de toda a carreira de Barrichello. Button está dando-lhe uma goleada. Foram seis vitórias contra nenhuma de Rubinho. Nenhuma vitória e o brasileiro não chegou sequer perto de uma.

Dessa vez não há desculpa de favorecimento prévio, de carro ruim, peso da expectativa pela morte de Senna. Não há nada: Rubinho tem que se haver com suas limitações, sem desculpas.

F1 – GP da Espanha: Button leva na estratégia


Em uma corrida que foi mais interessante estrategicamente do que pelas disputas em pista, Jenson Button garantiu na Espanha sua quarta vitória nos cinco GPs disputados na atual temporada.

O desempenho dos brasileiros, ao final, foi frustrante. Barrichello, após tomar a ponta de Button na largada, optou (sabe-se lá se por opção sua ou de seus engenheiros) por uma estratégia com três paradas. É a segunda vez que Rubinho opta por estratégia semelhante e… a segunda vez que isso não dá certo. Embora tenha liderado o início da prova, após a segunda parada de Button, Barrichello foi incapaz de abrir vantagem suficiente sobre seu companheiro de equipe para resguardar-lhe a possibilidade de ter-lhe a posição primeira tomada nas alternâncias de posição derivadas das paradas nos boxes. E, ao final, ainda se viu ameaçado pela ótima prova feita pelo 3º colocado, Mark Webber.

Pior ainda foi para Felipe Massa. Em decorrência erro no cálculo de combustível, Massa teve que abdicar da defesa de sua quarta posição, que acabou sendo conquistada por Vettel. Para conseguir chegar ao fim da prova, o brasileiro se arrastou nas últimas quatro voltas, sendo ainda ultrapassado por Fernando Alonso. Restou-lhe assim tão somente a sexta posição e os primeiros pontos de Massa no campeonato.

Classificação nos Treinos:
1º J.Button 1:20:527; 2º S.Vettel 1:20:660; 3º R.Barrichello 1:20:762; 4º F.Massa 1:20:934; 5º M.Webber 1:21:049; 6º T.Glock 1:21:247; 7º J.Trulli 1:21:254; 8º F.Alonso 1:21:392; 9º N.Rosberg 1:22:558; 10º R.Kubica 1:22:685

Classificação na Prova:
1. Button, 2. Barrichello, 3. Webber, 4.Vettel, 5. Alonso, 6.Massa, 7. Heidfeld e 8. Rosberg.

Campeonato de Pilotos:
1º Button 41 pts, 2º Barrichello 27 pts, 3º Vettel 23 pts, 4º Webber 15.5 pts, 5º Trulli 14.5 pts.

Campeoanto de Construtores:
1º Brawn GP 68 pts, 2º Red Bull 38.5 pts, 3º Toyota 26.5 pts, 4º Mclaren 13 pts, 5º Renault 9 pts, 6º Ferrari 6 pts, 7º BMW 6 pts, 8º Williams 4.5 pts, 9º Toro Rosso 4 pts

Novidades? Ficam para a Espanha…


Novidades? Ficam para a Espanha…

Os treinos livros de sexta e sábado davam a impressão de que haveria algo novo no GP de Barhein. A Brawn não tinha desempenho tão destacado quanto nas primeiras provas e outras equipes traziam algumas inovações. Até a Ferrari chegou a colocar seus pilotos em melhores colocações do Grid. Mas na corrida não deu outra: Jenson Button selou a supremacia da equipe nas quatro fases “orientais” da formula 1, vencendo 3 dos 4 GPs disputados.

As maiores emoções da prova ficaram reservadas para os pelotões intermediários. Button tomou a primeira posição logo no inicio da prova e só a perdeu quando foi para os boxes.

Os brasileiros não foram bem. Talvez o melhor destaque (positivo) foi /Piquet, que largou em 15º. E Chegou em 10º. Massa envolveu-se em um pequeno acidente no inicio da prova e teve que fazer uma corrida de recuperação, mas só obteve o 14º. lugar. Rubinho, por sua vez, saiu em 6º. E chegou em 5º.

Posições no Grid:
1. J.Trulli 1:33:431; 2. T.Glock 1:33:712; 3. S.Vettel 1:34:015; 4. J.Button 1:34:044; 5. L.Hamilton 1:34:196; 6. R.Barrichello 1:34:239; 7. F.Alonso 1:34:578; 8. F.Massa 1:34:818

Resultado final:
1º J. Button, 2º S.Vettel, 3º J.Trulli, 4º L.Hamilton, 5º R.Barrichello, 6º K.Raikkonen, 7º T.Glock e 8º F. Alonso.

Campeonato de Pilotos:
1. Button-31 pts, 2. Barrichello-19 pts, 3. Vettel-18 pts, 4. Trulli-14,5 pts, 5. Glock-12 pts, 6.Webber-9,5 pts, 7. Hamilton-7 pts, 8. Alonso-5 pts

Camponato de construtores:
1.Brawn GP-50 pts, 2. Red Bull-27,5 pts, 3.Toyota-26,5 pts, 4. Mclaren-13 pts, 5. Renault-5 pts, 6. BMW-4 pts, 7. Toro Rosso-4 pts, 8.Williams-3,5 pts, Ferrari-3 pts

Isso é, de fato, MUITO LOUCO!

Com carros antigos, F-1 Histórica inicia disputa que passará por SP

Alguns dos carros que fizeram parte da história da Fórmula 1 voltam à ativa a partir deste fim de semana, quando terá início, em Spa, na Bélgica, a temporada da F-1 Histórica. Criada em 1994 e reconhecida pela FIA desde 2003, a categoria reúne carros usados entre 1966 e 1985 na F-1 e, neste ano, passará pela primeira vez no Brasil -Interlagos receberá duas provas nos dias 15 e 16 de agosto.

A confirmação vem de Oliver McCrudden, diretor geral da HFO, que oficialmente faz parte do calendário da Federação Internacional de Automobilismo, a FIA. De acordo com ele, a Rede Globo deve transmitir uma das corridas.

Na F-1 Histórica, pilotos-proprietários dos carros pagam 9 mil libras (pouco menos de R$ 30 mil) pela inscrição anual e o direito de colocar-se no lugar de pilotos que fizeram história no automobilismo mundial, como Gilles Villeneuve, Nigel Mansell e Emerson Fittipaldi. Não há prêmio em dinheiro para os pilotos. Só troféu. “Os pilotos competem apenas pela paixão, pelo prazer de poderem tomar parte de uma corrida que conta com esses carros fantásticos”, diz McCrudden.


A performance dos carros, concebidos em anos diferentes, claro, não é uniforme. Para que a disputa possa reunir, por exemplo, da Tyrrell 001 (de Jackie Stewart) à Brabham BT49, o campeonato é disputado em quatro categorias, de acordo com a “idade” dos carros. Mas cada piloto soma pontos e disputa o título de campeão geral da temporada – que no ano passado ficou com o italiano Mauro Pane (de irônico sobrenome, para um piloto), com a Tyrrell P34.

Foram mais de 50 pilotos inscritos nos últimos dois anos, com campeonatos reunindo 25carros em média, a maioria deles com motor Cosworth DFV (V8). “Acredito que será uma grande temporada. Temos vários novos pilotos, mais inscrições que nos anos anteriores, e novos carros. E a viagem ao Brasil, para as provas em Interlagos, é um grande salto”, afirma McCrudden.

O site oficial da categoria apresenta o piloto Abba Kogan como brasileiro, nascido na China e criado no Japão, morador de Mônaco, que “começou a correr por volta dos 40 anos, com Bugattis/Osca F2 e Maserati 250F, inicialmente na Nova Zelândia, que depois comprou a Brabham BT20”.

Mais fotos das maravilhas
http://esporte.uol.com.br/album/090423f1antiga_album.jhtm

FONTE:
http://esporte.uol.com.br/velocidade/ultimas/2009/04/24/ult4366u1288.jhtm

😉